terça-feira, 20 de outubro de 2015

Regiões produtoras do Rio estão sem água

                      

Tem trabalhador rural que não vê água na torneira há 4 meses. Oito cidades terão motobomba para combater a crise hídrica. Equipamento fará captação mesmo com redução da vazão do rio Paraíba do Sul, informam jornais O Dia e Globo.


Oito cidades fluminenses afetadas pela estiagem receberão um conjunto de motobombas para captar água no Rio Paraíba do Sul. A instalação dos equipamentos foi estabelecida no início do ano para assegurar o abastecimento, mesmo com as reduções de vazão do rio, determinadas para preservar os níveis dos reservatórios da bacia.

As primeiras obras serão feitas na Estação de Tratamento de Água (ETA) de Belmonte, em Volta Redonda. Também serão atendidos os municípios de Três Rios, Barra Mansa, Barra do Piraí, Vassouras, Sapucaia, São Fidélis e São João da Barra. O secretário estadual do Ambiente, André Corrêa, visita nesta segunda-feira o novo sistema de captação de Volta Redonda.
Após obras, barragem em Angra acumulará mais 4 milhões de litros.

O Parque Nacional da Serra dos Órgãos, em Teresópolis passou o fim de semana fechado, sem previsão de abertura. “Era o local onde as pessoas se refrescavam. No sábado choveu fraco, após um mês sem chuvas”, diz Fátima Machado.

Os moradores de Paquetá, Katia Pinno, e de Niterói, Marco Mendonça, criticaram a falta de planejamento. “Os rios não secam de uma hora para a outra”, disse Marco.

Alerta

Jorge Antônio Moura Rezende, de 47 anos, presidente da Associação de Moradores de Vila do Peão, em Sapucaia, também na Região Serrana, faz o alerta: se as chuvas não vierem logo, pode haver graves consequência para centenas de pessoas que vivem em propriedades rurais:

— Muitos estão recorrendo a poços, cavados às pressas.

Em Nova Friburgo, moradores da zona rural também estão improvisando e racionando água. Welington Nogueira Resende, de 30 anos, casado e pai de três filhos, está há três meses sem água na nascente. Ele mora com a família no bairro do Campo do Coelho:

— Tenho puxado a água barrenta de um rio aqui perto de casa para ter o que beber, tomar banho e cozinhar. É água suja, que preciso ferver antes de consumir.

Socorro imediato

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, frisa que ações do programa Rio Rural para enfrentamento dos efeitos da estiagem devem chegar esta semana à Região Serrana. O projeto foi iniciado nas regiões Norte e Noroeste do estado. Ele reconhece a gravidade da situação:

— Claro que, diante da maior estiagem de que se tem registro, todo o esforço ainda é insuficiente para sanar os problemas. Mas estamos com as equipes totalmente mobilizadas.

Em nota, a Cedae diz que o racionamento não é generalizado em nenhuma das 64 cidades cobertas pela companhia. “Em alguns municípios, existem pontos específicos em que a estiagem atingiu o manancial daquele local e, nestes casos, buscamos alternativas emergenciais atendendo com pipa d’água, enquanto a companhia viabiliza solução”. Ainda de acordo com a empresa, a situação mais crítica é a de Maricá, Teresópolis, São Gonçalo, Itaboraí, Cordeiro e Duas Barras.

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