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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Preço médio do chuchu tem queda de 56,5%


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De sabor suave e de fácil digestão, além de rico em fibras e pobre em calorias, o chuchu tem sido também uma excelente opção de economia. O preço médio da hortaliça caiu 56,5% em outubro se comparado ao mesmo período de 2017, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Em relação a setembro deste ano, a redução no preço foi de 41,5%. Para se ter uma ideia do momento favorável ao consumidor, o valor médio do quilo em outubro no atacado (R$ 0,66) foi o menor para este mês desde 2013.

Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins, o aumento da oferta é um dos fatores que contribuíram para a redução do preço. O volume de chuchu no entreposto de Contagem, no comparativo de outubro com o mesmo mês de 2017, foi 19,6% maior e, em relação a setembro deste ano, 22,8% superior.

"Essa queda de preço está ligada ao fato de muitos produtores dobrarem ou até triplicarem a plantio de chuchu", reforça o produtor rural Wilton de Oliveira Machado, do município de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

Ele explica que o estímulo ao aumento da produção veio em decorrência de preços maiores de safras anteriores. ?Houve períodos de preços maiores para o produtor lá pelos idos de 2014 e 2015 por exemplo, e isso estimulou muita gente a plantar. Em 2015 nós mesmos aumentamos nosso plantio em 35%, para aproveitar os bons preços?, diz.

Nesse dia 12/11, Machado vendeu cada caixa (18 kg) por R$ 25 no Mercado Livre do Produtor (MLP). "O preço reagiu, já que na semana passada estava dando R$ 8/cx". O produtor acredita que essa oscilação recente se deu em razão das chuvas da semana anterior. "Com muita chuva, o pessoal não colhe e isso derruba a oferta e eleva o preço aqui no mercado. Nos próximos dias, o preço deve ficar em torno de R$ 15/cx", prevê.

A diversificação dos compradores é uma das apostas dele para não perder rentabilidade. Do total de sua produção, 65% vão direto abastecer centros de distribuição de supermercados, sem passar pela CeasaMinas. Os clientes de São Paulo também são importantes para ele. "Não fossem os compradores paulistas, o preço estaria ainda pior para o produtor. Acredito que na faixa de R$ 5/cx", diz.

Segundo dados da Secim, o preço médio da caixa de chuchu nesse dia 12/11 foi de R$ 23,18/cx no atacado. Conforme ressalta Ricardo Fernandes, mesmo com essa reação, a previsão é que a situação permaneça favorável ao consumidor ao longo de novembro.

Cultivando chuchu há 35 anos, o produtor Oscar Pedro Diniz, também de Ibirité, comemorava a última elevação do preço na CeasaMinas, mas, ainda assim, prevê que o valor deve baixar para R$ 15/cx. "Na semana passada, girou entre R$ 8 e R$ 10/cx e acho que até dezembro deve oscilar bastante. Toda a nossa produção é trazida para o MLP. São 600 caixas por dia".

Clima ajudou

A oferta foi favorecida também por boas condições climáticas, na avaliação do produtor José Márcio Alves Drumond, do município de Sarzedo, na RMBH. "Tivemos chuvas regulares e temperaturas na faixa de 20 a 25 graus nas regiões produtoras. O chuchu sempre se desenvolve melhor quando existe alternância entre sol e chuva", explica.

Ele lembra que, na época da crise hídrica, em 2015, houve uma estiagem que durou seis meses. "Sem água, a produção caiu e o preço do chuchu foi lá para o alto. Em consequência, de uns três anos para agora, muita gente passou a plantar chuchu".

Chuchu "preto x branco"

Drumond comercializa dois tipos de chuchu, o chamado "preto" e o "branco". O primeiro possui coloração verde-escura, o que, segundo ele, valoriza a hortaliça aos olhos do consumidor. Ele ainda explica que esse tipo é mais durável e resistente ao manuseio, transporte e exposição na banca.

Já o chuchu "branco", de acordo com o produtor, é mais sensível a pancadas e acaba ficando menos "bonito" na banca. "Tenho cliente da Bahia que compra comigo e tem de transportar o chuchu por 1.300 quilômetros debaixo de lona de caminhão. Imagina se o produto não for resistente", afirma.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o chuchu está entre as dez hortaliças mais consumidas no Brasil. É rico em potássio e fornece vitaminas A e C, dentre outros nutrientes.

São Paulo tem 29 alimentos com preços baixos na Ceagesp

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Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. 

Confira a lista dos produtos desta semana:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Banana nanica, lima da pérsia, goiaba vermelha, goiaba branca, manga tommy, melão amarelo, morango comum, banana prata, coco verde, abobrinha italiana, beterraba, chuchu, cará, abóbora moranga, pepino caipira, pepino comum, salsão, espinafre, couve manteiga, repolho roxo, brócolis ninja, couve-flor, repolho verde, nabo, milho verde, beterraba com folha, cebolinha, alho chinês, canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Manga palmer, mamão papaya, mamão formosa, jabuticaba, abacate margarida, laranja lima, laranja pera, uva itália, caju, berinjela, cenoura, abóbora japonesa, abóbora seca, mandioca, pepino japonês, alfaces, acelga, salsa, agrião, cenoura com folha, rabanete, cebola nacional, alho nacional e coco seco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Tangerina murcot, maçã gala, melancia, limão taiti, maracujá azedo, figo roxo, atemoia, nêspera, pinha, abacate avocado, uva rosada, maçã fuji, maçã importada, pera importada, manga hadem, inhame, mandioquinha, abóbora paulista, batata doce rosada, tomate italiano, pimentão verde, pimentão amarelo, pimentão vermelho, vagem macarrão, quiabo, ervilha torta, coentro, rúcula, batata asterix e batata lavada.

Índice de preços dos alimentos na Ceasa do Rio teve queda de - 0,53%

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                Mamão Formosa

A comercialização na unidade Grande Rio da Ceasa-RJ encerrou o mês de outubro com uma estabilidade de -0,53% comparado ao mês anterior, segundo informou o setor de Agroqualidade – SEAGRO, da Divisão Técnica da CEASA-RJ.

O setor de frutas nacionais e importadas registrou uma baixa de -0,46% quando comparado ao mês de setembro de 2018. As principais frutas que apresentaram altas foram: Banana Ouro (CX 20 Kg) (19,29%); Maracujá (CX 14 Kg) (29,52%); Romã (CX 3 Kg) (28,74%); Nectarina Importada (CX 8 Kg) (19,47%); Atemóia (CX 2 Kg) (11,43%); Limão Taiti (CX 25 Kg) (13,37%); Tangerina Murcott (CX 25 Kg) (12,50%); Pêssego Importado (CX 8 Kg) (16,38%).

As principais baixas foram: Abacate Fortuna (CX 25 Kg) (-14,25%); Abacate Quintal (CX 25 Kg) (-13,79%); Banana Figo (CX 2 Kg) (-11,11%); Fruta do Conde/Pinha Tipo 06 (CX 1 Kg) (-11,43%); Goiaba Tipo 12 (CX 2 Kg) (-12,41%); Goiaba Tipo 15 (CX 2 Kg) (-14,09%); Goiaba Tipo 18 (CX 2 Kg) (-16,29%); Mamão Formosa (CX 20 Kg) (-29,93%); Mamão Papaya (CX 8 Kg) (-23,81%); Manga Espada (CX 25 Kg) (-24,09%);Manga Palmer (CX 25 Kg) (-18,99%); Manga Tommy Atkins (CX 25 Kg) (-16,08%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

O Setor de Hortaliças Fruto registrou uma alta de 0,08; os principais frutos que apresentaram alta foram: Berinjela (CX 10 Kg) (24,52%); Ervilha Vagem (CX 10 Kg) (13,80%); Feijão de Corda (CX 10 Kg) (09,01%); Jiló (CX 15 Kg) (16,76%); Pimentão Verde (CX 10 Kg) (25,15%); Tomate (CX 22 Kg) (124,74%); Vagem Macarrão (CX 15 Kg) (12,81%); Vagem Manteiga (CX 15 Kg) (25,36%).

Os principais em baixa foram: Abobrinha Italiana (CX 20Kg) (-7,41%); Abobrinha Brasileira (CX 20Kg) (-7,25%); Chuchu (CX 20Kg) (-10,67%); Milho Verde (SC 25Kg) (-23,70%); Pepino (CX 18Kg) (-20,54%); Pimentão Amarelo (CX 10Kg) (-29,18%); Pimentão Vermelho (CX 10Kg) (-29,18%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

No Setor de Hortaliças Folha, Flor e Haste houve uma alta de 4,16% quando comparada ao mês anterior. Os principais produtos que apresentaram alta foram: Alcachofra (CX 5Kg) (54,46%); Repolho Verde (CX 25Kg) (15,65%); Repolho Roxo (Pregado 25Kg) (26,64%).

Os principais em baixa foram: Aipo/Salsão (Amarrado 13Kg) (-11,36%); Alho Poró (Amarrado 4,5Kg) (-25,47%); Almeirão (Amarrado 0,25Kg) (-50,00%); Bertalha (MOL 0,50Kg) (-16,12%); Brócolis Americana (Pregado 8Kg) (-9,63%); Cebolinha (MOL 0,4Kg) (-18,65%); Couve Comum (Amarrado 1Kg) (-8,54%); Erva-Doce (Amarrado 6Kg) (-20,37%); Hortelã (Amarrado 0,20Kg) (-19,64%); Mostarda (Amarrado 1Kg) (-21,05%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

O Setor das Hortaliças Raiz, Bulbo, Tubérculo e Rizoma apresentou uma alta de 0,92%. Os principais produtos em alta foram: Alho Importado Roxo/Espanha (CX 10Kg) (10,95%); Alho Importado Roxo/Argentina (CX 10Kg) (9,89%); Batata Inglesa Comum (SC 50Kg) (10,06%); Batata Inglesa Lisa (SC 50Kg) (15,24%); Batata Asterix (SC 50Kg) (23,35%); Inhame Chinês (CX 18Kg) (28,90%).

Os principais produtos em baixa foram: Batata Doce (CX 20Kg) (-17,54%); Batata Yacon (CX 2Kg) (-9,43%); Cebola Roxa Nacional (SC 20Kg) (-9,82%); Cenoura (CX 18Kg) (-9,18%); Gengibre (CX 18Kg) (-24,11%); Nabo (CX 20Kg) (-36,84%).

Os demais permaneceram estáveis ou tiveram uma variação baixa.

No Setor Granjeiro, registrou um recuo de -8,57%. 


Índice CEAGESP registra elevação de 4,67% nos preços

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Período de chuvas poderá prejudicar bastante a produção rural possibilitando uma redução na oferta e aumento dos preços até o final do ano. A parte mais afetada será as frutas.

Em outubro, o setor de frutas apresentou alta de 5,01%. As principais elevações ocorreram com os preços do figo (32,09%), da carambola (27,64%), do maracujá doce (26,02%), do maracujá azedo (19,43%) e da banana nanica climatizada (18,31%). As principais quedas ocorreram com os preços da acerola fresca (-22,19%), da manga tommy (-11,97%), do mamão formosa (-9,63%), da melancia redonda/comprida (-7,58%) e do limão taiti (-5,26%).

O setor de legumes registrou elevação de 9,01%. As principais altas ocorreram com os preços do tomate (96,13%), do pimentão verde (22,53%), do inhame (19,93%), do cogumelo champignon (16,66%) e da berinjela japonesa (12,3%). As principais baixas ocorreram com os preços da abobrinha italiana (-26,37%), do chuchu (-23,03%), do maxixe (-16,95%) do pepino caipira (-15,61%) e do pimentão vermelho (-14,75%).

O setor de verduras cresceu 4,76%. As principais altas ocorreram com os preços da rúcula (36,06%), do brócolis (25,71%), da salsa (25,42%), do almeirão (17,26%) e do coentro (15,59%). As quedas ficaram por conta do repolho liso (-24,36%), cenoura com folhas (-13,18%), do milho verde (-11,89%), da chicória (-9,73%) e da beterraba com folhas (-9,44%).

O setor de diversos cresceu 5,00%. As principais altas ficaram por conta da cebola nacional (45,26%), da batata comum (24,97%), da batata beneficiada lisa (7,58%) e do amendoim (3,99%). As quedas ocorreram nos preços do ovo branco (-7,06%), ovo vermelho (-5,69%), do coco seco (-4,70%) e do milho de pipoca estrangeiro (-2,15%).

O setor de pescados registrou retração de 1,06%. As principais quedas foram registradas nos preços da lula congelada (-60,00%), da tainha (-11,93%), da corvina (-11,84%), do polvo (-9,85%) e da tilápia (-7,38%). As principais altas ocorreram com a sardinha fresca (26,67%), a pescada goete (24,23%), a pescada (23,00%), a abrótea (17,58%) e com o cação congelado (12,32%).

Tendência do Índice

O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de outubro com alta de 4,67% em relação ao mês de setembro. O excesso de chuvas nas regiões Sul e Sudeste atingiu culturas importantes, prejudicando a qualidade e ocasionando a redução dos volumes ofertados.

O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou, no mês de outubro 276.525 toneladas, registrando alta de (0,68%). No acumulado de janeiro a outubro de 2018 foram comercializadas 2.523.298 toneladas ante 2.729.329 no mesmo período de 2017,

Tendência: O período de chuvas veio antes do esperado e com a elevação das temperaturas, espera-se redução do volume ofertado e elevação dos preços praticados.

Em dezembro, com a demanda aquecida, os maiores impactos deverão ocorrer no setor de Frutas.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Inmet - Inverno: Clima ameno e com poucas chances de El Niño

Comportamento de temperatura e umidade são acompanhados no campo em função da influência sobre a produção. São Paulo e parte sul do Rio de Janeiro a previsão indica chuvas de normal a acima da média. O que aconteceu no início da semana que passou, quando caiu em um dia a chuva de um mês inteiro, alagando bairros da capital carioca,  serve de exemplo para a região.

                    Temporal no Rio alagou bairros da Zona Sul da capital
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As chances de ocorrência do fenômeno El Niño neste inverno são pequenas, de acordo com previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As previsões climáticas e o registro de fenômenos naturais são acompanhados no meio rural em função da influência que têm sobre a produção, dependendo da intensidade que alcançam. Elevação de temperatura e de umidade em níveis acima do normal, mas com alta moderada, podem ser benéficos ao cultivo. 

Caso o El Niño se manifeste, de acordo com o instituto, será de forma leve. O fenômeno é caracterizado por aquecimento das águas superficiais no Oceano Pacífico Tropical. Altera o clima regional e global, mudando o padrão de ventos e afetando os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias.

De acordo com o instituto, no Nordeste, que recentemente sofreu com inundações, a estação chuvosa deverá prolongar-se até o mês de agosto na região leste. A queda de temperaturas deve ocasionar formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e no estado de Mato Grosso do Sul, neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul, episódios de friagem em Rondônia, Acre e sul do Amazonas.

A Região Norte deve permanecer com chuvas e a possibilidade de ocorrência de temperaturas médias abaixo do normal para os próximos meses irá favorecer a incidência de friagem.

O período seco característico desta época do ano já começou na Região Centro-Oeste. A previsão para o inverno indica alta probabilidade de chuvas de normal a abaixo do normal em grande parte da região. A permanência de massa de ar seco e quente se acentua entre agosto e setembro.

A estimativa é de temperaturas acima da média em grande parte da Região Sudeste, porém, em alguns pontos, pode haver baixa acentuada de temperatura e, em locais mais elevados, formação de geada, devido à passagem de massas de ar frio. Previsão indica que devem permanecer áreas com chuvas dentro da faixa normal ou abaixo nesta estação, exceto em São Paulo e parte sul do Rio de Janeiro, onde a previsão indica chuvas de normal a acima da média.

No Sul, a previsão indica chuvas acima da média no Paraná, Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul. A maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo de julho, agosto e setembro, mas as temperaturas médias devem permanecer de normal a abaixo do normal climatológica no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e oeste do Paraná, favorecendo a formação de geadas em áreas serranas e planalto. Novos episódios de neve podem ocorrer principalmente no mês de julho.

terça-feira, 7 de março de 2017

Ceagesp: Índice indica alta de preços de 5,78%, em fevereiro

Chuvas acima da média, mesmo para a época, acabaram por prejudicar a quantidade ofertada e a qualidade dos produtos. Mas, no acumulado dos últimos 12 meses, indicador registra baixa (-0,88%).

O Índice de preços da CEAGESP encerrou  fevereiro com alta de 5,78%. No primeiro bimestre do ano, o indicador acumula alta de 0,95%. Verduras registraram forte alta, seguida de legumes e diversos. Os demais setores apresentaram alta menor dos preços praticados, mesmo assim, superiores aos índices de inflação.

                 

Historicamente, os meses de janeiro e fevereiro registram majorações de preços em razão, principalmente, da estação das chuvas e pelas altas temperaturas. Neste início de 2017, os problemas foram agravados pelo alto índice pluviométrico, bem acima da média registrada nos últimos anos. Este cenário difícil, porém, pode melhorar um pouco, com a diminuição da frequência e intensidade das chuvas para as próximas semanas.

As previsões meteorológicas indicam que os transtornos causados pelas condições climáticas deverão perder força a partir de março, com a diminuição das chuvas de verão. Assim, aumento da oferta e melhora na qualidade deverá ser a tendência, principalmente a partir da segunda quinzena deste mês, quando a maioria dos preços poderá iniciar processo de retração, principalmente das culturas mais sensíveis ao excesso de água.

Em fevereiro, o setor de frutas registrou aumento de 1,63%. As principais elevações foram do manga tommy atkins (55,7%), morango (54%), laranja pera (34,5%), mamão havaí (24,3%), manga palmer (23,8%) e melancia (20,6%). As principais quedas foram do figo (-21,7%), maracujá azedo (-19,4%), banana nanica (-15,8%) e as uvas nacionais itália (-14,6) e benitaka (-13,7%).  

O setor de legumes registrou alta de 7,92%. As principais elevações ocorreram na cenoura (52%), pimentão amarelo (32,7%), abobrinha italiana (25,1%), beterraba (22,2%) e nos pimentões verde (22,1%) e vermelho (19,8%). As principais baixas ocorreram com o inhame (-22,4%), cará (-20,1%), mandioquinha (-14,7%), mandioca (-12,5%) e com a abóbora japonesa (-9,0%).

O setor de verduras teve alta expressiva de 51,8%. As principais altas foram do coentro (151,3%), da couve (102,5%), das alfaces (98,6%), espinafre (95%), escarola (89,2%), couve-flor (79,4%) e agrião hidropônico (65,2%). Não houve baixa.  

O setor de diversos subiu 4,83%.  Os principais aumentos foram dos ovos brancos (18,2%), ovos vermelhos (14,4%) e as batatas comum (10,8%) e beneficiada lisa (7,13%). As principais quedas ocorreram com o amendoim com casca (-16,8%), alho (-7,0%) e coco seco (-6,6%).   

O setor de pescados registrou alta de 1,84%. As principais elevações foram da tainha (54,6%), pescada (24,8%), anchova (12%) e atum (10,2%). As principais quedas foram do namorado (-19,1%), robalo (-15,4%), cascote (-14,7%) e abrótea (-13,5%).    

O volume comercializado no entreposto de São Paulo que havia registrado aumento de 5,67% em janeiro de 2017 ante o mesmo mês de 2016, apresentou pequena queda em fevereiro.

O volume comercializado em fevereiro/2017 foi de 271.149 toneladas, diminuição de 0,99% em relação a 2016, cuja comercialização em fevereiro somou 273.880 toneladas. Podemos destacar a retração na oferta de verduras da ordem de 13%.

No acumulado do bimestre, foram negociadas 543.079 toneladas em 2017 contra 531.209 em 2016, acumulando alta de 2,23%.

Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

ALÍVIO NA AGRICULTURA Verão de temperaturas altas e chuvas intensas

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Instituto ligado ao Ministério da Agricultura divulga prognóstico para a estação em todas as regiões do país, e aponta prognósticos farováveis para agricultura e também os benefícios que o "Velho Chico" terá para ajudar várias cidades nordestinas.

O verão de 2017 – período importante para a atividade agrícola – deverá ter temperaturas altas e chuvas generalizadas em quase todo o Brasil, segundo prognóstico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).  No Hemisfério Sul, a estação começou oficialmente às 8h44 (horário de verão, Brasília) desta quarta-feira (21) e termina às 7h29 de 20 de março de 2017.

De acordo com o Inmet, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as mudanças nas condições de tempo no verão são marcadas por chuvas em forma de pancadas, temporais com possibilidade de granizo, ventos fortes e elevação das temperaturas.

Por suas características climáticas, o verão é fundamental a agricultura em quase todo o país. A frequência e a quantidade de chuvas neste período têm reflexos no bom desempenho da produção de grãos da primeira safra e da safrinha no país.

Abaixo, o prognóstico do Inmet para a estação:

Previsão climática para o verão 2017

O verão de 2017 será marcado pela atuação do fenômeno oceânico-atmosférico La Niña, de forma fraca. De modo geral, a ocorrência deste fenômeno, com baixa intensidade, é favorável às chuvas na Região Nordeste e desfavorável no Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, nos meses de verão e outono.

Entretanto, outros fatores, como a temperatura na superfície do Oceano Atlântico Tropical e na área oceânica próxima à costa do Uruguai e da Região Sul, poderão influenciar, dependendo das suas características climáticas durante essas estações, no regime de chuvas, intensificando ou atenuando os efeitos do La Niña.

A formação e atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) serão os principais sistemas meteorológicos a atuar no norte da Região Nordeste durante o verão.

Prognóstico climático por região

A qualidade das chuvas – frequência e quantidade – nos meses de verão é fator crucial para o bom desempenho na produção de grãos da primeira safra e da safrinha no Brasil. Neste contexto, uma análise prognóstica das condições climáticas para todo o país no trimestre janeiro, fevereiro e março de 2017 (mapa abaixo) se apresenta como importante ferramenta de auxílio para o manejo dos cultivos e o planejamento agrícola.

Os prognósticos se baseiam na análise das tendências das condições oceânico-atmosféricas, que influenciam o clima no Brasil e em projeções de modelos climáticos estocásticos, como o do Inmet.


Previsão de anomalias de precipitação do modelo estatístico do Inmet.  

Região Norte

A Região Norte apresentou um primeiro semestre seco em 2016 chegando a ter áreas com estiagem classificada como de extrema intensidade.

De modo geral, os modelos climáticos indicam que a região deve apresentar forte variabilidade espacial na distribuição de chuvas, com significativa probabilidade de áreas com precipitação dentro da faixa normal ou acima, principalmente no Amazonas, Pará e Tocantins. Algumas áreas dos estados do Acre e Rondônia poderão apresentar irregularidade na distribuição das chuvas.

Região Nordeste

A climatologia da Região Nordeste é marcada pelo início das chuvas em janeiro (pré-estação). Os valores de precipitação serão menores em grande parte do litoral leste entre Natal e Aracaju.

As séries de precipitação mostram informações importantes sobre as irregularidades temporais da região. Observa-se que as mesmas são periódicas:

• Década de 30 (1933);
• Década de 50 (1956);
• Década de 70 (79);
• Década de 80 (80,81,82 e 83);
• Décadas de 2010/2020 (2012, 2013, 2014, 2015 e 2016).

Nota-se, então, que depois de pelo menos cinco anos de irregularidade nas chuvas, sempre se observa ocorrência de um a dois anos chuvosos.

No verão de 2017, a posição mais ao sul da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), a posição mais a oeste e mais ao sul da Alta Subtropical do Atlântico Sul e, o mais importante, a formação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) trazem grande possibilidade da ocorrência chuvas, no setor norte e leste da região, se distribuírem de normal até acima da normal climatológica neste período.

Ressalta-se que o nordeste brasileiro passa por cinco anos consecutivos de seca (2012-2016) em alguns estados, como o Ceará, que teve a maior seca desde de 1910.

O verão poderá ser marcado por chuvas regulares em quase toda a região, igual aos anos análogos “1875/1876, 1895/1896, 1912/1913, 1946/1947, 1964/1965, 1973/1974, 1984/1985 e 2009/2010”.

Por fim, ressalta-se que, apesar da expectativa de chuvas, a gestão minuciosa dos recursos hídricos é primordial.

Região Centro-Oeste

Assim como ocorreu na Região Norte, o primeiro semestre de 2016 foi marcado por irregularidade de chuva e acumulados de precipitação inferiores à normal climatológica no Centro-Oeste. Em algumas áreas da região, houve mais que 90 dias sem chuvas significativas. Tal fato acarretou em represas e reservatórios hídricos em baixa, causando racionamento de água em algumas áreas da região e risco de racionamento de água em outras, como o Distrito Federal, até o mês de novembro.

No verão, inicia a atuação de formação de sistemas de baixa pressão atmosférica, que geralmente estão associados à ocorrência de chuvas regulares e intensas. A previsão para os próximos três meses (janeiro, fevereiro e março) indica chuvas acima da normal climatológica em grande parte dos estados de Goiás e Mato Grosso.

Com a possível posição da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) mais ao norte de sua posição climatológica, existirá a possibilidade, inclusive, de eventos extremos como chuvas intensas, ventos fortes e queda de granizo em todos os estados da região.

Tais níveis, de chuva esperada, poderão beneficiar a agricultura e o desenvolvimento para cultivos no Centro-Oeste. Em contrapartida, o prognóstico para o sul do estado de Mato Grosso do Sul indica maior probabilidade de chuvas irregulares e abaixo da normal climatológica para o trimestre.

Como a média trimestral é alta, existe também a possibilidade de chuvas consecutivas por mais de sete dias. Esses altos níveis de umidade poderão ser prejudiciais ao manejo agrícola e aparecimento de doenças, especialmente da “Ferrugem Asiática”. As chuvas intensas e temporais (avisos meteorológicos especiais - http://www.inmet.gov.br  e http://www.crc-sas.org/pt/), nas áreas vulneráveis, 
deverão ser monitoradas com atenção (Defesa Civil).

Região Sudeste

No Sudeste, sistemas de baixa pressão atmosférica, posição da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS), ausência de bloqueios atmosféricos e a formação frequente da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) favorecem chuvas, por vezes de forte intensidade em toda a região.

A previsão de longo prazo indica chuvas com grande variabilidade espacial e temporal. Ressalta-se ainda que a média trimestral de precipitação é alta.  Há uma tendência de anomalias positivas de precipitação na divisa dos estados de São Paulo, Minas Gerias e do Rio de Janeiro, beneficiando a agricultura, o desenvolvimento dos cultivos e a recarga dos reservatórios.

Na nascente do Rio São Francisco poderá haver um aporte de água que possibilitará minimizar a estiagem que a afeta o Nordeste há pelo menos cinco anos (2012-2016), incluindo o norte do estado de Min as Gerais, área de semiárido que frequentemente sofre com as secas, e norte do Espírito Santo.

Salienta-se que a possibilidade de chuvas, consecutivas por mais de sete dias, poderá ser prejudicial ao manejo agrícola e aparecimento de doenças, especialmente da “ferrugem asiática”, por causa da possibilidade de umidade excessiva no solo. Chuvas intensas e temporais (avisos meteorológicos especiais- http://www.inmet.gov.br e http://www.crc-sas.org/pt/), nas áreas vulneráveis, deverão ser monitoradas com atenção (Defesa Civil).

Região Sul

O Sul do Brasil também poderá ter uma distribuição irregular de chuva; devido à previsão de formação persistente de ZCAS nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Isso pode acarretar diminuição na precipitação (condição atmosférica conhecida como subsidência) em grande parte do Sul do país.

Com o enfraquecimento das frentes frias e os Complexos Convectivos de Mesoescala (CCMs), principais sistemas meteorológicos que ocasionam as chuvas entre a primavera e o verão, o destaque é para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Existe previsão de chuvas irregulares e acima da normal climatológica, apenas na metade norte do Paraná. Especial atenção à agricultura (manejo da água), pois poderá haver longos períodos sem chuva na região (Rio Grande do Sul e Santa Catarina).