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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Ceasa Rio começa a ver preços de alimentos subindo

Por Jorge Luiz Lopes (jorgeseraphini@gmail.com).

A semana que está iniciando apresenta uma tendência de alta em alguns alimentos comercializados na Ceasa do Rio de Janeiro, como podemos constatar em seu levantamento de preços.  Mas, enquanto alguns sobem bastante, os da batata inglesa permanecem oscilando devagar. O que é bom. Então, vamos às batatas primeiro.

                       Batata mineira
              



A saca de 50 quilos da batata lisa está sendo comercializada a  R$ 70, ou R$ 1,40 o kg - cerca de R$ 0,30 acima do que era praticado há duas semanas.  Em outras Ceasas, o preço mais baixo, de R$ 1, foi constatado por nós em Minas Gerais e no Tocantins.  Na Bahia, Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo, os preços são os seguintes: R$ 1,20 (BA/SC), R$ 1,27 (ES) e R$ 2,41 (SP).

O Rio de Janeiro recebe batatas de dois grandes mercados produtores, que são Minas Gerais e São Paulo. Dos 20 municípios mineiros, se destacam São Gotardo, Rio Parnaíba, Patrocínio e Sacramento; dos 20 municípios paulistas, os que se destacam são Casa Branca e Pedra Bela.

Vagem e couve-flor

O ano de 2016 não foi muito bom para os preços da vagem manteiga, que em alguns estados chegou a custar R$ 50 o kg. Conforme noticiamos aqui no blog CeasaCompras. O preço foi, depois do meio do ano, baixando até chegar a um patamar confortável de pouco mais de R$ 1.  Só que agora, no Rio, a caixa de 15 kg da vagem manteiga foi vendida por R$ 40, com o quilo saindo em torno de R$ 2,66.  O preço da caixa da vagem macarrão é cotado a R$ 50.

No caso da couve-flor, a Ceasa fluminense está vendendo a R$ 40, oito unidades do alimento.  Duplicou de preço em apenas duas semanas.

O preço do alho continua o mesmo, com poucas variações entre o importado da China e o nacional.  O alho nacional tem a caixa com 10 kg sendo vendida a R$ 170, enquanto que o chinês (ruim) está custando R$ 165.  Aos poucos está sendo quebrada a hegemonia do alho chinês em nosso país, onde o lobby era fortíssimo e ameaçador.

Em relação às frutas, a goiaba vermelha, dois quilos, está custando R$ 15; e também dois quilos de abacaxi, a R$ 4,50.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Benefícios presentes em 10 legumes sazonais de dezembro


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Pimentão é rico em nutriente independente da cor, sendo um dos exemplos apontados nessa matéria.

Os legumes sazonais de dezembro indicados pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) são ricos em nutrientes e trazem inúmeros benefícios para a saúde.

1- Berinjela japonesa: esse tipo é fonte de vitamina B6 e K, magnésio e fibras que ajudam no funcionamento do sistema digestivo. Os antioxidantes presentes no alimento também previnem o envelhecimento e o câncer.

2- Cenoura: rica em vitamina A, que auxilia para a visão e a pele, ainda contém os antioxidantes betacaroteno, alfacaroteno e luteína que combatem o colesterol ruim e melhoram a pressão sanguínea.

3- Cogumelo: existem diversos tipos do produto, alguns são comestíveis e seu consumo traz benefícios para a saúde ajudando inclusive na prevenção do câncer.

4- Feijão corado: este tipo é vendido em forma de vagem e contém vitamina K que ajuda no bom funcionamento do sistema nervoso.

5- Maxixe: é um verdadeiro complexo vitamínico por ser rico em minerais como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, zinco e sódio, além de conter vitamina C e do complexo B auxiliando na cicatrização de ferimentos e no metabolismo.

6- Pepino japonês: tem poder hidratante já que seu principal nutriente é a água junto com fibras e carboidratos, contém baixas calorias e pode ser de grande auxílio para quem deseja perder peso.

7- Pimentão amarelo, verde e vermelho: além de ser rico em minerais e fibras, o pimentão é fonte de vitaminas do complexo B e contribui para a redução da ansiedade, dores musculares e fortalecimento do sistema imunológico.

8- Tomate: tem baixo teor calórico e ajuda na redução de peso, é rico em vitamina A, C e E que têm ação antioxidante.

9- Tomate caqui e tomate salada: seu consumo também está associado ao bom funcionamento da circulação sanguínea e ajuda a manter os níveis de açúcar no sangue.

10- Vagem: possui vitamina C que fortalece a imunidade e vitaminas do complexo B que ag0em sobre a manutenção do sistema nervoso e a conservação das células.

Todos os alimentos listados e muitos outros, de qualidade e preço baixo, podem ser encontrados no Varejão da CEAGESP:

4ª feira – das 14h às 22h
no Pavilhão PBC (Praça da Batata) – entrada pelo Portão 7
Sábado – das 7h às 12h30
Domingo – 7h às 13h30
no Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP) – entrada pelo Portão 3
Endereço: Avenida Doutor Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina.

Confira os benefícios das 19 verduras sazonais de dezembro

   
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Além do sabor único, hortelã ajuda contra enjôos, náuseas e tem função calmante. Veja essas dicas da Ceagesp.

As festas de final de ano prometem fartura com comidas apetitosas, mas não é preciso se descuidar da saúde para provar alimentos saborosos. Quer enriquecer seu prato e fortalecer a saúde em dezembro? Basta investir no consumo das verduras sazonais – aquelas em sua melhor época para consumo.

1- Alho-poró: é rico em vitamina A, C e do complexo B além de fornecer minerais como magnésio, zinco, potássio, ferro e fósforo. O vegetal também tem baixo teor de gordura e é fonte de fibras.

2- Aspargos: fonte das vitaminas A, C, B e K, o aspargo ainda é rico em minerais, fibras e no antioxidante glutationa que tem ação anticancerígena.

3- Bardana: também conhecida como gobô, essa raiz funciona como diurético e laxante natural. Atua como ainda como purificador do sangue e auxilia no tratamento de doenças crônicas da pele, como acnes, herpes, seborreia e eczemas. 

4- Brócolis: seu consumo está associado ao combate de úlceras, gastrites e doenças cardíacas. Atua como anti-inflamatório e é fonte, vitaminas A, C, do complexo B e K além de conter ácido fólico, benéfico para gestantes.

5- Cebolinha: a vitamina A presente no alimento atua como antioxidante fortalecendo o sistema imunológico, a visão e a pele enquanto que a vitamina C ajuda a retardar o envelhecimento. Seu consumo também estimula o apetite.

6- Cenoura com folhas: as folhas da cenoura são ricas em vitamina A e podem ser usadas em sopas, saladas, picadinhos ou chás.

7- Coentro: considerada um antioxidante natural, o seu consumo atua contra o envelhecimento e o efeito degenerativo das células. Luteína e zeaxantina são carotenoides presentes no vegetal que auxiliam a visão.

8- Couve-de-bruxelas: alimento rico em fibras que auxiliam o sistema digestivo e ajudam a reduzir o teor do colesterol ruim. Também é fonte de antioxidantes, que evitam a oxidação das células, vitamina A, C e E.

9- Endívias: rica em minerais, como o potássio que atua como diurético e previne doenças cardíacas, fósforo que beneficia cabelos, dentes e ossos, e ferro que combate anemias.

10- Erva-doce: atua no alívio da má digestão, cólicas e da prisão de ventre. Seu chá tem função diurética e a erva ainda fortalece o sistema imunológico.

11- Folha de uva: tem ação anti-hemorrágica, anti-inflamatória, antisséptica e cicatrizante. Seu chá é recomendado ainda para bochecho a fim de aliviar a gengivite e aftas.

12- Hortelã: tem função calmante e auxilia o sistema digestivo, prevenindo inflamações e dores estomacais, reduz danos de gripes e resfriados e alivia os sintomas de doenças respiratórias.

13- Manjericão: contém magnésio, que auxilia no fluxo sanguíneo e aumenta a flexibilidade dos vasos sanguíneos, e betacaroteno, que evita a oxidação do sangue e impede a formação de placas e acúmulo de gorduras nas paredes arteriais.

14- Mostarda: auxilia no tratamento da psoríase, seu consumo é indicado para aliviar dores musculares, diabetes e desintoxicar o organismo.

15- Palmito: é fonte das vitaminas A, B e C, potássio, magnésio, ferro, fósforo, cálcio, fibras, além de ser pouco calórico e possuir baixo teor de gordura ajudando na perda de peso.

16- Rabanete: auxilia da desintoxicação do fígado e do estômago, também é indicado para o tratamento de icterícia e causa sensação de saciedade, sendo útil para quem quer reduzir as medidas.

17- Rúcula: possui vitamina A e flavonoides que ajudam no combate ao câncer de pele, de pulmão e bucal. Também é rica em vitamina C e K que fortalecem o sistema imunológico e têm ação antioxidante.

18- Salsa: ajuda a combater anemias pois é rica em ferro e tem ação diurética sendo uma aliada para a purificação dos rins.

19- Salsão: é pobre em calorias e rico em fibras, está associado a proteção contra o câncer e pode ser usado como expectorante e anti-inflamatório.


Essas e outras verduras, além de frutas, legumes, pescados, ovos e grãos podem ser encontrados no Varejão da CEAGESP:

4ª feira – das 14h às 22h
no Pavilhão PBC (Praça da Batata) – entrada pelo Portão 7
Sábado – das 7h às 12h30
Domingo – 7h às 13h30
no Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP) – entrada pelo Portão 3

Endereço: Avenida Doutor Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

CeasaMinas implanta comércio de quatro hortaliças por quilo

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A comercialização de tomate, repolho, moranga híbrida e batata tem sido feita por quilo e não mais por unidade de embalagem, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. A mudança, que começou há dois dias, visa garantir mais transparência e confiabilidade à quantidade adquirida pelos compradores, valorizando ao mesmo tempo os produtores rurais que adotam embalagens padronizadas.

A intenção da CeasaMinas é fazer com que todos os hortigranjeiros comercializados no entreposto de Contagem passem a ser comercializados por quilo, até o próximo dia 15 dezembro. Mas para isso acontecer, será necessário fazer novas alterações no painel do Mercado Livre do Produtor (MLP), onde são divulgados diariamente os dados de preços e ofertas.

A CeasaMinas tem disponibilizado aos compradores balanças distribuídas em diversos pontos do Mercado Livre do Produtor (MLP), o principal pavilhão do entreposto de Contagem. Apesar de as balanças ficarem no MLP, elas podem ser usadas pelos compradores de outros pavilhões, que podem, assim, realizar conferência do peso das embalagens.

Apoio

Este tipo de comércio conta com o apoio das associações dos produtores (Aphcemg) e dos comerciantes (ACCeasa) da CeasaMinas, além da Cooperativa dos Produtores de Hortigranjeiros do Estado de Minas Gerais (Coophemg) e da Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa/MG).

Para José Antônio Silveira, presidente da Coophemg, a grande vantagem dessa pesagem para o consumidor final é a expectativa de redução nos preços de hortigranjeiros, já que o varejista vai pagar somente por aquele produto que está levando.

Segundo José Antônio, o produtor rural também ganha com a pesagem e a venda por quilo. “A obrigação nossa, como produtor, é embalar os produtos da melhor forma possível. Se eu faço uma prática de comércio correta, eu ganho em credibilidade, em confiança do comprador. E isso pode aumentar as vendas”, diz ele.

Supermercados

Em nota, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS), também afirma ser a favor da novidade. “Acreditamos que essa é uma das formas de estabelecermos um modelo justo de comercialização entre produtores e comerciantes”, relata o texto.

De acordo com a Amis, a comercialização por quilo no atacado da CeasaMinas deverá beneficiar também o consumidor final. Isso porque, segundo os supermercadistas, todo aprimoramento que evite perdas e amplie a produtividade é repassado ao consumidor na forma de preços mais baixos e melhor qualidade nos produtos. “O supermercado vai comprar no quilo e vender no quilo. Hoje, o que ocorre é que os supermercados têm que comprar na caixa, muitas vezes sem padronização, e vender no peso. Isso dificulta o ajuste de preços para o consumidor”, afirma a nota da AMIS.

Alterações no painel

A mudança na forma de vender batata, repolho, moranga híbrida e tomate provocou também uma alteração no painel eletrônico do MLP, onde os preços dessas mercadorias já são divulgados em função do quilo e não mais por unidade de embalagem.

Importância

Os quatro produtos escolhidos para essa mudança estão entre os campeões de consumo em Minas Gerais, especialmente a batata e o tomate. Em 2015, apenas no entreposto de Contagem, foram comercializadas 164.536 toneladas de batata e 97.497 toneladas de tomate.

O repolho e a moranga tiveram volumes de vendas menores, mas nem por isso irrelevantes. No ano passado, atacadistas de moranga comercializaram 34.490 toneladas de produtos apenas no entreposto de Contagem. Já as vendas de repolho no entreposto de Contagem atingiram, no mesmo período de tempo, a marca de 35.572 toneladas.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Petrópolis chama atenção com cultivo de verduras em estufas

Produtores de Conceição de Macabu visitaram plantações protegidas de hortaliças em Petrópolis, na Região Serrana fluminense para conhecer a técnica.

             

Produtores de Conceição de Macabu, município do Norte Fluminense, visitaram na terça-feira (22/11) propriedades na microbacia do Bonfim, em Petrópolis, na Região Serrana. O objetivo da visita foi o intercâmbio de conhecimento sobre o cultivo em ambiente protegido, uma das práticas incentivadas nas duas regiões pelo Rio Rural, programa da secretaria estadual de Agricultura. A utilização de estufas permite que os produtores melhorem a qualidade e a eficiência de sua produção e tenham maior possibilidade de comercialização.

Os 15 produtores que visitaram a cidade serrana são das microbacias Rio do Meio/Córrego Fundo e Córrego São Domingos, e serão beneficiados com recursos de projeto grupal para a implantação de estufas. Segundo o técnico da Emater-Rio em Conceição de Macabu, Pedro Guimarães Cruz, é a primeira vez que a técnica de cultivo protegido será utilizada por um grupo de agricultores naquele município.

Para o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, a troca de conhecimento entre os agricultores favorece o êxito dos novos projetos.


- Quando as técnicas inovadoras a serem implantadas pelos produtores são ratificadas por seus pares, há mais confiança. Com esse intercâmbio, o sucesso de um é o sucesso de todos - destacou Áureo.

Em Petrópolis, foram visitados os sítios de José Renato Christ e Laria Maria Gomes, onde as estufas já estão sendo utilizadas há cerca de 3 anos, com incentivos do Rio Rural. Segundo o técnico da Emater-Rio, André Azevedo, os resultados do cultivo protegido no município são muito positivos.


- O produtor José Renato, por exemplo, aproveitou os bons resultados e também investiu na hidroponia com recursos próprios. Sua produção de hortaliças, hoje, é em alta escala. Já a agricultora Laria, implantou duas estufas: uma para a produção de mudas e a outra para o cultivo do jiló e hortaliças, o que contribuiu muito para facilitar o trabalho e aumentar a renda familiar - explicou Azevedo.

Teoria e prática

 

As diferenças climáticas entre as regiões, informações sobre os tipos de estufas, especificidades da produção, e as formas de utilização para diferentes variedades de hortaliças foram alguns dos assuntos abordados durante a visitação. Os produtores de Conceição de Macabu puderam ver de perto os resultados obtidos com o cultivo protegido e tirar dúvidas diretamente com quem já trabalha com a técnica.

Para o produtor Joeci Gomes Leal, visualizar na prática a possibilidade de manter a qualidade com uma produção em estufa fez muita diferença, já que as dificuldades enfrentadas são grandes.
- Enfrentamos temperaturas acima de 40ºC no verão em nossa cidade e até agora era impossível oferecer hortaliças ao mercado neste período. Com a utilização de estufas e com a orientação dos técnicos da Emater-Rio, poderemos produzir o ano inteiro, o que vai aumentar nossa renda. Sem esse projeto grupal do Rio Rural não teríamos condições de começar este tipo de cultivo - relatou.

Sobre o cultivo protegido

O cultivo protegido com a utilização de estufas é um sistema de produção agrícola especializado, que possibilita maior controle das condições do ambiente de produção, como temperatura, umidade do ar, radiação, solo e vento. Uma das práticas incentivadas pelo Programa Rio Rural, a técnica auxilia agricultores a obter melhor produtividade e qualidade dos alimentos, evitando prejuízos devidos à sazonalidade, que atingem principalmente a olericultura. Um dos principais resultados é o aumento da remuneração dos produtores, já que a colheita ocorre durante um tempo maior, inclusive nos períodos com menor oferta e melhor preço. 

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Preços despencam na Ceasa Minas Gerais


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Por Jorge Luiz Lopes

No balanço elaborado pela conjuntura econômica divulgada pela central de abastecimento, com base na avaliação dos preços e volume de mercadorias movimentadas em outubro,  foi constatada uma queda generalizada nos preços praticados no atacado. Mas, também, houve redução no volume de alguns alimentos. Para novembro, a expectativa é de um aumento na oferta de frutas e legumes, como tomate e cenoura.

No entanto, o estudo ressalta que, assim como toda atividade econômica, o comércio atacadista da central mineira de abastecimento está sujeito a vários fatores, e que nem todos estão sob controle dos agentes operadores.

Pois bem, a central de Belo Horizonte manteve a tendência histórica, já que tradicionalmente o mês de outubro é de boa oferta e preços baixos. E foi o que na realidade aconteceu, mesmo com alguns produtos tendo apresentado recuo em suas ofertas. No caso, o montante de hortigranjeiros foi estável e seu preço médio recuou quase 4%, depois de apresentarem níveis altos anteriormente.

Na avaliação dos principais produtos comercializados no entreposto de Contagem, na Grande Belo Horizonte, podemos destacar a quantidade ofertada de laranja e batata, apesar de ter sido reduzida em 1.221 toneladas, em relação à setembro passado. Apenas esses dois produtos foram responsáveis por quase 20% da oferta total de hortigranjeiros observada no mês de outubro.

Relativamente à laranja, a oferta média dos últimos quatro meses foi inferior a de igual período em 2015 em praticamente 4.200 toneladas, quando a oferta média foi de aproximadamente 10.942 toneladas contra 9.692 toneladas em 2016.  Esta queda de oferta veio acompanhada por uma elevação de 13,5% do preço médio no atacado.

Mais ofertas

Em relação a produtos como os dos grupos das frutas, ovos e cereais foram de 25% do total ofertado. Foram comercializados em BH, em outubro, um volume geral de 173.896,315 toneladas, apresentando queda de 1,4% se comparado ao volume de setembro. Mesmo assim, houve alta nas ofertas nos setores de cereais e de hortigranjeiros, na base de 9,7% e 0,6%, respectivamente, em relação ao mês anterior.

O setor de hortigranjeiros, que teve uma reação positiva de 1.086 toneladas em outubro, é responsável por 67,1% desse crescimento. Os preços das hortaliças apresentaram queda de - 7,7%; frutas - 0,9%; ovos - 8,1%; hortigranjeiros -4%; cereais - 6%.

As frutas brasileiras, em média, custaram R$ 1,27 o quilo, e as importadas R$ 3,60 ( este último grupo apresentou apenas 4,1% de alta em outubro). 

Ofertas

A produção mineira ofertada na central de abastecimento teve um crescimento de 4,5% a mais do que em setembro, ou 93.695 toneladas.

Em termos globais, a oferta geral cresceu 2,5%, pois além de Minas gerais, outros fornecedores tiveram suas ofertas aumentadas, a exemplo de São Paulo, Bahia e Goiás. O bom exemplo de Minas, destaco, compensou as quedas de ofertas vindas de estados, como Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas, que tiveram seus envios diminuídos em 10.554 toneladas. 

Os produtos que merecem destaque: a batata proveniente de Minas (63,8% do total); laranja-pêra de São Paulo ( 91,8%); tomate longa vida de Minas Gerais (96,9%); cebola amarela de Minas gerais (55,7%), laranja-pêra de Minas (96%), banana nanica de Minas gerais (78,2%). Em relação a importados, é importante salientar que as pêras argentinas cresceram 20,2% na oferta ao mercado.

Em termos de produção rural mineira, o tomate longa vida apresentou crescimento de 13,6%, a bata lisa (32,2%);. o ovos de granja do Mato Grosso e de Minas Gerais cresceram perto de 50% em suas ofertas ao mercado mineiro. 

Perspectivas para novembro

O estudo elaborado pela CeasaMinas finaliza afirmando que a movimentação do mercado atacadista para o mês de novembro é esperada sem grandes alterações.  Eles observam ainda a ausência de impactos do período chuvoso nas lavouras, uma vez que ela ainda não aconteceu. 

Historicamente, novembro é um mês de aumento na oferta de frutas e certa regularidade nos demais grupos de alimentos. Não deve ocorrer ainda altas consideráveis de preços. 

Produtos que terão crescimento expressivo em suas ofertas: tomate Santa Cruz, cenoura, abacaxi, coco, laranjas, melão; e esperado expressivo crescimento nas ofertas de mangas, por estarem em início de safra, que são produtos de alto consumo no período de calor mais intenso. 

Veja a relação de estados brasileiros e de países que ofertam produtos na CeasaMinas, pela ordem de volume:

Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Tocantins, Mato grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Argentina, Distrito Federal, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Alagoas, Pará, Chile, Piauí, Maranhão, China, Espanha, Uruguai e Amazonas.

Ceagesp - Índice de preços aponta recuo de 2,21%

A avaliação de preços feita pelo setor de economia da maior central de abastecimento da América Latina é relativo à setembro passado. Veja os resultados apontados:

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Fugindo ao padrão, no setor de frutas tivemos aumento de 1,14% em média. As principais altas foram do figo (54,1%), jaca (35,5%), laranja lima (22,7%), abacaxi havaí (16,2%), laranja pera (14,3%) e maracujá azedo (12,1%). 

As principais quedas foram do mamão formosa (-38,9%), mamão papaya (-29,5%), goiaba (-27,4%), manga tommy (-14,6%), banana prata (-10,8%) e caju (-10,2%).

O setor de legumes recuou 14,73%. As principais baixas foram do pimentão vermelho (-71,1%), pimentão amarelo (-68,3%), abobrinha italiana (-45,4%), berinjela (-41,4%), vagem macarrão (-35,8%) e abobrinha brasileira (-33,4%). As principais altas foram da mandioca (44,2%), batata doce rosada (17,9%), inhame (10,3%) e abóbora japonesa (6,4%).

O setor de verduras caiu 8,71%. As principais quedas foram do repolho (-31,7%), couve for (-24,4%), brócolis (-19,7%), escarola (-17,7%), alho porró (-17,2%) e couve (-14,4%). As principais altas foram doa salsa (16,3%) e milho verde (7,5%).

O setor de diversos recuou 11,38%. As principais quedas foram da batata lisa (-25,4%), batata comum (-24,1%), alho (-13,6%), cebola nacional (-10,3%), coco seco (-7,4) e ovos brancos (-6,4%). Não houve aumentos significativos no setor.

O setor de pescados subiu 3,89%. As principais altas foram da pescada (19,1%), abrótea (16,8%), sardinha (16%), camarão ferro (15,7%) e espada (11,6%). As principais quedas foram da corvina (-11,6%), polvo (-7,3%) e anchovas (-5,4%).

Tendência do Índice

Os preços dos cerca de 150 produtos acompanhados pelo Índice CEAGESP caíram 2,21% em setembro. Foi a sexta queda consecutiva do indicador. O declínio dos preços contribui para a queda da maioria dos indicadores que medem a inflação dos alimentos. Poucos fatores climáticos prejudicaram volume ofertado e qualidade. Em São Paulo, por exemplo, chuvas de granizo na região de Casa Branca prejudicaram a produção de algumas frutas. Os reflexos serão analisados em outubro. Os legumes e as verduras mantiveram a trajetória de queda acentuada dos preços praticados.

O volume comercializado no entreposto de São Paulo caiu 6,45% em setembro de 2016. Foram comercializadas 262.417 toneladas ante 280.508 negociadas em setembro de 2015. No acumulado de janeiro a agosto de 2016 foram negociadas 2.361.205 toneladas ante 2.2517.459 comercializadas no mesmo período de 2015. Queda de 6,21% ou 156.254 toneladas acumuladas em 2016. No ano, o indicador acumula alta de 2,66% e, nos últimos 12 meses, a elevação foi de 16,29%.

Apenas os meses de janeiro e fevereiro, no início deste ano,  apresentaram alta de quase 3%.

Outros Índices de 2016 para você fazer a comparação:

- Índice CEAGESP recua 2,21% em setembro
- Índice CEAGESP registra queda de 1,87% em agosto
- Índice CEAGESP recua 1,63% em julho
- Índice CEAGESP cai 2,87% em junho
- Índice CEAGESP recua 3,1% em maio
- Índice CEAGESP recua 0,75% em abril
- Índice CEAGESP aumentou 10,39% em Março
- Fevereiro tem elevação de 2,53%
- Janeiro registra alta de 2,86%

É tempo de pêssegos gostosos e suculentos

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A temporada é de pêssego. A oferta da fruta produzida no estado de São Paulo se inicia em agosto e aumenta em setembro, outubro e novembro. O fruto gaúcho começa a ser comercializado neste mês e vai até janeiro. Aproveite. 

Procure o pêssego maduro pronto para comer e com identificação do produtor, recomenda o Centro de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O Brasil é o 13º maior produtor de pêssego do mundo, com 1% de participação no mercado global. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou a produção de 216 mil toneladas de pêssego em 2015, em seis estados: 60% no Rio Grande do Sul, 17% em São Paulo, 9% em Santa Catarina e o restante no Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A maior parte da produção gaúcha vai para a indústria.

O pêssego é do grupo das frutas de caroço como a nectarina, a ameixa e o damasco. Trata-se de um fruto muito sazonal, que produz somente em alguns meses do ano. A melhor época de produção varia de acordo com a região. É também uma planta de clima frio, que precisa de um certo número de horas abaixo de 7,2º C para florescer e completar a formação de suas gemas vegetativas e floríferas. A necessidade de horas de baixas temperaturas depende da variedade e pode ir de 100 a 1000 horas.

Variedades especiais foram desenvolvidas para os fruticultores paulistas pelos pesquisadores do Instituto Agronômico e pela pesquisadora Maria do Carmo Bassols Raseira, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O trabalho dos pesquisadores permite a produção da fruta em climas mais quentes.

Produção mundial

O último registro da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), mostra uma produção mundial de pêssego de 22 milhões de toneladas em 2013, por 81 diferentes países. O maior produtor é a China, com 55% do volume, seguido pela Itália, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Turquia, Irã, Chile, Argentina, Egito, Índia, França e Brasil.

Os pêssegos selvagens, pequenos e amargos, foram descobertos e cultivados inicialmente pelos chineses, 10 séculos antes de Cristo,36 séculos atrás. Por meio de seleção e cruzamento – melhoramento genético –, os agricultores do país asiático transformaram o pêssego numa fruta saborosa, graúda, suculenta e colorida. O fruto se tornou um produto comercial valioso, se espalhou pela Ásia, encontrou na Pérsia (Irã) um clima excepcional e chegou ao Mediterrâneo 140 anos antes de Cristo, onde foi cultivada nos pomares romanos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Valor bruto da produção chega a R$ 518,1 bilhões ainda em 2016

     
                    

Esse é o terceiro melhor resultado dos últimos 27 anos. Em relação a 2015, houve queda de 2,6%. Entre os estados, São Paulo e Mato Grosso estão na frente. Depois vêm Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Estes cinco estados respondem por 63% do VBP brasileiro. O agronegócio, apesar do roubo indiscriminado em governo anterior, continua elevando o país.

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima, com base em dados do mês passado, que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2016 chegue a R$ 518,1 bilhões. Na série iniciada em 1989, esse é o terceiro melhor resultado. No entanto, em relação ao ano passado, houve uma diminuição de 2,6%.

“O principal motivo é uma queda de 21,2% na produção de milho por causa da seca”, diz o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques. A safra total do grão passou de 84,7 milhões de toneladas em 2015 para 66,7 milhões de toneladas este ano. O milho segunda safra foi o que mais contribuiu para essa diminuição. Por conta da queda na produção, o VBP do cereal caiu 7,1%.

Outros produtos que seguiram o mesmo caminho foram o algodão (-15,2%), arroz (-15,4 %), cacau (-14,3%), laranja (-12,8 %) e tomate (-47,2%), por exemplo. “Isso também se deve à diminuição na quantidade, a preços menores ou aos dois fatores, dependendo da cultura”, analisa Gasques.

Na pecuária, as maiores reduções foram da carne suína (-12,5 %), e leite (-12,1%). No caso desses dois produtos, a combinação preços mais baixos e produção menor levou à queda no faturamento.

Bons resultados

Mesmo com um VBP total 2,6% menor do que em 2015, o faturamento ainda é considerado elevado, segundo Gasques. Isso se deve a um grupo relativamente pequeno de produtos, mas que representam 54% do VBP total. São a soja (+2,9%), o café (+13,6 %), o feijão (+8,8%), o trigo (+26,6%), a banana (+40,8%); a batata-inglesa (+24,3%) e a maçã (+13,7%).

O VBP médio dos últimos três anos, de R$ 524,8 bilhões, deve se manter até o fim do ano, porque a colheita da maioria dos produtos já ocorreu, restando apenas as lavouras de inverno, como o trigo.

Na análise por região, o Sul permanece na liderança do valor bruto da produção agropecuária (R$ 153,2 bilhões), seguido do Centro-Oeste (R$ 142,7 bilhões), Sudeste (R$ 140,8 bilhões), Nordeste (R$ 42,3 bilhões) e Norte (R$ 31 bilhões).

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cenoura apresenta queda de até 71% no preço

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De acordo com levantamento da CeasaMinas, 90,1% da cenoura comercializada no Rio de Janeiro vem de regiões produtoras mineiras. Quanto à saúde, tanto a cenoura como também a batata doce ajudam a reduzir em 35% a degeneração dos olhos, decorrente da idade.

Uma das hortaliças mais comuns na mesa do brasileiro, a cenoura atingiu em setembro o menor preço médio para este 2016. O preço médio no atacado do entreposto de Contagem ficou em R$ 0,91/kg, o equivalente a uma queda de 71% em relação ao de março, quando atingiu o pico de R$ 3,14/kg. O aumento da oferta é um dos fatores que explicam a redução do preço. E não somente para o orçamento doméstico a cenoura é recomendada nesta época. Estudos recentes apontam, entre outros benefícios, que o consumo de cenoura reduz o risco de degeneração macular ligada à idade.

Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a queda verificada foi uma das mais representativas de setembro em relação ao primeiro semestre, nos últimos quatro anos. De acordo com ele, a oferta também oscilou no período, passando de 3,9 mil para 4,2 mil toneladas, uma alta de 7,6%.

A queda foi sentida principalmente por quem vive do comércio da hortaliça. Marlon Correa da Silva comercializa a cenoura cultivada pelo produtor Natal Hitoshi, no Mercado Livre do Produtor (MLP) de Contagem. Ele conta que, até fevereiro deste ano, chegou a vender a caixa de 20 quilos de cenoura por até R$ 70. "O que estamos vendo agora é reflexo dos preços mais altos verificados no início do ano. Na época de preços mais altos, muitos produtores em vez de segurarem o cultivo, acabaram aumentando o plantio, ocasionando a alta da oferta", explica.

Correa acredita que a queda acentuada de preços no mercado de Belo Horizonte é conseqüência também da preferência dos compradores por produtos de classificação inferior, o que acaba pressionando para baixo a média de preços.

"Os mercados daqui da capital e do Norte de Minas, por exemplo, aceitam melhor a cenoura menor, do tipo 1A, que inclusive é mais barata. Já na região de Juiz de Fora, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a do tipo 3 A (mais grossa) é a preferida, mesmo tendo preços maiores", afirma.

Já o produtor rural Samuel Flávio Lopes da Costa, de Carandaí (MG), ressalta que no início do ano, vendia a caixa de cenoura de 20 quilos do tipo 2A por R$ 50 e hoje a mercadoria sai por R$ 10.

De acordo com ele, o preço mínimo para cobrir o custo de produção deveria ser o dobro deste valor. "Teve gente que nunca plantou cenoura e passou a plantar neste ano, para aproveitar o preço mais alto", lamenta.

Perspectiva

Produtor de cenoura de Rio Paranaíba (MG), Edvaldo do Nascimento Oliveira prevê uma reação dos preços até o fim de ano. O produtor explica que as chuvas, que reduzem a oferta, e o aumento da procura com as festas típicas de fim de ano, tendem a pressionar uma reação dos preços da cenoura em dezembro. Para aproveitar este momento, ele planeja aumentar, em dezembro, o volume trazido ao MLP, das atuais 3.500 para 5 mil caixas por semana.

Rastreabilidade

A Sekita Agronegócios é considerada uma das maiores produtoras de cenouras do Brasil, com lavouras na região mineira do Alto Paraíba. "Produzimos em torno de 850 hectares por ano, o equivalente a 82 mil toneladas anuais", afirma Antônio Márcio, gerente comercial da Sekita Agronegócios. Os produtores associados abastecem praticamente todo o país, por meio principalmente da venda às empresas atacadistas, várias delas instaladas nas Ceasas.

Apesar da queda atual no preço do produto, ele considera que 2016 tem sido um ano positivo para a Sekita. Diferentemente de muitos produtores, a empresa consegue manter preços mais estáveis ao longo do ano. De acordo com Márcio, isso é resultado não somente do grande volume negociado, mas também do padrão de qualidade e da garantia de oferta regular.

A Sekita aposta ainda no controle da rastreabilidade para conquistar os compradores. "Já temos o código QR que vai impresso nas caixas de atacado, dando aos compradores a possibilidade de rastrear a origem da nossa cenoura. Queremos no futuro oferecer o mesmo código ao consumidor final", afirma Márcio.

Uma das alternativas da Sekita para se precaver de intempéries climáticas é a cadeia do frio, que mantém baixa a temperatura da hortaliça entre a colheita e comercialização. ?Isso garante durabilidade ao produto, pois evita a proliferação de bactérias, principalmente no verão?, explica.

Minas Gerais

A importância de Minas Gerais no abastecimento de outros estados se revela nos números: na Ceasa Grande Rio, por exemplo, 90,1% da cenoura ofertada no entreposto foram provenientes de municípios mineiros em 2015. Isso equivale a 45,6 mil toneladas, volume superior até mesmo à quantidade enviada por Minas Gerais ao entreposto de Contagem da CeasaMinas (43,8 mil toneladas).

Na Ceasa de São Paulo (Ceagesp), 42,8% da cenoura ofertada foram de municípios mineiros, o equivalente a 38,8 mil toneladas. E na central de abastecimento do Ceará, 46,6% da cenoura foram provenientes de Minas Gerais.

Cuidando da saúde dos olhos

Estudo liderado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e divulgado em 2015, apontou que o consumo de determinados carotenóides, pigmentos que dão cor a alimentos como cenouras e batata-doce, podem reduzir em até 35% o risco de desenvolvimento de degeneração macular relacionada à idade. Entre estes carotenóides, estão a beta-criptoxantina, alfa-caroteno e betacaroteno.

Já o consumo de dois outros tipos de carotenóides - a luteína e zeaxantina, presentes em vegetais de folhas verdes - reduzem em 40% o risco de progressão da doença. A degeneração causa perda do centro do campo de visão, sendo uma das causas de perda de visão em pessoas com mais de 55 anos.

A cenoura ainda é muito útil nos problemas de pele, nas gastrites e excesso de acidez nas colites e como preventivo do câncer.

É excelente fonte de vitamina A e boa fonte de vitaminas do complexo B, fósforo, cálcio, potássio e sódio.

Produção de laranja aquece economia do Noroeste Fluminense

São José de Ubá, tradicional produtor de tomate, aposta na citricultura com apoio de programas do governo do estado.

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Quem compra laranja em feiras e supermercados do interior nem imagina que muitas delas vêm de um local improvável até bem pouco tempo. É que o município de São José de Ubá, no Noroeste Fluminense, conhecido como a “terra do tomate”, está se firmando como um novo polo de produção de laranja, com safra anual média de 500 toneladas. A diversificação de cultivo é o resultado de investimentos promovidos por programas da secretaria estadual de Agricultura, como o Rio Rural e o Frutificar.

O produtor Carlos Roberto Marinho, da microbacia Santa Maria, está na quarta colheita de laranja das variedades Folha Murcha, Natal e Valência, de sabor mais adocicado, tradicionalmente consumidas in natura.

- Pouca gente acreditava que daria certo esse plantio em Ubá. Me sinto satisfeito por ter acreditado -revela ele.

Com o Frutificar, programa estadual que concede crédito a juros baixos para investimentos em fruticultura, Marinho investiu R$ 50 mil reais no plantio de 1.200 pés. No terceiro ano, começou a pagar o empréstimo com a venda da primeira safra, que vai de junho a outubro. Com a quitação do investimento no ano que vem, ele pretende triplicar a área plantada.

O produtor também trabalha com pecuária de corte e produção de leite, mas afirma que a laranja possui o melhor custo-benefício de todos, além de ter preço estável e grande procura no mercado. A aceitação na região foi tão grande que os comerciantes vão até a propriedade escolher a encomenda, o que traz duas vantagens ao produtor: economia com transporte e de tempo também.

Para gerar melhor aproveitamento da lavoura, que possui um bom espaçamento, o cultivo é consorciado com pastagem. Por isso, entre as linhas de pés de laranja há uma área delimitada para a circulação de gado, que se alimenta do capim crescido nessa espécie de corredor. Sem os animais, a área ficaria ociosa e o solo, desprotegido.

União de esforços

A integração dos programas agrícolas governamentais permite que os produtores rurais consigam estruturar melhor o processo produtivo, pois cada incentivo prioriza ações específicas.

- Nossa intenção é que os produtores desenvolvam uma grande capacidade gestora e aproveitem bem os recursos disponibilizados. Uma das metas é a geração de empregos no campo, resultado direto do crescimento da produtividade - explica o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.

 Carlos Roberto Marinho afirma que o Frutificar foi importante para garantir o plantio, enquanto o Rio Rural contribuiu para a produção de água, uma vez que o produtor implantou o subprojeto de proteção de nascentes, responsável pela melhor absorção da água de chuva no solo.

 - A proteção da nascente é boa por dois motivos: preserva o meio ambiente e nos dá garantia de água para irrigação - enfatiza Marinho.

No caso do produtor Antônio Cléber de Oliveira, da microbacia Córrego do Colosso, o Rio Rural ajudou na aquisição de caixas agrícolas, usadas para transportar alimentos. O material foi obtido por meio de suprojeto grupal.

- Os custos de produção caíram quando ganhamos as caixas, que antes eram alugadas. Isso aumenta meu lucro na hora de vender as laranjas - afirma o agricultor que cultivou tomate e pimentão por mais de trinta anos. Hoje, Oliveira vive somente da citricultura e fornece frutas para o banco de alimentos e mercados de cidades vizinhas.

Histórico

 As primeiras lavouras de laranja incentivadas pelo Frutificar em São José de Ubá foram formadas há seis anos, na intenção de que os agricultores locais diminuíssem a dependência da cultura do tomate, que apresenta preço instável no mercado. Instituições parceiras como o Sebrae/RJ e a Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro (Firjan) ficaram responsáveis pela contratação de consultores agrícolas, que fazem o acompanhamento dos laranjais.

 - Os resultados de Ubá superaram nossas expectativas. Quinze propriedades conduzem muito bem a produção e temos outros produtores interessados no segmento. O clima quente da região ajuda no cultivo - conclui o técnico do Programa Frutificar, Denilson Caetano.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Produção rural tem cada vez mais tecnologia

Colheita digital.Uma nova safra de startups está levando inovação ao campo e reinventando o agronegócio brasileiro


   
                   

Bater o bico da bota no chão para saber se é preciso irrigar o campo e outras práticas ancestrais, passadas de pai para filho, estão com os dias contados no meio rural brasileiro. O País está vivendo um florescimento de startups agrícolas, conhecidas como agtechs, que usam tecnologias avançadas para elevar a produtividade e para reduzir custos com insumos. São empresas como Agrosmart, que utiliza sensores e imagens de satélite para monitorar irrigação e crescimento das plantas, a Wegbados, um classificado online de compra e venda de animais, e a 4hoofs, que criou o aplicativo 4milk para fazer gerenciamento de fazendas de leite.

Neste rol, há também aquelas que alcançaram reconhecimento internacional, como a Bug Agentes Biológicos e Enalta, ambas incluídas no ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo da publicação americana Fast Company. “Existe um potencial imenso para desenvolver startups de agronegócios”, diz o professor Ângelo Costa Gurgel, coordenador do mestrado profissional em agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. A safra de agtechs está também chamando a atenção de grandes companhias, como Basf, Bayer, Monsanto e Microsoft.

Essas gigantes do mundo corporativo estão investindo em fundos de investimento ou aceleradoras de empresas com o objetivo de fomentar novas companhias de tecnologia ao redor do globo, incluindo o Brasil. “Observamos um potencial muito grande pela força da agricultura brasileira”, diz Renato Luzzardi, gerente de alianças da Bayer para a América Latina. De fato. Em 2015, o PIB recuou 3,8%, mas o agronegócio cresceu 1,8%. “É um mercado no qual o Brasil tem potencial de ser líder global”, afirma Luiz Fernando Sá, sócio e diretor editorial da StartAgro, uma plataforma de informação para integrar vários atores do empreendedorismo na área de agtechs.

“Temos potencial de negócios e de mão de obra. Só precisamos de uma organização desse ecossistema.” São Paulo é o principal polo das startups agrícolas, pela existência de grandes centros de pesquisa e desenvolvimento em Piracicaba, Pirassununga, Sorocaba, São José dos Campos, São Carlos, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto e Jaboticabal. “Não há dúvida: o Estado de São Paulo é o Vale do Silício caipira”, afirma Francisco Jardim, fundador do fundo SP Ventures, que se especializou no investimento em agtechs. Dos R$ 105 milhões do fundo, aberto em 2013, 60% foi direcionado às startup rurais. Em cinco anos, serão 100%.

Os investimentos, no entanto, não estão restritos às empresas paulistas. “A região do Centro-Oeste, mais o Estado de Tocantins e Minas Gerais, cresce mais que o restante do Brasil”, afirma Renato Ramalho, sócio responsável pelos fundos de tecnologia da A5 Capital Partners, que também estuda trazer agetchs dos Estados Unidos, Israel e Espanha para o Brasil. Não há dados sobre o quanto já foi aportado por fundos de capital de risco nessas startups agrícolas. A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, no entanto, estima que dos R$ 76,1 bilhões investidos nos últimos cinco anos no País, R$ 2,1 bilhões tiveram como destino empresas de agronegócios.

Grande parte dos empreendedores das agtechs nasceu em famílias de produtores rurais. O pai de Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, é um pequeno produtor de milho em Pedralva (MG). “Vimos a oportunidade de usar a tecnologia para resolver um problema dentro de casa”, diz Mariana, que fundou a empresa ao lado de Raphael Pizzi. Até 2017, os serviços de monitoramento de produção prestados pela Agrosmart, com sede em Campinas, devem chegar a 400 mil hectares. Murilo Betarello, CEO do IZagro, um aplicativo que reúne informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras, também é produtor rural desde os 13 anos.

Em Franca, sua família começou com pecuária e acrescentou aos negócios a cana-de-açúcar. O aplicativo da IZagro conta com 11 mil downloads, é gratuito e busca parcerias com empresas de biotecnologia para ganhar dinheiro. Outros empreendedores são herdeiros de grandes empresas do agronegócio brasileiro. É o caso de Marcos Fernando Marçal dos Santos, CEO do Webgados, filho de Marcos Molina, controlador do frigorífico Marfrig. “Cheguei a comandar uma fazenda da família”, diz Santos. “Encontrava alguns problemas na hora de negociar e vi esse mercado de aplicativos crescendo muito.”

Foi daí que surgiu a ideia de criar um classificado online para a venda e compra de animais da pecuária. O número de downloads do aplicativo, que é gratuito, chegou a 7,5 mil, com ofertas em 17 Estados. A trajetória de muitas das agtechs começou dentro de uma instituição de ensino. A Hidrointel, de Leonardo Quaini, nasceu na Universidade Federal de Santa Catarina, por meio de um programa da Fapesp. A empresa receberá R$ 60 mil para desenvolver o protótipo de um hardware e um software para fazer uma irrigação de forma inteligente. “No primeiro ano teremos uma versão comercial do produto”, diz Quaini.

Quem se destaca nesse universo, no entanto, é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Lá surgiram a Promip e a Bug, que produzem agentes biológicos, como microvespas, que combatem pragas na lavoura. No caso da Promip, a startup nasceu de um mestrado de um de seus fundadores, Marcelo Poletti. “O controle químico como única ferramenta tem sido, em alguns casos, ineficiente”, afirma Poletti, CEO da Promip, criada em conjunto com Roberto Konno.

A Bug, por sua vez, surgiu da união de Diogo Rodrigues Carvalho, que fazia mestrado, com Heraldo Negri, funcionário da Esalq. “Desenvolvemos um sistema de criação de agentes biológicos em grande volume a um custo compatível ao que o produtor gastava com o inseticida”, diz Carvalho, CEO da Bug. “Reduzimos entre 50% e 70% o uso de agrotóxico em culturas como soja, melão e abacate, e em 100% em cana-de-açúcar.” A Esalq serviu também como inspiração para Antonio Morelli criar a Agronow.

“Fiz um algoritmo matemático que consegue fazer previsão de safra com taxa de acerto superior a 90%”, diz o empreendedor, que usa imagens de satélite para realizar o seu trabalho. “Sem a pessoa ir a campo, posso fazer estudos de produtividade agrícola independente de onde estiver a plantação.” Entre as startups agrícolas há aquelas que já decolaram e exportam seus serviços. A mineira Strider, que monitora lavouras com uso de GPS para identificar pragas e reduzir em até 20% o consumo de defensivos, conta com 5% de seu faturamento de operações em plantações de algodão no Texas (EUA) e na lavoura de frutas e legumes na Austrália.

A Enalta, de São Carlos, é responsável por sistemas de telemetria de máquinas no campo na Colômbia, na Costa Rica e na Guatemala. E com perspectivas de entrar no México. Com seus produtos, o fazendeiro pode reduzir em até 15% o gasto com gasolina e monitorar a realização de manutenções. “O que foi inovador na nossa companhia foi combinar tecnologia já existente para resolver um problema de um setor gigante no Brasil e no mundo, que ninguém tinha dado muita atenção”, diz Gilberto Girardi, CEO da Enalta.

A AgroTools também exporta sua tecnologia de big data e geoprocessamento para os Estados Unidos e América do Sul. Cobrindo hoje no Brasil 200 milhões de hectares, a empresa, criada em 2007, já atende 15 das maiores marcas do agronegócio, como Cargill, BRF, JBS, Walmart e Carrefour. “Estamos, pela primeira vez, em busca de investimentos”, diz Fernando Martins, diretor da companhia, que em 2014 deixou a presidência da Intel no Brasil para investir nesse mercado. “É um momento correto de alavancar e crescer.”

Conheça algumas das startups brasileiras do agronegócio:

4milk
Aplicativo faz gerenciamento de fazendas de leite com controle de custos e acompanhamento genético do rebanho.

Agronow 
Utiliza sistema de mapas e índice de safras atuais e passadas, gerando uma previsão de produtividade para a colheita.

Agrosmart 
Usa imagens de satélite para monitorar mais de dez variáveis ambientais que auxiliam o produtor a tomar decisão de gestão do agronegócio.

AgroTools 
Criada em 2007 em São Paulo, passou de startup para grande empresa de geoprocessamento e big data de lavouras e pecuária.

Bovcontrol 
Aplicativo ajuda produtor de gado de corte e leite a gerenciar o manejo nutricional do rebanho, monitora acasalamento e orienta a venda.

Bug Agentes Biológicos 
Criada em 2001, produz vespas e agentes biológicos que combatem pragas na lavoura.

Enalta 
Especializada em telemetria agrícola, que monitora a operação da máquina diretamente no campo.

Hidrointel 
Startup tem o objetivo de desenvolver um sistema de automação de irrigação de forma inteligente.

IZagro
Aplicativo oferece informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras.

Promip 
Produz vespas que são pulverizadas por máquinas e drones, para combater praga em plantações.

Webgados 
Anúncio online de compra e venda de gado de corte e leite com uso gratuito. No futuro, terá serviços pagos.

Strider 
Startup que desenvolveu um sistema que usa GPS e tablets que auxiliam na identificação de pragas e gerencia a aplicação de defensivos agrícolas.

Fonte Istoé Diinheiro