terça-feira, 1 de março de 2016
Ceasas estão recebendo menos mercadorias
Por Jorge Lopes
Balanço econômico feito pela CeasaMinas, que voltou a ser divulgado depois de três meses, aponta que o seu principal mercado, a central de abastecimento de Belo Horizonte, teve uma queda de 17%, em 2015. Veja os detalhes.
A CeasaMinas voltou a publicar o seu boletim mensal sobre a movimentação de mercadorias, depois de ficar ausente nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2015 por conta de problemas internos. Junto com o Índice da Ceagesp, os dois formam um apanhado geral importante para orientar o produtor rural, empresário e o consumidor brasileiro. As duas análises são sempre publicadas aqui no CeasaCompras
.
Os técnicos analisaram os preços praticados em janeiro passado, somente com base nas ofertas e preços praticados na unidade Grande Belo Horizonte, da CeasaMinas. De mão dos números, fizeram a comparação com igual período do ano passado.
A oferta de produtos naquele mercado foi de pouco mais de 150 nil toneladas, cerca de 17% a menos se comparado a janeiro de 2015 quando foi de 180.602 toneladas.
Os hortigranjeiros que no ano passado respondiam por 70,93% da movimentação de carga naquela central, sofreu uma queda de 17,80%.
A pior queda foi em relação a venda de frutas, que antes respondia por 30,4% e que hoje caiu para 28,20%. Em janeiro de 2015, o volume de frutas representou 62.845 toneladas; em em janeiro passado, apenas 45.124 toneladas.
Dissonâncias
Altas do dólar, que aumentou 54% em relação a janeiro do ano passado, ajudaram a encarecer os principais insumos agrícolas, em praticamente todas as culturas. Atrelados a isso estão os aumentos de custos como combustíveis e energia elétrica.
As chuvas intensas no período também prejudicaram o escoamento da produção, que tanto reduziu a oferta quanto aumentaram os custos.
No caso das chamadas hortaliças fruto, apenas o tomate apresentou aumento de participação em janeiro de 2016.
Não se iluda, por que em relação a preços, o tomate apresentou aumento de 118,85%, em um ano. Depois dele, outros tiveram alta também, como o pimentão (23,88%), abobrinha italiana ( 35,56%), jiló (28,91%), quiabo (78,13%), milho verde (54,41%) e abobrinha menina (40,86%). As chuvas ocorridas em regiões produtoras do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e São Paulo pressionaram os preços para cima.
Outros aumentos
Tubérculos como cenoura, cebola amarela, mandioca/aipim, beterraba sem folhas, alho importado e alho nacional, tiveram seus preços médios acrescidos, se comparados entre janeiro de 2015 e 2016.
Os reajustes foram os seguintes:
Cebola amarela (78,06%); cenoura (58,06%), mandioca/aipim (17,86%), beterraba (52,71%), alho importado (112,80%), alho nacional (88,92%).
A batata lisa sofrera apenas reajuste de 1,28%, entre os dois meses comparativos. E apresentou queda de apenas 5% no volume chegado ao mercado.
A cebola é um caso a parte devido a importação do produto de regiões produtoras da Espanha e Holanda, que ajudaram de um lado e prejudicaram do outro.
No caso da cenoura, houve redução de 29% na movimentação de carga por conta da menor oferta, devido a problemas de produtividade e qualidade ocorridos nas regiões produtoras do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Frutas
Em relação a fruta, e ainda com base no estudo econômico feito pela CeasaMinas, os aumentos consideráveis de prelos ocorreram com a banana prata (48,24%), banana nanica (28,75%), melancia (24,74%), maçã (37,39%), limão Tahiti (9,71%), mamão Havaí (23,24%), coco verde (37,50%) e maracujá (37,32%).
A laranja pêra sofreu reajuste de apenas 4,08% em seus preços, apesar da queda de 20% no total de frutas enviados ao mercado (8.070 toneladas). Os municípios de Campinas, Piracicaba, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto, ambas regiões produtoras paulistas, foram os principais fornecedores para a CeasaMinas.
Já a entrega de banana prata houve recuo de 22% (4.936 toneladas). Os maiores fornecedores da fruta foram as regiões produtoras do Norte de Minas, Região Metropolitana de Belo Horizonte e Bahia.
A CeasaMinas teve de apelar para frutas produzidas no Vale do Jequitinhonha e do Espírito Santo.
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