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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Agricultura familiar aumenta produção frutas secas e castanhas

  
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Alguns itens das grandes ceias de final de ano já são típicos nas receitas natalinas, como castanhas, nozes e frutas cristalizadas. Por trás desses produtos, que dão um gostinho diferente no cardápio, está o trabalho da agricultura familiar, que vê a renda aumentar nesta época. Também ganha o consumidor, que pode se deliciar com produtos de qualidade, fruto da dedicação do trabalhador rural.

O agricultor familiar Rogério Negrelo, do município de Barão, na Serra Gaúcha, trabalha com frutas cristalizadas, comum nas receitas desse período. Ele conta que cerca de 30% do que é produzido ao longo de todo o ano são vendidos em novembro e dezembro por causa das festas. De acordo com Rogério, a sua produção atinge cerca de 30 toneladas de matéria-prima por ano, o que equivale a 15 toneladas de produto final, entre frutas cristalizadas e doces.

Além dos produtos cristalizados, Rogério comercializa frutas secas, como o pêssego, e também doces. O agricultor começou a trabalhar com frutas cristalizadas em 2005, mas é produtor de figo há 15 anos. Para conseguir atender toda a demanda, fez parceria com famílias do município para o fornecimento de maçã, pêssego e figo. Com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o produtor adquiriu um carro furgão para transportar os produtos e incrementar as vendas.

“Todos os finais de ano a gente aumenta a produção, principalmente do pêssego e do figo, que é produto bem tradicional das festas natalinas. Em vista disso, a gente vai se fortalecendo, aumentando o estoque no decorrer do ano para atender a demanda dessa época. A grande demanda é das casas de produtos coloniais, muito comuns na Serra Gaúcha”, afirma.

Baru e caju

Outro produto comum nas receitas de natal é a castanha. Guilherme Araújo, do município de Barreira, no Ceará, produz castanha de caju. Ele conta que a colheita do fruto na região ocorre entre outubro e dezembro, justamente a época em que as vendas crescem em torno de 30%. Guilherme também recorreu ao Pronaf para comprar um veículo que ajudasse na entrega dos produtos.

“No final do ano, sempre melhora as vendas. É quando a gente tem uma renda a mais e aproveita pra fazer alguma compra, confiando que no final do ano vai dar certo pra comprar, porque a gente tem a safra da castanha que dá uma boa ajuda”, afirma.

Adalberto do Santos, de 59 anos, do município de Lassance, em Minas Gerais, trabalha com uma castanha típica do Cerrado, a de Baru. Ele faz parte de uma rede de agricultores familiares que atuam de forma cooperada em quatro estados (Goiás, Minas Gerais, Bahia e Tocantins). Ele afirma que o empreendimento conta com mais de 4.000 famílias extrativistas que comercializam o produto em feiras e para grandes mercados.

“Todo ano tem vendido muito nessa época. Além de ser gostosa, tem um valor nutritivo muito grande. As vendas nesse período costumam crescer cerca de 40%”, comemora.

A Secretaria Especial de Agricultura Familia e Desenvolvimento Agrário (Sead) está apresentando nas redes sociais algumas receitas, com produtos da agricultura familiar, entre elas, uma farofa doce de castanha de baru e de castanha do Pará. Clique aqui e curta essa e outras receitas natalinas no nosso Facebook.