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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Já começou! Primavera deve ter menos chuvas do que o normal






     




Segundo os meteorologistas, apesar disso, o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, são dois lugares do Sudeste onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente no mês de novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região.

A primavera começou oficialmente às 4h50 desta segunda-feira (23/9). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a nova estação em 2019 deverá ter menos chuvas do que o normal para esta época do ano na maior parte do país. Ela termina no dia 22 de dezembro, quando começa o verão, às 1h19.

Tradicionalmente, a primavera é um período de transição entre a estação mais seca e a mais chuvosa na região central do Brasil. Já na região Norte, no interior do Nordeste e em algumas áreas centrais do país, as temperaturas sobem durante a primavera.

Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão uma exceção neste início de primavera pois deverão receber uma frente fria vinda da Argentina e do Paraguai, trazendo chuva forte para a região e talvez até granizo. Também os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul serão impactados, mas com menor intensidade.

Partes do Sul e do Sudeste começam a primavera ainda com cara de inverno mas, na maior parte do país, o inverno se despede já com cara de primavera.

Temperaturas acima da média

O prognóstico do Inmet é de que a primavera comece com temperaturas acima da média climatológica para este período.

Os termômetros deverão registrar temperaturas de 1°C a 1,5°C acima da média – isso deve se traduzir em dias com temperaturas bem altas e outros com temperaturas mais baixas ou dentro da média, o que na variação entre os três meses chega à elevação prevista, afirma o chefe da previsão do tempo do Inmet, Francisco de Assis Diniz.

Em parte do Tocantins e estados do Nordeste, as temperaturas deverão ficar de 1°C a 1,5°C acima da média. Nos estados de Minas, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, os termômetros deverão registrar cerca de 1°C acima da média. Nas demais regiões, as temperaturas ficarão 0,5°C acima da média, de acordo com a previsão do Inmet.

Destaques da estação em cada região do país:

Região Norte -
O alerta para queimadas ainda está ativo para áreas do noroeste do Amazonas, Pará e Amapá, que tiveram chuvas abaixo da média nos meses de junho a agosto deste ano. "A redução das chuvas em localidades dos estados de Rondônia, Tocantins e sul do Pará, aliada às altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favoreceram a incidência de queimadas, muito comuns nesta época do ano", afirma o Inmet em seu relatório.

Durante a primavera, a região ainda deve ter chuvas irregulares. "Em áreas onde normalmente ocorre a redução de chuvas, como em Roraima, Amapá, nordeste do Amazonas e meio norte do Pará, a previsão indica significativa probabilidade das chuvas ocorrerem próximas ou abaixo da média para o período", continua. As temperaturas serão de normais a acima da média.

Região Nordeste -
Ela também teve chuvas dentro ou abaixo da média nos último meses, com exceção de uma faixa leste. A previsão do Inmet para a primavera indica maior probabilidade de chuvas próximas à média na parte leste da região Nordeste. Nas demais áreas, prevalecem chuvas ligeiramente abaixo da média. As temperaturas estarão mais elevadas em toda a região.

Região Centro-Oeste - 
As chuvas estiveram dentro ou um pouco abaixo da média durante o inverno. O Inmet prevê, para a primavera, alta probabilidade de chuvas na média ou um pouco acima em grande parte da região, exceto na metade norte de Goiás, onde as chuvas serão ligeiramente abaixo da média. As temperaturas serão acima da média, principalmente no sul do Mato Grosso do Sul, norte de Mato Grosso e no Distrito Federal.

Região Sudeste -
A distribuição das chuvas seguiu as características típicas durante o inverno, com baixa ou total ausência de chuvas, com exceção do leste de São Paulo e Rio de Janeiro.

A previsão do Inmet é de que, nos meses da primavera, haja áreas com chuvas ligeiramente abaixo do que é normal para a estação, exceto no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente no mês de novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região.

Região Sul -
A previsão é de que os padrões de chuva fiquem dentro do normal, mas frentes frias e áreas de instabilidade devem fazer com que os três estados da região tenham momentos de chuva um pouco mais volumosas que o normal. "Já as temperaturas médias devem predominar dentro da normalidade na parte oeste da região e acima da média no restante", diz o Inmet.

Foto modelo Carolina Pantaleão, empresária de turismo na Ilha do Governador.

Fonte G1/Qsacada (qsacada.blogspot.com.br)

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Chineses e franceses estão de olho no potencial agrícola brasileiro

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O alerta foi dado pelo presidente da Brastece e da Acegri (Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio), Waldir de Lemos durante encontro dos dirigentes das ceasas realizado em Minas Gerais.

A CeasaMinas sediou nos dias 1 e 2 agosto mais uma edição do Encontro Nacional da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Na abertura do evento, ocorrida na quinta-feira, o presidente da CeasaMinas, Guilherme Brant, declarou que o encontro representa uma oportunidade de diálogo e de aprendizado entre dirigentes de Ceasas, técnicos, produtores rurais, comerciantes e demais lideranças ligadas ao abastecimento. A reunião é realizada em parceria com a Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes e Entrepostos de Abastecimento (Brastece).

“Gostaria de pedir licença ao presidente da República e à ministra da Agricultura para declarar Contagem a cidade nacional do abastecimento nesses dois dias”, destacou o presidente.

Em seu discurso, o vice-presidente da Abracen, Johnni Hunter Nogueira, lembrou que as Ceasas enfrentam muitos problemas similares, o que torna o encontro um meio para se buscar soluções conjuntas para os mercados.

De olho

Já o presidente da Brastece, Waldir Lemos, pontuou que a relação entre os dirigentes das Ceasas e os comerciantes tem sido aprimorada ao longo dos anos. “Hoje em dia, os presidentes das Ceasas não nos veem mais como inimigos, mas como parceiros”, disse. Ele considerou ainda a necessidade de o país estar atento a seu potencial no abastecimento agroalimentar. “Os chineses e os franceses estão de olho nesse potencial”, ressaltou.

A secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa/MG), Ana Maria Soares Valentini, elogiou a parceria que o governo mineiro tem mantido com a CeasaMinas. “Costumamos dizer que produzir é facil e vender é que difícil”, afirmou a secretária, ao destacar o papel da central de abastecimento como canal de comercialização dos produtores. Os Mercados Livres do Produtor (MLPs) são unidades gerenciadas pela CeasaMinas em Minas Gerais, a partir de um convênio com o governo estadual.

O deputado federal Newton Cardoso Júnior (MDB/MG) anunciou, durante o evento, o trabalho que vem sendo feito no Legislativo para manter os benefícios da Lei Kandir (Lei Complementar nº 87/1996) para a agricultura. A Lei Kandir prevê a isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as exportações de produtos primários, como itens agrícolas, semielaborados ou serviços. Segundo ele, a retirada desse benefícios poderia reduzir a participação da agricultura no Produto Interno Bruto (PIB).

Transformação que gera resultados

Tarsia Gonzalez, psicóloga e presidente do Conselho de Administração da Transpes, foi a primeira palestrante da manhã, no dia 1. Em sua apresentação, intitulada “Transformação que gera resultados”, ela explicou os requisitos necessários ao bom líder. “Para ser líder, deve-se acreditar em si mesmo, ser dono de suas emoções e autor de sua própria história”.

Segundo Tarsia, é necessário compartilhar os ensinamentos sem medo e criar sucessores que sejam parceiros, entendendo que a liderança não é um caminho solitário.

A advogada e coach Andreia Oliveira citou o filósofo Sócrates para lembrar que todos precisam fazer uma avaliação da sua própria vida de modo a enxergar situações óbvias mas que ainda não percebemos. Como, por exemplo o fim próximo de um casamento ou o definhamento da empresa em que trabalham.

O CEO do grupo Super Nosso, Euler Fuad, também foi um dos palestrantes. Ele destacou o papel fundamental que a CeasaMinas teve em seu crescimento profissional. Após a morte do pai, Euler, sua mãe e seu irmão viraram sócios na empresa da família. Percebendo que a empresa iria falir, Euler abriu uma loja na CeasaMinas nos anos 90.

De fato, a empresa que ele tinha com a mãe e com irmão faliu ao mesmo tempo em que a loja na CeasaMinas crescia. Euler comprou a empresa quebrada e pagou as dívidas. “A pujança da Ceasa ajudou a me movimentar, criar um fluxo de caixa para honrar os compromissos feitos pelo meu irmão”, destacou Euler expressando sua gratidão pela CeasaMinas. Hoje, o grupo Super Nosso conta com 51 lojas, sendo 34 supermercados e 17 atacarejos.

Automatização nas ceasas

“Inserção Digital na Ceasa com Y-Bot” foi o título da apresentação de Marcelo Gomes, sócio-proprietário Yes Tecnologies, que aconteceu no segundo dia do encontro. Ele apresentou um modelo de automatização de atendimento possível de ser implantado em centrais de abastecimento. Por meio desse sistema, um robô auxilia o usuário na busca por diferentes tipos de informação relacionadas à empresa.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Comercialização na CEASA-RJ tem aumento de 8,95%

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A Ceasa do Rio de Janeiro teve um aumento de 8,95% na comercialização de produtos hortifrutigranjeiros na Unidade Irajá em 2018, em relação ao ano anterior, segundo apontou o setor de Agroqualidade da Divisão Técnica da empresa.

Destaque para o subgrupo de frutas importadas, que teve um crescimento de 48,18%. Em 2018 foram comercializadas 45,6 toneladas em comparação a 23,6 toneladas em 2017.

Outro grupo que teve aumento significativo foi o de ovos. Em 2017, foram 74,1 toneladas comercializadas, enquanto em 2018 foram 112,9 toneladas, com um aumento de 34,33%.

O subgrupo de frutas nacionais teve um aumento de 7,7%. Em 2018 foram comercializados 806,9 toneladas, contra 744,7 toneladas em 2017.

O subgrupo hortaliça raiz, bulbo, tubérculo e rizoma teve um aumento de 5,33%. Em 2017 foram comercializadas 465,2 toneladas e em 2018 foram 491,4 toneladas.

O subgrupo hortaliça fruto teve um aumento de 3,8%. Em 2017 foram comercializadas 243,8 toneladas e em 2018 253,4 toneladas.

A queda ficou por conta do subgrupo: hortaliça folha, flor e haste, que comercializou 50,1 toneladas em 2018; 2,5% a menos que em 2017, quando registrou 51,4 toneladas.

No geral, a Unidade Rio de Janeiro teve um crescimento na comercialização.

Em nível comparativo, em 2018 foram 1.760,314 toneladas de produtos comercializados na unidade; 8,95% a mais que em 2017, que registrou 1.602,824 toneladas de produtos comercializados.


Fevereiro traz o menor número de alimentos em safra de todo o ano

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Janeiro também foi outro mês com pouca quantidade, o que forçou um pouco os preços para cima.

FRUTAS - Abacate, ameixa, carambola, coco verde, figo, fruta do conde, goiaba, jaca, laranja-pêra, maçã, pêra, pêssego, seriguela, uva.

LEGUMES - Abóbora, gengibre, milho-verde, pepino, pimentão, quiabo e tomate.

VERDURAS - Escarola, hortelã e repolho.

PESCADOS - Badejo, cambeva, camorim, cascudo, chora-chora, manjuba, meca, merluza, mexilhão e traíra.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Agronegócio: Valor da Produção fecha 2018 em R$ 569,8 bilhões

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O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) encerra o ano de 2018 em R$ 569,8 bilhões, menor do que o valor recorde obtido em 2017, de R$ 582,3 bilhões. Os valores da produção de algodão e de soja foram os maiores registrados na série iniciada em 1989. Esses resultados trouxeram importantes benefícios, especialmente àqueles estados onde predominam as lavouras desses produtos, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Bahia.

Os produtos que deram maior sustentação ao VBP foram algodão, café e soja, embora cana-de-açúcar e milho também são destacados por expressiva participação no valor gerado.

O ano não foi favorável para a pecuária, que teve redução de valor em suas principais atividades, como carne bovina, frango, carne suína, leite e ovos. Preços internacionais e retração do consumo interno estão associados a esse desempenho, analisa José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Um balanço dos resultados dos estados mostra que nove tiveram aumento real do valor da produção. São eles Bahia, Piauí, Rio Grande do Norte, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo e os estados Centro-Oeste (exceto o DF).As quedas de valor foram observadas em estados do Nordeste, em toda a região Sul, parte do Sudeste e alguns estados do Norte.

VBP 2019

As perspectivas para 2019 mostram aumento do faturamento devido, principalmente, à melhoria da pecuária, que mostra crescimento em quase todas suas atividades. As primeiras estimativas mostram crescimento de 2,1% do VBP em relação ao último ano, o que representa faturamento de R$ 581,6 bilhões.

Fonte:

www.agricultura.gov.br
 

Governo planeja triplicar produção agrícola no Rio de Janeiro

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Objetivo é aumentar de 3% para 10% a participação do setor no PIB estadual. Meta é chegar a R$ 66 bilhões ao ano. Novo secretário de Agricultura toma posse.

O governador Wilson Witzel participou, na manhã desta quarta-feira (16/1), da celebração da posse de Eduardo Lopes no cargo de secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento. O evento, que aconteceu no auditório da UFF, em Niterói, reuniu prefeitos e representantes dos segmentos agropecuário e pesqueiro do Rio de Janeiro.

- Mais do que garantir a segurança alimentar da população do estado, a produção do campo é um dos pilares do desenvolvimento do interior e nenhuma economia saudável consegue se desenvolver de costas para os seus agricultores. Nosso território é abençoado pela diversidade natural e climática, viabilizando produzir todo tipo de alimento em quantidade e qualidade – disse o governador.

Hoje, a produção total do agronegócio no Rio de Janeiro, considerando toda a cadeia produtiva, gira em torno de R$ 18 bilhões, o que corresponde a 3% do PIB estadual. Segundo o secretário Eduardo Lopes, o objetivo do governo é desenvolver a área para que esta se torne responsável por 10% do PIB.

- Nossa ambição é que o agronegócio no Estado atinja R$ 66 bilhões ao ano, após quatro anos de gestão – afirmou.

Ainda segundo o secretário, além de investir na integração das cadeias produtivas de alimentos às fontes modernas de distribuição e logística, a pasta terá atenção especial aos pequenos agricultores, já que, segundo dados do IBGE, mais que 72% dos estabelecimentos rurais do estado têm os seus processos produtivos desenvolvidos por agricultores com até 20 hectares de área.

- Vamos dobrar o volume de crédito rural aplicado nos dois primeiros anos de governo – ressaltou.

De imediato, Lopes quer restabelecer o aporte de US$ 10 milhões, referente a saldo não executado do financiamento com o Banco Mundial para o programa Rio Rural, encerrado no final do ano passado, para promover o desenvolvimento sustentável.

Ovos continuarão com preços bem abaixo

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A população, principalmente do Rio de Janeiro, já se acostumou desde o final do ano passado com a redução no preço da dúzia dos ovos, mas precisamente os da cor branca. Na "guerra" de preços entre sacolões, supermercados e ambulantes que ficam percorrendo os bairros, quem ganhou ainda mais foi o consumidor. Da dúzia, passou-se a vender 30 ovos por R$ 10. E agora, não é difícil ver que este preço foi reduzido a R$ 6,99 em alguns locais. Por que isso aconteceu? 

Segundo estudo econômico divulgado pela CeasaMinas, houve uma redução de 17,7% no preço dos ovos como consequência, sobretudo, do aumento de 9,9% no volume ofertado. Conforme matéria publicada no ano passado no site da CeasaMinas, a oferta maior está ligada ao fato de muitos avicultores aumentarem a produção visando aproveitar os preços altos de anos anteriores. Para se ter uma ideia, os ovos apresentaram em 2018 os preços mais baixos dos últimos dois anos para os meses de setembro e outubro no atacado da CeasaMinas.

Em relação aos outros alimentos, a CeasaMinas registrou aumento de 1,1% em 2018, no preço médio dos hortigranjeiros.    

O preço médio do grupo dos hortigranjeiros, formado por frutas, legumes, verduras e ovos, ficou 1,1% maior em 2018 no comparativo com 2017, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. A alta foi acompanhada por uma redução de 1,7% na oferta. O segmento que mais contribuiu para elevar o preço anual foi o das hortaliças (legumes e verduras), que ficou, em média, 6% mais caro. No lado oposto, os ovos ficaram 17,7% mais baratos, e o preço médio das frutas apresentou queda de 1%. O volume ofertado foi de cerca de 1,4 milhão de toneladas de hortigranjeiros, o que gerou um valor estimado de comercialização de R$ 2,7 bilhões, de acordo com o Departamento Técnico da CeasaMinas (Detec).

Segundo o chefe da Seção e Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim/Detec), Ricardo Fernandes Martins, o aumento do preço médio das hortaliças foi influenciado, entre outros fatores, pela antecipação das chuvas a partir de outubro de 2018. O fenômeno acabou afetando a oferta e a qualidade principalmente dos produtos mais sensíveis ao clima adverso.

Um dos principais exemplos é o tomate longa vida, que ficou 27,7% mais caro no ano passado. "Com o tomate, não somente a chuva, mas também as alternâncias entre chuva e forte calor prejudicaram muito a qualidade e a oferta desta hortaliça", explica Martins. Outro fator que ajuda a entender a alta foi o período de preços muito baixos para o tomate, entre junho e setembro do ano passado, o que desestimulou produtores a investirem em novos plantios.

Entre as altas de preço, também podem ser citados o repolho (40,9%); cebola (34,1%); moranga híbrida (20%); cenoura (17,7%) e batata (5,7%).

Das hortaliças que pesaram menos no bolso dos consumidores, os destaques foram o quiabo, com queda de preço de 12,8%, além de mandioca (-10,7%); pimentão (-6,3%); chuchu (-6,3%); e mandioquinha ou baroa (-4%). "Normalmente, são alimentos mais resistentes a problemas climáticos ou cujas áreas de produção não foram tão afetadas", afirma Martins.

Frutas

As frutas que mais influenciaram a queda do preço médio deste grupo foram a manga (-11,7%); banana-nanica (-10,3%); banana-prata (-10,2%); limão tahiti (-6%); tangerina ponkan (-3,7%) e abacaxi (-2,6%). As reduções podem ser atribuídas, de modo geral, às boas ofertas apresentadas no ano passado.

Já entre as altas de preço de frutas, os destaques foram o mamão havaí (46,3%); mamão formosa (20,6%); laranja-pera (7,9%); uva niágara (6,8%) e melancia (2,3%). Vale destacar que a maior alta do mamão havaí está ligada principalmente aos problemas climáticos do Sul da Bahia, o que impactou em preços muito elevados entre março e junho.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Municípios do agronegócio lideram crescimento do PIB

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Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao PIB (Produto Interno Bruto) Municipal de mais de 5 mil municípios mostram forte crescimento nas principais regiões agrícolas. Levantamento com base no valor nominal do PIB do 2016 revelou que 82% dos municípios brasileiros classificados como os maiores produtores do agro cresceram em média 4,4% ao ano entre 2014 e 2016.

Quando isolados os 100 maiores produtores agrícolas, o crescimento médio foi de 9,81%, no período. Esses municípios respondem por 7,2% do PIB do país, e por 27,5% do Valor Bruto da Produção (VBP Lavouras).

O levantamento de acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, combina as informações do IBGE com as da Produção Agrícola Municipal (PAM), referentes às lavouras permanentes e temporárias em 2017. “Trabalho semelhante a este, foi feito em 2016, quando verificou-se que as regiões produtoras agrícolas cresceram entre 2010 e 2013, o dobro da média do país”, lembrou Gasques.

“Em diversos municípios do Nordeste, o valor da produção agropecuária teve acentuada redução em 2017. Isso ocorreu muito fortemente entre os que integram a região chamada Matopiba, considerada importante área de expansão da fronteira agrícola”, disse Gasques.

“Nos estados da Bahia, Piauí e Maranhão, muito afetados pelas secas ocorridas nos últimos anos, a redução de safras foi muito forte ocasionando redução do valor da produção”, afirmou.

Fonte: www.agricultura.gov.br

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Preço médio do chuchu tem queda de 56,5%


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De sabor suave e de fácil digestão, além de rico em fibras e pobre em calorias, o chuchu tem sido também uma excelente opção de economia. O preço médio da hortaliça caiu 56,5% em outubro se comparado ao mesmo período de 2017, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Em relação a setembro deste ano, a redução no preço foi de 41,5%. Para se ter uma ideia do momento favorável ao consumidor, o valor médio do quilo em outubro no atacado (R$ 0,66) foi o menor para este mês desde 2013.

Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins, o aumento da oferta é um dos fatores que contribuíram para a redução do preço. O volume de chuchu no entreposto de Contagem, no comparativo de outubro com o mesmo mês de 2017, foi 19,6% maior e, em relação a setembro deste ano, 22,8% superior.

"Essa queda de preço está ligada ao fato de muitos produtores dobrarem ou até triplicarem a plantio de chuchu", reforça o produtor rural Wilton de Oliveira Machado, do município de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Ele explica que o estímulo ao aumento da produção veio em decorrência de preços maiores de safras anteriores. ?Houve períodos de preços maiores para o produtor lá pelos idos de 2014 e 2015 por exemplo, e isso estimulou muita gente a plantar. Em 2015 nós mesmos aumentamos nosso plantio em 35%, para aproveitar os bons preços?, diz.

Nesse dia 12/11, Machado vendeu cada caixa (18 kg) por R$ 25 no Mercado Livre do Produtor (MLP). "O preço reagiu, já que na semana passada estava dando R$ 8/cx". O produtor acredita que essa oscilação recente se deu em razão das chuvas da semana anterior. "Com muita chuva, o pessoal não colhe e isso derruba a oferta e eleva o preço aqui no mercado. Nos próximos dias, o preço deve ficar em torno de R$ 15/cx", prevê.

A diversificação dos compradores é uma das apostas dele para não perder rentabilidade. Do total de sua produção, 65% vão direto abastecer centros de distribuição de supermercados, sem passar pela CeasaMinas. Os clientes de São Paulo também são importantes para ele. "Não fossem os compradores paulistas, o preço estaria ainda pior para o produtor. Acredito que na faixa de R$ 5/cx", diz.

Segundo dados da Secim, o preço médio da caixa de chuchu nesse dia 12/11 foi de R$ 23,18/cx no atacado. Conforme ressalta Ricardo Fernandes, mesmo com essa reação, a previsão é que a situação permaneça favorável ao consumidor ao longo de novembro.

Cultivando chuchu há 35 anos, o produtor Oscar Pedro Diniz, também de Ibirité, comemorava a última elevação do preço na CeasaMinas, mas, ainda assim, prevê que o valor deve baixar para R$ 15/cx. "Na semana passada, girou entre R$ 8 e R$ 10/cx e acho que até dezembro deve oscilar bastante. Toda a nossa produção é trazida para o MLP. São 600 caixas por dia".

Clima ajudou

A oferta foi favorecida também por boas condições climáticas, na avaliação do produtor José Márcio Alves Drumond, do município de Sarzedo, na RMBH. "Tivemos chuvas regulares e temperaturas na faixa de 20 a 25 graus nas regiões produtoras. O chuchu sempre se desenvolve melhor quando existe alternância entre sol e chuva", explica.

Ele lembra que, na época da crise hídrica, em 2015, houve uma estiagem que durou seis meses. "Sem água, a produção caiu e o preço do chuchu foi lá para o alto. Em consequência, de uns três anos para agora, muita gente passou a plantar chuchu".

Chuchu "preto x branco"

Drumond comercializa dois tipos de chuchu, o chamado "preto" e o "branco". O primeiro possui coloração verde-escura, o que, segundo ele, valoriza a hortaliça aos olhos do consumidor. Ele ainda explica que esse tipo é mais durável e resistente ao manuseio, transporte e exposição na banca.

Já o chuchu "branco", de acordo com o produtor, é mais sensível a pancadas e acaba ficando menos "bonito" na banca. "Tenho cliente da Bahia que compra comigo e tem de transportar o chuchu por 1.300 quilômetros debaixo de lona de caminhão. Imagina se o produto não for resistente", afirma.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o chuchu está entre as dez hortaliças mais consumidas no Brasil. É rico em potássio e fornece vitaminas A e C, dentre outros nutrientes.

São Paulo tem 29 alimentos com preços baixos na Ceagesp

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Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. 

Confira a lista dos produtos desta semana:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Banana nanica, lima da pérsia, goiaba vermelha, goiaba branca, manga tommy, melão amarelo, morango comum, banana prata, coco verde, abobrinha italiana, beterraba, chuchu, cará, abóbora moranga, pepino caipira, pepino comum, salsão, espinafre, couve manteiga, repolho roxo, brócolis ninja, couve-flor, repolho verde, nabo, milho verde, beterraba com folha, cebolinha, alho chinês, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Manga palmer, mamão papaya, mamão formosa, jabuticaba, abacate margarida, laranja lima, laranja pera, uva itália, caju, berinjela, cenoura, abóbora japonesa, abóbora seca, mandioca, pepino japonês, alfaces, acelga, salsa, agrião, cenoura com folha, rabanete, cebola nacional, alho nacional e coco seco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Tangerina murcot, maçã gala, melancia, limão taiti, maracujá azedo, figo roxo, atemoia, nêspera, pinha, abacate avocado, uva rosada, maçã fuji, maçã importada, pera importada, manga hadem, inhame, mandioquinha, abóbora paulista, batata doce rosada, tomate italiano, pimentão verde, pimentão amarelo, pimentão vermelho, vagem macarrão, quiabo, ervilha torta, coentro, rúcula, batata asterix e batata lavada.

Índice de preços dos alimentos na Ceasa do Rio teve queda de - 0,53%

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                Mamão Formosa

A comercialização na unidade Grande Rio da Ceasa-RJ encerrou o mês de outubro com uma estabilidade de -0,53% comparado ao mês anterior, segundo informou o setor de Agroqualidade – SEAGRO, da Divisão Técnica da CEASA-RJ.

O setor de frutas nacionais e importadas registrou uma baixa de -0,46% quando comparado ao mês de setembro de 2018. As principais frutas que apresentaram altas foram: Banana Ouro (CX 20 Kg) (19,29%); Maracujá (CX 14 Kg) (29,52%); Romã (CX 3 Kg) (28,74%); Nectarina Importada (CX 8 Kg) (19,47%); Atemóia (CX 2 Kg) (11,43%); Limão Taiti (CX 25 Kg) (13,37%); Tangerina Murcott (CX 25 Kg) (12,50%); Pêssego Importado (CX 8 Kg) (16,38%).

As principais baixas foram: Abacate Fortuna (CX 25 Kg) (-14,25%); Abacate Quintal (CX 25 Kg) (-13,79%); Banana Figo (CX 2 Kg) (-11,11%); Fruta do Conde/Pinha Tipo 06 (CX 1 Kg) (-11,43%); Goiaba Tipo 12 (CX 2 Kg) (-12,41%); Goiaba Tipo 15 (CX 2 Kg) (-14,09%); Goiaba Tipo 18 (CX 2 Kg) (-16,29%); Mamão Formosa (CX 20 Kg) (-29,93%); Mamão Papaya (CX 8 Kg) (-23,81%); Manga Espada (CX 25 Kg) (-24,09%);Manga Palmer (CX 25 Kg) (-18,99%); Manga Tommy Atkins (CX 25 Kg) (-16,08%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

O Setor de Hortaliças Fruto registrou uma alta de 0,08; os principais frutos que apresentaram alta foram: Berinjela (CX 10 Kg) (24,52%); Ervilha Vagem (CX 10 Kg) (13,80%); Feijão de Corda (CX 10 Kg) (09,01%); Jiló (CX 15 Kg) (16,76%); Pimentão Verde (CX 10 Kg) (25,15%); Tomate (CX 22 Kg) (124,74%); Vagem Macarrão (CX 15 Kg) (12,81%); Vagem Manteiga (CX 15 Kg) (25,36%).

Os principais em baixa foram: Abobrinha Italiana (CX 20Kg) (-7,41%); Abobrinha Brasileira (CX 20Kg) (-7,25%); Chuchu (CX 20Kg) (-10,67%); Milho Verde (SC 25Kg) (-23,70%); Pepino (CX 18Kg) (-20,54%); Pimentão Amarelo (CX 10Kg) (-29,18%); Pimentão Vermelho (CX 10Kg) (-29,18%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

No Setor de Hortaliças Folha, Flor e Haste houve uma alta de 4,16% quando comparada ao mês anterior. Os principais produtos que apresentaram alta foram: Alcachofra (CX 5Kg) (54,46%); Repolho Verde (CX 25Kg) (15,65%); Repolho Roxo (Pregado 25Kg) (26,64%).

Os principais em baixa foram: Aipo/Salsão (Amarrado 13Kg) (-11,36%); Alho Poró (Amarrado 4,5Kg) (-25,47%); Almeirão (Amarrado 0,25Kg) (-50,00%); Bertalha (MOL 0,50Kg) (-16,12%); Brócolis Americana (Pregado 8Kg) (-9,63%); Cebolinha (MOL 0,4Kg) (-18,65%); Couve Comum (Amarrado 1Kg) (-8,54%); Erva-Doce (Amarrado 6Kg) (-20,37%); Hortelã (Amarrado 0,20Kg) (-19,64%); Mostarda (Amarrado 1Kg) (-21,05%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

O Setor das Hortaliças Raiz, Bulbo, Tubérculo e Rizoma apresentou uma alta de 0,92%. Os principais produtos em alta foram: Alho Importado Roxo/Espanha (CX 10Kg) (10,95%); Alho Importado Roxo/Argentina (CX 10Kg) (9,89%); Batata Inglesa Comum (SC 50Kg) (10,06%); Batata Inglesa Lisa (SC 50Kg) (15,24%); Batata Asterix (SC 50Kg) (23,35%); Inhame Chinês (CX 18Kg) (28,90%).

Os principais produtos em baixa foram: Batata Doce (CX 20Kg) (-17,54%); Batata Yacon (CX 2Kg) (-9,43%); Cebola Roxa Nacional (SC 20Kg) (-9,82%); Cenoura (CX 18Kg) (-9,18%); Gengibre (CX 18Kg) (-24,11%); Nabo (CX 20Kg) (-36,84%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

No Setor Granjeiro, registrou um recuo de -8,57%. 


Índice CEAGESP registra elevação de 4,67% nos preços

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Período de chuvas poderá prejudicar bastante a produção rural possibilitando uma redução na oferta e aumento dos preços até o final do ano. A parte mais afetada será as frutas.

Em outubro, o setor de frutas apresentou alta de 5,01%. As principais elevações ocorreram com os preços do figo (32,09%), da carambola (27,64%), do maracujá doce (26,02%), do maracujá azedo (19,43%) e da banana nanica climatizada (18,31%). As principais quedas ocorreram com os preços da acerola fresca (-22,19%), da manga tommy (-11,97%), do mamão formosa (-9,63%), da melancia redonda/comprida (-7,58%) e do limão taiti (-5,26%).

O setor de legumes registrou elevação de 9,01%. As principais altas ocorreram com os preços do tomate (96,13%), do pimentão verde (22,53%), do inhame (19,93%), do cogumelo champignon (16,66%) e da berinjela japonesa (12,3%). As principais baixas ocorreram com os preços da abobrinha italiana (-26,37%), do chuchu (-23,03%), do maxixe (-16,95%) do pepino caipira (-15,61%) e do pimentão vermelho (-14,75%).

O setor de verduras cresceu 4,76%. As principais altas ocorreram com os preços da rúcula (36,06%), do brócolis (25,71%), da salsa (25,42%), do almeirão (17,26%) e do coentro (15,59%). As quedas ficaram por conta do repolho liso (-24,36%), cenoura com folhas (-13,18%), do milho verde (-11,89%), da chicória (-9,73%) e da beterraba com folhas (-9,44%).

O setor de diversos cresceu 5,00%. As principais altas ficaram por conta da cebola nacional (45,26%), da batata comum (24,97%), da batata beneficiada lisa (7,58%) e do amendoim (3,99%). As quedas ocorreram nos preços do ovo branco (-7,06%), ovo vermelho (-5,69%), do coco seco (-4,70%) e do milho de pipoca estrangeiro (-2,15%).

O setor de pescados registrou retração de 1,06%. As principais quedas foram registradas nos preços da lula congelada (-60,00%), da tainha (-11,93%), da corvina (-11,84%), do polvo (-9,85%) e da tilápia (-7,38%). As principais altas ocorreram com a sardinha fresca (26,67%), a pescada goete (24,23%), a pescada (23,00%), a abrótea (17,58%) e com o cação congelado (12,32%).

Tendência do Índice

O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de outubro com alta de 4,67% em relação ao mês de setembro. O excesso de chuvas nas regiões Sul e Sudeste atingiu culturas importantes, prejudicando a qualidade e ocasionando a redução dos volumes ofertados.

O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou, no mês de outubro 276.525 toneladas, registrando alta de (0,68%). No acumulado de janeiro a outubro de 2018 foram comercializadas 2.523.298 toneladas ante 2.729.329 no mesmo período de 2017,

Tendência: O período de chuvas veio antes do esperado e com a elevação das temperaturas, espera-se redução do volume ofertado e elevação dos preços praticados.

Em dezembro, com a demanda aquecida, os maiores impactos deverão ocorrer no setor de Frutas.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Abóbora Moranga japonesa atinge um dos menores preços do ano

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Os nomes pelos quais é conhecida são vários: moranga híbrida, abóbora japonesa, cabotiá ou simplesmente abóbora moranga. O certo é que esta variedade de abóbora, de casca verde escura, polpa alaranjada, formato arredondado e levemente achatado, está com preços bem atraentes para o consumidor. Após chegar a ser comercializada, em média, a R$ 1,35/kg em maio, o produto fechou a primeira quinzena de setembro a R$ 0,84/kg, queda de 37,7%, no atacado do entreposto de Contagem. Cerca de 90% das morangas ofertadas na CeasaMinas foram provenientes de municípios mineiros em 2017.

O preço médio registrado em agosto ficou em R$ 0,82/kg, segundo dados do Departamento Técnico da CeasaMinas. Tanto em setembro quanto em agosto, os preços médios foram os menores desde 2014, quando a abóbora foi vendida, em média, a R$ 0,50/kg. Em agosto, a abóbora ficou 10,8% mais barata que no mês anterior (R$ 0,92/kg em julho) e 32,2% do que em igual mês de 2017 (R$ 1,21/kg).

Um dos fatores que contribuíram para a redução do valor da abóbora foram os preços mais altos praticados principalmente entre abril e junho. Isso estimulou muitos produtores a investirem no plantio, levando ao aumento da oferta no entreposto, conforme explica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.

“Em nossa propriedade, aumentamos em cerca de 30% o plantio para esta safra que vai até o fim do ano”, confirma o produtor rural José Fábio Guimarães, do município de Luz (MG), na região Central do estado.

Ele reclama do preço do saco de abóbora que, no dia último dia 20/9, era vendido entre R$ 13 e R$ 15 no atacado do Mercado Livre do Produtor (MLP). Segundo Guimarães, mesmo com o preço estando bem abaixo dos R$ 25, praticados na mesma época de 2017, a situação não tem levado ao aumento da procura. A alternativa tem sido segurar parte da mercadoria no campo. “Temos evitado trazer todo o produto que está na roça. Se há alguns meses, quando o preço estava maior, trazíamos até 1.500 sacos por semana, hoje são apenas 600”, ressalta.

A mesma estratégia tem sido adotada também pelo produtor Juliano de Castro Maia, do município de Claro dos Poções (MG), no Norte do estado. A afirmação é de seu representante no MLP, o vendedor Eder Tiago Santos de Oliveira. “Em um dia de mercado normal, nós trazíamos cerca de 1.800 sacos de moranga por semana, o equivalente a três caminhões. Quando o mercado tá como agora, com preço baixo e procura fraca, às vezes não compensa trazer mais que um caminhão”, afirma.

Além do aumento do plantio e da demanda retraída, também contribuíram para a queda de preços as boas condições climáticas, favoráveis ao cultivo da abóbora. “Moranga produz bem no período mais seco. Na época das chuvas, a oferta cai porque é muito comum a incidência do chamado calo d`água, que inviabiliza a venda do produto”, explica Oliveira.

Já o produtor José Carlos Rezende, também de Luz, aponta também outro fator que estaria contribuindo para elevar a oferta: o aumento de pessoal que está retornando ao campo para produzir, fugindo do desemprego nas cidades. “Muita gente que tinha largado a roça para trabalhar na cidade, ficou desempregado, e está voltando para a lavoura”, diz. Ele, que trabalha com moranga na CeasaMinas desde 1995, acredita que o mínimo necessário para cobrir os custos seriam R$ 20/sc.

Apesar de ser uma ótima opção para o consumidor economizar, o período que vai de julho a setembro é considerado regular. O período de safra, onde os preços podem ser ainda melhores para o comprador, concentram-se em janeiro e fevereiro. A expectativa é que os preços apresentem alguma recuperação a partir de outubro.

Outubro traz 64 alimentos em safra ou em temporada

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São frutas, legumes, verduras, pescados que estarão em época e por conta disso, além de serem saudáveis mais ainda, eles estarão com preços bem menores por conta da oferta. Outubro é um mês do ano que mais concentra tipos variados de alimentos em safra.

FRUTAS

Abacaxi, Acerola, Banana-nanica, Banana-prata, Caju, Manga, Coco verde, Jabuticaba, Laranja-pêra, Laranja Lima, Maçã, Mamão, Nêspera, Tangerina.

LEGUMES

Abóbora, Abobrinha, Alcachofra, Aspargos, Babata-doce, Berinjela, Beterraba, Cenoura, Cogumelo, Ervilha, Fava, Inhame, Pepino, Pimentão, Rabanete, Tomate, Tomate-caqui.

VERDURAS

Alho-porró, Almeirão, Brócolis, Catalonha, Cebolinha, Chicória, Coentro, Couve-flor, Erva-doce/Funcho, Espinafre, Folha de uva, Hortelã, Mostarda, Orégano.

PESCADOS

Atum, Bonito, Cação, Chiova, Castanha, Chora-chora, Corvina, Gordinho, Lambari, Meca, Merluza, Pintado, Piranha, Robalo, Salmão, Siri, Tilápia, Traíra, Tucunaré.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Novo tomate pode conter três vezes mais licopeno

        
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Pesquisa da Embrapa Hortaliças desenvolveu um tomate híbrido que, além de muito doce, apresenta diferencial benéfico para os consumidores indetectável pelo paladar: o teor de licopeno. O tomate BRS Zamir é enriquecido com essa substância antioxidante eficiente no combate aos radicais livres no organismo, além de um pigmento que confere a típica cor vermelha dos frutos. Enquanto outros híbridos comerciais do segmento grape no mercado brasileiro obtêm por volta de 40 a 90 microgramas por grama de fruto (µg/g), o teor de licopeno do tomate BRS Zamir pode alcançar até 144 µg/g.

“Produtos derivados do tomate como sucos, geleias, molhos e extratos são a principal fonte de licopeno na dieta humana, observa o agrônomo Leonardo Boiteux, pesquisador responsável pelo programa de melhoramento genético do tomateiro da Embrapa. Para os agricultores, a característica nutricional, somada à textura, sabor e cor representa agregar valor ao produto comercializado. O produtor Fernando Silva, que produz tomate orgânico sob cultivo protegido, diz que os frutos apresentam uma combinação equilibrada dos teores de açúcares e ácidos.

Na última safra, as vendas alcançaram 178.000 sementes (ou 162 estufas de 400m2), registra Luís Carlos Galhardo, diretor da empresa Agrocinco, que está licenciada para comercialização da cultivar. De acordo com ele, esse volume representa até 10% das vendas de sementes de tomate grape no Brasil. Por ser um híbrido nacional, o custo das sementes é cerca de 30% menor em comparação com às importadas.

Produtividade

Do ponto de vista agronômico, o tomate BRS Zamir possui vantagem genética que aumenta o número de frutos por penca. Pesquisadores da Embrapa Hortaliças e parceiros caracterizaram um gene (denominado bif) responsável por estimular o grau de bifurcação dos cachos do tomateiro, que aumenta em até três vezes o número de flores e, por consequência, de frutos. “Nós observamos plantas que apresentavam essa característica de bifurcação e desenvolvemos um trabalho de seleção dos materiais genéticos para chegar ao híbrido BRS Zamir, que agrega maior produtividade em virtude da presença desse gene”, explica o pesquisador.

Nesse nicho de mercado, o número de frutos por penca interessa mais do que o tamanho ou calibre dos frutos produzidos. Por isso, o tomate grape é um produto que se encaixa muito bem no perfil do agricultor de base familiar que, mesmo em uma área pequena e com pouca estrutura, consegue produzir um material de elevado valor agregado. “Mesmo no plantio orgânico, sem nenhum agrotóxico ou adubo químico, as pencas estão enormes, com vigor, e a sanidade está muito boa”, opina Silva.

Por meio da lei de inovação, em parceria com a iniciativa privada, a cultivar foi avaliada em diferentes regiões produtoras nos estados de Goiás, Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Além da produtividade superior em comparação a outros híbridos do mesmo segmento, o tomate BRS Zamir também é adaptável às altas temperaturas encontradas em regiões produtoras do país, alcançando perto de 100% de pegamento dos frutos. O desenvolvimento de um produto nacional é importante porque o segmento de tomates do tipo grape tem baixa disponibilidade de materiais genéticos adaptados às condições ambientais do Brasil, o que deixava o agricultor com poucas opções de escolha.

A boa sanidade é outra vantagem competitiva do tomate BRS Zamir: ele apresenta tolerância ao fungo oídio, doença foliar que atinge plantações em cultivo protegido – principal sistema de produção adotado para plantio de tomates especiais como os do segmento grape. A cultivar tolera o ataque do fungo até o fim do ciclo de produção.

A cultivar BRS Zamir foi desenvolvida via contrato de parceria em pesquisa e desenvolvimento agropecuário entre a Embrapa Hortaliças e a empresa Agrocinco. O contrato é regido pelos termos da lei nº 10.973, de 02 de dezembro de 2004, e pelo decreto nº 5.563, de 11 de outubro de 2005, que dispõem sobre incentivos à inovação e garantem exclusividade de comercialização das sementes pela empresa parceira.


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

AgriFutura vai ajudar melhor o seu agronegócio

Acontece nos dias 3 e 4 de março no Instituto Biológico de São Paulo, o 1o. AgriFutura, evento inédito com soluções inovadoras e tecnológicas para o agronegócio que será realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

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O evento é totalmente gratuito e conta com duas vertentes de painéis: a vertical de culturas como hortaliças, frutas, bovinos de corte e de leite, grãos, cana e café, por exemplo; e outra transversal, que abrange toda a agricultura como gestão empresarial, agronômica, mercado e as de tecnologias como IoT (internet das Coisas) bigdata, blockchain, e hardwares como drones, sensores e leitores. Ao todo, são mais de 30 painelistas e moderadores trazendo as ações mais modernas do setor.

Os visitantes poderão ver de perto as mais modernas soluções para o setor, tanto de empresas consolidadas no mercado quanto de startups, terão a oportunidade de acompanhar ações inovadoras e os resultados de pesquisas desenvolvidas na Secretaria de Agricultura e ainda poderão assistir a palestras e bate-papos sobre vários assuntos relacionados à inovação com representantes de diferentes segmentos.

O AgriFutura também abre espaço para o Hackathon Agrifutura, em que 12 times de cinco programadores, makers, técnicos, marqueteiros, empreendedores e engenheiros resolvem os desafios tecnológicos lançados pelos próprios agricultores diante de suas necessidades.

Além disso, acontecerá a mostra de 24 startups em um espaço especial para elas. As inscrições para participar do Hackathon Agrifutura, da mostra de Startups e para visitar o evento estão no site www.agrifutura.com.b

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Minas Gerais é o segundo maior produtor de tangerina ponkan

No município de Belo Vale, os preços deixam os agricultores satisfeitos. Só nesta safra, eles devem colher 60 mil toneladas da fruta. São Paulo é o maior produtor da fruta.

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A produção de tangerina ponkan, em Minas Gerais, está crescendo, ano após ano. No município que mais produz no estado, Belo Vale, os preços deixam os agricultores satisfeitos. A tangerina é a principal atividade dos mais de 500 agricultores da região. Só nesta safra, eles devem colher 60 mil toneladas da fruta.

A área plantada com ponkan não para de crescer. Segundo estimativa da Secretaria de Agricultura do município, ela mais que triplicou nos últimos quatro anos: saltou de 1.500 hectares para cinco mil hectares.

A maior parte da safra entra no mercado quando a colheita das outras regiões produtoras já está no fim. Com isso, os agricultores conseguem preços bem melhores. Marcílio da Silva tem 120 mil pés de ponkan plantados na propriedade de 140 hectares e conhece bem os segredos dessa estratégia.

Ele está há 22 anos no mercado. Este ano, deve colher quase três mil toneladas da fruta. No começo da colheita, em maio, chegou a receber oito reais por uma caixa de vinte quilos. Agora, a caixa está a R$ 20, com possibilidade de ir a R$ 30. A colheita em Belo Vale vai até setembro e Marcílio ainda tem 60% da área para colher.

A safra da tangerina emprega muita gente. Só o Marcílio teve que contratar 40 trabalhadores temporários, todos de fora. “A gente traz de Sergipe, Bahia, Alagoas, Pará. Tem gente de quase todo o Brasil para ajudar na colheita.”

“A tangerina ponkan movimenta a economia do município, além da questão social, que gera emprego e renda para os nossos produtores, principalmente os agricultores familiares, que é a maioria do nosso município”, explica a secretária de Agricultura de Belo Vale Kelly Cristina dos Santos.

Minas Gerais passou do quarto para o segundo lugar na produção nacional de tangerinas, nos últimos anos. O maior produtor é São Paulo.

Fonte Globo Rural

segunda-feira, 5 de junho de 2017

PIB cresce e agropecuária responde por 13,4%

                       
     

Por Jorge Lopes (jorgeseraphini@gmail.com)

Ai do Brasil se não fosse o campo" Essa é uma expressão que já vem de algum tempo, depois que o país mergulhou no seu pior momento econômico. Mas o estudo divulgado pelo IBGE mostra também que o consumo das famílias sofreu retração de 1,8%. 

O Blog CeasaCompras.com, diante deste anúncio, foi atrás de outros resultados: o movimento de mercadorias e de vendas nas principais centrais de abastecimento do país. E o que se viu foi revelador, que passamos a vocês em duas matérias especiais com o título ECONOMIA NAS CEASAS.

O PIB apresentou crescimento de 1,0% na comparação do primeiro trimestre de 2017 contra o quarto trimestre de 2016, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal.

A Agropecuária teve expansão de 13,4%, a Indústria cresceu 0,9% e os Serviços (0,0%) apresentaram estabilidade.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB caiu 0,4% no primeiro trimestre de 2017, o décimo segundo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação negativa de 0,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios recuaram em 0,8%.

Dentre as atividades que contribuem para a geração do Valor Adicionado, a Agropecuária cresceu 15,2% em relação a igual período do ano anterior. A Indústria sofreu queda de 1,1%. O valor adicionado de Serviços caiu 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Pelo oitavo trimestre seguido, todos os componentes da demanda interna apresentaram resultado negativo na comparação com igual período do ano anterior. No primeiro trimestre de 2017, a Despesa de Consumo das Famílias caiu 1,9%.

Esse resultado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito e mercado de trabalho ao longo do período. A Formação Bruta de Capital Fixo sofreu contração de 3,7% no primeiro trimestre de 2017, a décima segunda consecutiva.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram crescimento de 1,9%, enquanto que as Importações de Bens e Serviços se expandiram em 9,8% no primeiro trimestre de 2017.

PIB acumula queda de 2,3% nos quatro últimos trimestres

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2017 recuou 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou da contração de 2,1% do Valor Adicionado a preços básicos e do recuo de 4,1% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

O resultado do Valor Adicionado neste tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (0,3%), Indústria (-2,4%) e Serviços (-2,3%).

PIB chega a R$ 1,6 trilhão no primeiro trimestre de 2017

O Produto Interno Bruto no primeiro trimestre de 2017 totalizou R$ 1,595 trilhão, sendo R$ 1,381 trilhão referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 213,6 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A Agropecuária registrou R$ 93,4 bilhões, a Indústria R$ 291,1 bilhões e os Serviços R$ 996,4 bilhões.

Entre os componentes da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias totalizou R$ 1,004 trilhão, a Despesa de Consumo do Governo R$ 307,6 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 248,6 bilhões.

"Festa do Governo"

O presidente Michel Temer comemorou a alta no PIB do primeiro trimestre, divulgado na quinta-feira (1º) pelo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e escreveu no Twitter que "acabou a recessão" econômica no país.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, comemorou o resultado avaliando que "hoje é um dia histórico".

"Depois de dois anos, o Brasil saiu da pior recessão do século. Neste período, milhões de brasileiros perderam seus empregos, milhares de empresas quebraram e o Estado caminhou para a insolvência. O Brasil perdeu a confiança dos investidores e a confiança em si mesmo", declarou Meirelles, por meio de nota.

Ele ponderou, entretanto, que "ainda há um caminho a ser percorrido para alcançarmos a plena recuperação econômica, mas estamos na direção correta.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Agricultura familiar aumenta produção frutas secas e castanhas

  
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Alguns itens das grandes ceias de final de ano já são típicos nas receitas natalinas, como castanhas, nozes e frutas cristalizadas. Por trás desses produtos, que dão um gostinho diferente no cardápio, está o trabalho da agricultura familiar, que vê a renda aumentar nesta época. Também ganha o consumidor, que pode se deliciar com produtos de qualidade, fruto da dedicação do trabalhador rural.

O agricultor familiar Rogério Negrelo, do município de Barão, na Serra Gaúcha, trabalha com frutas cristalizadas, comum nas receitas desse período. Ele conta que cerca de 30% do que é produzido ao longo de todo o ano são vendidos em novembro e dezembro por causa das festas. De acordo com Rogério, a sua produção atinge cerca de 30 toneladas de matéria-prima por ano, o que equivale a 15 toneladas de produto final, entre frutas cristalizadas e doces.

Além dos produtos cristalizados, Rogério comercializa frutas secas, como o pêssego, e também doces. O agricultor começou a trabalhar com frutas cristalizadas em 2005, mas é produtor de figo há 15 anos. Para conseguir atender toda a demanda, fez parceria com famílias do município para o fornecimento de maçã, pêssego e figo. Com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o produtor adquiriu um carro furgão para transportar os produtos e incrementar as vendas.

“Todos os finais de ano a gente aumenta a produção, principalmente do pêssego e do figo, que é produto bem tradicional das festas natalinas. Em vista disso, a gente vai se fortalecendo, aumentando o estoque no decorrer do ano para atender a demanda dessa época. A grande demanda é das casas de produtos coloniais, muito comuns na Serra Gaúcha”, afirma.

Baru e caju

Outro produto comum nas receitas de natal é a castanha. Guilherme Araújo, do município de Barreira, no Ceará, produz castanha de caju. Ele conta que a colheita do fruto na região ocorre entre outubro e dezembro, justamente a época em que as vendas crescem em torno de 30%. Guilherme também recorreu ao Pronaf para comprar um veículo que ajudasse na entrega dos produtos.

“No final do ano, sempre melhora as vendas. É quando a gente tem uma renda a mais e aproveita pra fazer alguma compra, confiando que no final do ano vai dar certo pra comprar, porque a gente tem a safra da castanha que dá uma boa ajuda”, afirma.

Adalberto do Santos, de 59 anos, do município de Lassance, em Minas Gerais, trabalha com uma castanha típica do Cerrado, a de Baru. Ele faz parte de uma rede de agricultores familiares que atuam de forma cooperada em quatro estados (Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins). Ele afirma que o empreendimento conta com mais de 4.000 famílias extrativistas que comercializam o produto em feiras e para grandes mercados.

“Todo ano tem vendido muito nessa época. Além de ser gostosa, tem um valor nutritivo muito grande. As vendas nesse período costumam crescer cerca de 40%”, comemora.

A Secretaria Especial de Agricultura Familia e Desenvolvimento Agrário (Sead) está apresentando nas redes sociais algumas receitas, com produtos da agricultura familiar, entre elas, uma farofa doce de castanha de baru e de castanha do Pará. Clique aqui e curta essa e outras receitas natalinas no nosso Facebook.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Agronegócio mais sofisticado

“Daqui a alguns anos, toda a agricultura brasileira será de precisão”, alerta especialista do setor em entrevista à revista Dinheiro Rural que estamos reproduzindo no CeasaCompras.com.

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Dentro de alguns anos, a agricultura como ela é praticada nos dias atuais estará apenas nos livros de história. Uma revolução ruidosa no campo vem acontecendo com a agricultura de precisão, ou agricultura digital, na qual as informações captadas por satélite em uma propriedade, interligadas por sistemas de processamento de dados e dispostas em tablets e computadores, estão levando mais produtividade ao campo.

“Daqui a alguns anos, toda a agricultura brasileira será de precisão”, diz o agrônomo Leonardo Afonso Angeli Menegatti, diretor da Associação Brasileira de Agricultura de Precisão (Abap), e CEO da InCeres, empresa do setor com sede Piracicaba (SP). A Abap, que nasceu em abril deste ano, reúne pesquisadores, consultorias e empresas fornecedoras de serviços e insumos.

No ano passado, a estimativa é a de que a tecnologia tenha crescido 20% no País, chegando a cerca de sete milhões de hectares monitorados. Isso equivaleria somente a 12% da área cultivada com grãos. O conceito de agricultura de precisão, porém, não é novo. Os fundamentos teóricos iniciais surgiram em 1929, nos Estados Unidos, e se tornaram mais conhecidos e estudados a partir da década de 1980. No Brasil, esse movimento embrionário viria a ocorrer uma década depois. Hoje, ela é uma fronteira que começa a ser rompida.  “A agricultura de precisão serve a todo produtor, independente do tamanho da propriedade”, disse Menegatti em entrevista à DINHEIRO RURAL.

DINHEIRO RURAL – Qual é o cenário atual da agricultura de precisão no Brasil?
LEONARDO AFONSO ANGELI MENEGATTI  – Está crescendo. Estimativas e pesquisas de mercado por amostragem indicam um aumento de 20%, em área, de 2015 para 2016. Ou seja, somente sete milhões de hectares estão na agricultura de precisão.

RURAL – Depois de uma quebra de safra, como ocorreu no ciclo passado, o que faz a Abap acreditar no crescimento da agricultura de precisão?
MENEGATTI – A tecnologia avança com a dificuldade do agricultor. Eu comparo a agricultura de precisão com o plantio direto. Tem produtores que ainda não fazem, mas toda a tecnologia de produção se expande a partir dele. Ninguém mais vai usar o termo agricultura de precisão, em um futuro próximo, pois ela será um conceito absorvido pelos produtores. Daqui a alguns anos, toda a agricultura brasileira será de precisão.

RURAL – A agricultura de precisão é acessível a todos os produtores?
MENEGATTI – A agricultura de precisão serve a todos, independente do tamanho da propriedade. Há empresas no mercado que se dedicam a atender propriedades de até 15 hectares e com diversas culturas. E elas têm crescido, ao focar nesse perfil de cliente. Há muito dinheiro para vir à tona, à medida que as pequenas propriedades do País aderirem à agricultura de precisão.

RURAL – Qual é o custo e os resultados em produtividade da aplicação dessa tecnologia?
MENEGATTI – O custo em investimento está em torno de R$ 25 a R$ 30 por hectare, para o estudo da área e a compra de um controlador de aplicação de insumos. Quem é bem assessorado consegue evitar desperdícios de insumos e ganhar em produtividade. Na soja, o produtor pode ter um acréscimo de duas sacas por hectare. Na cana-de-açúcar, o aumento é de até cinco toneladas por hectare. Na agricultura convencional, a aplicação de insumos se dá pela média obtida em uma análise de solo, com a precisão isso muda. Por isso, é um equívoco pensar na agricultura de precisão só como uma questão de máquinas. Ela é a interação entre planta, solo e clima.

RURAL – A agricultura de precisão pode minimizar os efeitos climáticos?
MENEGATTI – Sim, porque, com a agricultura de precisão, a análise climática vem junto com a de solo. É possível manejar a área plantada e colocar a quantidade certa de nutrientes e na profundidade adequada para aumentar a resistência à seca. Hoje, somente quem tem áreas irrigadas controla a quantidade de água que uma cultura recebe, mas elas são uma parcela pequena da agricultura brasileira.

RURAL – Quanto tempo é necessário para implantar um projeto de agricultura de precisão?
MENEGATTI – A coleta de solo para análise e os mapas da área a ser monitorada demoram em torno de um mês. Geralmente, são decisões tomadas após a colheita da safra. Terminada essa etapa, o produtor define com o agrônomo o plano para o solo. Mas já há informação disponível que pode ser útil. Hoje, se um produtor quiser imagens de satélite de sua lavoura, de safras passadas, possivelmente conseguirá com uma empresa que contrata um serviço de captação de imagens de satélites. Assim, já dá para investigar as causas de determinada área de cultivo ter se desenvolvido menos ou mais.  Em relação aos equipamentos, muitos agricultores já têm na propriedade o básico necessário, porque tecnologias como o GPS, por exemplo, estão embarcadas nas máquinas há quase dez anos. Em geral, o único equipamento que pode faltar é um controlador de aplicação de insumos.

RURAL – Quais os setores com maior participação na agricultura de precisão?
MENEGATTI – A agricultura de precisão está preponderantemente na produção de grãos, em especial na região do Cerrado, no Centro-Oeste. Os produtores de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo também utilizam, embora os períodos de medição sejam diferentes, pois a renovação do canavial é feita apenas a cada cinco anos. No caso dos grãos, o ideal é fazer a avaliação do solo a cada dois anos, o que geralmente equivale a quatro safras entre soja, milho e algodão.

RURAL – Quais são hoje os grandes centros de pesquisa de agricultura de precisão no País?
MENEGATTI – O município de Piracicaba, por conta da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), é pioneiro. Foi ela que, em 1999, realizou o primeiro Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão. Santa Maria, no Rio Grade do Sul, também é um polo importante por causa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As cidades mineiras de Lavras e Viçosa, com suas universidades federais, são menos proeminentes, mas também realizam um trabalho local importante. De forma mais descentralizada, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) tem um papel forte.

RURAL – Como é a oferta de mão de obra para esse segmento?
MENEGATTI – A formação de mão de obra para desenvolver e aplicar projetos é um problema. A Abap está tentando levantar quais são as faculdades de agronomia que já têm suas grades curriculares conteúdo sobre o tema, mas já sabemos que isso ocorre em um número ainda bastante restrito de universidades. A pequena inserção do tema agricultura de precisão no universo acadêmico é um limitador ao seu crescimento.

RURAL – O que a Abap tem feito para divulgar a agricultura de precisão?
MENEGATTI – No mês passado, organizamos o 7o Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão, em Goiânia (GO). Assumimos esse congresso, depois que ele passou por vários organizadores nos últimos anos.  O número de participantes mais que dobrou em relação ao de 2014, em Ribeirão Preto (SP). Foram 511 congressistas, ante 200. Além disso, havia 38 expositores de produtos.

RURAL – Qual a contribuição do governo ao setor?
MENEGATTI – Na época do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o então Ministro da Agricultura Roberto Rodrigues deixou como diretriz para a pasta organizar a agricultura de precisão. Assim surgiu a Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, que é um órgão consultivo, formado por profissionais ligados ao setor. A necessidade de criação da Abap veio justamente desse diálogo na comissão. Percebemos a importância de reunir, fora da esfera pública, acadêmicos, fornecedores, indústria e prestadores de serviço, como agrônomos e consultores. Aliás, o prestador de serviços é fundamental porque é quem  leva a informação ao produtor.

RURAL – A Abap possui hoje alguma reivindicação política para o setor?
MENEGATTI – O Projeto de Lei do Senado PLS-330/2013, que dispõe sobre a “Proteção, Tratamento e Uso de Dados Pessoais” é uma preocupação para os profissionais da agricultura de precisão, mesmo que ele seja um projeto para toda a sociedade. Procuramos os senadores para mostrar-lhes que a agricultura é impactada por essa proposta. O ponto nevrálgico do PLS é a proposta de restrição a dados classificados como pessoais.

RURAL – Qual o impacto para esse setor?
MENEGATTI – Os estudos da agricultura de precisão dependem de dados para evoluir.  Hoje, a partir de uma análise de solo, por exemplo, é possível descobrir em um cartório quem é o dono das terras. Com esse PLS, um mapa de produtividade se torna um dado pessoal e não uma informação pública. Para a Abap é preciso manter livre o acesso a esses dados.