Por Jorge Luiz Lopes
No balanço elaborado pela conjuntura econômica divulgada pela central de abastecimento, com base na avaliação dos preços e volume de mercadorias movimentadas em outubro, foi constatada uma queda generalizada nos preços praticados no atacado. Mas, também, houve redução no volume de alguns alimentos. Para novembro, a expectativa é de um aumento na oferta de frutas e legumes, como tomate e cenoura.
No entanto, o estudo ressalta que, assim como toda atividade econômica, o comércio atacadista da central mineira de abastecimento está sujeito a vários fatores, e que nem todos estão sob controle dos agentes operadores.
Pois bem, a central de Belo Horizonte manteve a tendência histórica, já que tradicionalmente o mês de outubro é de boa oferta e preços baixos. E foi o que na realidade aconteceu, mesmo com alguns produtos tendo apresentado recuo em suas ofertas. No caso, o montante de hortigranjeiros foi estável e seu preço médio recuou quase 4%, depois de apresentarem níveis altos anteriormente.
Na avaliação dos principais produtos comercializados no entreposto de Contagem, na Grande Belo Horizonte, podemos destacar a quantidade ofertada de laranja e batata, apesar de ter sido reduzida em 1.221 toneladas, em relação à setembro passado. Apenas esses dois produtos foram responsáveis por quase 20% da oferta total de hortigranjeiros observada no mês de outubro.
Relativamente à laranja, a oferta média dos últimos quatro meses foi inferior a de igual período em 2015 em praticamente 4.200 toneladas, quando a oferta média foi de aproximadamente 10.942 toneladas contra 9.692 toneladas em 2016. Esta queda de oferta veio acompanhada por uma elevação de 13,5% do preço médio no atacado.
Mais ofertas
Em relação a produtos como os dos grupos das frutas, ovos e cereais foram de 25% do total ofertado. Foram comercializados em BH, em outubro, um volume geral de 173.896,315 toneladas, apresentando queda de 1,4% se comparado ao volume de setembro. Mesmo assim, houve alta nas ofertas nos setores de cereais e de hortigranjeiros, na base de 9,7% e 0,6%, respectivamente, em relação ao mês anterior.
O setor de hortigranjeiros, que teve uma reação positiva de 1.086 toneladas em outubro, é responsável por 67,1% desse crescimento. Os preços das hortaliças apresentaram queda de - 7,7%; frutas - 0,9%; ovos - 8,1%; hortigranjeiros -4%; cereais - 6%.
As frutas brasileiras, em média, custaram R$ 1,27 o quilo, e as importadas R$ 3,60 ( este último grupo apresentou apenas 4,1% de alta em outubro).
Ofertas
A produção mineira ofertada na central de abastecimento teve um crescimento de 4,5% a mais do que em setembro, ou 93.695 toneladas.
Em termos globais, a oferta geral cresceu 2,5%, pois além de Minas gerais, outros fornecedores tiveram suas ofertas aumentadas, a exemplo de São Paulo, Bahia e Goiás. O bom exemplo de Minas, destaco, compensou as quedas de ofertas vindas de estados, como Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas, que tiveram seus envios diminuídos em 10.554 toneladas.
Os produtos que merecem destaque: a batata proveniente de Minas (63,8% do total); laranja-pêra de São Paulo ( 91,8%); tomate longa vida de Minas Gerais (96,9%); cebola amarela de Minas gerais (55,7%), laranja-pêra de Minas (96%), banana nanica de Minas gerais (78,2%). Em relação a importados, é importante salientar que as pêras argentinas cresceram 20,2% na oferta ao mercado.
Em termos de produção rural mineira, o tomate longa vida apresentou crescimento de 13,6%, a bata lisa (32,2%);. o ovos de granja do Mato Grosso e de Minas Gerais cresceram perto de 50% em suas ofertas ao mercado mineiro.
Perspectivas para novembro
O estudo elaborado pela CeasaMinas finaliza afirmando que a movimentação do mercado atacadista para o mês de novembro é esperada sem grandes alterações. Eles observam ainda a ausência de impactos do período chuvoso nas lavouras, uma vez que ela ainda não aconteceu.
Historicamente, novembro é um mês de aumento na oferta de frutas e certa regularidade nos demais grupos de alimentos. Não deve ocorrer ainda altas consideráveis de preços.
Produtos que terão crescimento expressivo em suas ofertas: tomate Santa Cruz, cenoura, abacaxi, coco, laranjas, melão; e esperado expressivo crescimento nas ofertas de mangas, por estarem em início de safra, que são produtos de alto consumo no período de calor mais intenso.
Veja a relação de estados brasileiros e de países que ofertam produtos na CeasaMinas, pela ordem de volume:
Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Tocantins, Mato grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Argentina, Distrito Federal, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Alagoas, Pará, Chile, Piauí, Maranhão, China, Espanha, Uruguai e Amazonas.
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