quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ceasa-RJ pode fechar por falta de produtos

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              Waldir de Lemos, Presidente da Acegri

Em uma entrevista concedida ao G1, nesta quarta-feira, o presidente da Acegri (Associação dos Comerciantes e Usuários da Ceasa Grande Rio), Waldir de Lemos, disse que a Central de Abastecimento - a segunda maior do país - poderá fechar as portas se os bloqueios continuarem. Protesto de caminhoneiros esvazia prateleiras e eleva preços no Rio: saco de batata chegou a R$ 500 na centraldo Irajá, bairro da Zona Norte carioca.

O terceiro dia do protesto de caminhoneiros em rodovias federais já começou a afetar o abastecimento de alimentos no Rio, assim como os preços dos produtos. Segundo comerciantes, o problema mais grave é com as cargas de legumes e verduras, que já estão em falta nesta quarta-feira (23/5) tanto no varejo como no atacado.

Waldir de Lemos, explicou que o saco de 50 kg de batata, vendido geralmente a R$ 50, chegou a ser vendido nesta quarta-feira (23) por R$ 500. Ele prevê problemas caso não haja uma solução até  esta quinta-feira (24/5).

"O quilo de tomate saiu daqui a R$ 8. Em supermercados, estava saindo a R$ 3 o quilo na segunda feira. Hoje, já não carregaram quase nada. Mas, amanhã principalmente, o consumidor vai começar a sentir o aumento dos preços", explicou, prevendo até um possível fechamento da central.

"Se alguns caminhões de legumes que estão lá em Friburgo, não chegarem amanhã (quinta-feira), vai ser uma loucura. É capaz de o Ceasa fechar amanhã caso não haja uma solução", explicou Waldir. Até o final da manhã, segundo ele, apenas dois caminhões haviam chegado ao Ceasa.

Aviso na Zona Sul

Em alguns supermercados, legumes e verduras estão em falta. Em Copacabana, na Zona Sul do Rio, lê-se na prateleira: "Senhores clientes, devido à greve dos caminhoneiros, alguns produtos da nossa quarta verde sofreram alterações. Desculpem pelo transtorno".

De acordo com funcionários de um supermercado na rua Siqueira Campos, os preços não chegaram a aumentar porque o caminhão não veio. A informação foi confirmada por funcionários. A venda de frutas segue igual, com bancas cheias e sem a impressão de falta de nada. Mas a banca de verduras está praticamente vazia.

Preços altos

Outros produtos também sofreram alta nos preços. O preço da cenoura (caixa 18 Kg), que custava na média de R$ 36 na semana passada, aumentou para R$ 60, com uma variação de 66%.

O morango (caixa 1,2 Kg), que custava na média de R$12, aumentou para R$18. "Hoje não tem cotação de preço. Legumes são oferta e procura", avaliou Waldir.

"Devido à greve dos caminhoneiros, houve mudanças significativas nos preços dos produtos comercializados nas Centrais de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro na unidade de Irajá, sendo a primeira grande alta de produtos hortifrutigranjeiros no ano de 2018. Isso ocorreu, devido Minas Gerais ser um dos principais estado que abastece a CEASA -RJ e o estado com mais pontos de protestos."

Combustíveis também em falta

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Rio confirmou que já está faltando gasolina em postos da capital. O desabastecimento afeta ainda as lojas de conveniência. A informação é da Globonews.

Por volta do meio-dia e meia, caminhoneiros tentavam interditar o sentido Petrópolis da Rodovia Washington Luís, na altura da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc). A Polícia Rodoviária Federal negociava a liberação do trânsito. O engarrafamento chegava a 8 km.

O fornecimento está prejudicado desde as 10 horas de segunda-feira, por conta da paralisação dos caminhoneiros, que neste momento já afeta pelo menos 21 estados, incluindo o Rio de Janeiro, e o Distrito Federal.
Fonte G1

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