terça-feira, 20 de outubro de 2015

Consumidor tem que ficar atento aos preços a partir de agora

                           


Os preços da batata lisa aumentaram 154,72% no período de um ano, entre 2014 e 2015, sofrendo um outro reajuste de 27,36% entre agosto e setembro passados. Enquanto isso, a cebola amarela nacional, cujos preços tinham sofrido um reajuste de 84,89% nos últimos doze meses, apresentou queda de - 22,35%,  entre agosto e setembro.  A constatação foi apresentada no boletim mensal elaborado pela diretoria técnica da Ceasa de Minas Gerais, que alerta para a tendência de alta verificada no quilo da batata. Veja o que diz a análise:

"Os preços da Batata Lisa voltaram  a aumentar na comparação com os excessivamente baixos de 2014 e relativamente a agosto passado. O ocorrido se deve especialmente em relação a oferta, bastante prejudicada pela ação das chuvas que dificultaram a colheita em importantes regiões produtoras de Minas Gerais. Os concessionários da CeasaMinas buscaram alternativas  intensificando suas aquisições em Goiás e São Paulo, sem, contudo, compensar a queda da oferta mineira. As cotações  médias da Cebola Amarela prosseguiram seu decréscimo, mantendo-se,  entretanto, em patamares elevados. A oferta (6.589 ton.) aumentou nas  duas comparações pressionando os preços, finco, inclusive, menos concentrada no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, com a redução da remessa da mesorregião mineira e o acréscimo de bulbos provenientes de Goiás, Bahia e Pernambuco.
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De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP, a restrição russa à cebola holandesa fez com que o país baixo buscasse ampliar sua presença em outros mercados. A baixa  oferta do produto nacional e os consequentes preços elevados provocaram um cenário ideal para a importação. Na CeasaMinas, o aumento da oferta de Cebolas Importadas também foi observado, o que, juntamente com a 
diversificação da origem, contribui para a redução dos preços na central de abastecimento".

Na tabela divulgada todos os dias pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortifrutigranjeiro - Prohort, ligado ao Ministério da Agricultura, o preço do quilo da batata na CeasaMinas está sendo negociado a R$ 1 - o mais barato entre todas as centrais de abastecimento do país. Na Ceasa Grande Rio, mercados do Irajá, bairro da Zona Norte carioca, e do Colubandê, na Região Metropolitana fluminense, o preço do quilo da batata estava 30% mais caro. Na Ceasa capixaba, o quilo sai por R$ 1,42. O mais caro verificado na Região Sudeste, foi o preço cobrado na Ceagesp : R$ 2,10.  Este preço alto pode ser um reflexo da seca verificada nas regiões produtoras de São Paulo e nas enchentes do Sul, como em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, que já estão afetando enormemente às principais lavouras.

Preços caindo

Enquanto a análise aponta para a alta de preços em relação à batata, no documento constatamos que, pelo menos em Minas Gerais,  a cebola amarela, o tomate, o alho brasileiro, beterraba, cenoura, pimentão, milho verde, pepino e berinjela apresentaram quedas acentuadas nos preços das mercadorias negociadas pela central mineira. Os hortigranjeiros corresponderam a 69,33% do volume negociado, enquanto que as frutas 31,91% de toda a movimentação.  Vejamos as quedas dos preços:

Tomate (-27,07%), pepino (- 10,20%), Berinjela ( - 39,16%), pimentão (- 32,17%), milho verde ( - 16,67%), cebola amarela ( - 22,59%), cenoura ( - 17,05%), beterraba ( - 26,60%), alho brasileiro ( - 5,65%), apresentaram queda entre agosto e setembro deste ano.

No caso das frutas, o limão taiti teve um aumento de preço de 52,50% nos últimos dois meses, mas em compensação a banana prata barateou 27,21%, a melancia (-24,21%) e o mamão havaí (-19,61%).

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