quinta-feira, 7 de abril de 2016

Preços dos alimentos "in natura" subiram mais de 900%


                     

Estudo realizado pelo IBGE e por pesquisadores ingleses apontaram que os preços dos alimentos deste tipo subiram absurdos desde 1994, até o primeiro trimestre de 2016.  Já os processados, estes não sofreram altas maiores, além de caírem no gosto do público. O que está acontecendo?

A subida dos preços dos alimentos "in natura", denominados "comidas frescas" , e dos industrializados, está piorando a dieta diária da maioria dos brasileiros, apontam especialistas do setor.

O aumento da procura por alimentação saudável fez subir os preços de hortaliças e de pescados, algo em torno de 519% e 770%, respectivamente, desde 1994, ano em que ocorreu a estabilização do Plano Real, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.

Preço da Alface subiu 946%

           
                        

Uma alface teve o preço majorado em 946% nesse período; o do contrafilé bovino 710% e a batata inglesa, 846%, são os campeões da alta acumulada de preços.

Já os alimentos processados subiram menos, em torno de 425,86%. Os biscoitos subiram 261%, chocolates e bombons 311%; e os refrigerantes registraram aumentos de 465%.

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Consumo

Nesse mesmo período ainda foi constatado que o consumo "per capita" de alimentos processados disparou. Ou seja,  de cada 80 quilos por pessoa/ano na década de 90, este total subiria para 110 quilos, em 2013. Este registro é feito por uma pesquisa inglesa que aponta " O custo crescente da dieta saudável", ou "The rising cost of a healthy diet".

O estudo mostra a relação entre a alta de preços dos alimentos "in natura" e estabilização dos ultraprocessados.

"Muitos  desses produtos (ultraprocessados) têm ingredientes, entre sódio e açúcar, que os tornam altamente palatáveis", destaca Steve Wiggins, britânico responsável pela pesquisa.  Ele aponta que nós ingerimos muito mais que deveria: " Ninguém come 16 laranjas, mas toma sem problemas 1 litro de suco em caixinha".

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" O preço desses alimentos processados também é uma estratégia de marketing. Quando foi a última vez que você viu um anúncio de frutas ou horaliças ?", pergunta o pesquisador.

Wiggins defende mudanças na legislação, acrescentando que há espaço para um pouco de regulação para influenciar as escolhas das pessoas.

México e Inglaterra taxaram refrigerantes  e a indústria de alimentos fez campanhas sobre "Educação Alimentar".

A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos  (ABIA) citou,  como exemplo, a redução de sódio no Brasil, principalmente nos alimentos processados, e a criação de programas que incentivam a escolha de alimentos suadáveis. 

Alimentos "in natura"

São aqueles considerados em seu estado natural, como frutas, legumes, hortaliças, ovos, leite, cereais e carnes, que devem representar a maior parte das dietas balanceadas.

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