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sábado, 12 de janeiro de 2019

Inflação de 2018 - Maiores altas, as maiores baixas e o que pesou no bolso do brasileiro

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Tangerina teve a maior alta; abacate, a maior baixa. Já o preço do plano de saúde foi o item com maior impacto na inflação do ano.

A tangerina e o tomate foram os itens que mais subiram em 2018, segundo os dados de inflação divulgados nesta sexta-feira (11/1). Já o abacate e o limão foram os que mais tiveram a maior queda. Entre as 20 maiores altas e baixas no ano passado, a maior parte é composta por alimentos - um dos grupos que mais pressionou a inflação de 3,75% do ano passado.

O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio dentro do esperado pelo mercado e cumpriu com folga a meta de inflação perseguida pelo Banco Central, ficando dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que era entre 3% e 6%.

Entre as 20 maiores altas, apenas dois subitens não são alimentos: aluguel de veículo e passagem aérea. Já nas maiores baixas, cinco itens não são alimentos: artigos de maquiagem, seguro voluntário de veículo, perfume, agasalho feminino e televisor.

Apesar de a tangerina liderar a alta em 2018, o tomate teve maior impacto no bolso dos brasileiros dentro do grupo de alimentação. Assim como o abacate, apesar de ter sido o item que mais caiu, o alimento cuja queda teve maior impacto foi o café moído (veja listas abaixo). Isso acontece porque alguns itens estão mais presentes na cesta de compras dos brasileiros – e, por isso, mesmo altas menores são mais sentidas no bolso.

    Por que nem todos sentem a inflação da mesma forma?

Inflação de 2018: os grupos, itens e subitens com maior destaque — Foto: Juliane Souza/G1 Inflação de 2018: os grupos, itens e subitens com maior destaque — Foto: Juliane Souza/G1

Inflação de 2018: os grupos, itens e subitens com maior destaque — Foto: Juliane Souza/G1

Além da alimentação, os grupos que mais pressionaram o índice foram habitação e transportes - os três grupos foram responsáveis por 66% do IPCA do ano.

Individualmente, o preço do plano de saúde foi o item com maior impacto na inflação do ano, segundo o IBGE - com alta acumulada de 11,17%.

20 maiores altas

    Tangerina: 76,4%
    Tomate: 71,76%
    Aluguel de veículo: 36,81%
    Cebola: 36,71%
    Laranja-baía: 33,4%
    Pimentão: 27,13%
    Batata-inglesa: 23,76%
    Gás veicular: 22,18%
    Laranja-pera: 19,48%
    Maçã: 18,42%
    Maracujá: 18,16%
    Farinha de trigo: 18,1%
    Passagem aérea: 16,92%
    Mamão: 16,26%
    Brócolis: 15,72%
    Peixe-merluza: 14,48%
    Carvão vegetal: 14,05%
    Abóbora: 13,50%
    Repolho: 13,08%
    Cenoura: 12,59%

20 maiores baixas

    Abacate: -27,9%
    Limão: -19%
    Feijão-macassar (fradinho): -16,73%
    Artigos de maquiagem: -13,3%
    Farinha de mandioca: -13,26%
    Feijão-branco: -12,35%
    Peixe-peroá: -11,71%
    Mandioca (aipim): -11,61%
    Alho: -10,81%
    Manga: -10,57%
    Quiabo: -9,18%
    Seguro voluntário de veículo: -8,86%
    Perfume- 8,56%
    Café moído: -8,22%
    Agasalho feminino: -7,87%
    Televisor: -7,72%

Altas com maiores impactos entre os alimentos:

    Tomate: 71,76% (0,13 p.p.)
    Frutas: 14,10% (0,13 p.p.)
    Refeição fora: 2,38% (0,12 p.p.)
    Lanche fora: 4,35% (0,09 p.p.)
    Leite longa vida: 8,43% (0,07 p.p.)
    Pão francês: 6,46% (0,07 p.p.)
    Carnes: 2,25% (0,06 p.p.)
    Batata-inglesa: 23,76% (0,04 p.p.)

Baixas com maiores impactos entre os alimentos:

    Café moído: -8,22% (-0,03 p.p.)
    Farinha de mandioca: -13,26% (-0,02 p.p.)
    Açúcar cristal: -6,36% (-0,02 p.p.)
    Alho: -10,81% (-0,01 p.p.)
    Ovos: -4,03% (-0,01 p.p.)
    Açúcar refinado: -5,93% (-0,01 p.p.)
    Feijão-fradinho: -16,73% (-0,01 p.p.)
    Sorvete: -4,07% (-0,01 p.p.)

    IBGE

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Inflação oficial: o menor resultado em 10 anos

IPCA ficou em 0,31% no mês; em 12 meses, índice acumula variação positiva de 3,60%, também o menor patamar desde maio de 2007 e abaixo da meta do Banco Central. As frutas, como registraram índices divulgados pela Ceagesp, CeasaMinas e CeasaES, ajudaram a puxar a queda da inflação, apresentando deflação de - 6,55%. Os três estudos foram publicados pelo Blog CeasaCompras.com.

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O grande problema é que o IBGE não pesquisa dentro das centrais de abastecimento, sendo as maiores as instaladas na Região Sudeste do país. Os pesquisadores se baseiam nos números recolhidos junto aos supermercados apenas. Por que, se fosse efetuada uma medição geral, desde a origem ( as Ceasas), os números seriam muito mais favoráveis, e ajudariam que os supermercados, sacolões e feiras livres abaixassem os seus preços ao consumidor.

O Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,31% no mês de maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a taxa mais baixa para o mês de maio desde 2007, quando o índice foi de 0,28%.

No acumulado do ano, o IPCA foi de 1,42% até maio, percentual bem inferior aos 4,05% registrados em igual período de 2016 e o menor acumulado até maio desde o ano 2000 (1,41%).

Inflação em 12 meses

Nos últimos 12 meses, o índice desacelerou para 3,60%, enquanto havia registrado 4,08% no mês anterior, a menor taxa para o período desde maio de 2007, quando ficou em 3,18%. O centro da meta de inflação estabelecido pelo Banco Central é de 4,5% no ano.

Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, não se pode dizer que o brasileiro já sentiu no bolso a queda da inflação acumulada em 12 meses, mas que apenas não piorou. “Dá para sentir no bolso quando você vai ao supermercado e compra as mesmas pagando menos por elas. Isso não está acontecendo”, ressaltou.

Segundo Eulina, dois fatores têm refletido no movimento descendente da inflação: a queda nos preços dos alimentos, puxada pela safra recorde da produção, aliada à redução da demanda, provocada por fatores como o desemprego, que limitam o poder de compra dos brasileiros.

“Até na questão dos alimentos a demanda tem sido reduzida. Então, safra imensa com demanda reduzida vem dando muito pouco espaço para aumentos de preços até contendo os preços em alguns casos. Isso está muito claro no caso da alimentação fora dos domicílios. Vários restaurantes estão sem clientes e, por isso, estão reduzindo os preços”, disse a pesquisadora.

Variação mensal

Quando comparada ao índice de 0,14% de abril, a inflação mais que dobrou, distanciando-se em 0,17 ponto percentual. De acordo com a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, a diferença entre maio e abril “foi uma pressão pontual” em relação às contas de energia elétrica.

“A gente tem uma base das contas de energia elétrica baixa em abril, por causa do desconto aplicado pela agência [Nacional de Energia Elétrica]. Em maio, não tivemos esse desconto”, ressaltou.

Principais impactos na inflação

O aumento de 8,98% nas contas de energia elétrica foi o que mais puxou a inflação de maio, sem o desconto na cobrança no mês anterior, diz o IBGE. Em abril, houve queda de 6,39%, com os descontos aplicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para compensar os consumidores pela cobrança indevida, em 2016, do chamado Encargo de Energia de Reserva (EER).

A pesquisadora destacou que a alternância nas tarifas das contas de luz tem refletido volatilidade na composição do IPCA. “A energia elétrica ainda vai ser alvo dos nossos comentários. Em junho, ela deve ter nova queda, por causa da mudança da volta da bandeira verde”, apontou. Desde abril, passou a valer a cobrança adicional da bandeira vermelha nas contas de luz.

Por conta da energia, o grupo habitação teve o resultado mais alto, de 2,14%, além da maior contribuição (0,32 p.p.), dominando o índice do mês e praticamente anulando as oscilações dos demais grupos de produtos e serviços.

Segundo o IBGE, os itens condomínio (0,75%) e taxa de água e esgoto (0,50%) se destacaram dentro do grupo habitação. Os grupos com variações positivas ficaram entre 0,08%, de educação, e 0,98%, de vestuário. Os remédios (0,82%), do grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,62%), refletiram parte do reajuste anual a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo. No acumulado no ano, os remédios estão 3,92% mais caros.

Alimentação e transportes têm queda

Doi grupos com grande peso no índice (43,6%), transportes e alimentação, tiveram queda em maio, segundo o IBGE. Outro destaque no mês de maio foi no grupo de serviços, que ficou em 0,05%, bem abaixo do índice geral. É o menor resultado desde julho de 2014, quando registrou queda de 0,06%. “A principal influência foi queda nos preços das passagens aéreas”, apontou Eulina.

Transportes teve deflação de 0,42%, a maior queda no índice, por influência das passagens aéreas, 11,81% mais baratas frente a abril. O preço do automóvel novo caiu 0,85% e o litro do etanol passou a custar 2,17% menos. Já o litro da gasolina subiu 0,33%, por influência, especialmente, das regiões metropolitanas de Porto Alegre e de Fortaleza, onde ocorreram fortes aumentos.

No grupo alimentação e bebidas, que responde por um quarto das despesas das famílias, a queda foi de 0,35%, puxada pelos alimentos para consumo em casa (-0,56%). Já a alimentação fora ficou praticamente estável, em 0,06%. “ Vários alimentos tiveram queda nos preços e as passagens aéreas caíram bastante e puxaram para baixo os preços dos transportes”, destacou Eulina.

Veja os 10 itens da alimentação que mais subiram e os 10 que mais caíram em maio:

Maiores quedas

Frutas             (-6,55)
Óleo de soja  (-6,30)
Cenoura  (-5,86)
Feijão-fradinho (-4,45)
Feijão-preto   (-3,66)
Tomate   (-3,14)
Açaí               (-3,04)
Hortaliças   (-2,51)
Pescado   (-2,31)
Açúcar refinado (-2,18)


Maiores altas

Cebola  (7,67)
Batata-inglesa (4,28)
Alho               (3,44)
Feijão-carioca   (3,29)
Chocolate e bombom (2,75)
Leite longa vida  (1,87)
Pão de forma   (1,44)
Café moído   (1,00)
Pão doce   (0,90)
Queijo               (0,83)

Fonte: IBGE

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Batata ajudou a baixar a inflação

Inflação oficial desacelera, mas tem a maior taxa para agosto desde 2007. De julho para agosto, preço dos alimentos subiu menos e influenciou IPCA. No ano, o indicador acumula alta de 5,42% e, em 12 meses, de 8,97%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, atingiu 0,44% em agosto. No mês anterior, o indicador havia chegado a 0,52%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, considerando apenas os meses de agosto da série histórica, a taxa é maior desde 2007.

Batata inglesa e feijão ficaram mais baratos em agosto, segundo o IBGE
                 
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Apesar de ter desacelerado de um mês para o outro, no ano, o índice acumulado subiu de 4,96% para 5,42% e, em 12 meses, de 8,74% para 8,97%, ainda acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%.

“A inflação se reduziu um pouco apesar de ter resistido quando a gente olha para os meses de agosto. Em geral, os meses do meio do ano, quando a safra está sendo comercializada, registram os IPCAs mais baixos dos anos. E o 0,44% é o maior agosto dos últimos dez anos. Recuou, mas está em patamar elevado”, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.

No mês, o que mais contribuiu para que a inflação perdessse força foi o aumento menor dos preços de alimentos e bebidas, que recuou de 1,32% para 0,30%, em agosto. Apesar da alta mais branda, o resultado é o maior para o item, considerando apenas os meses de agosto, desde 2012, quando havia ficado 0,88%, segundo o IBGE.

O feijão carioca, que tem sido o vilão da inflação no país neste ano, ficou 5,6% mais barato, assim como a batata inglesa, cujo preço recuou 8%. As frutas, por outro lado, ficaram quase 5% mais caras. De acordo com Eulina, a queda no preço do feijão em agosto ocorreu devido a uma “terceira safra que entrou no mercado em agosto. Isso fez com que preços até se reduzissem um pouco”.

Também registraram avanço menor os preços de itens relacionados a transporte (de 0,4% para 0,27%) porque as passagens aéreas tiveram redução de preços: 3,85%, em média. Também desaceleraram artigos de residência (de 0,53% para 0,36%) e comunicação (de 0,02% para -0,02%).

Subiram ainda mais os preços relativos a educação (de 0,04% para 0,99%) e despesas pessoais (de 0,7% para 0,96%). No caso do primeiro grupo, o que motivou o aumento foi o início do segundo semestre de ano letivo. Já no segundo grupo, o que mais impactou foi o avanço das diárias de hotel (11,58%) - só no Rio de Janeiro, devido à Olimpíada, o aumento de preços foi de 111,23%.

"Em particular, nesse mês, houve pressão forte da região do Rio de Janeiro [no IPCA oficial]. O Rio foi o maior resultado, com 1%, num contexto em que a gente teve região que até apresentou resultado um pouco negativo. O Rio exerceu pressão forte por causa da Olimpíada, então, só alimentos, apesar de terem recuado, não foi tanto quanto nas outras regiões. O grupo alimentação e bebidas ficou com 0,90% no Rio, enquanto no Brasil, ficou em 0,30%. E houve pressão em especial do valor das diárias dos hotéis. Chegaram a atingir 111%. Mais do que dobraram."

Rio e Recife
Na análise regional, o maior IPCA partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro, pressionado pela alta de 111,23% nas diárias dos hotéis, e o menor índice foi o de Recife (-0,09%), influenciado pela energia elétrica (-4,01%).

INPC
Também divulgado com o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,31% em agosto - abaixo da taxa de 0,64% de julho. No ano, o indicador acumula alta de 6,09% e, em 12 meses, de 9,62%.