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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Feiras de alimentos orgânicos tem crescimento no Rio

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Localidades da Zona Oeste e de Jacarepaguá, como Recreio, Freguesia e Vargem Grande têm feiras destinadas a alimentos livres de agrotóxicos, que estão crescendo junto aos consumidores.

Nas gôndolas dos mercado, eles podem passar despercebidos, em meio a tantas opções fit, diet, light, free, low carb e quetais. Mas, aos poucos, os alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos e outros aditivos, têm conquistado a atenção de quem está antenado com pautas comuns como saúde, bem-estar, economia e agroecologia. O que é ótimo no Brasil, país que, segundo o Atlas do Agronegócio, da Fundação Heinrich Böll, é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo.

Enquanto um projeto de lei alterando a legislação dos agrotóxicos — para pior, segundo muitos especialistas — tramita na Câmara dos Deputados, cresce o consumo de alimentos cultivados apenas com fertilizantes naturais. Na Barra e nos bairros vizinhos, a procura por produtos desse tipo só aumenta, fomentando um mercado que inclui grande oferta de entregas em domicílio e um circuito de feiras livres em shoppings.

Bicampeão mundial de ondas grandes, o surfista Carlos Burle é adepto de um serviço de assinatura de alimentos orgânicos. Ele costuma compartilhar sua rotina gastronômica em redes sociais como o Instagram, e chama a atenção de amigos por receber itens livres de agrotóxicos em casa.

— Uma galera do meu time ficou interessada quando viu que eu assinava esse serviço. É prático, e há a confiança de que se estar comendo algo saudável e sem química — afirma o atleta, assinante do Rio Orgânico Delivery.

Ele também conta que costuma pedalar junto com a mulher, Ligia Kuntz Moura, até a feira orgânica da Praça do Ó, às terças-feiras.

— Mesmo quando se viaja muito, não pode faltar comida de qualidade. É importante estimular esse movimento, onde quer que você vá. A alimentação orgânica ainda tem outro benefício: valoriza a economia local — diz o atleta, referindo-se ao fato de os orgânicos quase sempre serem cultivados em locais próximos à casa do consumidor.

A nutricionista Carla Cotta, especialista em nutrição funcional, é cliente do Sítio do Moinho e responsável técnica pelo restaurante da loja da empresa na Barra. Em seu trabalho, ela procura estimular entre seus pacientes o aproveitamento integral dos alimentos. Mas só se eles forem orgânicos.

— É complicado dizer para alguém consumir todas as partes do alimento quando ele está contaminado. Principalmente porque os compostos químicos ficam concentrados nas cascas e nos talos das hortaliças, verduras e frutas — diz Carla. — Em média, consumimos cerca de cinco litros de agrotóxicos por ano. Eles estão nas frutas, na carne e nos industrializados. Isso sem falar nos metais pesados.

Entre os que ainda não aderiram aos orgânicos, um dos principais entraves são os preços. Angela Thompson, do Sítio do Moinho — dona de uma área de sete hectares em Itaipava, na Região Serrana, onde há uma horta orgânica e estufas — , justifica-os.

— Numa roça tradicional, o produtor usa adubo químico, agrotóxico, e não precise de tanta mão de obra para plantar. No nosso caso, todo o processo é artesanal e não utilizamos nenhum composto químico, o que faz com que tenhamos mais gente trabalhando na terra — justifica ela, que em seu terreno, em Itaipava, tem dez funcionários na horta, além de agrônomos responsáveis pelo controle dos alimentos.

Ela atesta que o consumo na região está crescendo: em agosto, por exemplo, realizou 94 entregas em domicílio na Barra, quatro no Recreio e outras 27 em Jacarepaguá. É a mesma percepção da economista Aline Santoli, fundadora do Orgânicos in Box, que oferecia serviço de delivery na Barra apenas às quintas, agora atende ao bairro também às terças e aos sábados, além de ter clientes no Recreio, em Jacarepaguá e em Vargem Grande.

A saída para buscar valores mais em conta, ensina Carla Cotta, é consumir os alimentos de acordo com a sazonalidade. Outra maneira é adquirir orgânicos diretamente de produtores locais, como os do sítio Arte da Terra, em Vargem Grande. Os donos, Eliane Velozo, de 57 anos, e Domenico Trotta, de 82, já fazem entregas no Recreio e no condomínio Alfa Plaza, na Barra, onde moram. Além, claro, de terem clientes em Vargem Grande, onde os alimentos também podem ser comprados no próprio sítio.

— Comecei a desenvolver orgânicos em 2000, quando esses produtos estavam começando a se sofisticar — diz Eliane. — Só comia quem podia. Nosso objetivo é justamente dar essa oportunidade não só ao rico, mas também àquele que não tem R$ 10 para gastar num quilo de jiló.

Na horta do Sítio Arte da Terra, Eliane Velozo e Domenico Trotta contam com a ajuda de dois jovens, a socióloga Livia Santiago,e Tomé Lima, estudante de Agronomia. Eles começaram a introduzir uma nova forma de plantar no sítio: o sistema agroflorestal, que consiste em reunir culturas de importância agronômica numa mesma área (diferentemente da agricultura tradicional, em que os cultivos são separados).

— É um sistema inovador que sacrifica menos o nosso solo — ressalta Eliane, destacando o fato de apenas os quatro trabalharem ativamente na horta. — Eu e Eliane não somos mais como há 20 anos, precisamos de ajuda na plantação. Mas manter essa horta é nossa missão. Ela precisa estar viva para nos mantermos vivos — diz Trotta.

Todos os dias, o casal acorda às 4h30m e segue rumo a Vargem Grande para cuidar das plantas e e das galinhas que cria no sítio. No mesmo bairro, aos domingos, é realizada a Feira da Roça, na Praça José Baltar, onde se vendem apenas orgânicos.

A região tem outras feiras de orgânicos já tradicionais, como a da Praça do Ó. Os shoppings centers, que ocasionalmente já costumavam promover eventos para venda e degustação de orgânicos, agora começam também a criar um circuito de feiras. O Città e o Recreio Shopping farão parte, ao longo de um ano, do Circuito Estações Rio Todos & Juntos.

Além de realizar feiras semanais — com produtos pouco comuns, como vinhos e comida congelada orgânicos — , os estabelecimentos terão pequenas hortas, das quais os próprios agricultores cuidarão. Eles serão responsáveis por todo o processo de plantio, passando pela compostagem e pelo cultivo. Para completar a programação, serão oferecidas palestras e oficinas. Os eventos vão até julho do ano que vem, e os criadores se gabam de que toda a energia necessária para sua realização é fornecida por geradores de energia solar.

SERVIÇO

Organomix

Pedidos pelo site organomix.com.br, ou na loja física, no Casahopping, no subsolo do bloco P.

Orgânicos in Box

Pedidos pelo organicosinbox.com.br.

Rio Orgânico Delivery

Pedidos pelo WhatsApp. Tel.: 9676-73999 .

Clube Orgânico

Pedidos pelo site clubeorganico.com.

Sítio do Moinho

Pedidos pelo telefone (24) 2291-9190, pelo endereço de e-mail smoinho@sitiodomoinho.com e também na loja física, na Av. José Silva de Azevedo Neto 200, bloco 9, loja 111.

Horganópolis

Pedidos pelo site horganopolis.com.

Hortamix

Pedidos pelo site hortamix.com.br.

Manacá Orgânicos

Pedidos pela loja on-line manacaorganicos.odoo.com.

Sítio Arte da Terra

Pedidos pela página do Facebook do sítio ou pelo número 96470-9964.

Feira Orgânica Barra I

Na Praça do Ó, às terças- feiras, das 7h às 13h.

Feira Orgânica Barra II

Na Praça General Santander, no Parque das Rosas, às quintas-feiras, das 7h às 13h.

Feira Orgânica Recreio

Na Praça Restier Gonçalves, aos sábados, das 7h às 13h.

Feira Orgânica Freguesia

Na Praça Professora Camisão, aos sábados, das 8h às 13h.

Feira da Roça

Na Praça José Baltar, em Vargem Grande, aos domingos, das 8h às 13h.

Quintal Américas

A feira é realizada mensalmente no Américas Shopping (Av. das Américas 15.500). A próxima será em outubro, em data a definir.

Fonte O Globo

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Estado do Rio é destaque na produção de orgânicos

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Agricultura familiar dedicada ao segmento registra aumento de produção e de produtores.

O Estado do Rio de Janeiro é pioneiro na comercialização de orgânicos cultivados pela agricultura familiar. A agricultura orgânica registrou no estado aumento de produção de 15% a 25% ao ano e já soma 721 produtores certificados pelo Ministério da Agricultura e distribuídos em 60 municípios fluminenses.

O crescimento anual demonstra que o sistema orgânico de produção tem se consolidado a cada ano, possibilitando a geração de emprego e renda de forma sustentável no campo.

Para estimular as práticas agroecológicas e apoiar quem já atua na área, a Secretaria de Agricultura e Pesca criou o Programa Cultivar Orgânico, que prevê recursos financeiros para investimento nas lavouras e assistência técnica para produção, além da aproximação com os circuitos de comercialização.

– O Cultivar Orgânico tem, através do Programa Rio Rural, do Governo do Estado, propiciado aos agricultores fluminenses condições para uma produção sustentável no meio rural fluminense, contribuindo para o desenvolvimento da área de orgânicos e na qualidade de vida desses agricultores, assim como viabilizando o consumo de alimentos saudáveis para a população de nosso estado – explicou o gerente do Cultivar Orgânico/Emater-Rio, Martinho Belo.

O Programa Rio Rural é o principal incentivador dos investimentos no segmento de orgânicos. Com recursos de cerca de R$ 11 milhões, o programa já contemplou mais de 5.500 produtores em todo o Estado do Rio. A área cultivada soma, em conjunto, cerca de 27.000 hectares.

A iniciativa, que conta com a parceria do Banco Mundial, tem ajudado também a alavancar o negócio de pequenos produtores.

Os investimentos estimulam mudança nos processos produtivos, adequando-os de forma a tornar sustentável a exploração dos recursos naturais, e agregando valor ao produto tanto para o produtor como para o consumidor.

Exemplo de produção sustentável

O Sítio Cultivar, fundado em 1991, foi um dos pioneiros na produção de orgânicos no estado. Em busca de qualidade de vida e de alimentos sem agrotóxicos, o casal Jovelina Fonseca e Luiz Paulo Ribeiro deixou a cidade do Rio de Janeiro e foi morar na Região Serrana.

No início, familiares e amigos não acreditavam no empreendimento. Hoje, passados quase 30 anos, eles são a prova de que é possível produzir alimentos orgânicos sem agredir o meio ambiente.

– Chegamos a plantar 40 espécies diferentes para ver o que era possível produzir sem fertilizantes químicos e agrotóxicos – disse Jovelina.

Em 42 hectares, eles produzem 14 variedades de verduras e legumes. Por mês, são cerca de sete mil itens, entre produtos in natura e os minimamente processados, ou seja, lavados, cortados e prontos para o consumo.

A produção é comercializada em supermercados locais e lojas do Rio de Janeiro.

– Pensamos em expandir para 10 mil mudas e dobrar a produção. Temos oito trabalhadores contratados – disse Jovelina. – afirmou Jovelina.


terça-feira, 30 de agosto de 2016

Agricultores familiares capixabas apostam em feiras

 
                

Além de plantar, cuidar, colher, a tarefa de vender os alimentos produzidos, diretamente a seus consumidores, tornou-se função de muitos agricultores familiares. No dia 25/8, data em que se comemorou o "Dia do Feirante", destaca-se o importante papel social sendo um elo entre o agricultor e o consumidor. 

O Espírito Santo possui inúmeras feiras em seus diversos municípios. Só na Grande Vitória nove são orgânicas e outras cinco são agroecológicas.

Natanel Adami Justi, agricultor de Iconha, é feirante há 18 anos, desde quando foi inaugurada a Feira Orgânica de Barro Vermelho. “A feira foi uma alternativa para a comercialização dos produtos orgânicos. Nós produzíamos alimentos limpos, mas vendíamos como se fossem convencionais. Então, percebemos que uma feira específica para esse tipo de produto poderia ser uma boa opção de comercialização”, contou Natanael.

Ele avalia que, embora a feira tenha passado por períodos de altos e baixos, ela é um canal de comercialização que traz segurança para o agricultor. “Podemos vender na feira toda a diversidade de produtos que temos na propriedade e conseguimos dinheiro toda semana. Antes só vendíamos café e banana, e recebíamos em determinados período do ano”, contou Natanael, que comercializa seus produtos na Feira Orgânico de Barro Vermelho, aos sábados, e na da Praça do Papa, às quartas-feiras.

Seu filho de 21 anos, Natan Justi, tem trilhado os caminhos do pai. “Frequento a feira desde os 10 anos de idade. Comecei a vir para ajudar meu pai e hoje já fico com o dinheiro de duas feiras do mês. É vantajoso para mim, quero continuar. Comercializar produtos orgânicos na feira é sinônimo de qualidade de vida para mim, minha família e nossos clientes”.

O nutricionista Daniel Ortiz, consumidor das feiras orgânicas, afirmou que o Espírito Santo é um Estado privilegiado por ter esses canais de comercialização. “Moramos em uma capital e podemos consumir alimentos orgânicos diretamente dos agricultores. É um privilégio, temos a segurança de que consumimos alimentos seguros”, afirmou Daniel.

A produtora rural Selene Hammer Tesch – que é presidente da Associação Amparo Familiar, de Alto Santa Maria, e também da Cooperativa de Agricultores Familiares (CAF) – destacou a importância das feiras como um local onde é possível explicar ao consumidor todo o trabalho e conceito de sustentabilidade por trás dos produtos comercializados. “É gratificante levar a comida até as pessoas, promover a saúde e evitar doenças. Além de tudo isso a feira é um lugar de fazer amizades, de falar sobre a sustentabilidade e da escolha pela produção de orgânicos”.

Segundo a coordenadora de comercialização de produtos da agricultura familiar do Incaper, Pierângeli Aoki, a feira é um excelente canal de venda direta entre agricultores e consumidores. “A feira é um dos canais mais antigos de comercialização direta entre quem produz e quem consome. Ela é um instrumento que permite a diversificação da produção da agricultura familiar, valoriza os produtos locais e regionais e possibilita o envolvimento de toda a família no processo de produção e comercialização”, afirmou Pierângeli.

O gerente de Agroecologia e Produção Vegetal, Aureliano Nogueira, destacou que a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) tem trabalhado para ampliar esses canais de comercialização aos produtores rurais, em espaços diferenciados e atrativos aos consumidores. 

“As feiras agroecológicas que acontecem dentro de shoppings da Grande Vitória e do interior representam um grande exemplo disso. A demanda por alimentos cultivados com práticas sustentáveis e sem agrotóxicos tem crescido cada vez mais, já temos mais dois pedidos por esse tipo de feira sendo negociados, e nós queremos oportunizar, aos produtores que adotam esse conceito, um espaço para vender seus produtos. É essencial que eles tenham isso”, explicou Aureliano.

Lista das feiras Agroecológicas e Orgânicas

Vitória

Shopping Vitória

Endereço: Av. Américo Buaiz, 200, Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: segunda-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho

Endereço: Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam

Horário de Funcionamento: sábado – das 6 horas às 12 horas

Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa

Endereço: Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: quarta-feira – das 15 horas às 20h30

Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi

Endereço: Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Cariacica

Feira Agroecológica de Cariacica

Endereço: Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Feira Agroecológica do Shopping Moxuara

Endereço: Shopping Moxuara - Rodovia BR-262, Km 5, 6555 - Campo Grande, Cariacica - ES, 29145-910

Horário de Funcionamento: Domingos das 11 horas às 16h

Vila Velha

Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa

Endereço: Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 13 horas

Feira Agroecológica do Boulevard Shopping

Endereço: Boulevard Shopping - Rod. do Sol, 5000, - Itaparica – Vila Velha

Horário de Funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Serra

Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede

Endereço: Praça de Encontro

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso

Endereço: Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras

Endereço: Praça Central de Colina de Laranjeiras

Horário de Funcionamento: quinta-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira Agroecológica do Shopping Monteserrat

Endereço: Shopping Montserrat - Av. Eldes Scherrer de Souza 2162, Colina de Laranjeiras 

– Serra

Horário de funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Linhares

Feira Agroecológica do Shopping PátioMix

Endereço: Av. Cerejeiras, 300, bairro Movelar, Linhares

Horário de Funcionamento: Domingo- 10h às 16h