Chuvas acima da média, mesmo para a época, acabaram por prejudicar a quantidade ofertada e a qualidade dos produtos. Mas, no acumulado dos últimos 12 meses, indicador registra baixa (-0,88%).
O Índice de preços da CEAGESP encerrou fevereiro com alta de 5,78%. No primeiro bimestre do ano, o indicador acumula alta de 0,95%. Verduras registraram forte alta, seguida de legumes e diversos. Os demais setores apresentaram alta menor dos preços praticados, mesmo assim, superiores aos índices de inflação.
Historicamente, os meses de janeiro e fevereiro registram majorações de preços em razão, principalmente, da estação das chuvas e pelas altas temperaturas. Neste início de 2017, os problemas foram agravados pelo alto índice pluviométrico, bem acima da média registrada nos últimos anos. Este cenário difícil, porém, pode melhorar um pouco, com a diminuição da frequência e intensidade das chuvas para as próximas semanas.
As previsões meteorológicas indicam que os transtornos causados pelas condições climáticas deverão perder força a partir de março, com a diminuição das chuvas de verão. Assim, aumento da oferta e melhora na qualidade deverá ser a tendência, principalmente a partir da segunda quinzena deste mês, quando a maioria dos preços poderá iniciar processo de retração, principalmente das culturas mais sensíveis ao excesso de água.
Em fevereiro, o setor de frutas registrou aumento de 1,63%. As principais elevações foram do manga tommy atkins (55,7%), morango (54%), laranja pera (34,5%), mamão havaí (24,3%), manga palmer (23,8%) e melancia (20,6%). As principais quedas foram do figo (-21,7%), maracujá azedo (-19,4%), banana nanica (-15,8%) e as uvas nacionais itália (-14,6) e benitaka (-13,7%).
O setor de legumes registrou alta de 7,92%. As principais elevações ocorreram na cenoura (52%), pimentão amarelo (32,7%), abobrinha italiana (25,1%), beterraba (22,2%) e nos pimentões verde (22,1%) e vermelho (19,8%). As principais baixas ocorreram com o inhame (-22,4%), cará (-20,1%), mandioquinha (-14,7%), mandioca (-12,5%) e com a abóbora japonesa (-9,0%).
O setor de verduras teve alta expressiva de 51,8%. As principais altas foram do coentro (151,3%), da couve (102,5%), das alfaces (98,6%), espinafre (95%), escarola (89,2%), couve-flor (79,4%) e agrião hidropônico (65,2%). Não houve baixa.
O setor de diversos subiu 4,83%. Os principais aumentos foram dos ovos brancos (18,2%), ovos vermelhos (14,4%) e as batatas comum (10,8%) e beneficiada lisa (7,13%). As principais quedas ocorreram com o amendoim com casca (-16,8%), alho (-7,0%) e coco seco (-6,6%).
O setor de pescados registrou alta de 1,84%. As principais elevações foram da tainha (54,6%), pescada (24,8%), anchova (12%) e atum (10,2%). As principais quedas foram do namorado (-19,1%), robalo (-15,4%), cascote (-14,7%) e abrótea (-13,5%).
O volume comercializado no entreposto de São Paulo que havia registrado aumento de 5,67% em janeiro de 2017 ante o mesmo mês de 2016, apresentou pequena queda em fevereiro.
O volume comercializado em fevereiro/2017 foi de 271.149 toneladas, diminuição de 0,99% em relação a 2016, cuja comercialização em fevereiro somou 273.880 toneladas. Podemos destacar a retração na oferta de verduras da ordem de 13%.
No acumulado do bimestre, foram negociadas 543.079 toneladas em 2017 contra 531.209 em 2016, acumulando alta de 2,23%.
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.
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