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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
CeasaMinas tem hortaliças e frutas com boa oferta para o consumidor
Apesar da entressafra de muitos produtos e das fortes chuvas que atingem Minas Gerais, o mês de fevereiro tem algumas dicas de consumo no atacado da CeasaMinas. Um bom exemplo é o limão tahiti, que está com boa quantidade e qualidade. Se for utilizar o limão para sucos, procure aqueles com a casca mais lisa, pois eles têm mais líquido.
Deve-se tomar o cuidado de não manusear o limão em contato com sol, pois pode causar queimaduras. É importante lavar bem as mãos após manuseá-lo. Fortalece os ossos, os dentes, cicatriza feridas e evita hemorragias. Reforça as defesas do organismo.
Outra fruta que é uma boa dica de consumo é o mamão formosa. O mamão maduro conserva-se em geladeira por uma semana. No mamão existe uma substância chamada “papaína” que serve como amaciante de carnes. Basta colocar a casca do mamão verde sobre a carne por alguns minutos.
Hortaliças
Dentre as hortaliças, uma boa dica de consumo é a mandioca. Ao comprar, prefira aquelas que a casca solte facilmente. A polpa deve ter cor branca ou amarelada uniforme. Recuse as que tiverem a polpa arrocheada ou com riscas pretas.
Outra boa sugestão nesse mês de fevereiro é a mandioquinha, também chamada batata-salsa, batata baroa, batata fiúza ou cenoura amarela. Ela pode ser consumida em forma de purê ou cozida. A mandioquinha é altamente energética (125 kcal para cada 100 gramas).
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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Chuvas em Minas prejudicam abastecimento de alimentos
Plantações de tomate e de alface foram os mais atingindos na Região Metropolitana mineira, segundo levantamento econômico da CeasaMG.
As fortes chuvas que têm atingido os municípios desde o mês passado reduziram a oferta de vários produtos na CeasaMinas, levando ao aumento de preços no atacado do entreposto de Contagem. Levantamento do Departamento Técnico da CeasaMinas (Detec) revela que, entre os hortigranjeiros mais afetados, estão os provenientes da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), no chamado cinturão verde. Entre os destaques de altas, estão tomate (24%) e alface (21%). Na trajetória inversa, houve quedas de preços relacionadas à boa safra de algumas mercadorias, a exemplo de abacate (-18,1%) e mamão-formosa (-11%).
O levantamento comparou o período de 30/01 a 05/02 com o de 16/01 a 22/01. De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins, o clima adverso levou a perdas nas lavouras, como no caso do tomate e da alface, mas também dificuldades de colheita, acondicionamento e transporte. "A batata, por exemplo, que ficou 4,5% mais cara, não foi tão afetada por perdas, mas sim por problemas na colheita", ressalta Martins.
Entre as hortaliças que apresentaram reduções de preços, os destaques foram batata- baroa/mandioquinha (-12,1%); abóbora moranga (-3%) e mandioca (-2,6%). "Esses produtos não foram tão prejudicados pelo clima. Isso por serem mais resistentes ou cultivados em regiões com menos chuvas", explica.
Frutas
No grupo das frutas, as principais altas do período estão ligadas a fatores que não necessariamente estão ligados às chuvas. No caso do morango (19,2%), as chuvas se somaram ao fim de safra da fruta. A banana-prata (16,9%) passa por um período de entressafra nacional, comum nesta época. "A expectativa é que os preços da banana-prata cedam a partir de maio, quando Minas Gerais e outros estados deverão regularizar a oferta no entreposto".
Já a oscilação do preço da manga (9,2%) é consequência do fim da oferta das variedades comuns da fruta, a exemplo da ubá, sapatinha e espada. Diante disso, o mercado passa a depender dos tipos mais nobres, entre eles palmer e tommy.
Das frutas que ficaram mais baratas, vale lembrar ainda do limão-tahiti (-9,3%), produto que está em plena safra.
O consumidor também pode aproveitar as situações melhores de preço da melancia, laranja, uva-niágara, milho-verde e cebola.
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terça-feira, 26 de novembro de 2019
Brasil fixa padrões visuais de qualidade para frutas, legumes e verduras
Nova medida já está valendo para alimentos natalinos, como as frutas importadas que não podem estar amassadas.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou os padrões visuais de qualidade para 17 produtos hortícolas. Os padrões estabelecem os requisitos para que uma fruta, legume ou verdura seja considerada própria para o consumo. O objetivo é auxiliar o consumidor a identificar esses produtos, assim como os fiscais.
Os padrões foram criados em conjunto com a Ceagesp de São Paulo e a Embrapa Hortaliças.
Os padrões cumprem a Instrução Normativa MAPA nº 69/2018 e estabelecem que os produtos devem estar: inteiros, limpos, firmes, sem pragas visíveis a olho nu, fisiologicamente desenvolvidos ou com maturidade comercial. Não podem: ter odores estranhos, estar excessivamente maduros ou passados, apresentar danos profundos, ter podridões, estar desidratados, murchos ou congelados.
Os primeiros hortícolas com padrão visual definido são: abacate, alface, banana, batata, caqui, laranja, mamão, manga, melão, melancia, maçã, uva, morango, nectarina, pêssego, tangerina e tomate.
Frutas natalinas
Os padrões já valem para as frutas natalinas importadas para as festas de final de ano, ou seja, não podem estar amassadas, podres, não desenvolvidos ou apresentar outros problemas. Os produtos que não obedeceram os requisitos poderão ser rechaçados nos pontos de entrada do país. Os auditores fiscais federais agropecuários estão autorizados a abrir caixas, por amostragem, para verificar a qualidade.
Os fiscais agropecuários passam por capacitação para identificar os produtos que estiverem fora dos padrões de qualidade estabelecidos pela IN 69.
Referência para mercado internacional
Nesta semana, uma equipe do Ministério e da Ceagesp está no Espírito Santo obtendo as imagens que serão referência para o padrão de qualidade do mamão. Posteriormente, este referencial da fruta será disponibilizado para a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que usará as imagens para o padrão visual de comercialização da fruta no mercado internacional.
Frutas para exportação
As frutas de exportação devem atender os padrões exigidos pela OCDE, dentro do chamado Programa de Frutas e Hortaliças.
As normas facilitam o comércio internacional de frutas e hortaliças por meio da harmonização das normas internacionais de comercialização. Adicionalmente, o programa visa facilitar o reconhecimento mútuo das inspeções pelos países participantes, com aceitação internacional dos certificados de qualidade emitidos.
No caso do Brasil, o padrão visual para a certificação de frutas destinadas à exportação se dará de forma voluntária, conforme interesse do exportador ou exigência do país importador.
Segundo o Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, os países importadores são bastante exigentes. “Eles têm pessoal treinado para não deixar ingressar produtos que não atendam aos requisitos mínimos de qualidade estabelecidos pelos padrões visuais”.
O coordenador explica que o processo de importação de países-membros do programa da OCDE é mais ágil e envolve custos mais baixos de inspeção. O Brasil foi aceito no final de 2017 como país integrante do Programa de Frutas e Hortaliças da OCDE. Para isso, é necessário adotar padrões internacionais de classificação em um sistema desenvolvido de forma conjunta pelos países-membros para o controle da qualidade e certificação.
Fonte: www.agricultura.gov.br
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quinta-feira, 7 de novembro de 2019
Ceasa Minas detecta menor oferta de produtos
Estudo econômico publicado mensalmente pela central de abastecimento mineira, uma das três maiores do país, aponta também alta nos preços de alguns alimentos no período de um ano. Veja o que diz o estudo:
Com volume de 175,7 mil toneladas, a oferta geral à CeasaMinas Grande BH, em outubro, foi a menor dos últimos 4 anos. Esse declínio continuado na oferta, deve-se principalmente a menor oferta dos produtos diversos industrializados. Já a oferta de hortigranjeiros manteve o patamar de anos anteriores, tendo inclusive superado o volume ofertado em setembro último. Nesse setor de produtos, Minas Gerais lidera a oferta e nesse mês sua participação foi de 56%, anotando inclusive um crescimento de 8,6% sobre o montante do mês passado.
Oferta e Preços de produtos Outubro 2018-2019 resultado do mês de outubro do corrente ano em relação a outubro de 2018 no tocante ao total geral de produtos disponibilizados para comercialização mostrou um recuo na oferta no entreposto, unidade Grande BH, de 1%, porém 2,5% acima do ofertado no mês passado.
Os preços médios dos produtos em geral seguiram trajetória inversa e subiram 8% na comparação com igual período do ano anterior, porém reduziram 6,5% frente aos do mês passado. É importante mencionar que a forte alta das Raízes (39,7%) e das frutas brasileiras (12,6%) puxaram a média dos hortigranjeiros no mês em pauta em 14,3% sobre a média de outubro de 2018, porém 8,3% abaixo do observado em setembro passado.
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sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Repolho tem queda de preço de até 66% na Ceasa Minas Gerais
Entre os inúmeros benefícios do repolho para a saúde, está o potencialmente reduzir a inflamação crônica (que ocorre por um longo período de tempo) no organismo, mal associado a doenças cardíacas, intestinais e artrite reumatoide, entre outros problemas.
Ele é apreciado em várias culturas do mundo: seja na forma do chucutre alemão; em um salada norte-americana típica ou, por exemplo, em inúmeras receitas brasileiras. Versátil em pratos quentes ou frios, o repolho passa por um momento propício para quem busca economia aliada a bons pratos. A hortaliça apresentou em setembro o menor preço médio (R$ 0,62/kg) para o ano até o momento, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Esse preço significou uma queda de 13,9% em relação a agosto, e de 8,82% no comparativo com igual mês de 2018. Em relação ao pico de preço de 2019, verificado em março, a redução foi de 66,8%.
Se a atual situação do repolho representa boa oportunidade aos compradores, resta aos produtores rurais o desafio de garantir rentabilidade. “Minha grade de repolho com 20 quilos está saindo a R$ 8 (dia 02/10). O problema é que esse valor não cobre nem o custo para produzir e trazer a mercadoria já embalada até aqui”, ressalta o agricultor João Carlos da Silva, que traz mercadorias do município de Lagoa Dourada (MG) para venda no Mercado Livre do Produtor de Contagem (MLP). Ele calcula que R$ 11 (cx) seria o preço mínimo para os cobrir os custos, principalmente com frete, embalagens e irrigação.
Uma das estratégias para compensar a perda da rentabilidade é diversificar a produção. Silva conta que, por isso, investe no plantio de couve-flor, tomate e inhame ao longo do ano. “Com o inhame não podemos reclamar neste ano, porque deu preços muito bons para gente, o que tem compensado pelo menos a perda com o repolho”, exemplifica.
O barateamento do repolho foi influenciado, segundo ele, pelos preços mais altos da hortaliça durante o primeiro semestre. “A caixa do repolho chegou até a R$ 40 no início do ano, na época das chuvas”, ele lembra. Isso estimulou muitos produtores a investirem nesse cultivo, a fim de aproveitarem a valorização do produto, resultando na queda do preço.
Durante a entressafra própria do primeiro semestre, o período chuvoso reduziu a oferta dentro do entreposto. O produtor explica ainda que o tempo de vida útil nas bancas do varejo é menor nessas épocas, o que obriga os compradores a reporem as mercadorias com mais frequência. Tudo isso acaba se complementando para pressionar as cotações na entressafra.
Já no segundo semestre, ocorre o contrário. “Agora temos um repolho mais enxuto, que dura mais no varejo, em torno de 1 semana e com isso a procura acaba sendo menor com a gente. Se estivéssemos no período das chuvas, durava era 1 dia”, explica Silva.
Segundo o produtor rural Adilson Lopes de Melo, também de Lagoa Dourada (MG), os preços no primeiro semestre geralmente afetam os valores no segundo porque o ciclo de produção do repolho é curto, de 70 a 80 dias. Ele, que comercializa repolho há 15 anos, acredita que o preço mínimo para alcançar lucro razoável seria de R$ 15. “Com R$ 11 reais ficamos empatados em termos de custos”, diz.
Ainda assim, Melo prevê que, considerando o ano inteiro, 2019 vai se encerrar com saldo positivo para quem produziu repolho.
Anti-inflamatório
Entre os inúmeros benefícios do repolho para a saúde, está o potencialmente reduzir a inflamação crônica (que ocorre por um longo período de tempo) no organismo, mal associado a doenças cardíacas, intestinais e artrite reumatoide, entre outros problemas. Segundo estudo da Universidade Médica de Innsbruck, na Áustria, há evidências crescentes desse potencial, em razão de substâncias presentes nos vegetais crucíferos, a exemplo do repolho.
Outro estudo, publicado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética, incluiu mais de mil mulheres chinesas. Na pesquisa, aquelas que ingeriram a maior quantidade de vegetais crucíferos apresentaram níveis de inflamação consideravelmente mais baixos, comparadas àquelas que consumiram as menores quantidades.
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Hortaliças caem de preço e frutas apresentaram alta em setembro
O grupo das hortaliças (legumes e verduras) foi o principal responsável pela queda de 4% no preço médio dos hortigranjeiros, em setembro na comparação com agosto, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. As hortaliças apresentaram redução no preço médio de 12,1%, ao contrário das frutas, que ficaram 5,3% mais caras e dos ovos, com pequena alta de 0,3%. O aumento da oferta, em razão da melhoria das condições climáticas, está entre as principais causas para o barateamento de vários produtos.
Entre as hortaliças, os alimentos que mais puxaram a redução do grupo foram batata (-23,2%); cebola (-22,8%); cenoura (-17%); moranga (-16,4%); repolho (-15,1%) e tomate (-4,1%).
Merece destaque a variação da batata, cujo preço médio do quilo no atacado ficou em setembro em R$ 1,62, depois de chegar ao pico de R$ 2,37 em abril. Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, os preços mais baixos de 2018 da batata desestimularam muitos produtores a investirem em novos cultivos, o que acabou reduzindo o volume ofertado em 2019. Além disso, o clima desfavorável nas regiões produtoras agravou a situação, pressionando ainda mais as cotações no primeiro semestre.
Já a diminuição do preço da cebola foi consequência sobretudo da participação maior da variedade nacional em relação ao tipo importado.
Há ainda exemplos de hortaliças que ficaram mais caras em setembro, com destaque para chuchu (73,8%); berinjela (17,4%); couve-flor (15,8%); inhame (13,9%); abobrinha italiana (9,2%) e mandioquinha/batata-baroa (8,3%). De modo geral, as altas estão ligadas a problemas na produção, os quais afetaram alimentos mais sensíveis ao clima adverso.
Frutas
A alta no preço do grupo das frutas foi influenciada por fatores como a entrada na entressafra de alguns alimentos, além de algo típico em períodos de calor: o aumento da demanda. As maiores variações foram observadas com limão-tahiti (82,5%); goiaba (14,9%); abacate (9,5%); tangerina-ponkan (9,4%); melancia (7,5%); banana-prata (5,8%) e laranja-pera (3,8%).
A boa notícia para o consumidor é a possibilidade de encontrar também frutas com queda de preço, com destaque para mamão-havaí (-40,9%); mamão-formosa (-18,9%); manga (-14,2%); morango (-8,7%); banana-nanica (-5,1%), abacaxi (-4,3%) e uva-niágara (-1,7%).
Vale destacar a expressiva redução do valor do mamão-havaí, cujo preço médio do quilo ficou em R$ 2,70 em setembro, depois de alcançar R$ 5,40 em julho, mês de 2019 de maior cotação até o momento. Em meados do ano, a fruta refletia os efeitos das chuvas e do frio nas regiões produtoras do Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
Ovos
A variação de 0,3% no preço dos ovos, mesmo com alta de 6,4% no volume ofertado no entreposto, revela um mercado de demanda aquecida para o produto. O período compreendido entre setembro e janeiro é considerado o de preços menores, de acordo com o calendário de sazonalidade da CeasaMinas.
Além dos produtos citados, o consumidor deve ficar atento aos bons preços da alface, pepino, milho-verde, mandioca, coco-verde e batata-doce e às promoções realizadas no varejo.
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sábado, 28 de setembro de 2019
Batata doce é destaque no preço e produção na Ceasa Minas Gerais
Uma das estrelas da alimentação entre os adeptos de atividades físicas, a batata-doce atingiu em setembro o menor preço para o mês desde 2015. Entre 1 e 18/9, o valor médio do quilo ficou em R$ 1,76, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Em relação ao mês fechado de setembro de 2018, a redução foi de 27,2%. Em comparação com os demais meses de 2019, trata-se do menor preço médio, igualmente aos verificados em fevereiro e março. A boa oferta é o fator que mais contribuiu para o barateamento do produto.
Caso a entrada de batata-doce no atacado se mantenha no atual ritmo, a estimativa é que o volume ofertado em 2019 seja em torno de 15% maior que o de 2018, conforme prevê o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins.
A queda no preço da batata-doce foi influenciada sobretudo pela variedade roxa (rosada), segundo o produtor rural José Celso Fernandes, que comercializa no entreposto de Contagem. "Muitos produtores de regiões mineiras como as de São Gotardo, Araxá e Patrocínio passaram a produzir a variedade roxa. Eles resolveram entrar nesse mercado, por conta da grande procura pelo produto".
De acordo com ele, o preço da variedade roxa segue um padrão: "são dois meses de preço razoável, de novembro a dezembro, e dez meses praticamente ´de graça`", reclama. A variedade branca, segundo ele, apresenta seis meses de preços mais altos, de setembro a fevereiro, e o restante do ano com preço regular.
"Trabalho com batata-doce há cinquenta anos, desde os sete anos de idade", destaca. Entre seus compradores, estão grandes redes de supermercados. "São clientes muito exigentes. Tudo tem que estar em um tamanho só, sem nenhum defeito, e embalados em caixa plástica. Por outro lado, temos maior segurança de receber o pagamento". Ele conta que, apenas para duas redes de supermercados, envia ao todo cerca de 4 mil volumes por semana.
No último dia 18/9, Fernandes comercializava a embalagem de 20 quilos de batata-doce branca por preços entre R$ 45 e R$ 50. Já a roxa estava de R$ 25 a R$ 30, no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem (MLP). Ele cultiva a hortaliça nos municípios mineiros de Jaíba, Formiga e São João del-Rei.
Produtividade
Outro fator que tem motivado a produção da variedade roxa são as altas produtividades e custos menores. "A do tipo roxa possui uma produtividade três vezes maior e metade do custo em relação à variedade branca", explica o produtor rural Márcio Fernandes de Morais, que traz a mercadoria do município de Jaíba, junto com o irmão Anderson Fernandes do Carmo.
No último dia 18/9, ele vendia a embalagem de 20 quilos de batata-doce roxa a R$ 30 no MLP. "Esse preço já está assim há uns quatro meses", diz.
Já a variedade branca era comercializada de R$ 40 a R$ 45, o que garante a ele uma margem de ganho em torno de 35% acima do custo, quando a produção atinge ao menos 900 volumes por hectare.
Influência de outros estados
"A oferta do tipo roxa aumentou muito também por causa dos fornecedores de São Paulo. Eu tinha cliente do interior do estado que vinha aqui na CeasaMinas mas deixou de comprar comigo para receber o produto direto de vendedores paulistas", explica Morais.
Já as boas colheitas em Sergipe têm contribuído para manter os preços da batata-doce branca no atual patamar. "Não fosse a produção sergipana, esse preço de hoje da variedade branca poderia estar bem maior, em torno de R$ 60".
O produtor ainda prevê uma possível queda de preço no mês. "Seria por conta de um aumento da oferta em outubro, mas é arriscado contarmos com isso", afirma.
Minas Gerais lidera a oferta
Em 2018, do total ofertado do produto no entreposto de Contagem da CeasaMinas, 95,3% foram provenientes de municípios mineiros, sendo o restante vindo de São Paulo (3,3%) e de Sergipe (1,4%). Quatro municípios mineiros responderam por 56% da oferta total: Jaíba (15,4%); Formiga (14,7%); Manga (14,1%); e Serra do Salitre (11,8%).
Aliada da saúde
Produtores ressaltam que a demanda por batata-doce aumentou de duas a três vezes em relação há três anos. A alta na procura é atribuída aos benefícios nutricionais do produto, que atraem principalmente atletas. Isso porque a hortaliça fornece carboidrato de lenta absorção, o que garante energia constante durante todo o treino. Além disso, o alimento é rico em fibras, o que contribui para aumentar a saciedade e o controle do peso, conforme explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rita Ribeiro. A batata-doce ainda possui bons teores de vitaminas A e E, e de complexo B, além de cálcio, ferro e potássio.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2019
Opção para o calor, coco-verde tem aumento de 40% na ofertaem Minas
Altas temperaturas e baixa umidade do ar formam uma combinação que leva muita gente a buscar um alimento que é sinônimo de saúde e refrescância: o coco-verde. A fim de atender ao aumento da procura, o volume ofertado da fruta também cresce no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas, o que pode segurar uma eventual alta de preços. Em agosto, o preço médio por unidade do coco-verde (R$ 1,04) no atacado foi o mais baixo para o mês desde 2015. Já em relação ao último mês de julho, o produto ficou 8% mais barato, influenciado pelo incremento de 40,6% da oferta. A continuidade das quedas de preços vai depender, no entanto, do clima nos próximos meses, entre outros fatores.
Nos primeiros dias de setembro, o produto voltou a se valorizar no entreposto de Contagem, com o preço médio variando de R$ 0,90 a R$ 1,40/un. O fato de o movimento do comércio ser mais intenso no início do mês ajuda a explicar a pressão maior sobre os preços nesse período, conforme explica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins. Segundo ele, ao longo de setembro o preço pode se estabilizar ou até recuar, a depender da entrada de mercadorias no entreposto e das temperaturas.
O último quadrimestre de 2018 foi bastante atrativo para quem aprecia a fruta. Isso porque, entre setembro e dezembro, os preços médios mensais no atacado foram os menores para o mesmo período desde 2015. Já o primeiro semestre de 2019, por sua vez, foi marcado por uma recuperação do preço do coco-verde. De acordo com o calendário de sazonalidade da CeasaMinas, o período de safra do coco-verde, com preços menores e ofertas maiores, vai de julho a dezembro.
Mercado aquecido
"Hoje (04/9) vendi cada coco-verde por R$ 1,25, mas na semana passada tive que vender por até R$ 0,60. Esta reação do preço está ligada principalmente ao calor. O dia em que invernar e der uma chuva, o preço cai de novo", explica o produtor Natanael Paulino, que traz a fruta produzida em Mantena (MG), a 460 quilômetros da capital, para comercializar no Mercado Livre do Produtor (MLP) do entreposto de Contagem.
Ele aponta aumento de 50% na demanda pelo produto em sua área no MLP neste início de setembro. "O calor acelera a procura. Todo ano é assim: de abril a agosto, o mercado é mais fraco para o coco-verde. De agora até fevereiro, é a melhor época para quem produz".
O produtor planeja aumentar o plantio em 8 mil pés de coco ainda neste ano. "Isso vai se somar aos 14 mil pés que já possuo", afirma.
Clientela diversificada
O produtor rural Rodney Olimpio, também de Mantena, espera que o preço possa chegar a R$ 1,80/un., ao longo dos períodos de maior calor, principalmente até março. Entretanto, ele acredita que uma cotação entre R$ 1,50 e R$ 1,66/un. seja razoável para cobrir os custos e obter alguma rentabilidade.
A estratégia dele para ganhar espaço no mercado é manter contato com diferentes tipos de clientes, do pequeno ambulante ao grande supermercadista. "O pequeno comprador compra menos, mas tende a pagar mais, o que nos garante uma margem melhor sobre nossos custos. Já o grande comprador em geral compra mais a um preço menor. Isso é importante também para fazer liberar nossos estoques de coco", explica.
Olimpio conta ainda que possui, entre seus compradores, clientes veranistas. "São pessoas que compram de 50 a 60 cocos a fim de levar à praia, seja para evitar pagar bem mais caro no destino, ou visando até mesmo ganhar uma renda extra".
Você sabia?
A unidade de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um revestimento comestível, que pode prolongar em até quatro vezes a vida útil do produto. Segundo a Embrapa, o uso dessa tecnologia mantém as características nutricionais do coco natural e da água dentro dele, sem alteração de cor ou sabor; atendendo a um mercado consumidor exigente. A tecnologia começou a ser utilizada em cocos da variedade anão-verde, exportados no ano passado para a Europa. Normalmente, a vida útil desse produto dura em torno de dez dias.
De janeiro a agosto deste ano, os municípios mineiros foram responsáveis por ofertar 12,7% do total de coco-verde no entreposto de Contagem, sendo o restante proveniente de estados como Espírito Santo e Bahia.
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CeasaMinas - Frutas e ovos ficam mais caros, hortaliças caem de preço
O setor de hortaliças (legumes e verduras) ficou, em média, 2,5% mais barato em agosto no comparativo com julho, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Na trajetória inversa, as frutas ficaram, em média, 2,4% mais caras e os ovos apresentaram alta de 3,4%. Dessa forma, o preço médio dos hortigranjeiros ficou estável no mês em R$ 2,27/kg.
Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a redução no preço médio das hortaliças é resultado principalmente da melhoria da oferta. Os produtos que mais contribuíram para queda foram tomate (-40,6%); repolho (-28,4%); cenoura (-22,7%); couve-flor (-18,4%); beterraba (-17,4%); pepino (-16,9%) e mandioca (-12,3%).
Vale destacar a redução expressiva do preço do tomate, produto que vinha apresentando ofertas menores entre março a julho, por conta de diferentes problemas climáticos, a exemplo de calor, estiagem, chuvas e frio intenso.
Entre as hortaliças com altas de preços, os destaques foram chuchu (57,4%); cebola (17%); quiabo (13,9%); berinjela (7,8%); inhame (7,5%) e moranga (4,3%).
Frutas
Já a alta de preço do setor de frutas foi influenciada principalmente por três produtos: banana-nanica (46,3%); tangerina ponkan (28,7%) e melancia (6,9%). A banana-nanica foi afetada por fortes chuvas nas regiões produtoras do Vale do Ribeira, em São Paulo, e do Norte de Santa Catarina. No caso da tangerina-ponkan, o aumento pode ser atribuído à proximidade do fim de safra, enquanto a melancia foi pressionada pela demanda maior ligada ao calor.
Outras frutas que ficaram mais caras em agosto foram abacate (9,3%); banana-prata (8%) e limão-tahiti (3,4%).
Entre as quedas, os destaques foram morango (-19,4%); mamão-formosa (-17,8%); mamão-havaí (-15,4%); manga (-11,6%); melão (-8,8%) e uva-niágara (-6,8%).
As duas variedades de mamão ainda devem apresentar preços melhores para o consumidor, que deve ficar atento na hora das compras.
Ovos
O aumento de 3,4% no valor dos ovos no mês passado é resultado, entre outros fatores, do fim das férias escolares, o que normalmente pressiona a demanda sobre este produto
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sexta-feira, 6 de setembro de 2019
RECEITA - Tomates verdes fritos
Aproveite que o preço do tomate está mais em conta nas centrais de abastecimento (Ceasas) para preparar essa iguaria. Na Ceasa do Rio de Janeiro a caixa com 22 kg está sendo negociada entre R$ 30 e R$ 50, com preço máximo de R$ 2,75 o kg. Na Ceagesp, o tomate está na lista dos preços em baixa, mesmo assim é vendido a R$ 2,96 kg. Na CeasaMinas o preço por quilo sai por R$ 2. Na Bahia, o mais barato encontrado, sai por R$ 1,45 o kg.
Essa receita ficou famosa depois que o filme homônimo, estrelado por Jessica Tandy, Mary Stuart Masterson e Kathy Bates, entre outros grandes atores, tomou as grandes telas em 1991, em que a personagem principal abre um restaurante que fica conhecido por servir esta iguaria.
Na película, a cena em que este prato é preparado se tornou icônica, e depois disso muitos restaurantes e chefs de cozinha tentaram recriá-lo, dando nova vida à esta receita originária do sul dos Estados Unidos, onde é normalmente servida com maionese.
Apesar de ter um preparo um pouco trabalhoso, o resultado final faz valer todo o esforço, e fica ótimo para acompanhar carnes ou ainda ser servido como entrada em uma refeição mais simples. Vamos à ela?
TOMATES VERDES FRITOS
Ingredientes
4 tomates carmem mais para verdes do que vermelhos
2 ovos batidos
1/2 xícara de chá de leite
1 xícara de chá de farinha de trigo
1/2 xícara de chá de fubá
1/2 xícara de chá de farinha de rosca
2 colheres de chá de sal
1/2 colher de chá de pimenta-do-reino branca
Modo de preparo
1 - Corte os tomates em fatias, na largura de um dedo e retire as sementes.
2 - Disponha em cima de papel toalha para absorver o excesso de água.
3 - Coloque a farinha de trigo em um prato de sopa.
4 - Em outro prato misture os ovos e o leite.
5 - Em um terceiro prato, misture a farinha de rosca e o fubá, temperando com o sal e a pimenta.
6 - Passe o tomate na farinha de trigo, depois nos ovos com leite e por último na mistura de farinha de rosca com fubá.
7 - Leve para fritar em óleo quente até dourar dos dois lados.
8 - Escorra em papel toalha e sirva em seguida.
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quarta-feira, 19 de junho de 2019
Em Minas Gerais, a mandioca atinge menor preço desde 2015
Em tempo de festas juninas, ela é ingrediente obrigatório no preparo de várias receitas. E, para quem não abre mão principalmente de um tradicional caldo, a boa notícia é que a mandioca está com o preço mais baixo desde 2015, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. De 01 a 12 deste mês, o preço do quilo ficou em R$ 0,81, abaixo dos valores praticados em junho de 2018 (R$ 1,01/kg); de 2017 (R$ 0,96/kg) e de 2016 (R$ 0,84/kg). O estímulo à produção, em decorrência de preços mais altos em safras anteriores, é um dos motivos da situação atual mais favorável ao consumidor.
"É mais vantajoso eu vender a caixa de mandioca a R$ 20, do que uma embalagem de tomate a R$ 40. Com a mandioca, eu não tenho os custos com irrigação e defensivos agrícolas, a exemplo de outros cultivos de hortaliças. O produto que eu trago, por exemplo, não exige nem agrotóxico", explica o produtor rural José Antônio de Aguiar, do município de Crucilândia (MG).
No último dia 12/6, ele vendia a caixa de 20 quilos de mandioca do tipo cacau entre R$ 15 e R$ 20, no atacado do Mercado Livre do Produtor (MLP) de Contagem, na CeasaMinas. Aguiar explica que o produto barato é consequência do aumento da produção, estimulada por altos preços entre dois e três anos atrás. "Naquela época, houve momentos em que a caixa da mandioca era cotada a até R$ 40", afirma. Ele lembra que, como o ciclo da mandioca, entre o plantio e a colheita, é de no mínimo 18 meses, o resultado está aparecendo agora.
Mesmo com os preços reduzidos, o produtor ainda acredita ser vantajoso comercializar no MLP. "Quem é produtor e consegue trazer para vender na Ceasa faz melhor negócio do que aqueles que comercializam direto na roça. Lá estão pagando apenas R$ 8 pela caixa", ressalta.
Ele, entretanto, alerta para a possibilidade de inversão dos preços no próximo ano, em razão de uma possível redução da oferta. "Com os preços baixos, muitos produtores vão deixar de investir em novos cultivos".
Demanda em alta
A chegada do frio e do período das festas típicas tem deixado otimista o produtor rural Paulo Fernandes da Cunha, também de Crucilândia (MG). Segundo ele, a procura por mandioca em sua área no MLP já aumentou entre 30% e 40%. Cunha espera, desse modo, compensar as perdas de janeiro a maio. "Mesmo estando barato naquela época, não conseguíamos vender o produto. Constantemente, sobravam caixas de mandioca que tínhamos que doar. Junho e julho, pelo contrário, são as épocas boas", afirma.
O produtor diz ter trazido em 2018 cerca de 6 mil caixas para comercialização. Até o fim deste ano, ele prevê ofertar entre 11 e 12 mil embalagens. E para 2020, a estimativa é aumentar para até 20 mil caixas. Ele ainda explica que o bom volume de chuvas é outro fator que contribuiu para a melhoria da oferta.
Procedência
De acordo com dados do Departamento Técnico da CeasaMinas (Detec), quase a totalidade da mandioca ofertada no entreposto de Contagem é proveniente de municípios mineiros. Os cinco principais fornecedores em 2018 foram responsáveis por 82,4% do volume total. Foram eles: Bonfim (38,4%); Crucilândia (24,7%); Rio Manso (7,1%); Piedade dos Gerais (7%) e Jaíba (5,2%).
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CeasaMinas: Hortigranjeiros ficam 7,5% mais baratos em maio
O grupo dos hortigranjeiros, que inclui hortaliças, frutas e ovos, ficou, em média, 7,5% mais barato em maio em relação a abril, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. De modo geral, a queda no preço médio foi influenciada pela redução das chuvas, combinada com temperaturas mais amenas. Esses fatores propiciaram o aumento da quantidade ofertada no entreposto e a melhoria da qualidade dos produtos.
Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins, a expectativa é que, caso não haja um inverno muito rigoroso nas regiões produtoras, os preços da maioria das mercadorias mantenham trajetória de queda.
No setor de hortaliças (legumes e verduras), a redução do preço médio foi de 4,4%. Os produtos que mais contribuíram para a queda foram o tomate longa-vida (-33,6%); o repolho (-23%); a moranga-híbrida (-19,2%); a abobrinha-italiana (-13,3%); a mandioca (-12,3%); a beterraba (-9,2%) e a batata (-2,5%).
Conforme explica Martins, apesar da queda média no preço, ainda não é possível afirmar que o conjunto das hortaliças esteja com preços muito baixos. Além disso, alguns produtos apresentaram altas de preços, com destaque para o chuchu (54,1%); o pepino (31,2%); a cenoura (28,9%); a berinjela (4,5%) e o inhame (2,7%).
Vale esclarecer ainda a situação do tomate, cujo quilo chegou a ser comercializado no atacado em abril a R$ 3,07/kg e cedeu para R$ 2,04/kg em maio. Esse produto vem sinalizando altas nos primeiros dias deste mês de junho, o que exige dos consumidores atenção na hora de pesquisar os preços.
Frutas
Já as frutas apresentaram redução de 11,9% no preço médio, influenciada principalmente por alimentos em safra. Foram destaques o mamão-formosa (-47,6%); a banana-nanica (-26,6%); a manga (-23,7%); a laranja-pera (- 22,2%); a tangerina ponkan
(-21,9%); o mamão-havaí (-19,4%); o limão-taiti (- 14,4%) e o abacate (-8,7%).
Mas houve também frutas que ficaram mais caras no mês passado, a exemplo de melão (35,9%); melancia (15,8%); morango (14,5%); goiaba (5,1%) e banana-prata (4,1%).
Ovos
Os ovos ficaram 12,7% mais baratos no comparativo, em razão principalmente do aumento da oferta no entreposto. Outro fator que contribuiu para isso foi o recuo da demanda, após o fim da Quaresma, período tradicionalmente de maior consumo do ano.
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quinta-feira, 6 de junho de 2019
CeasaMinas: Milho-verde fecha maio 12,2% mais barato que em 2018
As festas juninas vêm chegando e ele volta a ser um dos protagonistas em várias receitas doces e salgadas. Trata-se do milho-verde, que está fechando o mês de maio com preço médio abaixo do praticado em igual período de 2018. Em maio deste ano, o quilo foi comercializado, em média, a R$ 0,86, frente a R$ 0,98 de igual mês de 2018, o equivalente a uma redução de 12,2%, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Diante disso, as perspectivas para junho e julho também são de preços menores no comparativo com o ano passado, mesmo com aumento da demanda, o que pode pressionar as cotações.
De acordo com o produtor rural Robson Gaudêncio de Sousa, do município de Mateus Leme (MG), este ano foi marcado por um prolongamento do período chuvoso, o que explica os preços mais baixos até o momento. "As chuvas fora de época favoreceram a oferta do milho-verde não irrigado. Normalmente o preço seria maior agora, justamente pela predominância do produto irrigado".
O produtor explica ainda que o milho da safra das chuvas, além de contribuir para elevar a oferta geral no mercado, também tem um custo de produção menor. Isso tudo, segundo ele, contribuiu para segurar os preços até maio.
No entanto, Sousa está otimista com a valorização da hortaliça nas próximas semanas. O saco com 19 quilos do milho-verde, comercializado por ele no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem (MLP), variou entre R$ 20 e R$ 25, no dia 24/5. "Nossa expectativa é que os preços se mantenham ou até aumentem com o início do período das festas". Além disso, a simples chegada do frio eleva a procura pelo produto, que é muito utilizado em pratos quentes.
Produto valorizado
"Estamos com boas perspectivas para este ano quanto a preços melhores ao agricultor. A procura já está maior no mercado. Quem levava cinco sacos, já está levando dez", destaca o produtor rural André Gonçalves, do município de Santana do Pirapama (MG).
Gonçalves confirma que a boa oferta de milho-verde está ligada às chuvas prolongadas. "Para se ter uma ideia, muitos compradores estavam até há pouco tempo comprando direto na roça esse milho não irrigado. Agora, já não encontram mais esse milho, e tem que vir à CeasaMinas comprar o produto irrigado", explica. O saco da hortaliça comercializado por ele no MLP variou entre R$ 15 e R$ 20, no último dia 24/5.
Uma das alternativas usadas pelos produtores para garantir mais rentabilidade é administrar a colheita da hortaliça, em função da expectativa de preços e ofertas no entreposto. Quando há uma previsão de picos de oferta, por exemplo, Gonçalves procura segurar a colheita por alguns dias, evitando perder a rentabilidade com preços menores. ?Isso é possível fazermos em dias mais frios, porque o produto não se desenvolve tão rápido. Com o calor não tem como?, explica.
Dicas para comprar e consumir
O milho-verde deve ser comprado fresco, com as folhas bem verdes e o cabelo marrom escuro. Se estiver à venda sem casca, verifique se a ponta inferior da espiga é afilada e macia, um sinal de que está em boas condições. A dica para conservar o milho-verde é colocá-lo na geladeira, embrulhado em papel umedecido, protegido em saco plástico, por uma semana.
Vale lembrar que o produto pode ser comido diretamente da espiga, assado sobre brasas ou após cozimento ligeiro. Podem ser preparados também mingaus e conservas. As espigas mais novas são melhores para cozinhar e refogar.
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sábado, 11 de maio de 2019
CeasaMinas: Hortigranjeiros ficam 3,2% mais baratos em abril
Como dicas de consumo, vale aproveitar também os bons preços de berinjela, pepino, inhame, mandioca, goiaba, maçã brasileira e uva niágara. Preços dos ovos vão baixar ainda mais.
Os hortigranjeiros ficaram, em média, 3,2% mais baratos em abril no comparativo com março, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. No setor de hortaliças (legumes e verduras), alguns dos produtos que mais contribuíram para a queda de preço foram a abobrinha italiana (-21%) e a cenoura (-9,4%). Entre as frutas, alguns dos destaques foram a tangerina ponkan (-36,6%) e o abacate (-16,7%). O consumidor deve ficar atento porque a expectativa é de novas reduções de preço a partir deste mês de maio.
Conforme explica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o preço médio verificado em abril, apesar da queda, não pode ser considerado baixo. A redução, segundo ele, se deu mais em razão de a base de comparação ter apresentado valores bem mais altos. Ainda assim, ele pontua alguns fatores que contribuíram para o preço ter cedido, a exemplo da redução de chuvas e temperaturas mais amenas, com o consequente consumo menor de vários produtos.
No setor das hortaliças, contribuíram também para redução do preço a moranga híbrida (-16,1%); a beterraba (-9,3%) e o repolho (-4,8%). O chuchu, apesar da queda de 62,8%, permanece com preço alto.
Das hortaliças que ficaram mais caras, os destaques foram o tomate (34,6%); o quiabo (16,8%); o pimentão (10,8%); a batata (3,5%); a couve-flor (3%) e a cebola (1,8%). No entanto, vale lembrar que a melhoria das condições climáticas tende a reduzir o preço do tomate. Já a cebola deve manter preços firmes até junho, a partir de quando deve cair de preço.
Frutas
As frutas que mais influenciaram a redução de preço foram o mamão formosa (-29,5%); o mamão havaí (-23,4%); a banana-nanica (-18,8%); a manga (-9,6%) e a laranja-pera (-8,2%).
No sentido inverso, ficaram mais caros o morango (46,5%); a melancia (17,4%); o limão tahiti (10,6%); a banana-prata (5,7%) e o abacaxi (3,2%).
Ovos
Os ovos ficaram, em média, 1,3% mais caros em abril. Entretanto, passada a Quaresma, época dos preços mais altos para os ovos, já se observou a retração dos valores no entreposto. A previsão é de novas reduções ao longo do mês, favorecendo ainda mais o consumidor.
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sábado, 12 de janeiro de 2019
CeasaMinas: Limão é dica para o verão, com queda de 43% no preço
Os ingredientes podem variar, bem como a forma de preparo, mas o certo é que, para aliviar o calor, a limonada é uma aposta certa de para muita gente. A bebida vem também em boa hora por conta do período de plena safra do limão, cujo preço médio na CeasaMinas está 43% menor quando comparado a novembro passado. Além disso, para se ter uma ideia do momento favorável ao consumidor, no último dezembro, a fruta apresentou o preço médio mais baixo para o mês desde 2015.
O valor médio do quilo em dezembro passado no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas foi de R$ 1,44, frente a R$ 2,52 em novembro. Já os preços médios praticados em dezembro dos anos anteriores foram R$ 2,41/kg (2017); R$ 1,62/kg (2016); e R$ 1,58/kg (2015). Nos primeiros dias de janeiro deste ano a situação média do limão se manteve estável em R$ 1,43/kg.
De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a queda de preços já era esperada em razão do aumento da oferta, própria do período de safra que deve se manter até abril ou maio.
?O preço é praticamente a conta para apenas cobrir os custos de produção, transporte e comercialização, que inclui gastos com água, energia, frete, embalagem, enceramento, entre outros?, ressalta o produtor rural Ayrisson Rodrigues Gomes, do município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais.
Segundo ele, que comercializa no Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas em Contagem, por enquanto nem o calor tem sido suficiente para pressionar os preços da fruta. "Achei que iria conseguir pelo menos R$ 30/sc, mas aqui está na faixa de R$ 20 a R$ 25, o saco de 20 quilos".
Gomes afirma ainda que o preço médio anda tão baixo que, para o produtor, chega a compensar a venda direta na roça nesta época. "Meu pai, por exemplo, vendeu nesse dia 8 o saco por R$ 14 na roça. É bem próximo ao preço do MLP, só que sem os custos para trazer a mercadoria até aqui. Ainda assim, a gente faz questão de vir a Ceasa pra segurar aquele cliente fiel", explica.
São Paulo predomina
Em 2018, do total de limões ofertados no entreposto de Contagem da CeasaMinas, 75,2% foram provenientes de municípios paulistas. Minas Gerais ocupou o segundo lugar entre os estados ofertantes, com participação de 24,2%, com destaque para os municípios de Jaíba (11,7%) e Matias Cardoso (9,6%), ambos no Norte de Minas.
Na empresa Verde Limão, uma das atacadistas na CeasaMinas, 95% do volume comercializado da fruta é proveniente de São Paulo, conforme explica o proprietário Marcos Paulo do Nascimento Bispo. Segundo ele, os limões paulistas são de padrão superior aos mineiros encontrados no entreposto. Essa diferença de qualidade acaba se refletindo no preço: enquanto o limão mineiro é vendido na loja entre R$ 20 e R$ 25/sc, o de São Paulo está entre R$ 30 e R$ 35/sc. Para se ter uma ideia, em 2018, o limão paulista chegou a R$ 130/sc, no pico da entressafra.
"O limão de melhor qualidade produzido em Minas Gerais acaba sendo exportado. O de qualidade intermediária vai mais para outros estados como Goiás e Espírito Santo. Já o que vem para Belo Horizonte é de classificação inferior e preços mais baixos", diz.
A dica do comerciante na hora de escolher bem o limão é observar se a casca está lisa e fina, sinal de que possui mais suco. O limão de casca grossa é preferido para exportação por ser mais resistente ao deslocamento.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2018
CeasaMinas: Jaca mantém queda de preço, com redução de 15,7%
Utilizada em sucos, doces e até como substituta da carne de frango, a jaca tem mantido trajetória de queda de preços, iniciada a partir de julho deste ano, no atacado da CeasaMinas. Trata-se de uma boa oportunidade para compradores, já que o valor médio do quilo apresentou em novembro redução de 15,7% em relação ao pico de preço, verificado em julho. A expectativa é que o período de safra se estenda até o próximo mês de abril. Minas Gerais é responsável por 99% de toda a oferta de jacas no entreposto de Contagem.
A situação é favorável ao consumidor, ainda que o preço médio do quilo em outubro deste ano (R$ 4,12) tenha ficado 6,7% maior, se comparado a igual mês de 2017. “Não pode ser considerado um aumento alarmante, ainda mais se tratando de um produto como a jaca”, destaca o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.
O produtor rural Natanael Paulino, do município de Mantena (MG), tem apostado no cultivo da fruta há cerca de oito anos. “Desde então, tenho aumentado 500 pés a cada ano. A produção de cada pé varia muito. Tem uns que rendem dez frutos e outros, 200”, explica. Ele procura manter o preço entre R$ 8 e R$ 10 por unidade no atacado.
Apesar do otimismo na hora de investir, Paulino reclama da retração na demanda. “Já cheguei a comercializar antigamente 2 mil jacas por semana. Hoje em dia, a venda não passa de 500 frutos”, lamenta.
Opção vegetariana
Um segmento de consumidores que parece ter dado fôlego ao mercado da jaca é o de vegetarianos. Afinal, a jaca tem sido uma alternativa para substituir a carne de frango desfiada em muitas receitas. A produtora rural Rayane Rosa Olímpio, também do município de Mantena, confirma a grande procura de restaurantes vegetarianos pelo produto que ela e o irmão trazem ao Mercado Livre do Produtor (MLP) do entreposto de Contagem da CeasaMinas.
Ela explica que a procura para o preparo de pratos vegetarianos é mais concentrada nos períodos de entressafra, entre maio e setembro, quando é mais fácil comprar a jaca ainda verde, ideal para fazer “a carne”. “Nesse caso, é comum alguns restaurantes comprarem e congelarem o fruto para usá-lo durante mais tempo”, afirma.
Rayane e a família iniciaram a produção da fruta há cerca de dez anos, mas ela conta que seu pai, o produtor José Olímpio, começou na CeasaMinas há cerca de 30 anos vendendo coco, mercadoria que continua como destaque na área deles no MLP.
Ela ressalta que, embora o cultivo da jaca não exija investimentos em irrigação ou adubação, são necessários cuidados ao apanhar os frutos dos pés. Se houver uma queda, por exemplo, parte do produto pode escurecer e comprometer todo o amadurecimento.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2018
CeasaMinas: Coco-verde atinge menor preço em três anos
Enquanto que na orla marítima do Rio uma água de coco geladinha custa o absurdo de até mais de R$ 5, na central de abastecimento mineira um coco está custando R$ 1,22.
No idioma sânscrito, presente na Índia, o coqueiro significa a " árvore que supre todas as necessidades da vida". Não por acaso, diz-se que de seu fruto tudo se aproveita. E para os amantes de coco-verde, o momento atual tem sido bem favorável.
No atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas, o preço médio do fruto apresentou em outubro o valor mais baixo para o mês desde 2015, ficando em R$ 1,22/unidade. O aumento da oferta é umas das principais causas da queda de preço.
Para se ter uma ideia da boa oferta, apenas nos primeiros dez meses deste ano, o volume de coco-verde no entreposto já superou em 12,5% toda a quantidade de 2017. Foram ofertados, de janeiro a outubro de 2018, cerca de 22 milhões de quilos, frente a 19,9 milhões em todo o 2017, segundo a Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim).
Enquanto a situação representa uma oportunidade para os compradores, os produtores lidam com o desafio de manter a rentabilidade. "O preço mínimo para cobrir meus custos com irrigação, adubo, defensivos e mão de obra seria de R$ 1,30, mas hoje estou vendendo a unidade por R$ 1", afirma o produtor rural Natanael Paulino, do município de Mantena (MG), no Vale do Rio Doce.
Além da grande oferta, ele acredita que outros fatores contribuíram para os preços baixos, tais como a crise econômica e as instabilidades na temperatura que prejudicam a demanda. ?Um dia chove e no outro esquenta ou fica nublado: ainda tá muito instável?.
Quando a procura pelo produto não acompanha o aumento da oferta, a solução em alguns casos é doar a mercadoria que sobra. Paulino diz que acabou doando 500 dúzias do produto em outubro passado. "O coco-verde de uma semana para outra já fica feio, e perde valor", justifica.
Ainda assim, ele acredita que o fruto seja um dos melhores investimentos, prevendo alta do preço a partir de janeiro, quando, segundo ele, Rio de Janeiro e São Paulo compram a maior parte do coco. O otimismo é tanto que ele pretende ampliar a produção, agora no Espírito Santo. "Tenho 17 mil pés de coco plantados em Minas Gerais, e pretendo plantar mais em um projeto para daqui a cinco anos".
Coco-verde x seco
Outro fator que pode ter contribuído para a redução do preço do produto está ligado à queda na demanda pelo coco seco, o qual nada mais é do que o verde sem casca, que amadureceu. A explicação é do produtor rural Rodney Rosa Olímpio, também de Mantena. De acordo com ele, a crise econômica levou ao fechamento de muitas fábricas de doces que compravam coco seco. Dessa forma, vários produtores priorizaram a colheita do coco ainda verde, por acharem o mercado melhor. Em consequência, houve um aumento da disponibilidade de coco-verde no mercado, derrubando o preço.
"Hoje já observamos uma retomada da demanda das fábricas pelo coco seco, o que pode vir a contribuir para reduzir a oferta do verde no mercado e regularizar a situação", ressalta.
Olímpio lembra que o clima é determinante para planejar as vendas. "Lá na roça ficamos de olho nos serviços de metereologia. Quando a previsão é de temperaturas acima de 28 graus, sabemos que podemos trazer mais mercadorias ao entreposto, porque a procura tende a ser bem maior".
Ele e a irmã dão continuidade ao trabalho iniciado pelo pai na CeasaMinas. "Hoje tenho clientes da época do meu pai, que foi um dos primeiros a vender coco-verde aqui no MLP. Ele trabalhou por 32 anos aqui", ressalta.
Na hora de comprar, o produtor dá a dica: prefira os cocos mais arredondados e menores. Além disso, aqueles com a casca muito verdes não são tão doces.
Coco verde importado
Do total ofertado de coco-verde na CeasaMinas, 41,1% foram provenientes da Bahia, seguida pelo Espírito Santo, responsável por 33,4% do volume total, entre janeiro e outubro de 2018. Os municípios mineiros ofertaram 12% da oferta total.
"Do nosso coco-verde, de 70% a 80% vêm da Bahia", afirma o gerente da Central do Coco, empresa atacadista instalada no entreposto de Contagem. Ele acrescenta outra causa para a queda dos valores do produto: a suspensão das atividades de uma grande fábrica que envasava água de coco no Espírito Santo. O resultado foi o aumento da disponibilidade da mercadoria in natura.
Os principais compradores da empresa são os sacolões, supermercados e os vendedores autônomos nas ruas. Para estes últimos, a Central do Coco oferece o serviço de entrega da mercadoria.
De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), ligado à Universidade de São Paulo (USP), os estados da Bahia, Ceará, Sergipe, Pará, Pernambuco e Espírito Santo são responsáveis por 81% da produção nacional de coco-verde.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2018
Ceasa Minas - Ovos atingem menor preço desde 2016
Ele é considerado um dos alimentos nutricionalmente mais completos para a saúde humana. Utilizado em incontáveis receitas, e das mais diferentes formas, o ovo tem apresentado os preços mais baixos dos últimos dois anos para os meses de setembro e outubro na CeasaMinas. No atacado do entreposto de Contagem, a dúzia foi comercializada em setembro, em média, a R$ 2,47 e, em outubro, a R$ 2,18/dz (1 a 22/10). Em relação ao pico de preço do ano, registrado em março com R$ 3,40/dz, os ovos já apresentaram queda de 35,9%. As altas da produção e da concorrência estão entre as principais causas da redução de preço.
O aumento da produção nas granjas refletiu-se nos dados de oferta dentro do entreposto. De acordo com o Departamento Técnico da CeasaMinas, em setembro deste ano o aumento da oferta na central de abastecimento foi de 27,6%, em relação a igual mês de 2017.
Segundo o comerciante Rogério Rodrigues, da distribuidora Ki-Gema, instalada na CeasaMinas, nos últimos dois anos, os preços maiores acabaram estimulando muita gente a produzir. “Quem não era avicultor, entrou no ramo, e quem já era aumentou a produção”, destaca.
Ele também atribui o aumento da oferta ao fato de muitos avicultores passarem a produzir em estados como Mato Grosso e Goiás, polos de cultivo de milho e soja, que constituem a base das rações para as aves. “Essa proximidade com as áreas produtoras de insumos visa diminuir custos”.
Rodrigues comemora o aumento do consumo de ovos nos últimos anos. “Antigamente o ovo era o vilão da saúde, mas hoje é recomendado. Graças a isso, hoje em dia vendo 35% de ovos a mais do que há oito anos”.
Ainda assim, segundo o comerciante, a demanda não tem sido suficiente para compensar o aumento da oferta. “A caixa contendo 30 dúzias está saindo de R$ 55 a R$ 60. Pra se ter uma ideia, o valor mínimo para cobrir o custo do produtor e ainda remunerar quem distribui seria de pelo menos R$ 85/cx”, ressalta.
Concorrência
De acordo com Vito Cardoso Morais, responsável pela atacadista de ovos Itapevi, o mercado tem presenciado um grande aumento dos atacarejos e vendedores que rodam em kombis, favorecendo o achatamento dos preços. “Tenho alguns clientes antigos de sacolão que antes levavam aqui dez caixas e hoje compram só sete. Eles sabem que se comprarem mais, não vendem na banca”, diz.
Ele explica que o descarte de aves poderia ser uma alternativa para regularizar os preços, já que reduziria a oferta de ovos no mercado. Entretanto, segundo ele, em Minas Gerais há apenas um abatedouro autorizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Isso gera fila de espera, o que acaba atrasando o descarte e a consequente regularização dos preços”.
Morais acredita que se a situação atual é benéfica para o consumidor, o preço pode vir a se elevar muito. “Hoje o produtor na granja está recebendo em torno de R$ 1,80/dz. O mínimo para cobrir os custos deveria ser de R$ 2,80/dz”.
Organização
Já o superintendente do Aviário Santo Antônio (ASA), Wladimir Paixão, aponta a falta de organização de muitos produtores como uma das causas para os baixos preços. Ele acredita que os avicultores deveriam buscar se associar para não ficarem reféns dos distribuidores. “Enquanto os produtores estiverem focados em vender para o distribuidor, estarão fadados ao fracasso. Eles têm que mudar a forma de trabalhar”.
A empresa comercializa a própria produção, priorizando a venda direta da granja até os municípios da Região Metropolitana. Tanto é que o percentual de vendas da ASA no entreposto de Contagem é inferior a 30% do total comercializado, de acordo com Paixão.
“Meu preço é 28% acima do mercado nacional, porque nós investimos em diferenciais”, afirma. Além dos produtos in natura, a ASA oferta, por exemplo, albumina em pó e clara líquida, ambas voltadas especialmente para praticantes de atividades físicas. Há também os omeletes em pó, vendidos em sachês.
Raio X do mercado
Levantamento da Associação de Avicultores de Minas Gerais (Avimig) revela um aumento de 77,8% na produção de ovos em um período de dez anos (2007-2017). A produção saltou de 7,72 milhões de caixas (30 dúzias cada) para 13,74 milhões.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção nacional de ovos passou de 28,85 bilhões para 39,18 bilhões de unidades, entre 2010 e 2016. Quase a totalidade (99,57%) é destinada ao mercado interno.
Também chama a atenção o aumento do consumo interno. Em 2010, o consumo anual por pessoa era de 148 ovos, passando a 190 unidades em 2016, conforme a ABPA.
No entreposto de Contagem da CeasaMinas, em 2017 quatro estados foram responsáveis por ofertar 93,4% dos ovos: São Paulo (28,2%); Mato Grosso (24%); Minas Gerais (21,3%) e Paraná (19,9%).
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sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Cebola atinge menor preço do ano no atacado
Um dos itens mais básicos na mesa dos consumidores, a cebola volta a ser destaque entre os hortigranjeiros mais baratos na CeasaMinas. Nesse mês de agosto, a cebola amarela apresentou o menor preço médio de 2018 até o momento, ficando em R$ 1,07/kg, no atacado do entreposto de Contagem. O valor é 18% menor que agosto de 2017, e 17% inferior ao último mês de julho. O produto ocupa o terceiro lugar entre as hortaliças mais importantes comercializadas na CeasaMinas, atrás de batata e tomate.
Para se ter uma ideia da redução de preço, o valor praticado em agosto deste ano é o segundo mais baixo desde 2014, superando apenas o verificado em 2016 (R$ 1,00/kg).
De acordo o gerente da empresa atacadista São Judas Tadeu, Ricardo Moreira, a queda se deu principalmente por dois fatores: a menor procura, por causa da crise econômica, e o excesso de oferta.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, segundo Moreira, a forte desvalorização do preço da cebola não tem sido acompanhada por um aumento da procura. "Estimamos uma redução de 50% na demanda pela mercadoria", ressalta o lojista, que atua no entreposto de Contagem. Já o aumento da oferta, de acordo com ele, está ligado ao fato de muitos produtores se verem estimulados a ampliarem suas áreas plantadas, em razão dos preços mais altos da safra anterior.
No último mês de maio, por exemplo, a cebola chegou a ser comercializada a R$ 3,07/kg, no atacado. O preço maior foi resultado principalmente da menor oferta geral, mas também da grande participação da cebola importada, que chegou a ser responsável por 28% da oferta naquele mês.
"Aqui temos cebola pela qual pagamos R$ 15 (saco de 20 kg) ao fornecedor. Na hora de revendermos, se o comprador pechinchar ele pode conseguir até por R$ 13 no mercado. Ou seja, não cobre nem o custo da loja", lamenta.
Maior participação mineira
Outro dado que chama atenção é o aumento da participação dos municípios mineiros na oferta de cebola. Em agosto de 2017, Minas Gerais era responsável por 50% do volume, e, no mês passado, passou a responder por 58%. Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o crescimento pode ter sido motivado pelos bons preços pagos ao produtor no início deste ano.
O atacadista Francisco Carlos de Jesus Junior, da empresa Faju, também instalada na CeasaMinas, não consegue prever quando o preço começará a reagir. "Em novembro, teremos também a entrada de mercadorias vindas da Santa Catarina, que vão se somar à grande oferta atual", afirma. O comerciante reclama da falta de uma produção programada, de modo a permitir o controle do que será cultivado, evitando, assim, grandes picos de ofertas e preços.
Cebola estocada
Uma das estratégias utilizados pelo produtor rural Marcos Vinícius a fim de minimizar os efeitos da queda de preço tem sido a estocagem do produto na lavoura. "Se trouxermos toda a nossa cebola para o entreposto, sabemos da dificuldade que será para vender", justifica o representante dele no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem, vendedor Lucas Geraldo Mendonça.
Segundo Mendonça, a propriedade rural localizada em São Gotardo (MG), na região do Alto Paranaíba, está com mais da metade da produção estocada, principalmente da cebola extra (com pele). "A extra é mais valorizada e possui maior durabilidade. Já cebola "branca" (sem pele), não temos como estocar, é mais perecível, só dura em torno de 1 mês", explica.
Ao consumidor, resta aproveitar o período para economizar, pois, de acordo com o calendário de comercialização da CeasaMinas, a previsão é que a cebola apresente preços menores pelo menos até o fim do ano.
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CeasaMinas - Hortigranjeiros apresentam recuperação de preços após queda
Os hortigranjeiros apresentaram recuperação parcial de preços no comparativo de agosto em relação a julho, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. O preço médio do setor, que inclui hortaliças, frutas e ovos, foi 3,8% maior, após uma queda de 17,5% no levantamento anterior (julho/junho). Por isso, apesar da alta no mês, a situação ainda pode ser considerada favorável ao consumidor, com várias dicas, a exemplo da batata, cebola, banana prata e maçã nacional.
Outro dado que mostra a boa fase de preços para o consumidor da maioria dos hortigranjeiros é o comparativo anual. Os produtos desse segmento ficaram, em média, 8,8% mais baratos em relação a agosto de 2017, conforme exemplifica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.
Hortaliças
Dentro do grupo das hortaliças (legumes e verduras), as principais altas de preços no balanço mensal foram de produtos mais sensíveis às quedas de temperaturas, o que prejudicou a colheita. Em alguns casos, fatores ligados à sazonalidade também ajudam a explicar os aumentos de preços. Entre as altas, os destaques foram a abobrinha italiana (46,7%); pimentão (34,6%); tomate (16,7%); cenoura (16,7%) e quiabo (16,2%).
Já as hortaliças com as maiores quedas de preços foram o chuchu (-24,2%); repolho (-18,2%); cebola (-15,1%); abóbora moranga (-10,9%); batata (-9,9%); couve-flor (-6,3%); beterraba (-4,6%) e alface (-4,2%).
Frutas
No grupo das frutas, os produtos que apresentaram os maiores aumentos de preços foram o limão tahiti (31,2%); abacate (23%); manga (22%); mamão havaí (21,4%); goiaba (17,2%); laranja-pera (7,2%) e melancia (4,1%).
Os destaques das quedas entre as frutas foram melão (-16,8%); maçã nacional (-5,8%); morango (- 4,8%); banana prata (- 4,1%) e uva niágara (-3,9%).
A exemplo do grupo das hortaliças, a elevação dos preços dessas frutas é resultado principalmente de problemas climáticos em regiões produtoras ou de sazonalidades.
Ovos
Já os ovos ficaram 7,9% mais baratos em agosto, sobretudo por causa do crescimento de 5,6% da quantidade ofertada no entreposto de Contagem.
Vale lembrar que o segundo semestre é tradicionalmente o período mais propício para o consumo da maioria dos hortigranjeiros, em razão de boas ofertas e preços menores. Portanto, a dica é pesquisar e aproveitar para economizar.
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