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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Valor bruto da produção chega a R$ 518,1 bilhões ainda em 2016

     
                    

Esse é o terceiro melhor resultado dos últimos 27 anos. Em relação a 2015, houve queda de 2,6%. Entre os estados, São Paulo e Mato Grosso estão na frente. Depois vêm Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Estes cinco estados respondem por 63% do VBP brasileiro. O agronegócio, apesar do roubo indiscriminado em governo anterior, continua elevando o país.

A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima, com base em dados do mês passado, que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2016 chegue a R$ 518,1 bilhões. Na série iniciada em 1989, esse é o terceiro melhor resultado. No entanto, em relação ao ano passado, houve uma diminuição de 2,6%.

“O principal motivo é uma queda de 21,2% na produção de milho por causa da seca”, diz o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques. A safra total do grão passou de 84,7 milhões de toneladas em 2015 para 66,7 milhões de toneladas este ano. O milho segunda safra foi o que mais contribuiu para essa diminuição. Por conta da queda na produção, o VBP do cereal caiu 7,1%.

Outros produtos que seguiram o mesmo caminho foram o algodão (-15,2%), arroz (-15,4 %), cacau (-14,3%), laranja (-12,8 %) e tomate (-47,2%), por exemplo. “Isso também se deve à diminuição na quantidade, a preços menores ou aos dois fatores, dependendo da cultura”, analisa Gasques.

Na pecuária, as maiores reduções foram da carne suína (-12,5 %), e leite (-12,1%). No caso desses dois produtos, a combinação preços mais baixos e produção menor levou à queda no faturamento.

Bons resultados

Mesmo com um VBP total 2,6% menor do que em 2015, o faturamento ainda é considerado elevado, segundo Gasques. Isso se deve a um grupo relativamente pequeno de produtos, mas que representam 54% do VBP total. São a soja (+2,9%), o café (+13,6 %), o feijão (+8,8%), o trigo (+26,6%), a banana (+40,8%); a batata-inglesa (+24,3%) e a maçã (+13,7%).

O VBP médio dos últimos três anos, de R$ 524,8 bilhões, deve se manter até o fim do ano, porque a colheita da maioria dos produtos já ocorreu, restando apenas as lavouras de inverno, como o trigo.

Na análise por região, o Sul permanece na liderança do valor bruto da produção agropecuária (R$ 153,2 bilhões), seguido do Centro-Oeste (R$ 142,7 bilhões), Sudeste (R$ 140,8 bilhões), Nordeste (R$ 42,3 bilhões) e Norte (R$ 31 bilhões).

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Produção rural tem cada vez mais tecnologia

Colheita digital.Uma nova safra de startups está levando inovação ao campo e reinventando o agronegócio brasileiro


   
                   

Bater o bico da bota no chão para saber se é preciso irrigar o campo e outras práticas ancestrais, passadas de pai para filho, estão com os dias contados no meio rural brasileiro. O País está vivendo um florescimento de startups agrícolas, conhecidas como agtechs, que usam tecnologias avançadas para elevar a produtividade e para reduzir custos com insumos. São empresas como Agrosmart, que utiliza sensores e imagens de satélite para monitorar irrigação e crescimento das plantas, a Wegbados, um classificado online de compra e venda de animais, e a 4hoofs, que criou o aplicativo 4milk para fazer gerenciamento de fazendas de leite.

Neste rol, há também aquelas que alcançaram reconhecimento internacional, como a Bug Agentes Biológicos e Enalta, ambas incluídas no ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo da publicação americana Fast Company. “Existe um potencial imenso para desenvolver startups de agronegócios”, diz o professor Ângelo Costa Gurgel, coordenador do mestrado profissional em agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. A safra de agtechs está também chamando a atenção de grandes companhias, como Basf, Bayer, Monsanto e Microsoft.

Essas gigantes do mundo corporativo estão investindo em fundos de investimento ou aceleradoras de empresas com o objetivo de fomentar novas companhias de tecnologia ao redor do globo, incluindo o Brasil. “Observamos um potencial muito grande pela força da agricultura brasileira”, diz Renato Luzzardi, gerente de alianças da Bayer para a América Latina. De fato. Em 2015, o PIB recuou 3,8%, mas o agronegócio cresceu 1,8%. “É um mercado no qual o Brasil tem potencial de ser líder global”, afirma Luiz Fernando Sá, sócio e diretor editorial da StartAgro, uma plataforma de informação para integrar vários atores do empreendedorismo na área de agtechs.

“Temos potencial de negócios e de mão de obra. Só precisamos de uma organização desse ecossistema.” São Paulo é o principal polo das startups agrícolas, pela existência de grandes centros de pesquisa e desenvolvimento em Piracicaba, Pirassununga, Sorocaba, São José dos Campos, São Carlos, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto e Jaboticabal. “Não há dúvida: o Estado de São Paulo é o Vale do Silício caipira”, afirma Francisco Jardim, fundador do fundo SP Ventures, que se especializou no investimento em agtechs. Dos R$ 105 milhões do fundo, aberto em 2013, 60% foi direcionado às startup rurais. Em cinco anos, serão 100%.

Os investimentos, no entanto, não estão restritos às empresas paulistas. “A região do Centro-Oeste, mais o Estado de Tocantins e Minas Gerais, cresce mais que o restante do Brasil”, afirma Renato Ramalho, sócio responsável pelos fundos de tecnologia da A5 Capital Partners, que também estuda trazer agetchs dos Estados Unidos, Israel e Espanha para o Brasil. Não há dados sobre o quanto já foi aportado por fundos de capital de risco nessas startups agrícolas. A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, no entanto, estima que dos R$ 76,1 bilhões investidos nos últimos cinco anos no País, R$ 2,1 bilhões tiveram como destino empresas de agronegócios.

Grande parte dos empreendedores das agtechs nasceu em famílias de produtores rurais. O pai de Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, é um pequeno produtor de milho em Pedralva (MG). “Vimos a oportunidade de usar a tecnologia para resolver um problema dentro de casa”, diz Mariana, que fundou a empresa ao lado de Raphael Pizzi. Até 2017, os serviços de monitoramento de produção prestados pela Agrosmart, com sede em Campinas, devem chegar a 400 mil hectares. Murilo Betarello, CEO do IZagro, um aplicativo que reúne informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras, também é produtor rural desde os 13 anos.

Em Franca, sua família começou com pecuária e acrescentou aos negócios a cana-de-açúcar. O aplicativo da IZagro conta com 11 mil downloads, é gratuito e busca parcerias com empresas de biotecnologia para ganhar dinheiro. Outros empreendedores são herdeiros de grandes empresas do agronegócio brasileiro. É o caso de Marcos Fernando Marçal dos Santos, CEO do Webgados, filho de Marcos Molina, controlador do frigorífico Marfrig. “Cheguei a comandar uma fazenda da família”, diz Santos. “Encontrava alguns problemas na hora de negociar e vi esse mercado de aplicativos crescendo muito.”

Foi daí que surgiu a ideia de criar um classificado online para a venda e compra de animais da pecuária. O número de downloads do aplicativo, que é gratuito, chegou a 7,5 mil, com ofertas em 17 Estados. A trajetória de muitas das agtechs começou dentro de uma instituição de ensino. A Hidrointel, de Leonardo Quaini, nasceu na Universidade Federal de Santa Catarina, por meio de um programa da Fapesp. A empresa receberá R$ 60 mil para desenvolver o protótipo de um hardware e um software para fazer uma irrigação de forma inteligente. “No primeiro ano teremos uma versão comercial do produto”, diz Quaini.

Quem se destaca nesse universo, no entanto, é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Lá surgiram a Promip e a Bug, que produzem agentes biológicos, como microvespas, que combatem pragas na lavoura. No caso da Promip, a startup nasceu de um mestrado de um de seus fundadores, Marcelo Poletti. “O controle químico como única ferramenta tem sido, em alguns casos, ineficiente”, afirma Poletti, CEO da Promip, criada em conjunto com Roberto Konno.

A Bug, por sua vez, surgiu da união de Diogo Rodrigues Carvalho, que fazia mestrado, com Heraldo Negri, funcionário da Esalq. “Desenvolvemos um sistema de criação de agentes biológicos em grande volume a um custo compatível ao que o produtor gastava com o inseticida”, diz Carvalho, CEO da Bug. “Reduzimos entre 50% e 70% o uso de agrotóxico em culturas como soja, melão e abacate, e em 100% em cana-de-açúcar.” A Esalq serviu também como inspiração para Antonio Morelli criar a Agronow.

“Fiz um algoritmo matemático que consegue fazer previsão de safra com taxa de acerto superior a 90%”, diz o empreendedor, que usa imagens de satélite para realizar o seu trabalho. “Sem a pessoa ir a campo, posso fazer estudos de produtividade agrícola independente de onde estiver a plantação.” Entre as startups agrícolas há aquelas que já decolaram e exportam seus serviços. A mineira Strider, que monitora lavouras com uso de GPS para identificar pragas e reduzir em até 20% o consumo de defensivos, conta com 5% de seu faturamento de operações em plantações de algodão no Texas (EUA) e na lavoura de frutas e legumes na Austrália.

A Enalta, de São Carlos, é responsável por sistemas de telemetria de máquinas no campo na Colômbia, na Costa Rica e na Guatemala. E com perspectivas de entrar no México. Com seus produtos, o fazendeiro pode reduzir em até 15% o gasto com gasolina e monitorar a realização de manutenções. “O que foi inovador na nossa companhia foi combinar tecnologia já existente para resolver um problema de um setor gigante no Brasil e no mundo, que ninguém tinha dado muita atenção”, diz Gilberto Girardi, CEO da Enalta.

A AgroTools também exporta sua tecnologia de big data e geoprocessamento para os Estados Unidos e América do Sul. Cobrindo hoje no Brasil 200 milhões de hectares, a empresa, criada em 2007, já atende 15 das maiores marcas do agronegócio, como Cargill, BRF, JBS, Walmart e Carrefour. “Estamos, pela primeira vez, em busca de investimentos”, diz Fernando Martins, diretor da companhia, que em 2014 deixou a presidência da Intel no Brasil para investir nesse mercado. “É um momento correto de alavancar e crescer.”

Conheça algumas das startups brasileiras do agronegócio:

4milk
Aplicativo faz gerenciamento de fazendas de leite com controle de custos e acompanhamento genético do rebanho.

Agronow 
Utiliza sistema de mapas e índice de safras atuais e passadas, gerando uma previsão de produtividade para a colheita.

Agrosmart 
Usa imagens de satélite para monitorar mais de dez variáveis ambientais que auxiliam o produtor a tomar decisão de gestão do agronegócio.

AgroTools 
Criada em 2007 em São Paulo, passou de startup para grande empresa de geoprocessamento e big data de lavouras e pecuária.

Bovcontrol 
Aplicativo ajuda produtor de gado de corte e leite a gerenciar o manejo nutricional do rebanho, monitora acasalamento e orienta a venda.

Bug Agentes Biológicos 
Criada em 2001, produz vespas e agentes biológicos que combatem pragas na lavoura.

Enalta 
Especializada em telemetria agrícola, que monitora a operação da máquina diretamente no campo.

Hidrointel 
Startup tem o objetivo de desenvolver um sistema de automação de irrigação de forma inteligente.

IZagro
Aplicativo oferece informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras.

Promip 
Produz vespas que são pulverizadas por máquinas e drones, para combater praga em plantações.

Webgados 
Anúncio online de compra e venda de gado de corte e leite com uso gratuito. No futuro, terá serviços pagos.

Strider 
Startup que desenvolveu um sistema que usa GPS e tablets que auxiliam na identificação de pragas e gerencia a aplicação de defensivos agrícolas.

Fonte Istoé Diinheiro

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Batata ajudou a baixar a inflação

Inflação oficial desacelera, mas tem a maior taxa para agosto desde 2007. De julho para agosto, preço dos alimentos subiu menos e influenciou IPCA. No ano, o indicador acumula alta de 5,42% e, em 12 meses, de 8,97%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, atingiu 0,44% em agosto. No mês anterior, o indicador havia chegado a 0,52%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, considerando apenas os meses de agosto da série histórica, a taxa é maior desde 2007.

Batata inglesa e feijão ficaram mais baratos em agosto, segundo o IBGE
                 
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Apesar de ter desacelerado de um mês para o outro, no ano, o índice acumulado subiu de 4,96% para 5,42% e, em 12 meses, de 8,74% para 8,97%, ainda acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%.

“A inflação se reduziu um pouco apesar de ter resistido quando a gente olha para os meses de agosto. Em geral, os meses do meio do ano, quando a safra está sendo comercializada, registram os IPCAs mais baixos dos anos. E o 0,44% é o maior agosto dos últimos dez anos. Recuou, mas está em patamar elevado”, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.

No mês, o que mais contribuiu para que a inflação perdessse força foi o aumento menor dos preços de alimentos e bebidas, que recuou de 1,32% para 0,30%, em agosto. Apesar da alta mais branda, o resultado é o maior para o item, considerando apenas os meses de agosto, desde 2012, quando havia ficado 0,88%, segundo o IBGE.

O feijão carioca, que tem sido o vilão da inflação no país neste ano, ficou 5,6% mais barato, assim como a batata inglesa, cujo preço recuou 8%. As frutas, por outro lado, ficaram quase 5% mais caras. De acordo com Eulina, a queda no preço do feijão em agosto ocorreu devido a uma “terceira safra que entrou no mercado em agosto. Isso fez com que preços até se reduzissem um pouco”.

Também registraram avanço menor os preços de itens relacionados a transporte (de 0,4% para 0,27%) porque as passagens aéreas tiveram redução de preços: 3,85%, em média. Também desaceleraram artigos de residência (de 0,53% para 0,36%) e comunicação (de 0,02% para -0,02%).

Subiram ainda mais os preços relativos a educação (de 0,04% para 0,99%) e despesas pessoais (de 0,7% para 0,96%). No caso do primeiro grupo, o que motivou o aumento foi o início do segundo semestre de ano letivo. Já no segundo grupo, o que mais impactou foi o avanço das diárias de hotel (11,58%) - só no Rio de Janeiro, devido à Olimpíada, o aumento de preços foi de 111,23%.

"Em particular, nesse mês, houve pressão forte da região do Rio de Janeiro [no IPCA oficial]. O Rio foi o maior resultado, com 1%, num contexto em que a gente teve região que até apresentou resultado um pouco negativo. O Rio exerceu pressão forte por causa da Olimpíada, então, só alimentos, apesar de terem recuado, não foi tanto quanto nas outras regiões. O grupo alimentação e bebidas ficou com 0,90% no Rio, enquanto no Brasil, ficou em 0,30%. E houve pressão em especial do valor das diárias dos hotéis. Chegaram a atingir 111%. Mais do que dobraram."

Rio e Recife
Na análise regional, o maior IPCA partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro, pressionado pela alta de 111,23% nas diárias dos hotéis, e o menor índice foi o de Recife (-0,09%), influenciado pela energia elétrica (-4,01%).

INPC
Também divulgado com o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,31% em agosto - abaixo da taxa de 0,64% de julho. No ano, o indicador acumula alta de 6,09% e, em 12 meses, de 9,62%.

Em plena safra, morango tem queda de 40% no preço

     
                 

Uma das frutas mais versáteis da culinária, o morango está em plena safra no atacado da CeasaMinas em Contagem. O preço do quilo já apresentou queda de cerca de 40%, passando de R$ 9,68/kg em junho, para R$ 5,58/kg na primeira semana de setembro. Nesse contexto, chama a atenção a importância de Minas Gerais como principal estado fornecedor da fruta para as centrais de abastecimento de São Paulo (Ceagesp), Campinas e Rio de Janeiro.

Na Ceasa fluminense, por exemplo, o volume de morangos provenientes apenas de Minas Gerais chega a ser quatro vezes maior que o encontrado no próprio entreposto de Contagem.

A oferta total de morangos na CeasaMinas em Contagem em 2015 foi de 4,33 mil toneladas, sendo 99,2% provenientes de regiões produtoras de Minas Gerais. Desse total, cerca de 55% foram provenientes de dois municípios mineiros: Alfredo Vasconcelos (31,5%), no Campo das Vertentes, e Pouso Alegre (23,6%), no Sul de Minas.

Na Ceasa do Rio de Janeiro, a participação de municípios mineiros em relação ao volume total da fruta é de 97,3%, o equivalente a 16,2 mil toneladas em 2015. Na Ceasa de São Paulo (Ceagesp), a maior do país, a participação de Minas Gerais é de 60%, com 4,03 mil toneladas no ano passado. Já na central de abastecimento de Campinas, 71,7% dos morangos ofertados na unidade foram provenientes de municípios mineiros, o correspondente a 1,4 mil t. no ano passado.

A grande demanda de outros estados ajuda a explicar a redução de 25,8% da entrada de morangos no entreposto de Contagem entre 2012 e 2015. No mesmo período, o produto se valorizou, com aumento do preço médio de 30%, passando de R$ 4,33/kg em 2012 para R$ 5,60/kg, no atacado.

Mudas importadas
Outro motivo da redução da oferta na CeasaMinas seria a redução da área plantada na região do Campo das Vertentes (MG), de acordo com o produtor Edgar José de Campos. "Essa redução está ligada aos altos custos de importação de mudas cultivadas principalmente no Chile e na região da Patagônia (Argentina)", explica.

Segundo ele, 90% dos produtores de morangos da região importam essas mudas, atraídos por mais produtividade e menos riscos de pragas e doenças vegetais. "Graças a isso, temos conseguido também reduzir bastante o uso de agrotóxicos".

Um dos fatores que também contribuíram para a redução da área plantada na região, segundo Campos, é a utilização de menos variedades de morangos. As mais procuradas são as de frutos mais graúdos, com resistência de pós-colheita, a exemplo da Albion, San Andréas e Camino Real.

Chuvas
Já o produtor Rivaldo Francisco Pereira também prevê uma produção menor no município de Datas (MG), localizado na região do Jequitinhonha. O motivo, segundo ele, seriam as fortes chuvas que atingiram a região no primeiro semestre deste ano.

Pereira diz ser um dos pioneiros, ao lado do primo, na produção de morangos no município, a partir de 2004. "Quando chegamos aqui, ninguém tinha ouvido falar em produção de morangos". De acordo com ele, as temperaturas mais estáveis ao longo do ano e o solo favorável acabaram sendo decisivos para o sucesso do cultivo.

Morango para um cérebro mais saudável
Nutricionalmente, o morango é rico em vitamina C, além de ser uma boa fonte de vitaminas B1 e B2, cálcio e potássio, dentre outros elementos que também ajudam a fortalecer ossos e dentes e combater hemorragias.

Estudos recentes apontam que o morango pode ser ainda particularmente benéfico para as funções cognitivas (mentais) em idosos. Os testes foram realizados por um centro de pesquisas da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, e incluíram a suplementação diária de morangos (12 gramas duas vezes ao dia), em adultos saudáveis entre 60 e 75 anos, por 90 dias. Entre os resultados, os pesquisadores verificaram melhorias na memória e reconhecimento espacial.

O trabalho, apresentado em 2015 na reunião anual da Sociedade de Neurociência, sugere que a intervenção de morangos na dieta pode ser um meio eficaz de combater o declínio cognitivo relacionado à idade.

Saiba como comprar
O morango deve estar firme, vermelho por inteiro e sem partes amolecidas.

Saiba como conservar
Os morangos devem ser guardados por no máximo três dias na geladeira. Só lave na hora de consumir.

Saiba como consumir
Se consumidos frescos, lave apenas quando for ingeri-los. Uma boa sugestão é batê-los em sucos com laranja ou maçã, cereais e iogurte. As compotas e doces de morango conservam quase todos os ingredientes do morango fresco, com exceção da vitamina C. O fruto também pode ser congelado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Confirmamos a baixa nos preços do alho, cebola e batata

                    Plantação de cebola nacional
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O Índice geral de preços dos alimentos divulgado todo mês pela Ceagesp, e que publicamos com exclusividade no Rio de Janeiro, mostra uma queda acentuada em relação a três produtos indispensáveis em nossa cozinha diária: o alho, cebola e batata. Ingredientes que não podem faltar nunca.

Enquanto alguns supermercados já registram a queda do preço, principalmente do alho, que chegou a quase R$ 40, sacolões e feiras livres mantém a abominável ganância continuando a cobrar preços elevados para o produto, mesmo ele estando em queda. Ou seja, iludindo o consumidor final.

O CeasaCompras sai em socorro e foi verificar os preços cobrados por esses produtos em várias Ceasas do país, com destaque para as centrais de abastecimento instaladas na Região Sudeste. E foi uma surpresa agradável.

O menor preço por quilo do alho foi verificado na CeasaMinas (R$ 13), o da batata (1,95) era praticado pela Ceasa do Distrito Federal. Quanto à cebola, o menor preço encontrado era praticado pela Ceasa Minas, também (R$ 1).

Veja a relação dos produtos e seus preços encontrados:

Alho - R$ 18,30 (Ceagesp); R$ 15 (Grande Rio); R$ 14,08 (Espírito Santo); R$ 13,81 (Paraíba) e R$ 13 (Minas Gerais).

Batata -  R$ 1,95 (Distrito Federal), R$ 2 (Minas Gerais); R$ 2 (Rio de Janeiro);  R$ 2,30 (Espírito Santo) e R$ 2,65 (Ceagesp).

Cebola -  R$ 1 (Minas Gerais); R$ 1,05 (Espírito Santo); R$ 1,10 ( Rio de Janeiro) e R$ 1,44 (Ceagesp).

Só para observarmos, a Ceasa do Rio, em seus duas centrais, a maior delas no bairro do Irajá, na capital carioca, e do Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana, estava vendendo a caixa de 10 quilos do alho chinês branco ( R$ 150) e roxo (R$ 155); o alho nacional estava sendo negociado por R$ 160.

Ainda na mesma central fluminense, a saca com 50 quilos da batata comum tinha o preço variado, dependendo do tamanho, que oscilava entre R$ 80 e R$ 100 (comum); e, entre R$ 90 e R$ 125 (lisa).

No caso da cebola pêra amarela, saca com 20 quilos, estava com os seguintes preços, dependendo da região produtora:
R$ 22 (proveniente de Minas Gerais); R$ 35 ( de Santa Catarina); R$ 30 ( do Rio Grande do Sul) e R$ 25 (de Pernambuco). 

O preço da saca da cebola roxa nacional estava por R$ 50.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Sabe a diferença de batata escovada e lavada?

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Batata doce, asterix, pirulito, escovada ou lavada, o que não faltam são opções de batata para os pratos do brasileiro.

Apesar de ser conhecida como batata inglesa, a hortaliça tem origem no Peru e é cultivada em regiões altas e frias. O Brasil é um dos poucos países que produz o tubérculo durante o ano inteiro em regiões diferentes.

Depois da colheita, o produto é mantido em ambiente refrigerado e pode ser escovado e catalogado pouco antes de chegar ao consumidor. No nosso país, porém, o consumo da batata escovada é menor em relação a batata lavada. Na CEAGESP a comercialização do tipo escovado gira em torno de 5% dentro do total de batatas vendidas.

A diferença dos produtos está na secura. Ideal para frituras e assados, a batata escovada é mais seca e tem sua casca mais grossa. Mas, em relação à lavada, essa batata pode trazer maiores benefícios:

- Economia de água e mão de obra: a batata lavada exige um grande consumo de água – cerca de 5500 litros por tonelada – e 64% mais utilização de mão de obra.

- Custos: o abastecimento da água exige autorização ambiental e investimentos em captação tratamento e descarte dos resíduos.

- Desperdício: a proporção de descarte nessa produção é superior à da batata escovada.

- Conservação: o tempo de longevidade do alimento na prateleira e durante a comercialização é duas vezes maior com o tipo escovado.

Rica em vitaminas C e do complexo B, o preparo da batata é versátil e pode ser cozida, assada, recheada, frita e até em purê, ou seja, uma delícia de qualquer jeito!

Vinhas começam a "brotar" na Região dos Lagos, no Rio

Produtor adota técnicas agroecológicas e festeja o cultivo de videiras na Baixada Litorânea fluminense.

            

Quando se fala em produção de uvas no Brasil, automaticamente lembramos das paisagens de clima frio no sul do país, onde o cultivo ficou conhecido, principalmente, em razão da colonização italiana. Cem anos depois, as videiras ganharam espaço na zona rural de outros estados, de clima mais quente, como o Rio de Janeiro. E o mais inusitado: agora as parreiras estão carregadas de cores e aromas a menos de 20 quilômetros das praias fluminenses.

Vários motivos explicam essa novidade: a escolha da variedade adequada à região, o estudo da qualidade da água, bem como a fertilidade e conservação do solo.

- Geralmente, a vegetação de cobertura das plantações de uva são baixinhas. Na Região dos Lagos, o produtor faz apenas a roçada. As plantas espontâneas, habitualmente descartadas, são reutilizadas, pois vão formar uma camada que protege e nutre a terra, garantindo mais saúde para as videiras - explica Cíntia Cruz, extensionista rural da Emater-Rio e técnica executora do Rio Rural, programa da secretaria estadual de Agricultura, que promove a sustentabilidade nas lavouras fluminenses.

- As pessoas não acreditavam que seria possível produzir uvas nessa região. Hoje, estão encantadas. Vem gente de várias cidades fazer visitação - comemora o agricultor Márcio Parud, do sítio Recanto da Uva, na zona rural de Rio das Ostras, Região dos Lagos Fluminense. Márcio está no terceiro ano de cultivo da uva Niágara Rosada, uma das mais populares nas prateleiras dos supermercados. Ele produz duas toneladas do fruto por ano.

Combate às pragas

O viticultor se prepara para fazer em breve a transição agroecológica, processo de passagem da agricultura tradicional para o cultivo com tecnologias de base ecológica. Uma das técnicas que ele vem adotando com sucesso é o monitoramento integrado de controle de pragas e doenças. A ideia é diminuir gradativamente o uso de produtos químicos na lavoura. Sempre que necessário, soluções alternativas de controle de pragas são utilizadas. Um exemplo é calda bordalesa, mistura de água, cal virgem e sulfato de cobre.

- Todo dia observo as folhas para ver se aparecem fungos. Se for algo pequeno, retiro a folha para não contaminar as outras. Se tiver potencial de causar prejuízo financeiro, uso fungicida, mas tenho aumentando mais o intervalo entre as aplicações. Uma coisa é certa: a calda bordalesa é bem melhor para o meio ambiente - argumenta o produtor.

O uso de caldas alternativas é uma das práticas incentivadas pelo Rio Rural que, além de ser ecologicamente recomendável, reduz os custos de produção.

- Uma vez que o agricultor familiar deixa de fazer as aplicações contínuas de agrotóxicos, ele economiza, pois diminui a mão de obra e também porque deixa de comprar os defensivos em grande escala. Além disso, as caldas alternativas não agridem os lençóis freáticos. O uso sustentável da terra é garantia de mais água para todos - ressalta o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.

Neto de pescadores e agricultores, Márcio Parud se preocupa com a questão ambiental também em razão do público consumidor. A ideia dele não é levar mais pessoas ao supermercado para apenas comprar o produto já colhido, mas trazê-las à propriedade por meio do turismo rural.

- Meu sonho é mostrar às novas gerações que é possível produzir alimento saudável e de mãos dadas com a natureza - comenta.

Com o sucesso da produção da uva de mesa, o agricultor se animou e está produzindo 250 pés da variedade Isabel, indicada para a produção de vinhos, sucos e geleias, pois essa uva tem um nível mais elevado de acidez.

A versatilidade da uva

O clima tem forte influência sobre a videira. Segundo o engenheiro agrônomo e especialista em viticultura, Leandro Hespanhol, no clima frio ela entra em dormência para suportar as baixas temperaturas. Na prática, isso aumenta o tempo entre a poda e a colheita. Em regiões mais quentes, não há dormência, permitindo a realização de duas colheitas por ano.

Para quem pretende “surfar” nessa nova onda, Hespanhol orienta que, apesar do calor parecer um dos maiores entraves à produção de uvas em áreas quentes, como é o caso das zonas costeiras – já que a temperatura ideal para o cultivo de uva varia entre 15ºC e 30ºC –, a água e o solo é que merecem maior atenção.

- Não basta apenas selecionar uma ótima variedade para clima quente. Perto do mar, é comum a presença de água e solo com altas concentrações de sal, o que pode inviabilizar o processo produtivo. Outro fator importante é a adubação orgânica. A técnica permite um melhor desenvolvimento das raízes e, por consequência, melhor absorção de nutrientes, além de manter a terra mais úmida - detalha o especialista.

As chamadas uvas de mesa, consumidas in natura, como a Niágara Rosada, são mais indicadas para climas quentes e úmidos em virtude de sua boa adaptação ao clima, além de serem mais resistentes às pragas e doenças. No Norte e Noroeste Fluminenses, regiões também conhecidas pelas altas temperaturas o ano inteiro, a viticultura está em expansão. Destaque para as cidades de Cardoso Moreira e Bom Jesus do Itabapoana, com maiores safras.

Veja a lista de alimentos de setembro

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A sazonalidade é uma aliada importante para nossa economia, por que é nessa época que os preços dos alimentos tendem a baixar consideravelmente nas centrais de abastecimento do país, com reflexo direto para o consumidor final. E um dado importante: os produtos da época tendem a ser mais nutritivos. Portanto, o CeasaCompras preparou uma lista para você preparar o seu cardápio diário e ter uma ótima alimentação.

Frutas

Abacate, Ameixas, Anona, Banana, Dióspiro, Figo, Framboesa, Maçã, Manga, Marmelo, Melancia, Melão, Nectarina, Pêra, Pêssego, Romã, Uvas, laranja pera, laranja lima, tangerina, Nêspera. Caju.

Vegetais

Abóbora, Abobrinha, Acelga, Aipo, Alho, Alho- Poró, Alface, Alcachofra, Almeirão, Cogumelo, Chicória,Berinjela, Beterraba, Brócolos, Cebola, Cenoura, Courgette, Couve, Couve-flor, Endivias, Espinafre, Feijão-Verde, Nabo, Pepino, Pimentos, Rabanete, Tomate

Peixe e Marisco

Alabote do Atlântico, Albacora, Amêijoas, Atum, Camarão, Camarão Tigre, Caranguejo, Congro, Corvina,Dourada, Enguia, Garoupa, Lagosta da Noruega, Lulas, Mexilhões, Ostras, Peixe-espada, Perca, Percebes, Polvo, Salmão, Sardinha,Tilápia, Traíra,Truta, Tubarão, Tucunaré.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CEAGESP tem novidade da melancia quadrada



A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) recebeu nesta quinta-feira (1/9) um carregamento de melancias quadradas. Isso mesmo, quadradas! A novidade foi descarregada no Pavilhão das Melancias, onde foi recebida com curiosidade por quem transitava pelo local.

O produto originalmente é produzido na Ásia, em países como Japão e China. No Brasil, começou a ser cultivado em Icapuí (CE) a partir de 2007. E foi de lá que a CEAGESP recebeu aproximadamente 200 unidades, cada uma pesando até 16 quilos.

Além do formato diferente do que estamos acostumados a ver nos varejões e que torna o seu armazenamento mais prático, a melancia quadrada também não possui sementes.

O formato quadrado é possível a partir do nascimento da fruta, quando ela é colocada em formas especiais que delimitam o espaço, forçando seu crescimento diferenciado.

A caixa com três unidades do alimento é comercializada para atacadistas no valor de R$ 100. Suculenta e refrescante, a melancia é uma alternativa saborosa e saudável para o aumento das temperaturas no país.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Agricultores familiares capixabas apostam em feiras

 
                

Além de plantar, cuidar, colher, a tarefa de vender os alimentos produzidos, diretamente a seus consumidores, tornou-se função de muitos agricultores familiares. No dia 25/8, data em que se comemorou o "Dia do Feirante", destaca-se o importante papel social sendo um elo entre o agricultor e o consumidor. 

O Espírito Santo possui inúmeras feiras em seus diversos municípios. Só na Grande Vitória nove são orgânicas e outras cinco são agroecológicas.

Natanel Adami Justi, agricultor de Iconha, é feirante há 18 anos, desde quando foi inaugurada a Feira Orgânica de Barro Vermelho. “A feira foi uma alternativa para a comercialização dos produtos orgânicos. Nós produzíamos alimentos limpos, mas vendíamos como se fossem convencionais. Então, percebemos que uma feira específica para esse tipo de produto poderia ser uma boa opção de comercialização”, contou Natanael.

Ele avalia que, embora a feira tenha passado por períodos de altos e baixos, ela é um canal de comercialização que traz segurança para o agricultor. “Podemos vender na feira toda a diversidade de produtos que temos na propriedade e conseguimos dinheiro toda semana. Antes só vendíamos café e banana, e recebíamos em determinados período do ano”, contou Natanael, que comercializa seus produtos na Feira Orgânico de Barro Vermelho, aos sábados, e na da Praça do Papa, às quartas-feiras.

Seu filho de 21 anos, Natan Justi, tem trilhado os caminhos do pai. “Frequento a feira desde os 10 anos de idade. Comecei a vir para ajudar meu pai e hoje já fico com o dinheiro de duas feiras do mês. É vantajoso para mim, quero continuar. Comercializar produtos orgânicos na feira é sinônimo de qualidade de vida para mim, minha família e nossos clientes”.

O nutricionista Daniel Ortiz, consumidor das feiras orgânicas, afirmou que o Espírito Santo é um Estado privilegiado por ter esses canais de comercialização. “Moramos em uma capital e podemos consumir alimentos orgânicos diretamente dos agricultores. É um privilégio, temos a segurança de que consumimos alimentos seguros”, afirmou Daniel.

A produtora rural Selene Hammer Tesch – que é presidente da Associação Amparo Familiar, de Alto Santa Maria, e também da Cooperativa de Agricultores Familiares (CAF) – destacou a importância das feiras como um local onde é possível explicar ao consumidor todo o trabalho e conceito de sustentabilidade por trás dos produtos comercializados. “É gratificante levar a comida até as pessoas, promover a saúde e evitar doenças. Além de tudo isso a feira é um lugar de fazer amizades, de falar sobre a sustentabilidade e da escolha pela produção de orgânicos”.

Segundo a coordenadora de comercialização de produtos da agricultura familiar do Incaper, Pierângeli Aoki, a feira é um excelente canal de venda direta entre agricultores e consumidores. “A feira é um dos canais mais antigos de comercialização direta entre quem produz e quem consome. Ela é um instrumento que permite a diversificação da produção da agricultura familiar, valoriza os produtos locais e regionais e possibilita o envolvimento de toda a família no processo de produção e comercialização”, afirmou Pierângeli.

O gerente de Agroecologia e Produção Vegetal, Aureliano Nogueira, destacou que a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) tem trabalhado para ampliar esses canais de comercialização aos produtores rurais, em espaços diferenciados e atrativos aos consumidores. 

“As feiras agroecológicas que acontecem dentro de shoppings da Grande Vitória e do interior representam um grande exemplo disso. A demanda por alimentos cultivados com práticas sustentáveis e sem agrotóxicos tem crescido cada vez mais, já temos mais dois pedidos por esse tipo de feira sendo negociados, e nós queremos oportunizar, aos produtores que adotam esse conceito, um espaço para vender seus produtos. É essencial que eles tenham isso”, explicou Aureliano.

Lista das feiras Agroecológicas e Orgânicas

Vitória

Shopping Vitória

Endereço: Av. Américo Buaiz, 200, Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: segunda-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho

Endereço: Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam

Horário de Funcionamento: sábado – das 6 horas às 12 horas

Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa

Endereço: Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: quarta-feira – das 15 horas às 20h30

Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi

Endereço: Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Cariacica

Feira Agroecológica de Cariacica

Endereço: Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Feira Agroecológica do Shopping Moxuara

Endereço: Shopping Moxuara - Rodovia BR-262, Km 5, 6555 - Campo Grande, Cariacica - ES, 29145-910

Horário de Funcionamento: Domingos das 11 horas às 16h

Vila Velha

Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa

Endereço: Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 13 horas

Feira Agroecológica do Boulevard Shopping

Endereço: Boulevard Shopping - Rod. do Sol, 5000, - Itaparica – Vila Velha

Horário de Funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Serra

Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede

Endereço: Praça de Encontro

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso

Endereço: Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras

Endereço: Praça Central de Colina de Laranjeiras

Horário de Funcionamento: quinta-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira Agroecológica do Shopping Monteserrat

Endereço: Shopping Montserrat - Av. Eldes Scherrer de Souza 2162, Colina de Laranjeiras 

– Serra

Horário de funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Linhares

Feira Agroecológica do Shopping PátioMix

Endereço: Av. Cerejeiras, 300, bairro Movelar, Linhares

Horário de Funcionamento: Domingo- 10h às 16h


Efeito climático ataca maior exportador de mamão do país

Seca causa queda nas produções de café e de mamão papaia do ES. Agricultores sofrem com a estiagem no norte do Espírito Santo. Estado é o principal produtor de conilon e maior exportador da fruta do país.

                         Mamão papaya
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A falta de chuvas fez o agricultor Rodrigo Martins mudar os planos e investir menos na plantação de mamão da propriedade em Linhares. “Nós tínhamos uma previsão de plantio de cem hectares, mas só plantamos 50. Precisa cuidar do que já está produzindo. Então, as áreas novas a gente espera um pouco mais para ver o que vai acontecer”, diz.

Linhares é o maior exportador da fruta no Brasil. Da cidade saem todo mês cerca de mil toneladas de mamão para a Europa, os Estados Unidos e os Emirados Árabes. Mas, com a estiagem histórica que castiga o estado, diminuiu o trabalho nas beneficiadoras. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya - Brapex a falta de chuvas fez a produção no estado cair quase 70%.

“Nos últimos dois meses começou a voltar um pouco melhor essa oferta da fruta. A tendência, que a gente espera, é que para o segundo semestre essa oferta possa se normalizar um pouco em comparação ao que foi nos últimos meses. Mas, isso vai depender de uma situação climática mais favorável”, diz Franco Fiorot, diretor executivo da associação.

O café conilon é outra cultura castigada pela crise hídrica na região. Segundo o INCAPER, a safra deste ano foi 40% menor em relação à colheita de 2015. “As lavouras foram muito afetadas. Elas perderam vigor e folha, chegando ao ponto de lavouras até morrerem. Com isso, a gente tem uma previsão não muito boa até para o próximo ano”, diz o Romário Gava Ferrão, agrônomo do INCAPER.

A queda na produção do café conilon já refletiu nos preços na Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha - Cooabriel, no noroeste do estado. “A cooperativa, em 2014, recebeu 1,168 milhão de sacas de café. Em 2015, foram 943 mil. Esse ano, até agora, tinha 70 mil sacas. A quebra foi muito grande”, diz Antônio Joaquim Neto, presidente da coope.

Fonte Globo Rural

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Projeto sinaliza avanços no melhoramento genético de alface


                  

Duas fases, novos desafios e duas proposições que se complementam são expressões que podem servir para contextualizar o projeto "Melhoramento Genético de Alface: Contribuindo com a Sustentabilidade da Cadeia Produtiva", incluído entre as propostas da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), submetidas ao Sistema Embrapa de Gestão (SEG) e aprovadas ao final do primeiro semestre de 2016.

A primeira fase, iniciada em 2010, teve como foco o desenvolvimento de germoplasma de alface com resistência aos estresses bióticos -relacionados às doenças de folhosas, a exemplo do fusário e do nematoide-das-galhas - e abióticos, relativos a altas temperaturas. Três cultivares de alface crespa verde foram o saldo positivo desse trabalho de melhoramento, que apresenta metas ainda mais ambiciosas na sua segunda fase.

"Na primeira fase do projeto, nós avançamos muito nas linhagens pré-comerciais de alface crespa por meio do Programa de Melhoramento da Unidade, que vinha testando essas linhagens em diversas regiões do País, em parceria com a empresa Agrocinco", explica o pesquisador Fábio Suinaga. Coordenador do Programa de Melhoramento de Alface e líder do projeto, ele assinala que a próxima fase vai manter o foco no desenvolvimento de novas variedades, "com diversos figurinos". "O nosso objetivo é ofertar para o setor produtivo todos os tipos varietais de alface – crespa, lisa, americana e romana – para que os consumidores possam ser contemplados em suas preferências e possibilitar ao produtor maior diversidade na comercialização".

A tolerância ao calor e a resistência a doenças permanecem alinhadas aos objetivos buscados nessa segunda etapa do projeto, e não apenas levando em conta o aspecto da produção em si, já que plantas mais vigorosas ajudam a evitar danos no aspecto visual, uma questão considerada de extrema importância pelo pesquisador. Segundo ele, o enfrentamento e a busca por plantas resistentes a estresses bióticos e abióticos são inerentes a todos os programas de melhoramento de hortaliças e, com relação à alface, o processo assume um grau ainda mais elevado na escala de importância.

"A alface é muito suscetível a doenças e levando-se em conta que o consumidor recusa plantas que apresentam danos, procuramos unir esforços no quesito concernente ao nível de resistência a doenças, porque elas acabam prejudicando o lado comercial também", observa Suinaga, que vê nessa atuação "o diferencial da Embrapa Hortaliças".

Ações agregadas

Muitas das atividades que tiveram lugar na primeira fase do projeto prepararam o terreno para as ações que estão previstas na segunda fase, a exemplo da tolerância a altas temperaturas. "A proposta é aumentar a tolerância ao calor, o que implica em testar várias alternativas, em um trabalho conjunto com a Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) e o escritório de negócios da Embrapa Produtos e Mercado (Canoinhas, SC), parceiros na execução do projeto", sintetiza o pesquisador.

Espírito Santo busca fortalecimento da cultura de hortaliças

 
                  

A região Serrana do Espírito Santo é a principal produtora de hortaliças. Com a crescente procura por produtos saudáveis, o desafio de produzir com qualidade, sem deformidades e no padrão exigido pelo consumidor, cresce na mesma proporção. E para fazer o controle de pragas e doenças, o produtor tem recorrido a diversos métodos, um deles é o manejo preventivo.


O pesquisador do Incaper Hélcio Costa foi convidado para apresentar ao público, da Semana Tecnológica do Agronegócio, sobre os mitos e verdades do manejo preventivos de doenças de hortaliças. Um dos principais mitos é que todas as manchas e perfurações nas folhas são doenças, mas na verdade podem ter sido causadas por outros agentes.

“Praga, deficiência nutricional, condições climáticas, insolação, falta d‘água e fatores fisiológicos podem causar sintomas nas plantas que confunde o produtor”, disse o agrônomo da Coopeavi, Dr. José Roberto Gonçalves. Durante a palestra sobre o tema, o auditório ficou lotado e muitos produtores rurais mostraram interesse no assunto. Entre eles, estavam os agricultores Dermival Tonn e Laudemiro Brun, que dividem uma propriedade em Alto Caldeirão, em Santa Teresa.

“Nós ficamos muito satisfeitos com as informações dessa palestra de hortaliças. Plantamos berinjela e pepino, e hoje nossos maiores problemas são os nematoides e os fungos oídio e verticílio. Se não tomar conta a gente perde tudo”, disse Dermival. 

E pode perder mesmo! Segundo o pesquisador do Incaper Hécio Costa, as hortaliças requerem uma atenção no manejo muito maior do que uma cultura de café, por exemplo.

“O ideal para quem planta hortaliça é que um técnico acompanhe a produção de 15 em 15 dias, isso se não puder que essas visitas sejam semanais. São culturas muito delicadas e são preciso cuidados especiais”, explicou Hélcio, que disse ter ficado satisfeito com o interesse dos produtores: “Cinco agricultores pediram meu telefone para ajudá-los”.

Na palestra, o pesquisador apresentou cases de sucesso de produtores do ES, dicas de manejo, tipos de rotação de cultura adequado para cada plantação, entre outros assuntos. E frisou que o manejo preventivo é importante, mas deve ser realizado com a orientação de um profissional, como técnico agrícola ou agrônomo, para evitar diagnósticos equivocados e ter resultados satisfatórios.

EXCLUSIVO: Rio de Janeiro apresenta queda acentuada de preços nos alimentos


                       Foto: Secretaria de Agricultura do Rio
             


A constatação foi feita por boletim divulgado pelo Prohort - Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro. Este programa tem como principal objetivo a modernização do mercado brasileiro de hortigranjeiros por meio do incentivo ao desenvolvimento. Batata, cebola e alface, entre outros, ficaram mais baratos em quase todo o país.

Pelo terceiro mês consecutivo, o mamão apresentou queda de dois dígitos percentuais em sete das oito centrais de abastecimento analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para composição do 8º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros, divulgado nesta terça-feira (23/8) em Brasília. No Rio de Janeiro, a queda chegou a 38,72% no mês de julho.

Hortaliças

Batata, cebola e alface ficaram mais baratas. A queda nos preços se deve a menores variações de temperaturas. O frio e a chuva foram menos intensos, o que beneficiou a produção e a colheita das hortaliças.

A cebola atingiu os preços mais baixos deste ano, caiu 41,6% na Ceasa mineira. Tomate e cenoura também tiveram quedas, mas sofreram aumentos pontuais. Em Fortaleza, o tomate aumentou 3,65%; no Rio de Janeiro, a cenoura subiu 15,88%.

Frutas

Laranja e maçã também seguiram tendência de recuo nos preços, devido ao aumento na oferta dos produtos. A queda no preço da laranja só não foi maior por causa do período de intensificação na produção de suco. No caso da maçã a oferta cresceu na metade dos mercados analisados, o que fez os valores caírem em Belo Horizonte/MG, Campinas/SP, Vitória/ES, Curitiba/PR e no Distrito Federal.

Enquanto isso, a banana ficou mais cara em sete dos mercados analisados. As baixas temperaturas nas regiões Sul e Sudeste são responsáveis pela queda na produção da fruta.

O estudo é realizado mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, por meio do levantamento feito junto aos mercados atacadistas integrados ao programa. Para análise do comportamento dos preços em julho foram considerados os principais entrepostos dos estados de SP, MG, RJ, ES, DF, CE e PR.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ceagesp: Milho verde e Repolho são vendidos a centavos

Os preços praticados no atacado na maior central de alimentos da América Latina ainda continuam altos, em relação aos preços praticados em outras Ceasas da Região Sudeste. Nós encontramos 31 produtos sendo vendidos até R$ 4, o quilo, e apenas dois deles, Milho verde e Repolho, a centavos.

                

Vamos aos preços:

Abacate R$ 2,77
Abóbora R$ 1,93
Abobrinha R$ 3,03
banana nanica R$ 3,14
Banana prata R$ 2,95
babata inglesa R$ 3,46
batata doce R$ 2,34
Berinjela R$ 2, r8
Beterraba R$ 2,12
Brócolis R$ 3,14
Cará R$ 2,36
Cebola R$ 1,43
Cenoura R$ 1,66
Chuchu R$ 2,57
Coco verde  R$ 1,55 (unidade)
Couve R$ 1,67
Couve-flor R$ 3,08 (unidade)
Inhame R$ 3,08
Laranja pêra R$ 1,71
mandioca/Aipim R$ 1,20
Manga R$ 3,05
Maracujá azedo R$ 3,59
Melancia R$ 1,55
Melão amarelo R$ 3,72
Milho verde R$ 0,75
Ovos R$ 3,53
Pepino R$ 1,59
Pimentão verde R$ 2,23
Repolho R$ 0,80
Tangerina R$ 2,79
Tomate R$ 3,61.