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terça-feira, 26 de novembro de 2019
Brasil fixa padrões visuais de qualidade para frutas, legumes e verduras
Nova medida já está valendo para alimentos natalinos, como as frutas importadas que não podem estar amassadas.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou os padrões visuais de qualidade para 17 produtos hortícolas. Os padrões estabelecem os requisitos para que uma fruta, legume ou verdura seja considerada própria para o consumo. O objetivo é auxiliar o consumidor a identificar esses produtos, assim como os fiscais.
Os padrões foram criados em conjunto com a Ceagesp de São Paulo e a Embrapa Hortaliças.
Os padrões cumprem a Instrução Normativa MAPA nº 69/2018 e estabelecem que os produtos devem estar: inteiros, limpos, firmes, sem pragas visíveis a olho nu, fisiologicamente desenvolvidos ou com maturidade comercial. Não podem: ter odores estranhos, estar excessivamente maduros ou passados, apresentar danos profundos, ter podridões, estar desidratados, murchos ou congelados.
Os primeiros hortícolas com padrão visual definido são: abacate, alface, banana, batata, caqui, laranja, mamão, manga, melão, melancia, maçã, uva, morango, nectarina, pêssego, tangerina e tomate.
Frutas natalinas
Os padrões já valem para as frutas natalinas importadas para as festas de final de ano, ou seja, não podem estar amassadas, podres, não desenvolvidos ou apresentar outros problemas. Os produtos que não obedeceram os requisitos poderão ser rechaçados nos pontos de entrada do país. Os auditores fiscais federais agropecuários estão autorizados a abrir caixas, por amostragem, para verificar a qualidade.
Os fiscais agropecuários passam por capacitação para identificar os produtos que estiverem fora dos padrões de qualidade estabelecidos pela IN 69.
Referência para mercado internacional
Nesta semana, uma equipe do Ministério e da Ceagesp está no Espírito Santo obtendo as imagens que serão referência para o padrão de qualidade do mamão. Posteriormente, este referencial da fruta será disponibilizado para a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que usará as imagens para o padrão visual de comercialização da fruta no mercado internacional.
Frutas para exportação
As frutas de exportação devem atender os padrões exigidos pela OCDE, dentro do chamado Programa de Frutas e Hortaliças.
As normas facilitam o comércio internacional de frutas e hortaliças por meio da harmonização das normas internacionais de comercialização. Adicionalmente, o programa visa facilitar o reconhecimento mútuo das inspeções pelos países participantes, com aceitação internacional dos certificados de qualidade emitidos.
No caso do Brasil, o padrão visual para a certificação de frutas destinadas à exportação se dará de forma voluntária, conforme interesse do exportador ou exigência do país importador.
Segundo o Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, os países importadores são bastante exigentes. “Eles têm pessoal treinado para não deixar ingressar produtos que não atendam aos requisitos mínimos de qualidade estabelecidos pelos padrões visuais”.
O coordenador explica que o processo de importação de países-membros do programa da OCDE é mais ágil e envolve custos mais baixos de inspeção. O Brasil foi aceito no final de 2017 como país integrante do Programa de Frutas e Hortaliças da OCDE. Para isso, é necessário adotar padrões internacionais de classificação em um sistema desenvolvido de forma conjunta pelos países-membros para o controle da qualidade e certificação.
Fonte: www.agricultura.gov.br
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Local:
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
sábado, 28 de setembro de 2019
Batata doce é destaque no preço e produção na Ceasa Minas Gerais
Uma das estrelas da alimentação entre os adeptos de atividades físicas, a batata-doce atingiu em setembro o menor preço para o mês desde 2015. Entre 1 e 18/9, o valor médio do quilo ficou em R$ 1,76, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Em relação ao mês fechado de setembro de 2018, a redução foi de 27,2%. Em comparação com os demais meses de 2019, trata-se do menor preço médio, igualmente aos verificados em fevereiro e março. A boa oferta é o fator que mais contribuiu para o barateamento do produto.
Caso a entrada de batata-doce no atacado se mantenha no atual ritmo, a estimativa é que o volume ofertado em 2019 seja em torno de 15% maior que o de 2018, conforme prevê o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins.
A queda no preço da batata-doce foi influenciada sobretudo pela variedade roxa (rosada), segundo o produtor rural José Celso Fernandes, que comercializa no entreposto de Contagem. "Muitos produtores de regiões mineiras como as de São Gotardo, Araxá e Patrocínio passaram a produzir a variedade roxa. Eles resolveram entrar nesse mercado, por conta da grande procura pelo produto".
De acordo com ele, o preço da variedade roxa segue um padrão: "são dois meses de preço razoável, de novembro a dezembro, e dez meses praticamente ´de graça`", reclama. A variedade branca, segundo ele, apresenta seis meses de preços mais altos, de setembro a fevereiro, e o restante do ano com preço regular.
"Trabalho com batata-doce há cinquenta anos, desde os sete anos de idade", destaca. Entre seus compradores, estão grandes redes de supermercados. "São clientes muito exigentes. Tudo tem que estar em um tamanho só, sem nenhum defeito, e embalados em caixa plástica. Por outro lado, temos maior segurança de receber o pagamento". Ele conta que, apenas para duas redes de supermercados, envia ao todo cerca de 4 mil volumes por semana.
No último dia 18/9, Fernandes comercializava a embalagem de 20 quilos de batata-doce branca por preços entre R$ 45 e R$ 50. Já a roxa estava de R$ 25 a R$ 30, no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem (MLP). Ele cultiva a hortaliça nos municípios mineiros de Jaíba, Formiga e São João del-Rei.
Produtividade
Outro fator que tem motivado a produção da variedade roxa são as altas produtividades e custos menores. "A do tipo roxa possui uma produtividade três vezes maior e metade do custo em relação à variedade branca", explica o produtor rural Márcio Fernandes de Morais, que traz a mercadoria do município de Jaíba, junto com o irmão Anderson Fernandes do Carmo.
No último dia 18/9, ele vendia a embalagem de 20 quilos de batata-doce roxa a R$ 30 no MLP. "Esse preço já está assim há uns quatro meses", diz.
Já a variedade branca era comercializada de R$ 40 a R$ 45, o que garante a ele uma margem de ganho em torno de 35% acima do custo, quando a produção atinge ao menos 900 volumes por hectare.
Influência de outros estados
"A oferta do tipo roxa aumentou muito também por causa dos fornecedores de São Paulo. Eu tinha cliente do interior do estado que vinha aqui na CeasaMinas mas deixou de comprar comigo para receber o produto direto de vendedores paulistas", explica Morais.
Já as boas colheitas em Sergipe têm contribuído para manter os preços da batata-doce branca no atual patamar. "Não fosse a produção sergipana, esse preço de hoje da variedade branca poderia estar bem maior, em torno de R$ 60".
O produtor ainda prevê uma possível queda de preço no mês. "Seria por conta de um aumento da oferta em outubro, mas é arriscado contarmos com isso", afirma.
Minas Gerais lidera a oferta
Em 2018, do total ofertado do produto no entreposto de Contagem da CeasaMinas, 95,3% foram provenientes de municípios mineiros, sendo o restante vindo de São Paulo (3,3%) e de Sergipe (1,4%). Quatro municípios mineiros responderam por 56% da oferta total: Jaíba (15,4%); Formiga (14,7%); Manga (14,1%); e Serra do Salitre (11,8%).
Aliada da saúde
Produtores ressaltam que a demanda por batata-doce aumentou de duas a três vezes em relação há três anos. A alta na procura é atribuída aos benefícios nutricionais do produto, que atraem principalmente atletas. Isso porque a hortaliça fornece carboidrato de lenta absorção, o que garante energia constante durante todo o treino. Além disso, o alimento é rico em fibras, o que contribui para aumentar a saciedade e o controle do peso, conforme explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rita Ribeiro. A batata-doce ainda possui bons teores de vitaminas A e E, e de complexo B, além de cálcio, ferro e potássio.
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Local:
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
segunda-feira, 9 de abril de 2018
Produção rural mais perto do consumidor no interior do Rio
Feiras agrícolas garantem alimentos mais saudáveis para a população de locais como Araruama, Macaé, Angra dos Reis, Mangaratiba, Campos dos Goytacazes, Cordeiro, Guapimirim, entre outras cidades fluminense.
As feiras garantem frutas, legumes e verduras frescos, que saem diretamente dos produtores para os consumidores. Além da variedade da produção agrícola, produtos como mel, temperos e doces em compota também são vendidos. É tudo muito fresquinho, garantem. E torna-se cada vez maior o número de feiras de pequenos produtores agrícolas em várias cidades, vendendo sem intermediários ou atravessadores, legumes, verduras e hortaliças variadas saindo diretamente do campo para a mesa dos consumidores.
Na Região dos Lagos, a cidade de Araruama acaba de inaugurar a Feira da Agricultura Familiar, que funciona todas as quartas na Praça Antônio Raposo. Entre os produtos, laranja, aipim, limão, milho, feijão, farinha, biju, tomate e hortaliças, além de mel e própolis. Aos sábados, há feira atrás do Mercado Municipal. "Nossa terra é rica e precisamos investir e valorizá-la. É um grande incentivo aos nossos produtores, desenvolvendo a nossa agricultura familiar", destaca a prefeita Livia de Chiquinho.
Perto dali, Saquarema realiza todos os domingos uma grande feira no distrito de Bacaxá. E, a cada segundo sábado do mês, a Feira de Produtos Orgânicos e Agroecológicos, que acontece Praça dos Pescadores, no Centro. Esta última é uma parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (Emater). Já em Macaé, quatro feiras levam o melhor da produção agrícola da cidade. Elas são realizadas no Centro e nos bairros de Imbetiba, da Glória e do Pecado.
NORTE FLUMINENSE
Em Campos dos Goytacazes, a Superintendência de Agricultura e Pecuária promove toda semana a Feira da Roça, com a venda de frutas, legumes, peixes e produtos variados, como licor e tapioca, entre outros. Itinerante, reúne mais de 200 pequenos produtores e acontece em oito locais diferentes Praça São Gonçalo, Parque Tamandaré, Praça do IPS, Praça da República, Praça do Turf Club, Rotatória do Jardim Carioca, na Praça do Saco e Avenida Atlântica.
De acordo com Nildo Cardoso, da Superintendência de Agricultura e Pecuária, a intenção é valorizar a produção local e escoar a produção sem a presença de atravessadores, gerando, é claro, lucro aos pequenos produtores. "Garantimos que os alimentos sejam realmente produzidos no município e orientamos na produção, além de assegurarmos maior controle de qualidade", conta o superintendente.
Em Cordeiro, a Feira do Produtor Rural é realizada todos os domingos no Parque de Exposições Raul Veiga e conta com a participação de produtores da própria cidade e de municípios da região. Só que além de verduras, legumes e hortaliças, há diversos outros produtos. "É possível comprar, por exemplo, iguarias da culinária árabe (homus tahine, quibe assado e frito, abobrinha recheada), tapioca de variados sabores, pastéis artesanais, doces em compotas e muito mais", avisa o secretário de Agricultura, Márcio Sauerbronn.
COSTA VERDE
A cidade de Angra dos Reis tem duas feiras de pequenos produtores. Diariamente acontece na Praça Zumbi dos Palmares, no Centro. Semanalmente, no distrito Parque Mambucaba. Também na Praça Zumbi dos Palmares acontece todas as semanas a Feira Orgânica e Cultural de Angra dos Reis, criada em 2017. Segundo o secretário de Agricultura, Aquicultura e Pesca, Wagner Junqueira, as feiras geram renda. "Elas garantem o consumo de alimentos saudáveis, livres de produtos químicos que causam mal à saúde", ressalta Wagner Junqueira.
Já em Mangaratiba são realizadas duas feiras. Elas acontecem às terças, sextas e sábados na Praça Robert Simões, no Centro, e no distrito da Praia do Saco. Conforme o secretário de Agricultura e Pesca, Adalberto Basílio, a prefeitura pretende levar as feiras para os outros cinco distritos. "A feira é importante para a geração de renda, resultando em agregação de valor e redução dos preços para os consumidores locais", avalia o secretário.
SUL FLUMINENSE
No município de Nova Friburgo, a feira agroecológica acontece todas as semanas no distrito de Lumiar. Há também nos bairros de Olaria e Vila Amélia, além do Centro, com produtores orgânicos e pequenos agricultores, às quartas. "Os consumidores se sentem mais confiantes em consumir um produto em que a origem é conhecida e rastreável", salienta Miguel Schuenck Ribeiro, secretário de Agricultura.
Diversidade na produção agrícola
Na cidade de Paty do Alferes existe a Feira Agroecológica, que acontece na Praça George Jacob Abdue aos sábados, das 8h às 13h. Com um total de 24 produtores da agricultura familiar, ela foi criada para diversificar a produção de alimentos, que anteriormente ficava restrita à produção de tomate. "A feira nasceu como estímulo à prática de culturas diversificadas na região e transição para métodos mais sustentáveis de plantio, tendo como principal objetivo a mudança do agricultor tradicional para o orgânico", observa o secretário de Agricultura Thiago Peralta.
Em Guapimirim são duas as feiras. Aos sábados, na Praça da Emancipação, no Centro, das 8h às 13h. Aos domingos, no bairro Vale das Pedrinhas, de 8h às 12h. Já Petrópolis mantém feiras na Praça 14 Bis, no Centro Histórico, e nos terminais rodoviários de Itaipava, Bingen e Corrêas, de segunda a sábado. No Hortomercado de Itaipava, oito dos 38 estandes vendem exclusivamente produtos orgânicos, de sexta a domingo.
Fonte O Dia
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Local:
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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