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quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ceasa-RJ pode fechar por falta de produtos

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              Waldir de Lemos, Presidente da Acegri

Em uma entrevista concedida ao G1, nesta quarta-feira, o presidente da Acegri (Associação dos Comerciantes e Usuários da Ceasa Grande Rio), Waldir de Lemos, disse que a Central de Abastecimento - a segunda maior do país - poderá fechar as portas se os bloqueios continuarem. Protesto de caminhoneiros esvazia prateleiras e eleva preços no Rio: saco de batata chegou a R$ 500 na centraldo Irajá, bairro da Zona Norte carioca.

O terceiro dia do protesto de caminhoneiros em rodovias federais já começou a afetar o abastecimento de alimentos no Rio, assim como os preços dos produtos. Segundo comerciantes, o problema mais grave é com as cargas de legumes e verduras, que já estão em falta nesta quarta-feira (23/5) tanto no varejo como no atacado.

Waldir de Lemos, explicou que o saco de 50 kg de batata, vendido geralmente a R$ 50, chegou a ser vendido nesta quarta-feira (23) por R$ 500. Ele prevê problemas caso não haja uma solução até  esta quinta-feira (24/5).

"O quilo de tomate saiu daqui a R$ 8. Em supermercados, estava saindo a R$ 3 o quilo na segunda feira. Hoje, já não carregaram quase nada. Mas, amanhã principalmente, o consumidor vai começar a sentir o aumento dos preços", explicou, prevendo até um possível fechamento da central.

"Se alguns caminhões de legumes que estão lá em Friburgo, não chegarem amanhã (quinta-feira), vai ser uma loucura. É capaz de o Ceasa fechar amanhã caso não haja uma solução", explicou Waldir. Até o final da manhã, segundo ele, apenas dois caminhões haviam chegado ao Ceasa.

Aviso na Zona Sul

Em alguns supermercados, legumes e verduras estão em falta. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, lê-se na prateleira: "Senhores clientes, devido à greve dos caminhoneiros, alguns produtos da nossa quarta verde sofreram alterações. Desculpem pelo transtorno".

De acordo com funcionários de um supermercado na rua Siqueira Campos, os preços não chegaram a aumentar porque o caminhão não veio. A informação foi confirmada por funcionários. A venda de frutas segue igual, com bancas cheias e sem a impressão de falta de nada. Mas a banca de verduras está praticamente vazia.

Preços altos

Outros produtos também sofreram alta nos preços. O preço da cenoura (caixa 18 Kg), que custava na média de R$ 36 na semana passada, aumentou para R$ 60, com uma variação de 66%.

O morango (caixa 1,2 Kg), que custava na média de R$12, aumentou para R$18. "Hoje não tem cotação de preço. Legumes são oferta e procura", avaliou Waldir.

"Devido à greve dos caminhoneiros, houve mudanças significativas nos preços dos produtos comercializados nas Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro na unidade de Irajá, sendo a primeira grande alta de produtos hortifrutigranjeiros no ano de 2018. Isso ocorreu, devido Minas Gerais ser um dos principais estado que abastece a CEASA -RJ e o estado com mais pontos de protestos."

Combustíveis também em falta

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Rio confirmou que já está faltando gasolina em postos da capital. O desabastecimento afeta ainda as lojas de conveniência. A informação é da Globonews.

Por volta do meio-dia e meia, caminhoneiros tentavam interditar o sentido Petrópolis da Rodovia Washington Luís, na altura da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). A Polícia Rodoviária Federal negociava a liberação do trânsito. O engarrafamento chegava a 8 km.

O fornecimento está prejudicado desde as 10 horas de segunda-feira, por conta da paralisação dos caminhoneiros, que neste momento já afeta pelo menos 21 estados, incluindo o Rio de Janeiro, e o Distrito Federal.
Fonte G1

Desabastecimento de alimentos na Ceasa-RJ

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O consumidor carioca que já vinha sofrendo devido aos roubos seguidos de caminhões de alimentos, que não chegavam aos chamados mercadinhos de bairro, nesta quarta-feira (23/5), foi surpreendido pelo desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros que estão bloqueando os acessos principais à capital carioca. Muitas lojas fecharam nas Ceasas do Irajá e do Colubandê, em São Gonçalo - Região Metropolitana do Rio. Os prejuízos nas duas unidades podem chegar a mais de R$ 1 milhão por dia, afirmam fontes ligadas aos comerciantes. A perda de mercadorias perecíveis também pode ultrapassar a casa dos milhões/dia.

A central de abastecimento do Rio de Janeiro, que fica no bairro do Irajá, na Zona Norte carioca, e funciona às margens da Avenida Brasil - uma das principais artérias de acesso a  outros bairros e também para a Região Sul Fluminense -  funcionou precariamente nesta quarta-feira devido à greve dos caminhoneiros. Os mais afetados são os perquenos comerciantes que fecharam suas portas e não sabem o que fazer com o prejuízo diário. Alguns calculam as perdas entre R$ 20 e R$ 100 mil.

Alguns alimentos na Ceasa-RJ já registram alta nos preços por causa da dificuldade no transporte. A saca de 50 kg de batata, geralmente vendida a R$ 60, chegou a ser a negociado a R$ 350 ontem ( hoje, quarta-feira (23/5) já tinha subido para R$ 400). A caixa de tomates, com 22 kg, geralmente vendida a R$ 40, estava sendo negociada a R$ 80. Um dos maiores distribuidores de tomate na central de abstecimento, Waldir de Lemos, presidente  Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri), não sabe o que fazer. Ele recebe sua produção de São Paulo.

Waldir e outros comerciantes estão com muitas mercadorias presas nas estradas que não conseguem chegar ao Rio.

Às quartas-feiras, descarregam em média 340 caminhões durante a madrugada. Mas, hoje, foram só 75. A maioria que consegue chegar é proveniente do interior do Estado do Rio, principalmente da Região Serrana, que cortam caminho para evitar os bloqueios nas estradas principais de acesso ao mercado: Rodovia Washington Luís (Rio-Petrópolis) e Rodovia Presidente Dutra (Rio-São Paulo). De fora vêm frutas e legumes.

Desabastecimento

O consumidor final é o mais antingido pela greve dos caminhoneiros, bem como o pequeno comércio: mercadinhos de bairros, "sacolões" e feirantes. Situado ao lado de uma filial da rede popular de supermercados, o gerente de um sacolão diz que o seu caminho voltou da Ceasa do Irajá praticamente vazio devido aos preços altos dos alimentos que ainda são encontrados por lá.

"Como é que eu vou repassar os preços para o freguês? A saca de batata estava custando R$ 400 hoje. Não sei o que vamos fazer", lamentou. Segundo ele, o quilo do alimento poderia chegar a mais de R$ 10.

Outro dono de "sacolão" que diáriamente recebe verduras de Teresópolis, nesta quarta-feira tinha vendido as verduras que ainda restavam no estoque.

Mas, quem ia ao supermercado, na Ilha do Governador, por exemplo, conseguia comprar ainda com uma certa tranquilidade. Boa parte da rede, ao iniciar a greve dos caminhoneiros, se preparou reforçando seus estoques. Os preços ainda eram mantidos no dia dedicado às ofertas: o quilo do alho custava R$ 10,90; Cebola, R$ 569, Batata lisa, R$ 5,95. E todas as verduras tinham um único preço: R$ 1,98.

Em relação aos mercadinhos de bairro, a dificuldade ultrapssou as espectativas.  No mercado Menos Money, que já tinha sido afetado pela não entrega de carnes por conta de roubo em caminhões frigoríficos, ainda se vê às voltas com a greve.  

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Quilo da cebola vendida a R$ 7,98 no Rio

                   

Quem foi ao supermercado ou "sacolão" neste ultimo final de semana deve ter tomado um susto e tanto ou, de tanto anestesiado, não percebeu o roubo que estava sendo praticado contra o bolso do consumidor. No supermercado Extra Bom Marché, na Ilha do Governador (RJ), conforme registramos em foto, estava vendendo a cebola a R$ 6,49 o quilo. Um "sacolão", situado na Freguesia, um sub-bairro, vendia a R$ 7,98. 

Indignada, fomos pesquisar os preços no atacado, na Ceasa Grande Rio, e em outras 21 Ceasas do país. Na central de abastecimento fluminense, a saca de 20 kg estava sendo vendida com os seguintes preços: R$ 60 (SC), R$ 55 (SP) e RS 65 (RS). A cebola branca importada da Argentina estava custando R$ 65. 

Ao pesquisarmos os preços em outras centrais brasileiras encontramos os seguintes valores: R$ 1,90 (BA), R$ 2,75 (RJ), R$ 3,50 (ES), R$ 3,50 (MG), R$ 3,97 (SP) e R$ 4,25 (MT) - este o mais caro verificado na venda no atacado.


quarta-feira, 25 de abril de 2018

Consumidor brasileiro pode ter frango mais barato

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Devido ao embargo europeu em relação aos frangos exportados pelo Brasil, o preço da carne deverá baixar para consumidores brasileiros. Ministro da Agricultura, Blairo Maggi alegou que a decisão foi econômica e não relacionada à saúde. O frango brasileiro de duas marcas famosas tinham a presença de salmonela, conforme publicamos. Portanto, todo cuidado ainda será pouco. Anvisa proibiu, ainda na semana passada, o consumo de frango da marca D+ Alimentos, por presença de bactérias.

Os preços do frango deverão cair para o consumidor brasileiro. A queda ocorrerá por conta da decisão da União Europeia (UE) que proibiu a importação de carnes, principalmente de aves, de 20 frigoríficos do país. Com a recusa do mercado externo, o cliente no país poderá ser beneficiado em um primeiro momento, segundo avaliou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A entidade, no entanto, não estimou de quanto será a queda de preços.

Segundo o vice-presidente de Mercado de Aves da associação, Ricardo Santin, haverá oferta maior de carne de frango no país, levando inicialmente a uma redução dos preços. Mas, ele ressaltou que há riscos de demissões de funcionários no setor, devido à proibição de venda, que resultará na redução da produção.

Na semana passada, a Comissão Europeia confirmou o embargo de carnes e produtos derivados fabricados por 20 estabelecimentos brasileiros. De acordo com informações da ABPA, as unidades afetadas pela decisão respondem por cerca de 30% a 35% da produção de frangos exportada para a União Europeia.

As empresas entraram na lista negra da UE, bloco econômico formado por 28 países, por unanimidade em razão de "deficiências detectadas no sistema oficial de controle brasileiro". A suspensão atinge principalmente a exportação de carne de aves das unidades da BRF, dona das marcas Perdigão e Sadia. Para Santin, os preços podem voltar aos patamares atuais pelo fato de as empresas terem que reduzir a produção, provocando demissões.

Decisão unânime

A proibição deve entrar em vigor 15 dias após a publicação no Diário Oficial da UE, o que deve acontecer hoje. Em um comunicado, a comissão, que fica em Bruxelas, na Bélgica, informou ontem: "Nós confirmamos que os países-membros votaram (por unanimidade) em favor de retirar da lista 20 estabelecimentos brasileiros dos quais carne e produtos derivados são hoje autorizados".

O Brasil é o segundo maior produtor de carne de frango do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, só que ocupa a primeira posição entre os maiores exportadores do produto, com mais de 4,3 milhões de toneladas embarcadas e receitas anuais de US$ 7,2 bilhões, segundo a ABPA. A União Europeia é responsável por 7,3% do frango vendido pelo país ao exterior, em toneladas, e corresponde a uma receita total de US$ 775 milhões (11% do total), segundo dados de 2017.

A decisão foi tomada após parecer do Sistema Especializado de Controle de Mercado da União Europeia (Traces). Desde 2017, o órgão estudava que medidas tomaria após o escândalo revelado pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que apontou fraudes no sistema de controle de qualidade dos produtos brasileiros.

País recorrerá da decisão na OMC

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou ontem que o governo vai à Organização Mundial do Comércio (OMC) para recorrer da medida da União Europeia (UE), questionando as alegações de que a medida é relacionada à questão de saúde.

"Nossa reclamação é que a Comunidade Europeia diz que é uma questão de saúde, mas se o Brasil pagar tarifa de 1.024 euros por tonelada e mandar tudo como carne in natura, entra sem nenhum problema. Então não é uma questão de saúde. E é isso que nós vamos reclamar na OMC", explicou Maggi.

A reclamação na OMC servirá para dirimir o protecionismo de mercado pelo bloco europeu. "Estamos sendo penalizados. Há proteção de mercado que a gente não quer mais aceitar. O mercado mundial deve ser livre entre os países", afirmou.

CUIDADO

Anvisa proíbe venda de lote de frango cozido e desfiado da D+ Alimentos por presença de bactéria.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e a comercialização, em todo o país, do lote 320 do peito de frango cozido, desfiado e congelado da marca D+ Alimentos, fabricado pela G L Faleiros Indústria de Alimentos Eireli, que fica em Jaú, interior de São Paulo.

Segundo a Anvisa, a empresa já havia emitido um comunicado de recolhimento voluntário da mercadoria, em decorrência da presença de Listeria monocytogenes em um lote de produto.

A partir da Resolução 995, publicada nesta sexta-feira, dia 20, no Diário Oficial da União, a Anvisa determinou que a empresa recolha qualquer estoque existente no mercado referente ao lote citado.

O que é a bactéria

A Listeria monocytogenes provoca a listeriose, que pode causar febre e dores musculares, às vezes precedidas de diarréia e outros sintomas gastrointestinais em pessoas saudáveis.

Se contraída durante a gravidez, pode resultar em aborto espontâneo, nascimento prematuro, infecção grave do recém-nascido ou morte do bebê. Além disso, pode causar meningite e septicemia principalmente em pessoas com baixa imunidade, idosos e crianças.

A bactéria pode sobreviver à refrigeração e até mesmo ao congelamento. Mas não resiste a altas temperaturas.


segunda-feira, 9 de abril de 2018

URGENTE !! Ceasa do Rio pode entrar em greve nesta semana

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O Rio de Janeiro corre um sério risco de ter o seu abastecimento de alimentos prejudicado por dois ou três dias. Segundo fontes na Ceasa Grande Rio, isso pode acontecer em decorrência da guerra travada entre a administração central do mercado, cuja a sede fica em Irajá, bairro da Zona Norte carioca, e ligada à Secretaria Estadual de Agricultura, e a própria Acegri ( Associação  Comercial dos Produtores  e Usuários da Ceasa Grande Rio), responsável há quase 20 anos pela central, que tem quase 2 mil permissionários.

A Acegri acusa a Ceasa Grande Rio de ter conseguido penhorar R$ 15 milhões, que estavam na Justiça, sem qualquer motivação positiva.  A Central de Abastecimento quer ser responsável por todo o mercado a partir do dia 30 de abril. Por conta disso, a entidade responsável até mesmo pela infra-estrutura do mercado, não tem dinheiro para pagar fornecedores diversos, responsáveis pela manutenção do mercado - tanto do Irajá como do Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana fluminense -, incluindo o recolhimento diário de toneladas de lixo.  Fato que põe em risco à saúde dos consumidores dos alimentos que saem de lá. 

Se o caso não for solucionado ainda nesta semana, a Acegri promete paralisar a venda de alimentos nos dois mercados da central, em protesto contra o que considera "um absurdo". Gente ligada à entidade de classe afirma que a Ceasa não consegue nem mesmo receber os aluguéis que deveriam ser pagos pelo Detran e o Mercado de Peixe, que estão há anos funcionando de graça no local enquanto outros comerciantes são obrigados a pagar aluguel dos seus boxes.

A Acegri terá uma reunião aberta nesta terça-feira, a partir das 10 hs, em sua sede, com todos os conselheiros para decidir imediatamente o que fazer.


quarta-feira, 21 de março de 2018

Vírus está destruindo cebola nacional

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Antissoro produzido pela Embrapa confirma ocorrência de vírus inédito em lavouras de cebola do Sul do País. Problema pega de surpresa os produtores rurais num momento favorável da produção nacional, e tudo indica que irá prejudicar e forçar alta nos preços do produto.
Testes sorológicos e biológicos, realizados no Laboratório de Virologia e Biologia Molecular da Embrapa Hortaliças (DF), confirmaram as suspeitas de técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri-SC), da presença de um vírus em lavouras de cebola da Região Sul do País. A detecção foi possível graças a um antissoro produzido pela Embrapa durante o primeiro registro do vírus no País, há mais de duas décadas.

Os profissionais da Epagri-SC enviaram amostras de cebola para análise, após observarem na safra 2017/2018 sintomas que se assemelhavam aos induzidos por uma espécie de Orthotospovirus, nunca antes relatada em lavouras de cebola da região. O principal sintoma observado em campo foi a presença de manchas amareladas em formato de diamante, em folhas e na haste floral.

Após o diagnóstico, os pesquisadores confirmaram que se trata do Iris yellow spot virus (IYSV), vírus causador da doença conhecida popularmente como “sapeca”, em virtude dos sintomas de queima das folhas que se inicia pelo ápice. “Embora a ocorrência do vírus não houvesse sido registrada ainda em campos de cebola da Região Sul, há uma ocorrência anterior no Brasil que data da década de 1990”, conta Mirtes Freitas Lima, virologista da Embrapa Hortaliças.

Vírus já atacou lavouras no Nordeste há 25 anos

A primeira detecção de IYSV no País, quase 25 anos atrás, também foi comprovada pela equipe dessa Unidade de Pesquisa da Embrapa. Mirtes comenta que, naquela época, devido à elevada incidência de sintomas nas plantas, foram relatadas perdas significativas na produção de bulbos e de sementes de cebola na Região Nordeste, em especial no Submédio do Vale do Rio São Francisco, situado nos estados da Bahia e de Pernambuco.

No episódio mais recente, a presença do vírus foi constatada em Santa Catarina, nos municípios de Aurora, Campos Novos e Ituporanga. A rápida confirmação da infecção por IYSV pela Embrapa foi importante para que os pesquisadores e técnicos da Epagri pudessem orientar os produtores catarinenses sobre a adoção de práticas para o manejo da virose em campo. “Isso somente foi possível porque tínhamos armazenado na soroteca do Laboratório de Virologia e Biologia Molecular um antissoro produzido na época da primeira detecção do IYSV, o que propiciou a identificação do vírus de forma precisa em curto intervalo de tempo de 24 horas”, explica Mirtes.

O envio das amostras que possibilitou o diagnóstico rápido e correto da doença foi baseado na observação do agrônomo Edivânio Araújo, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Ituporanga (SC). Ele coletou amostras de plantas com sintomas que considerou semelhantes àqueles induzidos por IYSV. O pesquisador, que iniciou sua carreira como bolsista da Embrapa Hortaliças, ressalta que o vírus não é transmitido pela semente, mas pelo inseto vetor tripes (Thrips tabaci), ou piolho da cebola, uma praga da cultura. “Em anos mais secos e com maiores infestações das plantas por tripes, os riscos de ocorrência da doença se elevam”, avalia.

“Muito provavelmente, a doença já devia estar presente na região, entretanto, em baixa incidência e, em razão de diversos fatores, entre os quais a elevação da população de tripes, houve aumento na incidência da doença e os danos ficaram mais evidentes”, analisa a pesquisadora Mirtes. Ela destaca que, além das manchas nas folhas, os sintomas de seca são observados inicialmente nas extremidades da folha e podem ser confundidos com deficiência nutricional (ou outro fator abiótico). Logo, a equipe da Epagri foi efetiva ao suspeitar da ocorrência da doença.

O que fazer?

A grande dificuldade no controle de doenças causadas por vírus reside no fato de não existirem medidas curativas para o controle das viroses. Uma vez infectada, a planta permanece assim e pode servir de fonte de vírus para outras plantas, quando há a presença de populações de tripes. Alguns fatores dificultam o manejo da doença, como o grande número de espécies de plantas hospedeiras do vírus e do inseto em campo. Os tripes, por exemplo, são capazes de infestar e se multiplicar em várias espécies de plantas.

Sendo assim, a adoção de medidas preventivas para o manejo da doença é essencial ao controle da virose ocasionada por IYSV na cebola. “Entre as recomendações estão o plantio de cultivares resistentes ao vírus, a destruição dos restos culturais logo após a colheita e a eliminação de plantas voluntárias e/ou plantas daninhas que podem ser fontes de vírus e do vetor dentro e nas adjacências do plantio”, enumera Mirtes.

Diferenças entre as doenças

Para quem não tem o olhar apurado e não conhece os sintomas causados pelo IYSV, pode-se confundir os sintomas com a queima ocasionada pelo fungo causador da mancha-púrpura (Alternaria porri) ou com a queima ocasionada pelo míldio (Peronospora destructor). No primeiro caso, o centro das lesões fica escurecido, e no segundo não há formação de lesões bem definidas, diferentemente das manchas causadas pelo IYSV, que podem ser esbranquiçadas ou terem centro amarelo-esverdeado.

“Os sintomas de seca causados pelo vírus nas plantas de cebola podem ser severos, semelhantes à passagem de um lança-chamas na lavoura. A queima das folhas compromete diretamente a produção de bulbos nas áreas comerciais, resultando em perdas na produção”, ilustra a virologista. Como sintomas da doença também surgem no pendão floral, que gera as sementes usadas em novos plantios, os campos de produção de sementes de cebola também estão sujeitos aos prejuízos causados por IYSV, devido à morte de flores em plantas doentes.

Alho, cebolinha e outras plantas podem ser infectadas

Registros sobre a doença também apontam prejuízos à cebola em áreas produtoras de países da Europa, Ásia, África, Oceania e Américas, causando perdas variáveis. De acordo com a pesquisadora Mirtes Lima, há relatos de infecção natural pelo IYSV em várias espécies de plantas, entre as quais: cebola, espécies do gênero Allium (alho, cebolinha, alho-poró, etc.), plantas ornamentais e plantas infestantes. Por isso, recomenda-se, além do manejo integrado de pragas para controle do inseto transmissor, também a eliminação de determinadas plantas daninhas que, por serem sensíveis à infecção, podem atuar como fonte de vírus ou ainda como abrigo para o inseto vetor.

Em Santa Catarina, a equipe da Epagri já planeja, a partir da próxima safra, realizar pesquisas para detectar o vírus e entender a disseminação da doença na região, bem como ações para promover a adoção de práticas de manejo que minimizem as perdas ocasionadas pela infecção causada pelo vírus.

terça-feira, 13 de março de 2018

Integral, até que ponto?

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A moda dos alimentos integrais cresce no Brasil, mas o consumidor tem pouca informação sobre a composição dos produtos. A Anvisa quer mudar isso

A atriz Karina Bacchi, de 41 anos, que dá dicas de alimentação saudável em seu blog, aderiu aos alimentos integrais a partir dos 15 anos de idade. Para ela, são nítidas as vantagens: mais ricos em fibras, dão sensação de saciedade, além de oferecerem maior riqueza nutricional. “Meu paladar já está bem acostumado e sempre que tenho essa alternativa dou preferência para o integral”, diz. 

Segundo ela, muita gente ainda estranha a textura ou o sabor dos integrais. Para evitar isso, introduziu esses alimentos na dieta do filho, Enrico, de quase 6 meses. O que incomoda Karina é a falta de segurança na hora de comprar. Ela diz que vive atenta aos percentuais de ingredientes integrais nos rótulos dos alimentos, mas não consegue saber do que precisa. “Sinto falta de uma informação mais clara nas embalagens”, afirma. “Há empresas que preferem deixar os dados camuflados.”

Não é só ela que está mais exigente. Os alimentos integrais – como massas, pães e biscoitos – ganham cada vez mais espaço na mesa dos brasileiros: esse mercado cresce cerca de 20% ao ano no país. Com mais nutrientes, minerais e fibras, são recomendados por médicos por reduzirem o risco de doenças do coração, acidente vascular cerebral, infarto, diabetes e obesidade. O problema é que o consumidor tem dificuldade para saber o que é integral mesmo. 

Não existe no Brasil regulamentação nem fiscalização específicas sobre a composição desses alimentos. Produtos feitos com 1% ou 100% de farinha integral podem trazer a mesma classificação “integral” na embalagem. “Essa falta de regulamentação engana quem compra”, diz Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). 

“O consumidor acredita que está ingerindo uma quantidade maior de fibras, mas pode ter comprado produtos com só 1% de farinha integral.”

Análise do problema

A falta de padrões mínimos e a constatação de que em muitos casos o “integral” só constava dos rótulos fizeram com que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começasse a analisar o problema. A ideia é estabelecer padrões de matéria-prima – farinha ou cereal – integral na composição dessa categoria de alimentos. Uma pesquisa do Idec, por exemplo, mostrou que apenas três de 14 marcas de biscoitos considerados integrais vendidas no Brasil tinham de fato farinha ou cereal integrais como principal ingrediente. 

A Anvisa vem debatendo a questão há mais de um ano. Já fez duas reuniões com órgãos que representam os fabricantes de massas, biscoitos e pães, produtores de trigo e os ministérios da Saúde e da Agricultura, além de institutos de defesa do consumidor.

O primeiro passo do trabalho foi levantar como outros países estabeleceram padrões para classificar massas integrais industrializadas. O problema, contudo, é que os parâmetros são muito diversos. No Canadá, um pão integral deve ser preparado com no mínimo 50% de farinha de trigo integral. Na Holanda, o percentual é o mesmo e vale para massas, além de pães. Na Alemanha, a exigência é maior. A quantidade mínima de farinha integral num pão com essa classificação deve ser de 90% e de 100% para macarrão. 

Já nos Estados Unidos, uma massa integral precisa ter 8 gramas de grãos integrais por porção. Austrália, Reino Unido e Canadá também adotam o critério americano. Por isso, dá trabalho à agência sanitária estabelecer parâmetros mínimos e garantir aos consumidores o acesso à informação. Além disso, as novas regras devem estimular as empresas do setor a investir em alimentos à base de cereais integrais com maior qualidade. Os técnicos da Anvisa também já visitaram moinhos de trigo e indústrias para saber um pouco mais do processo de produção dos integrais. A próxima etapa desse processo será abrir uma consulta pública sobre o tema.

Mais atento

A exigência do consumidor é alta. Em uma pesquisa do Idec, com quase 1.000 internautas, 85,5% dos entrevistados afirmaram que um produto só deveria utilizar o termo “integral” no rótulo se possuísse, no mínimo, 50% de cereais integrais em sua composição. Já 36,9% acreditam que, para ser considerado integral, um produto deve ter 100% de cereais integrais em sua composição.

Na Europa, os fabricantes usam uma espécie de trigo chamada durum, variedade mais dura. Eles desenvolveram tecnologia para obter farinha integral como resultado da moagem do grão do trigo inteiro. Ela não é tão leve como a farinha branca, mas, como não passa pelo processo de refinamento, preserva nutrientes como fibras e vitaminas. Com essa tecnologia, a massa do macarrão fica menos pesada e sem o gosto característico dos alimentos integrais. 

No Brasil, a variedade de trigo utilizada é a aestivum, mais leve. E o paladar do brasileiro tem preferência por uma massa mais mole. Isso gera um segundo obstáculo. A adição de mais de 40% de farinha integral reduz a qualidade do produto, que fica mais duro e pegajoso. 

“Os fabricantes não estão economizando nos grãos integrais”, diz Cláudio Zanão, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados.

Muitas vezes o produto integral é mais caro. O pacote de macarrão integral varia de R$ 10 a R$ 12. Já a massa com farinha refinada custa entre R$ 3 e R$ 4. Enquanto a regulação não sai do forno, a recomendação ao consumidor que está fazendo a opção pela massa integral é ler o rótulo e decifrar a tabela nutricional. No caso de massas e biscoitos, recomendam os nutricionistas, o ideal é que a farinha integral seja o primeiro item da lista. Como ela é feita em ordem de proporção, é o que está em maior quantidade no produto. Por enquanto, é o que dá para saber.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Sadia ou Perdigão, de onde vem a salmonela?

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A BRF, detentora das duas marcas, está sendo investigada por fraude em seus produtos alimentícios, que provocaram até mesmo alerta vermelho em países europeus. Tudo isso por conta da presença da bactéria Salmonela, que pode levar à morte, em seus frangos ( inteiro ou cortes).  O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, correu para tranquilizar o consumidor brasileiro dizendo que os produtos podem ser consumidos sem risco após cozimento.
O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA) tranquilizou a população em vídeo, divulgado pelo órgão, quanto ao consumo de aves após a operação realizada com apoio do Mapa em laboratórios que realizam testes para detectar a presença de Salmonella.
 
"Trata-se de uma operação para resolver problemas da relação entre laboratórios empresas produtoras de alimentos. O Ministério da Agricultura tem trabalhado junto com a Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e posso garantir a população brasileira que não há nenhum risco no consumo de carnes de aves produzidas por qualquer uma das empresas citadas ou não. Como todos nós sabemos Salmonella desaparece quando cozida ou quando frita a uma temperatura de 60º".

O regulamento brasileiro é diferente do de determinados países que não permitem a presença de Salmonella, explicou Maggi. "A investigação é sobre a exportação para alguns países e a adulteração de análises para produtos com esses destinos. Estamos absolutamente tranquilos defendendo a agricultura, os agricultores, o agronegócio brasileiro e queremos que a coisa seja feita de forma correta, transparente e assim será feito".

Auditoria

O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luis Rangel, disse que, desde o ano passado, o ministério começou a trabalhar modelos de auditoria mais intensos e sofisticados em laboratórios com atenção especial sobre Salmonella. ?Fomos até onde podíamos com as nossas ferramentas administrativas e, agora, contamos com a colaboração da polícia para desbaratar esse tipo de fraude?, comentou Rangel sobre operação conjunta com a PF relacionada à fraude na emissão de resultados de análises.

A investigação conjunta do Mapa e PF apurou falsificação de resultados dos exames de laboratórios privados, credenciados pelo ministério, omitindo em algumas amostras a existência da bactéria salmonela spp. A Salmonella é comum, principalmente em carne de aves, pois faz parte da flora intestinal desses animais. Se a carne for cozida ou submetida à fritura não oferece risco, mesmo assim a bactéria enfrenta restrições em determinados países.

Cinco laboratórios estão envolvidos nas irregularidades apontadas. Três credenciados pelo ministério e dois de autocontrole das empresas. Esses cinco, de um universo de 496 credenciados pelo Mapa, não podem mais fazer análises até o fim das investigações, que podem resultar em descredenciamento definitivo.

Houve também a suspensão das exportações pelos frigoríficos envolvidos para 12 destinos onde são exigidos requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp: África do Sul, Argélia, Coreia do Sul, Israel, Irã, Macedônia, Maurício, Tadjiquistão, Suíça, Ucrânia, Vietnã e União Europeia.

BRF na mira federal

Estão sob investigação quatro plantas industriais da BRF, sendo duas de frango, uma em Rio Verde (GO) outra em Carambei (PR), e uma de perus em Mineiros (GO), além de uma fábrica de rações em Chapecó (SC). A volta da exportação pela unidade excluída da lista dependerá de auditoria sanitária do país importador.

As empresas envolvidas terão aumento na frequência de amostragem até o fim do processo de investigação. Se forem comprovadas práticas que afetam também o mercado interno serão adotadas medidas cabíveis.

O secretário da SDA destacou as iniciativas de aprimoramento de ferramentas de combate a fraudes em alimentos e a continuidade de ações já desempenhadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF), possibilitando redução de não conformidades a curto e médio prazo.

Operação de 2017

De 34 pessoas investigadas na operação da Polícia Federal, ocorrida em 17 de março do ano passado, dois eram ocupantes apenas de cargo em comissão e foram exonerados, Júlio Cesar Carneiro, no dia 20 de março, e Fábio Zanon Simão, em 14 de junho.

Em relação aos servidores ocupantes de cargo efetivos, foram instaurados Processos Administrativos Disciplinares (PADs) para apuração das condutas, sendo que a maioria se encontra em andamento, conforme determina o art. 41, §1º, inciso II, da Constituição Federal. O resultado de um dos PADs instaurados, culminou com a demissão de Renato Menon, publicada no Diário Oficial (DOU) desta segunda-feira (05 de março).

Depois da Operação da PF do ano passado, a instituição passou a trabalhar em conjunto com o Mapa em todas as ações relacionadas a investigações de estabelecimentos fiscalizados pelo ministério.

A empresa investigada é detentora das marcas Sadia, Perdigão e Qualy. Sendo que as marcas Sadia e Perdix são vendidas em vários países europeus.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Um caminhão é roubado por hora no Rio

Último veículo roubado teve carga retirada a menos de 1 km de blitz da Força Nacional, na Avenida Brasil, em Costa Barros. Marginais foram flagrados por helicóptero da Rede Globo. Uma das vítimas dessa ação malígna é a Ceasa do Irajá, cercada por 14 comunidades de favelas, que vem sofrendo com ataques a motoristas na Avenida Brasil e na Rodovia Presidente Dutra. Duas das maiores rodovias que passam bem próximo.
A radiografia do roubos de cargas tem os bairros da Pavuna e Irajá, perímetro da central de abastecimento carioca, com índice astronômico:  943 caminhões.

Bandidos levam carga roubada que passam para outros veículos
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Apesar do reforço das Forças Armadas, das polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), além da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), na operação batizada de "O Rio Quer Segurança e Paz", mais de um roubo de carga por hora continua ocorrendo no estado. Sexta-feira passada, um caminhão que levava 6 toneladas de pernil foi roubado na região de Costa Barros e a carga transferida para outro veículo a menos de um quilômetro de uma blitz da Força Nacional.

A previsão do diretor de segurança do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio (Sindicarga), coronel Venâncio Moura, é que 10 mil casos sejam registrados em 2017, o que dá uma média de 27 por dia. Segundo ele, no entanto, de segunda a sexta-feira, a média chega a 40 roubos de carga por dia. Algumas transportadoras estão com dificuldade para contratar seguro para cargas avaliadas em mais de R$ 500 mil, pois as empresas estão exigindo a contratação de escolta, implantação de rastreadores nos produtos e o monitoramento do veículo. 

As seguradoras teriam deixado de cobrir cargas avaliadas em mais de R$ 1 milhão, como celulares e computadores. "O valor final do produto é repassado ao consumidor, pois o empresário não tem como arcar sozinho com todas essas despesas", ressaltou Moura.

O Sindicarga solicitou à Secretaria de Segurança a criação de um grupamento de motociclistas da PM para atuar na Avenida Brasil, que concentra a maior incidência de casos. Segundo Moura, em pelo menos 90% dos roubos de cargas os assaltantes utilizam motos para guiar os caminhoneiros para dentro das favelas. "Geralmente são menores de idade e desarmados. Eles (os assaltantes) abordam de carro os caminhoneiros e mandam os comparsas guiarem o caminhão utilizando motos. Esse grupamento da PM ajudaria a coibir isso", explicou. Segundo ele, os trechos de Bonsucesso, Irajá, Costa Barros, Guadalupe e Bangu concentram os maiores índices de roubos de carga da Avenida Brasil.

A operação com ajuda de 8,5 mil militares das tropas federais para conter o roubo de carga no estado começou em 28 de julho. Na época, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, prometeu "golpear o crime organizado e reduzir o roubo de cargas". No entanto, dados do Instituto de Segurança Pública mostram que, de janeiro a outubro, foram contabilizados 8.508 roubos de carga no estado, aumento de 14% em relação ao mesmo período de 2016.

Helicóptero de TV flagra crime e PM recupera caixas

O caminhão que transportava 600 caixas, cada uma com 10 quilos de pernil, foi roubado e levado pelos bandidos para o Morro da Lagartixa, em Costa Barros. A ação foi registrada pelo helicóptero da TV Globo, que mostrou que a transferência da carga para outro caminhão menor ocorreu a menos de 1 quilômetro de uma equipe da Força Nacional, que realizava uma blitz na região. Após a exibição das imagens no telejornal Bom Dia Rio, a PM montou uma operação com o 41º Batalhão (Irajá), com apoio de veículo blindado, e foi até o local onde o caminhão estava escondido. A carga foi recuperada e dois suspeitos foram conduzidos para averiguação.

O diretor de segurança do Sindicarga, coronel Venâncio Moura, afirmou que esse tipo de ação criminosa ocorre com frequência devido à dificuldade operacional para entrar nas favelas. "Isso é uma rotina, que, por acaso, foi filmada. Eles (os bandidos) usam a favela como fortaleza. Dentro da comunidade eles sabem que podem atuar com tranquilidade, pois a PM teria que planejar uma grande operação para entrar", ressaltou Moura.

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) informou que ao obter informações sobre o roubo, tomou as providências cabíveis, e atuou de forma coordenada com os demais órgãos de segurança, mantendo o cerco e a contenção enquanto a PM realizava incursão. A FNSP ressaltou que a missão de seus integrantes naquela localidade é o cerco e a contenção.

O Sistema FIRJAN afirmou que a ação criminosa reforça que é imprescindível que seja ampliada a atuação dos governos federal e estadual no combate ao crime em território fluminense.

Fonte O Dia

Óleo de canola pode estar associado a dano cerebral

Em estudo realizado com animais, mostrou que o óleo elevou o número de placas beta-amiloide e danos nas sinapses cerebrais.

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O óleo de canola, que muitas vezes é promovido como mais saudável do que os outros tipos, pode ser mais prejudicial do que benéfico para a saúde. Segundo um novo estudo feito em ratos, publicado no periódico científico Scientific Reports, uma dieta rica em óleo de canola, além de engordar, pode aumentar o risco de desenvolver Alzheimer.

“Embora o óleo de canola seja mais atraente por ser visto como saudável e ter um baixo custo em relação aos outros óleos vegetais, muitos estudos têm mostrado que o seu consumo a longo prazo pode ser prejudicial para a saúde do cérebro”, disse Domenico Praticò, da Escola de Medicina da Universidade Temple, na Filadélfia, principal autor da pesquisa.

O estudo

As causas do Alzheimer continuam sendo um mistério, mas acredita-se que o acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro representa o desenvolvimento da doença. No estudo, a equipe de pesquisa procurou testar como o consumo de óleo de canola poderia estar relacionado ao surgimento dessas placas, que afetam o funcionamento das regiões associadas à memória.

Os pesquisadores dividiram os ratos de laboratório, que tinham cerca de seis meses, em dois grupos: um que recebeu uma dieta rica em óleo de canola (equivalente a duas colheres de chá diárias, para humanos) e outro, que recebeu uma dieta sem a gordura. Ambos os grupos foram monitorados por seis meses, seguindo as mesmas dietas.

Riscos

Depois de completarem um ano de idade, os ratos de ambos os grupos foram estimulados a completar um teste de labirinto, para que os cientistas pudessem acessar suas habilidades de aprendizado e memória. Comparados aos ratos que seguiram a dieta normal, os que consumiram o óleo de canola tiverem um ganho de peso maior e as habilidades avaliadas reduzidas.

Surpreendentemente, esses ratos também mostraram uma redução de uma forma beta-amiloide do tipo 1-40, que está associada à prevenção da formação de placas e danos nas sinapses cerebrais, responsáveis pela comunicação entre as células.

De acordo com esses resultados, os pesquisadores acreditam que o consumo do óleo de canola em longo prazo pode oferecer mais riscos do que benefícios. “Embora o óleo de canola seja um óleo vegetal, temos que ter cuidado ao considerar certos alimentos como saudáveis. A canola não deveria estar associada a outros vegetais, que já têm seus benefícios comprovados.”

Próximas pesquisas

Nas próximas etapas do estudo, os pesquisadores planejam analisar qual o período de tempo associado aos efeitos prejudiciais do óleo de canola, que afetam os mecanismos cerebrais. A equipe também quer investigar se esses efeitos estão relacionados somente ao surgimento do Alzheimer ou também poderiam contribuir para o desenvolvimento de outras doenças neurodegenerativas.

Canola

O óleo de canola é um tipo de óleo vegetal proveniente do cultivo da colza, ou couve-nabiça, uma planta de floração amarela pertencente à família dos repolhos. O primeiro óleo de canola a ser comercializado foi desenvolvido por pesquisadores canadenses na década de 1970. Ao contrário de outras formas de óleo de colza, o óleo de canola foi desenvolvido para ter um baixo em ácido erúcico, ácido graxo que algumas pesquisas já relacionaram a problemas cardiovasculares e ao câncer.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Vamos combater o desperdício de alimentos

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Aplicativo combate desperdício de comida por geolocalização. App "Comida Invisível" já está disponível para Android e, em breve, para iOS. Ideia começou na Ceagesp.

A ideia surgiu a partir da busca de fruta madura para preparar uma geleia caseira. Sem encontrar nos supermercados, a advogada Daniela Leite foi à Ceagesp. E ali se espantou ao ver pilhas de frutas perfeitamente maduras e comestíveis no chão, descartadas como lixo.

Foi assim que teve início, há dois anos, sua obsessão por encontrar uma maneira de fazer com que frutas sem valor comercial tivessem um fim digno. E a ideia resultou num aplicativo, o Comida Invisível, que será lançado na próxima segunda (4). O que ele faz? Viabiliza a doação desses alimentos a ONGs e até pessoas físicas por meio de geolocalização. 

Funciona assim: quem tem o que doar – alimentos próprios para o consumo, mas sem valor comercial (aqueles no ponto de maturação ideal para se comer em casa) –, se cadastra no aplicativo e informa o que tem. São restaurantes, supermercados, bares e outros. Os interessados em receber a doação, que estão nas imediações, assinam um termo de responsabilidade – e é aí que está o pulo do gato, porque geralmente quem doa não quer assumir riscos. “Tem várias questões envolvendo doação de alimentos, uma delas é a responsabilidade civil”, diz Daniela.

A advogada mergulhou no mundo da Ceagesp. Sugeriu trabalhar de graça se pudesse ter acesso a informação. Descobriu que dos 3 mil boxes, apenas 150 já fizeram doações e – pior ainda – somente 30 o fazem regularmente. “O banco de alimentos da Ceagesp (espécie de central de doações) recebe 160 toneladas de alimentos por mês. São como 16 caminhões de lixo lotados de alimentos, que servem para 29 mil pessoas. Mas, por dia, são desperdiçadas 100 toneladas, ou dez caminhões”, afirma a advogada.

Após um ano, fruto de toda essa pesquisa em parceria com os sócios, o jornalista Sergio Ignácio e a publicitária Flavia Vendramin, nasceu o Comida Invisível que tem dois objetivos: dar um destino correto à comida boa e conscientizar contra o desperdício. Há um ano passaram a fazer palestras, treinamentos em empresas e até um food truck em que chefs cozinharam com frutas e verduras nem tão bonitas mas perfeitamente comestíveis. O segundo passo nasce com o aplicativo, que já está disponível na Apple Store e em Android.

A ação lembra outras iniciativas vistas fora do Brasil como a Fruta Feia, cooperativa portuguesa que vende vegetais fora do padrão a bons preços, e que já chegou a supermercados europeus, que viabilizaram sistema de doações. 

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Batata mais cara 90%

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Divulgação do 11º Boletim Hortigranjeiro da Conab/Prohort mostrou o aumento de preços da leguminosa.

Alface, batata e cebola foram as hortaliças mais baratas nas principais Ceasas do país no mês de O comportamento dos preços de frutas e hortaliças sofreu uma inversão em outubro, conforme análise do 11º Boletim Hortigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulga. Ao contrário do mês anterior, as hortaliças estão agora com preços mais elevados nas principais centrais de abastecimento do país, com destaque para batata e cenoura.

A batata, que registrou a maior queda nas cotações de setembro, apresentou aumento acima de 90% em outubro nos estados de Goiás e Paraná. A leguminosa também ficou mais cara no Distrito Federal (67%), no Rio de Janeiro (58%), no Espírito Santo (54%) e em São Paulo (42%). Com relação à cenoura, os aumentos não foram tão grandes mas chegaram a 49% no Espírito Santo, seguido por aumentos de 23% a 26% no Distrito Federal, no Paraná e em Goiás. Para os dois produtos, a explicação de alta foi a diminuição na oferta da safra de inverno.

Frutas - Apesar do aumento verificado no levantamento anterior, as frutas deram uma equilibrada para os consumidores nos preços em outubro e ficaram mais baratas na maioria das Ceasas analisadas. O mamão, que tinha sido o grande vilão de setembro, voltou a patamares menores, com recuo de preço de 44% em Goiás e 23% em Minas Gerais. A oferta foi maior das espécies de mamão papaya mineiro, baiano e capixaba.

A banana também ficou mais barata nos mercados atacadistas, após os meses de agosto e setembro terem sido de cotações estáveis. Isso porque a oferta do produto aumentou na maioria das Ceasas, principalmente do tipo prata. Na Ceasa Minas, a fruta ficou 17% mais barata, seguida pelas quedas de 14% em Pernambuco, 13% em Goiás e 12% no Espírito Santo.

Outra boa notícia é que o preço de algumas frutas natalinas já começou a cair, com destaque para o pêssego, 54% mais barato, além da ameixa (20%) e damasco (3%).

O levantamento é feito mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab, a partir de informações fornecidas espontaneamente por grandes mercados atacadistas do país. Para a análise do comportamento dos preços de outubro, foram considerados os principais entrepostos dos estados de SP, RJ, MG, ES, PR, CE, PE, GO e DF.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

EXCLUSIVO : Brasileiro parou de comer e 2017 será de prejuízo de bilhões para as Ceasas

Por Jorge Luiz Lopes (jorgeseraphini@gmail.com)

A saga do menino Gabriel, que a poucos quilometros do centro de Poder do país desmaiou de fome quando ia para a escola, não ficou em vão para o Blog CeasaCompras.com.  Nós rompemos as análise econômicas sobre os balanços mensais de cada central de abastecimento do país e descobrimos o que tínhamos por suspeita: 2017 será marcado pela tragédia histórica nas contas das Ceasas, que irão amargar mais de 50% em prejuízos. Ou seja, se comparado à 2016, fica constatado que o brasileiro parou de comer, diminuiu os gastos com comida, e as ceasas venderam bem menos: algo em torno de bilhões de reais.

Um dos mais tradicionais mercados da Ceasa do Irajá (RJ) também é vítima das poucas vendas.
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Os números estão lá para serem consultados. Eles fazem parte de um balanço mensal sobre vendas e produtos movimentados nas centrais de abastecimento, as Ceasas, e são publicados pelo SISCOM (Sistema de Informações Setoriais de Comercialização) da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), empresa do governo federal.

No ano passado, as vendas nas centrais de alimentos tiveram um resultado que chegou a R$ 32.955.622.661,13, com três meses excepcionais (março, abril e maio) cujas as vendas ultrapassaram os R$ 3 bilhões em cada mês.  Depois, foi tangenciando queda: fechando o mês abaixo dos R$ 3 bilhões. Mas, ainda acima dos R$ 2,5 bilhões. 

Em janeiro de 2017, começou a desenhar-se a situação caótica que irá fechar o ano numa queda histórica nas vendas de alimentos no atacado. Naquele mês, as ceasas faturaram apenas R$ 1.457.651.011,26 ( em 2016, o valor obtido foi de R$ 2.906.546.492,76). Numa comparação dentro do histórico econômico de queda nas vendas ao atacado, outubro passado fechou em R$ 1.081.280.501,26, contra os R$ 2.655. 873.210,95, registrados em igual mês de 2016.

Numa soma total de vendas nos dez meses do ano, fazendo uma comparação entre 2016 e 2017, a diferença fica em R$ 14.606.343.559,43. Uma queda verificada de mais de 50%. É só fazer as contas: de janeiro a outubro de 2016, foram registrados pelas ceasas vendas de R$ 27.632.153.980,99, contra R$ 13.026.810.421,56, em igual período de 2017.

É bom lembrar que no ano passado as Ceasas faturaram R$ 32.955.662.661,13.

Veja um quadro comparativo, mês a mês, da tragédia que se abateu nas Ceasas, o que tá provocando a quebra de várias empresas distribuidoras. Muitas delas existiam há anos e não tiveram fôlego para suportar a queda nas vendas em 2017.

Valores comercializados nas ceasas em 2017:

Janeiro - R$ 1.457.651.011,26;
Fevereiro - R$ 1.443.614.071,17;
Março - R$ 1.685.833;
Abril - R$ 1.333.903.378,96;
Maio - R$ 1.305.935.910,62;
Junho - R$ 1. 215. 466.340,26;
Julho - R$ 1.212.649.235,33;
Agosto - R$ 1.263.549.209,36
Setembro - R$ 1.023.128.756,24;
Outubro - R$ 1.081.280.501,26.

Valores comercializados pelas Ceasas em 2016

Janeiro -  R$ 2.906.546.492,76;
Fevereiro - R$ 2.951.012.943,93;
Março - R$ 3. 143. 830. 070,33;
Abril - R$ 3. 006. 842. 978,78;
Maio -  R$  3. 036. 521. 539, 67;
Junho - R$ 2. 875. 673. 603, 70;
Julho - R$ 2. 613. 845. 864, 16;
Agosto - R$ 2. 816. 836. 021, 14;
Setembro - R$ 2. 625. 151. 255, 57;
* Outubro - R$ 2. 655. 873. 210, 95;
Novembro - R$ 2. 568. 286. 412, 66;
Dezembro - R$ 2. 755. 222267. 48

Peixes contaminados por cocaína

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Além da droga, pesquisa da Unisanta e da Unifesp identificou resquícios de remédios na água no litoral paulista. Esse índice, afirmam pesquisadores, aumenta mais ainda no carnaval. Este mesmo fenômeno por estar atingindo pescados na baía de Guanabara, no Rio, por exemplo. O melhor é consumir peixes de alto mar.

O mar da baía de Santos, no litoral paulista, está contaminado por resíduos de remédios e de cocaína. Esses elementos já afetam a vida marinha e podem prejudicar a saúde da população, alerta estudo das Universidades Santa Cecília (Unisanta) e da Federal de São Paulo (Unifesp).

A pesquisa, coordenada pelo professor da Unisanta Camilo Pereira, avaliou a água em uma área de navegação, onde há uma saída da rede de esgoto tratado pela Companhia Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A primeira coleta foi no carnaval de 2014. “A meta era achar fármacos na água. De fato, identificamos ibuprofeno, paracetamol e diclofenaco, mas também surgiu cocaína, que não era objetivo do estudo.” 

Fraudes nos azeites põem governo federal na mira da Justiça

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O 'Azeite' nosso de cada dia coloca ministério da Agricultura e Anvisa na mira do MPF. O órgão propôs ação civil pública para combater fraudes na fabricação do produto; MPF diz que testes apontam para substâncias cancerígenas na composição. Desse grupo, de acordo com denúncias da Proteste, fazem parte as marcas Figueira da Foz, Tradição, Quinta D'aldeia e Vila Real.

O Ministério Público Federal em São Paulo propôs uma ação civil pública contra a União e a Anvisa para que se possa combater as fraudes nos azeites de oliva. Além de baixa qualidade, o MPF diz que foram encontradas substâncias cancerígenas nos azeites.

"Pensando estar comprando um produto conhecido por seus benefícios à saúde, o consumidor brasileiro acaba adquirindo, via de regra, um produto fraudado que pode, inclusive, trazer-lhe prejuízos à saúde”, alerta a procuradora da República Adriana da Silva Fernandes, autora da ação.

A ação civil foi proposta após uma representação feita pela Proteste - Associação brasileira de defesa do consumidor, que fez testes comparativos e verificou fraudes em quatro amostras de azeite de oliva extra virgens, correspondentes as marcas Figueira da Foz, Tradição, Quinta D'aldeia e Vila Real.

"As amostras apresentaram valores que nem poderiam ser considerados azeites, seriam na verdade uma mistura de oleos refinados, nem sempre provenientes de azeitonas", anotou o MPF.

Procurado, o ministério da Agricultura não se pronunciou até a última atualização desta notícia.

Fraude constatada

Outros sete produtos foram considerados apenas como "virgens" e não como "extra virgens" como se autodenominam pelos testes da Proteste (La Espanola, Carbonell, Serrata, Beirão, Gallo, Pramesa e Borges).

No inquérito aberto, o MPF pediu aos órgãos de fiscalização que checasse as informações da Proteste. "Restaram confirmadas pelos órgãos de fiscalização as irregularidades noticiadas", afirma a procuradora na ação.

Em muitos casos, apesar de o rótulo indicar azeite de oliva virgem ou extravirgem, o conteúdo é composto por uma mistura de óleos ou nem isso: há exemplos em que se trata apenas de óleo de soja.

Em situações mais graves, foi constatado que os produtos envasados continham azeite lampante, um óleo de baixa qualidade e mais barato para importação, pois é extraído de azeitonas deterioradas ou fermentadas.

O azeite lampante é impróprio para o consumo humano e não há garantias de que não possa fazer mal à saúde do consumidor.

Para facilitar a fiscalização, a ação civil pública ajuizada pelo MPF pede que o Ministério da Agricultura edite uma norma técnica com regras para rastrear o azeite de oliva, desde sua eventual importação até a finalização do processo produtivo.

A procuradora pede a criação de um cadastro de pessoas e empresas envolvidas na importação, fabricação e envasamento de óleos vegetais, e que os dados cadastrados sejam compartilhados com a Anvisa e com as Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais.

Com relação à Anvisa, o MPF pede que a agência implemente e execute diretrizes técnico-administrativas relativas à importação de óleos vegetais. Atualmente, o MPF diz que a autarquia tem se omitido das obrigações legais, deixando a anuência para a entrada desses produtos no país exclusivamente para o Ministério da Agricultura.

A ação requer ainda que a Anvisa edite norma técnica dispondo sobre boas práticas de produção, refino e envasamento dos azeites de oliva e dos óleos de bagaço de oliva, bem como regulamente os óleos mistos ou compostos, proibindo a mistura dos produtos ou disciplinando sua produção com especificação dos percentuais permitidos de cada item na combinação.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Dos transtornos alimentares à realidade

Por Maurício Hirata, médico Endocrinologia e Metabologia

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Tenho atendido e diagnosticado cada vez mais pacientes com desordens alimentares, sendo mais frequentes, a bulimia nervosa, os transtornos de compulsão alimentar e a anorexia nervosa. Também há casos de ortorexia nervosa e a vigorexia. Estes quadros são considerados doenças que, conforme o grau de severidade pode fugir ao controle do paciente e exigir tratamento medicamentoso.

Na bulimia: 

A pessoa ingere quantidades excessivas de comida e tenta compensar estes episódios com vômitos, uso intensivo de laxante, diurético, jejum ou até exercícios físicos em excesso.

Na anorexia: 

Ocorre uma distorção de imagem onde a pessoa se acha fora do peso, mesmo estando muito magra. A ingestão de comida é cada vez menor, podendo chegar a casos de internação hospitalar com risco de vida.

Os transtornos de compulsão alimentar são mais comuns e, normalmente, não são seguidos de mecanismos de compensação como a bulimia. Neste grupo se situam os compulsivos por doces, chocolates, os comedores de grande quantidade de comida (binge eating), os comedores noturnos (night eating) e outras desordens associadas.

Na ortorexia: 

O paciente fica obcecado por comida saudável, de forma a prejudicar ou até mesmo impedir o seu convívio social.

Na vigorexia: 

Ocorre uma distorção de imagem em que a pessoa, normalmente do sexo masculino, sempre acha que tem falta de músculos, resultando em baixa autoestima, uso abusivo de anabolizantes e ansiedade excessiva.

Todos estes quadros envolvem um desequilíbrio na química cerebral, em que a falta ou instabilidade de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina, levam a alterações comportamentais.

A divulgação de padrões comportamentais e estéticos irreais pelas mídias sociais tem sido uma das principais causas do aumento da incidência destes distúrbios. Os adolescentes e jovens são mais suscetíveis a este tipo de influência e devem ser orientados a distinguir entre a realidade e a visão midiática utópica de felicidade e beleza.

A maneira ideal para o tratamento desses distúrbios deve englobar um contexto multidisciplinar, com acompanhamento médico, piscológico e nutricional.

A conscientização é fundamental para que possamos atingir um nível de autoestima onde prevaleça a saúde e a felicidade em detrimento dos padrões de beleza e comportamento rotulados como "ideais".