A região Serrana do Espírito Santo é a principal produtora de hortaliças. Com a crescente procura por produtos saudáveis, o desafio de produzir com qualidade, sem deformidades e no padrão exigido pelo consumidor, cresce na mesma proporção. E para fazer o controle de pragas e doenças, o produtor tem recorrido a diversos métodos, um deles é o manejo preventivo.
O pesquisador do Incaper Hélcio Costa foi convidado para apresentar ao público, da Semana Tecnológica do Agronegócio, sobre os mitos e verdades do manejo preventivos de doenças de hortaliças. Um dos principais mitos é que todas as manchas e perfurações nas folhas são doenças, mas na verdade podem ter sido causadas por outros agentes.
“Praga, deficiência nutricional, condições climáticas, insolação, falta d‘água e fatores fisiológicos podem causar sintomas nas plantas que confunde o produtor”, disse o agrônomo da Coopeavi, Dr. José Roberto Gonçalves. Durante a palestra sobre o tema, o auditório ficou lotado e muitos produtores rurais mostraram interesse no assunto. Entre eles, estavam os agricultores Dermival Tonn e Laudemiro Brun, que dividem uma propriedade em Alto Caldeirão, em Santa Teresa.
“Nós ficamos muito satisfeitos com as informações dessa palestra de hortaliças. Plantamos berinjela e pepino, e hoje nossos maiores problemas são os nematoides e os fungos oídio e verticílio. Se não tomar conta a gente perde tudo”, disse Dermival.
E pode perder mesmo! Segundo o pesquisador do Incaper Hécio Costa, as hortaliças requerem uma atenção no manejo muito maior do que uma cultura de café, por exemplo.
“O ideal para quem planta hortaliça é que um técnico acompanhe a produção de 15 em 15 dias, isso se não puder que essas visitas sejam semanais. São culturas muito delicadas e são preciso cuidados especiais”, explicou Hélcio, que disse ter ficado satisfeito com o interesse dos produtores: “Cinco agricultores pediram meu telefone para ajudá-los”.
Na palestra, o pesquisador apresentou cases de sucesso de produtores do ES, dicas de manejo, tipos de rotação de cultura adequado para cada plantação, entre outros assuntos. E frisou que o manejo preventivo é importante, mas deve ser realizado com a orientação de um profissional, como técnico agrícola ou agrônomo, para evitar diagnósticos equivocados e ter resultados satisfatórios.
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