Estudo
realizado pelo IBGE e por pesquisadores ingleses apontaram que os
preços dos alimentos deste tipo subiram absurdos desde 1994, até o
primeiro trimestre de 2016. Já os processados, estes não sofreram altas
maiores, além de caírem no gosto do público. O que está acontecendo?
A
subida dos preços dos alimentos "in natura", denominados "comidas
frescas" , e dos industrializados, está piorando a dieta diária da
maioria dos brasileiros, apontam especialistas do setor.
O
aumento da procura por alimentação saudável fez subir os preços de
hortaliças e de pescados, algo em torno de 519% e 770%, respectivamente,
desde 1994, ano em que ocorreu a estabilização do Plano Real, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE.
Preço da Alface subiu 946%
Uma
alface teve o preço majorado em 946% nesse período; o do contrafilé
bovino 710% e a batata inglesa, 846%, são os campeões da alta acumulada
de preços.
Já os alimentos processados subiram
menos, em torno de 425,86%. Os biscoitos subiram 261%, chocolates e
bombons 311%; e os refrigerantes registraram aumentos de 465%.
Consumo
Nesse
mesmo período ainda foi constatado que o consumo "per capita" de
alimentos processados disparou. Ou seja, de cada 80 quilos por
pessoa/ano na década de 90, este total subiria para 110 quilos, em 2013.
Este registro é feito por uma pesquisa inglesa que aponta " O custo
crescente da dieta saudável", ou "The rising cost of a healthy diet".
O estudo mostra a relação entre a alta de preços dos alimentos "in natura" e estabilização dos ultraprocessados.
"Muitos
desses produtos (ultraprocessados) têm ingredientes, entre sódio e
açúcar, que os tornam altamente palatáveis", destaca Steve Wiggins,
britânico responsável pela pesquisa. Ele aponta que nós ingerimos muito
mais que deveria: " Ninguém come 16 laranjas, mas toma sem problemas 1
litro de suco em caixinha".
Propaganda
"
O preço desses alimentos processados também é uma estratégia de
marketing. Quando foi a última vez que você viu um anúncio de frutas ou
horaliças ?", pergunta o pesquisador.
Wiggins
defende mudanças na legislação, acrescentando que há espaço para um
pouco de regulação para influenciar as escolhas das pessoas.
México e Inglaterra taxaram refrigerantes e a indústria de alimentos fez campanhas sobre "Educação Alimentar".
A
Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos (ABIA) citou, como
exemplo, a redução de sódio no Brasil, principalmente nos alimentos
processados, e a criação de programas que incentivam a escolha de
alimentos suadáveis.
Alimentos "in natura"
São
aqueles considerados em seu estado natural, como frutas, legumes,
hortaliças, ovos, leite, cereais e carnes, que devem representar a maior
parte das dietas balanceadas.
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