O
Espírito Santo é o segundo maior produtor de Pimenta-do-Reino do país,
perdendo apenas para o estado Pará. O condimento é bastante utilizado
em várias cozinhas do mundo, além da brasileira.
A fim de expandir e fomentar a produção de pimenta-do-reino no
Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento,
Aquicultura e Pesca (Seag) realizou um novo estudo de zoneamento para
identificar quais áreas são aptas para o plantio do tempero no estado.
Após isto, constatou-se que 62 dos 78 municípios capixabas possuem, em
sua maior parte ou em todo território, condições ambientais e climáticas
favoráveis para esta cultura.
Antes do novo
mapa, o último zoneamento realizado em 2008 identificava que apenas 13
municípios eram aptos para o cultivo da iguaria. Todos estavam situados
na região Norte e Noroeste, onde predomina a cultura e onde estão
localizados os maiores produtores da especiaria: Montanha, Pedro
Canário, Pinheiros, Conceição da Barra, Jaguaré, Boa Esperança, São
Mateus, Nova Venécia, Aracruz, Vila Valério, Rio Bananal, Linhares e São
Mateus.
A ideia de se fazer um novo zoneamento
surgiu a partir da demanda de produtores rurais. O trabalho identificou
que em áreas com altitudes de até 650 metros existem níveis de calor e
umidade, além de tipos solos, que favorecem o florescimento da planta em
seu auge. Já em áreas com altitudes de 650 a 950 metros, ou acima
disto, o cultivo é arriscado ou inapto, devido a grande chance de
surgirem pragas ou doenças indesejáveis.
Produção
O
Espírito Santo é o segundo maior produtor de Pimenta do Reino do país,
perdendo apenas para o estado Pará. Mas ainda assim, é o que tem a maior
produtividade com 2,82 toneladas por hectare, enquanto a média
brasileira é de 2,22 toneladas por hectare.
Em
2014, a produção capixaba alcançou 7.597 toneladas, em uma área de 2665
hectares, número que representou 17,9% de toda a produção brasileira.
Segundo dados do setor de estatística das Centrais de Abastecimento do
Espírito Santo (Ceasa/ES) a pimenta-do-reino em 2015, manteve o preço
médio do quilo praticado no mercado a R$10,86. O valor bruto da produção
no Estado supera R$130,8 milhões.
O gerente de
Agroecologia e Produção Vegetal da Seag, Aureliano Nogueira da Costa,
reforça que mais de 75% da área de pimenta do reino cultivada no Estado
pertence a produtores familiares e que o novo mapa é uma forma de
reconhecer o trabalho de todos eles frente a entidades públicas e
privadas, a fim de que elas o ajudem a ter uma melhor qualidade de vida.
“Com
o novo zoneamento eles terão acesso às políticas públicas ligadas à
pesquisa, assistência técnica e extensão rural, voltadas para a cultura,
e também mais facilidade para conseguir com que agentes de crédito
apostem e fomentem a produção da pimenta, em municípios que antes não
eram vistos como ideais para o plantio”, ressaltou Nogueira.
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