segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Batata ajudou a baixar a inflação

Inflação oficial desacelera, mas tem a maior taxa para agosto desde 2007. De julho para agosto, preço dos alimentos subiu menos e influenciou IPCA. No ano, o indicador acumula alta de 5,42% e, em 12 meses, de 8,97%.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, atingiu 0,44% em agosto. No mês anterior, o indicador havia chegado a 0,52%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda assim, considerando apenas os meses de agosto da série histórica, a taxa é maior desde 2007.

Batata inglesa e feijão ficaram mais baratos em agosto, segundo o IBGE
                 
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Apesar de ter desacelerado de um mês para o outro, no ano, o índice acumulado subiu de 4,96% para 5,42% e, em 12 meses, de 8,74% para 8,97%, ainda acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%.

“A inflação se reduziu um pouco apesar de ter resistido quando a gente olha para os meses de agosto. Em geral, os meses do meio do ano, quando a safra está sendo comercializada, registram os IPCAs mais baixos dos anos. E o 0,44% é o maior agosto dos últimos dez anos. Recuou, mas está em patamar elevado”, Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índice de preços do IBGE.

No mês, o que mais contribuiu para que a inflação perdessse força foi o aumento menor dos preços de alimentos e bebidas, que recuou de 1,32% para 0,30%, em agosto. Apesar da alta mais branda, o resultado é o maior para o item, considerando apenas os meses de agosto, desde 2012, quando havia ficado 0,88%, segundo o IBGE.

O feijão carioca, que tem sido o vilão da inflação no país neste ano, ficou 5,6% mais barato, assim como a batata inglesa, cujo preço recuou 8%. As frutas, por outro lado, ficaram quase 5% mais caras. De acordo com Eulina, a queda no preço do feijão em agosto ocorreu devido a uma “terceira safra que entrou no mercado em agosto. Isso fez com que preços até se reduzissem um pouco”.

Também registraram avanço menor os preços de itens relacionados a transporte (de 0,4% para 0,27%) porque as passagens aéreas tiveram redução de preços: 3,85%, em média. Também desaceleraram artigos de residência (de 0,53% para 0,36%) e comunicação (de 0,02% para -0,02%).

Subiram ainda mais os preços relativos a educação (de 0,04% para 0,99%) e despesas pessoais (de 0,7% para 0,96%). No caso do primeiro grupo, o que motivou o aumento foi o início do segundo semestre de ano letivo. Já no segundo grupo, o que mais impactou foi o avanço das diárias de hotel (11,58%) - só no Rio de Janeiro, devido à Olimpíada, o aumento de preços foi de 111,23%.

"Em particular, nesse mês, houve pressão forte da região do Rio de Janeiro [no IPCA oficial]. O Rio foi o maior resultado, com 1%, num contexto em que a gente teve região que até apresentou resultado um pouco negativo. O Rio exerceu pressão forte por causa da Olimpíada, então, só alimentos, apesar de terem recuado, não foi tanto quanto nas outras regiões. O grupo alimentação e bebidas ficou com 0,90% no Rio, enquanto no Brasil, ficou em 0,30%. E houve pressão em especial do valor das diárias dos hotéis. Chegaram a atingir 111%. Mais do que dobraram."

Rio e Recife
Na análise regional, o maior IPCA partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro, pressionado pela alta de 111,23% nas diárias dos hotéis, e o menor índice foi o de Recife (-0,09%), influenciado pela energia elétrica (-4,01%).

INPC
Também divulgado com o IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,31% em agosto - abaixo da taxa de 0,64% de julho. No ano, o indicador acumula alta de 6,09% e, em 12 meses, de 9,62%.

Em plena safra, morango tem queda de 40% no preço

     
                 

Uma das frutas mais versáteis da culinária, o morango está em plena safra no atacado da CeasaMinas em Contagem. O preço do quilo já apresentou queda de cerca de 40%, passando de R$ 9,68/kg em junho, para R$ 5,58/kg na primeira semana de setembro. Nesse contexto, chama a atenção a importância de Minas Gerais como principal estado fornecedor da fruta para as centrais de abastecimento de São Paulo (Ceagesp), Campinas e Rio de Janeiro.

Na Ceasa fluminense, por exemplo, o volume de morangos provenientes apenas de Minas Gerais chega a ser quatro vezes maior que o encontrado no próprio entreposto de Contagem.

A oferta total de morangos na CeasaMinas em Contagem em 2015 foi de 4,33 mil toneladas, sendo 99,2% provenientes de regiões produtoras de Minas Gerais. Desse total, cerca de 55% foram provenientes de dois municípios mineiros: Alfredo Vasconcelos (31,5%), no Campo das Vertentes, e Pouso Alegre (23,6%), no Sul de Minas.

Na Ceasa do Rio de Janeiro, a participação de municípios mineiros em relação ao volume total da fruta é de 97,3%, o equivalente a 16,2 mil toneladas em 2015. Na Ceasa de São Paulo (Ceagesp), a maior do país, a participação de Minas Gerais é de 60%, com 4,03 mil toneladas no ano passado. Já na central de abastecimento de Campinas, 71,7% dos morangos ofertados na unidade foram provenientes de municípios mineiros, o correspondente a 1,4 mil t. no ano passado.

A grande demanda de outros estados ajuda a explicar a redução de 25,8% da entrada de morangos no entreposto de Contagem entre 2012 e 2015. No mesmo período, o produto se valorizou, com aumento do preço médio de 30%, passando de R$ 4,33/kg em 2012 para R$ 5,60/kg, no atacado.

Mudas importadas
Outro motivo da redução da oferta na CeasaMinas seria a redução da área plantada na região do Campo das Vertentes (MG), de acordo com o produtor Edgar José de Campos. "Essa redução está ligada aos altos custos de importação de mudas cultivadas principalmente no Chile e na região da Patagônia (Argentina)", explica.

Segundo ele, 90% dos produtores de morangos da região importam essas mudas, atraídos por mais produtividade e menos riscos de pragas e doenças vegetais. "Graças a isso, temos conseguido também reduzir bastante o uso de agrotóxicos".

Um dos fatores que também contribuíram para a redução da área plantada na região, segundo Campos, é a utilização de menos variedades de morangos. As mais procuradas são as de frutos mais graúdos, com resistência de pós-colheita, a exemplo da Albion, San Andréas e Camino Real.

Chuvas
Já o produtor Rivaldo Francisco Pereira também prevê uma produção menor no município de Datas (MG), localizado na região do Jequitinhonha. O motivo, segundo ele, seriam as fortes chuvas que atingiram a região no primeiro semestre deste ano.

Pereira diz ser um dos pioneiros, ao lado do primo, na produção de morangos no município, a partir de 2004. "Quando chegamos aqui, ninguém tinha ouvido falar em produção de morangos". De acordo com ele, as temperaturas mais estáveis ao longo do ano e o solo favorável acabaram sendo decisivos para o sucesso do cultivo.

Morango para um cérebro mais saudável
Nutricionalmente, o morango é rico em vitamina C, além de ser uma boa fonte de vitaminas B1 e B2, cálcio e potássio, dentre outros elementos que também ajudam a fortalecer ossos e dentes e combater hemorragias.

Estudos recentes apontam que o morango pode ser ainda particularmente benéfico para as funções cognitivas (mentais) em idosos. Os testes foram realizados por um centro de pesquisas da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, e incluíram a suplementação diária de morangos (12 gramas duas vezes ao dia), em adultos saudáveis entre 60 e 75 anos, por 90 dias. Entre os resultados, os pesquisadores verificaram melhorias na memória e reconhecimento espacial.

O trabalho, apresentado em 2015 na reunião anual da Sociedade de Neurociência, sugere que a intervenção de morangos na dieta pode ser um meio eficaz de combater o declínio cognitivo relacionado à idade.

Saiba como comprar
O morango deve estar firme, vermelho por inteiro e sem partes amolecidas.

Saiba como conservar
Os morangos devem ser guardados por no máximo três dias na geladeira. Só lave na hora de consumir.

Saiba como consumir
Se consumidos frescos, lave apenas quando for ingeri-los. Uma boa sugestão é batê-los em sucos com laranja ou maçã, cereais e iogurte. As compotas e doces de morango conservam quase todos os ingredientes do morango fresco, com exceção da vitamina C. O fruto também pode ser congelado.

Lista com alimentos de setembro apresenta queda em alguns preços

   
              


No intuito de ajudar você na sua avaliação para a compra da semana, o CeasaCompras foi atrás dos preços dos alimentos, vendidos nas centrais de abastecimento do país, que compõem a lista de setembro, onde hipotéticamente deveriam apresentar baixa por conta da época da estação de cada um deles: sejam frutas, legumes ou pescados. Em alguns encontramos ofertas atraentes, com eles sendo vendidos a centavos; em outros, bom, os preços continuam altos.  Então, tirem suas conclusões e preparem a relação para poder pechinchar.

Um detalhe da avaliação: pesquisamos preços, principalmente nas Ceasas da Região Sudeste, mas não esquecendo de destacar o menor preço de cada produto verificado entre as 22 centrais existentes no país. 

FRUTAS (quilo)
Abacaxi -  R$ 3 (ES), R$ 3,33 (MG), R$ 4 (RJ), R$ 5,18 (SP) e R$ 2 (PE/RN);
Banana nanica - R$ 1,69 (ES), R$ 2,69 (MG), R$ 2,50 (RJ), R$ 3,10 (SP) e R$ 1,41 (PB);
Caju - caixa com 15 kg a R$ 22 (RJ);
Jabuticaba - (não encontrado preços);
Laranja-lima -  caixa com 25 kg a R$ 32 (RJ);
Laranja-pêra -  R$ 1,27 (ES), R$ 1,40 (MG), R$ 0,88 (RJ), R$ 1,83 (SP) e 0,60 (BA);
Maçã nacional - R$ 5 (ES), R$ 4,72 (MG), R$ 4 (RJ), R$ 6,05 (SP) e R$ 3,74 (RN);
Mexerica, Nêspera, Tamarindo - ainda sem cotação nos mercados;
Tangerina - R$ 1,67 (MG), R$ 1,80 (RJ), R$ 3,56 (SP) e 0,61 (PB).  O ES não apresentou cotação para a fruta.

Legumes (quilo e unidade)

Abóbora - R$ 1,19 (ES), R$ 1,14 (MG), R$ 1,70 (RJ), R$ 2,01 (SP) e 0,74 (PA);
Abobrinha -  R$ 0,69 (ES), 0,83 (MG), 0,75 (RJ), R$ 2,88 (SP);
Cará - R$ 2,37 (MG), R$ 2,50 (RJ), R$ 2,29 (SP) e R$ 1,95 (GO). O ES não apresentou cotação;
Cogumelo Shitake - 4 bandejas a R$ 10 (RJ);
Fava - sem contação nos mercados;
Inhame nacional - R$ 2,25 (ES), R$ 2,89 (MG), R$ 2,50 (RJ), R$ 3,29 (SP) e R$ 1,87 (GO);
Pimentão verde - R$ 1,81 (ES), R$ 1,67 (MG), R$ 2 (RJ), R$ 2,69 (SP);
Rabanete - 1 kg por R$ 2 (RJ).

Verduras ( quilo ou unidade)

Alho-porró - 12 unidades a R$ 20 (RJ);
Almeirão - 5 moles a R$ 0,80 (RJ);
Brócolis - R$ 3,16 (ES); R$ 2,30 (MG), R$ 2,29 (SP) e R$ 1 (RJ);
Chicória - 18 unidades a R$ 8 (RJ);
Couve - R$ 2,05 (ES), R$ 5,29 (MG), R$ 5 (RJ); R$ 1,54 (SP) e R$ 0,80 (MT);
Couve-flor - R$ 0,90 (ES), R$ 1,67 (MG), R$ 1,25 (RJ), R$ 3,15 (SP);
Erva-Doce/Funcho - 6 unidades por R$ 5 (RJ);
Espinafre - R$ 0,70 (RJ);
Louro - 5 moles a R$ 4 (RJ).

Peixes ( quilo)

Atum -  Maior preço a R$ 19,5 (SP); R$ 8 (RJ);
Carapao ou cavalinha  e cascudo - sem cotação nos mercados;
Castanha -  R$ 2,50 (RJ);
Corvina - R$ 3,8 (SP); R$ 6 (RJ);
Lambari - sem cotação;
Linguado - R$ 25 (RJ);
Marmota/Merluza -  R$ 5 (RJ);
Meca/Piraíba - oriundo do litoral do Rio Grande do Norte. Sem cotação;
Namorado - R$ 21,5 (SP); R$ 25 (RJ)
Sardinha - R$ 3,3 (SP); R$ 2 (RJ);
Tambica/Piaba - peixe de água doce. Sem cotação;
Tilápia - R$ 5,8 (SP; R$ 6 (RJ);
Traíra - R$ 8,8 (SP); R$ 6 (RJ);
Tucunaré - peixe de água doce. Sem cotação;

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Confirmamos a baixa nos preços do alho, cebola e batata

                    Plantação de cebola nacional
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O Índice geral de preços dos alimentos divulgado todo mês pela Ceagesp, e que publicamos com exclusividade no Rio de Janeiro, mostra uma queda acentuada em relação a três produtos indispensáveis em nossa cozinha diária: o alho, cebola e batata. Ingredientes que não podem faltar nunca.

Enquanto alguns supermercados já registram a queda do preço, principalmente do alho, que chegou a quase R$ 40, sacolões e feiras livres mantém a abominável ganância continuando a cobrar preços elevados para o produto, mesmo ele estando em queda. Ou seja, iludindo o consumidor final.

O CeasaCompras sai em socorro e foi verificar os preços cobrados por esses produtos em várias Ceasas do país, com destaque para as centrais de abastecimento instaladas na Região Sudeste. E foi uma surpresa agradável.

O menor preço por quilo do alho foi verificado na CeasaMinas (R$ 13), o da batata (1,95) era praticado pela Ceasa do Distrito Federal. Quanto à cebola, o menor preço encontrado era praticado pela Ceasa Minas, também (R$ 1).

Veja a relação dos produtos e seus preços encontrados:

Alho - R$ 18,30 (Ceagesp); R$ 15 (Grande Rio); R$ 14,08 (Espírito Santo); R$ 13,81 (Paraíba) e R$ 13 (Minas Gerais).

Batata -  R$ 1,95 (Distrito Federal), R$ 2 (Minas Gerais); R$ 2 (Rio de Janeiro);  R$ 2,30 (Espírito Santo) e R$ 2,65 (Ceagesp).

Cebola -  R$ 1 (Minas Gerais); R$ 1,05 (Espírito Santo); R$ 1,10 ( Rio de Janeiro) e R$ 1,44 (Ceagesp).

Só para observarmos, a Ceasa do Rio, em seus duas centrais, a maior delas no bairro do Irajá, na capital carioca, e do Colubandê, em São Gonçalo, Região Metropolitana, estava vendendo a caixa de 10 quilos do alho chinês branco ( R$ 150) e roxo (R$ 155); o alho nacional estava sendo negociado por R$ 160.

Ainda na mesma central fluminense, a saca com 50 quilos da batata comum tinha o preço variado, dependendo do tamanho, que oscilava entre R$ 80 e R$ 100 (comum); e, entre R$ 90 e R$ 125 (lisa).

No caso da cebola pêra amarela, saca com 20 quilos, estava com os seguintes preços, dependendo da região produtora:
R$ 22 (proveniente de Minas Gerais); R$ 35 ( de Santa Catarina); R$ 30 ( do Rio Grande do Sul) e R$ 25 (de Pernambuco). 

O preço da saca da cebola roxa nacional estava por R$ 50.

Ceasa Capixaba festeja sucesso na venda de pescados

Comercialização de pescados na Ceasa é destaque com 3,2 milhões de quilos em um ano de existência.Peroá, corvina, sardinha e cação foram os mais vendidos nesse período.

           
           

No primeiro ano de comercialização de pescados por atacado na Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) circularam cerca de 3,2 milhões de quilos, o que gerou uma movimentação financeira de R$22 milhões. De acordo com dados do setor de estatística da Ceasa/ES, de setembro de 2015 até o momento, 53 variedades de pescados foram vendidas no mercado.

O destaque na oferta foram para os peixes da água salgada, como o peroá com 894 mil toneladas, a corvina com 340 mil toneladas, a sardinha com 321,7 mil toneladas e o cação com 159 mil toneladas. Outros produtos como o camarão, a tilápia, a manjuba, e o pargo também apresentaram números expressivos na comercialização.

A comercialização de peixes por atacado – que acontecia na Vila Rubim – foi transferida para Ceasa/ES no final de agosto de 2015. Atualmente 39 vendedores estão cadastrados e atuam na comercialização por atacado de pescados frescos variados. A comercialização por varejo continua na Vila Rubim.

Segundo o presidente da Associação dos Pregoeiros Atacadistas de Pescados do Espírito Santo (Apapes), Sério Rogério Gonçalves, a vinda para a Ceasa/ES ofereceu infraestrutura para a venda dos pescados. “Aqui na Ceasa/ES, nós podemos vender os pescados em um espaço grande com infraestrutura que nos oferece a proteção do sol e da chuva”, contou Gonçalves.

De acordo com o diretor-presidente da Ceasa/ES, José Carlos Buffon, foi extremamente oportuno à decisão da Ceasa/ES de abrir o espaço para a comercialização de pescados por atacado. ”Nós já tínhamos uma vontade de trazer outro seguimento de comercialização por atacado para a Ceasa/ES, quando recebemos a demanda, nós nos reunimos para decidir um horário ocioso que não tivesse à movimentação de hortifrutigranjeiros no mercado, podendo assim, movimentar o mercado e oferecer um espaço ideal para a comercialização dos pescados. Neste primeiro ano de oferta o saldo foi bastante positivo”, ressaltou Buffon.

Serviço:

Horário de comercialização dos pescados: De segunda-feira á sexta-feira, das 16h30 às 18h.

Como comprar? Diferente da comercialização de hortigranjeiros, para compra dos pescados, é necessário que seja feito o cadastro de comprador na gerência de mercado da Ceasa/ES.

Outras informações pelo telefone: (27)3136-2324.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ceagesp: batata, cebola e alho apresentam queda de preços acentuada


Alho caiu pouco mais de 9%

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Índice registra queda de 1,87% em agosto. Mesmo assim, de acordo com analistas da central de abastecimento, no acumulado do ano, o indicador registra alta de 4,98% e, nos últimos 12 meses, a elevação foi de 21,04%.

O Índice de preços da CEAGESP recuou 1,87% em agosto. Foi a quinta queda consecutiva do indicador. Houve melhora significativa das condições climáticas, refletindo em aumento do volume ofertado e ganhos em qualidade na maioria dos produtos, principalmente nas hortaliças. Assim, legumes e verduras apresentaram quedas acentuadas nos preços praticados. Frutas e pescados tiveram ligeira alta. A tendência para os próximos meses é de preços estáveis.     

O setor de frutas subiu 3,80% em julho. As principais altas foram Do mamão formosa (148%), mamão papaya (49,1%), atemoia (33,6%), banana nanica (30%) e melão amarelo (27,2%). As principais quedas foram do morango (-37,2%), pera pack’s triumph (-26,45), carambola (-21,7%), ameixa estrangeira (-21%) e manga Palmer (-15,5%).   

O setor de legumes recuou 11,44%. As principais baixas foram da ervilha torta (-52,2%), pimentão verde (-38,9%), vagem macarrão (-33,8%), abobrinha italiana (-37,7%) e chuchu (-27,2%). As principais altas foram do jiló (23,7%), tomate (18,2%), quiabo (16%), pimentão amarelo (13,8%) e abóbora japonesa (7,5%).      

O setor de verduras caiu 27,70%. As principais quedas foram do espinafre (-47,4%), alface lisa (-46,5%), alface crespa (-45,9%), coentro (-43%), almeirão PA (-39,4%) e rabanete (-37,7%). Não houve aumentos significativos no setor.    
      
O setor de diversos recuou 5,76%.  As principais quedas foram da batata lisa (-14,4%), cebola nacional (-13,6%), coco seco (-10,95) e alho (-9,2%). Não houve aumentos significativos no setor.    

O setor de pescados subiu 3,97%. As principais altas foram da anchova (30,2%), namorado (17,3%), tainha (15,8%), robalo (14,6%) e pescada (12,85). As principais quedas foram da sardinha (-33,8%), atum (-16,4%), cavalinha (-11,4%) e lula (-3,2%).      

O volume comercializado no entreposto de São Paulo caiu 5,63% em agosto de 2016. Foram comercializadas 269.826 toneladas ante 285.913 negociadas em agosto de 2015.  No acumulado de janeiro a agosto de 2016 foram negociadas 2.098.787 toneladas ante 2.236.951 comercializadas no mesmo período de 2015. Queda de 6,18%.

Mesmo com a queda em relação a 2016, o volume comercializado cresceu 10,4% de julho/2016 para agosto/2016. Passou de 244.377 para 269.826 toneladas. Não deixa de ser um boa notícia, principalmente se levarmos em conta o consumo retraído em razão da época e da situação econômica do país. Aguardemos os próximos meses.

Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.  

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

CRIME AMBIENTAL MONSTRUOSO : EUA matam milhões de abelhas por culpa da Zika

                                  Apiários tiveram de ser incinerados
                            



Por causa de apenas centenas de mosquitos, talvez, e o perigo que poderiam representar ao transmitirem a Zika, abelhas morrem após uso de veneno contra zika. Apiários da Carolina do Sul questionam uso de inseticida. De acordo com canal, 2,5 milhões dos insetos foram atingidos. Outros insetos também foram mortos. As abelhas são responsáveis pela polinização e ampliação das áreas produtivas para alimentos. Esta não é a primeira mortandade que, inclusive, afetou o México.

Apicultores da Carolina do Sul, no sudeste dos Estados Unidos, removeram esta semana milhões de abelhas mortas depois que as autoridades pulverizaram o polêmico inseticida "naled" para combater os mosquitos vetores do zika.

Juanita Stanley, uma apicultora de Summerville, ao noroeste de Charleston, encontrou uma cena apocalíptica após a fumigação de domingo passado: milhões de abelhas estavam caídas em torno das suas colmeias.
 
ZIKA
Vírus é preocupação mundial

 "Nosso negócio familiar ficou destruído pela fumigação aérea. Ajudem-nos a compartilhar esta história, não permitam que as abelhas produtoras de mel morram em vão", escreveu Stanley na página do Facebook do apiário de que é coproprietária, Flowertown Bee Farm and Supplies.

Este comentário estava acompanhado de mais de vinte fotos que mostravam as abelhas mortas e a equipe do apiário queimando as caixas que armazenavam as colmeias.

Segundo o canal local WCSC, o apiário perdeu 46 colmeias e 2,5 milhões de abelhas.

Jason Ward, o administrador do condado de Dorchester - ao que pertence a maior parte de Summerville -, reconheceu a responsabilidade da fumigação aérea neste massacre.

O inseticida utilizado pelas autoridades americanas, chamado "naled", é polêmico devido aos seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente. A União Europeia proibiu seu uso em 2012, mas os Estados Unidos o utilizam desde 1959.

"O condado de Dorchester está a par de que alguns apicultores da zona que foi fumigada neste domingo perderam suas colmeias", afirmou Ward em um comunicado na terça-feira (30), prometendo que iria contatar os afetados.

O administrador disse, ainda, que não estão previstas mais fumigações aéreas por enquanto.

Também detalhou que o condado realizou uma fumigação aérea na manhã de domingo (28), depois de que foram registrados quatro casos de zika em Summerville, dois dias antes.

O vírus da zika, que pode causar malformações congênitas em fetos em desenvolvimento de mulheres grávidas infectadas, como a microcefalia, começou recentemente a aparecer no sul dos Estados Unidos. Até o momento, a Flórida é o único estado a registrar casos autóctones.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os Estados Unidos continental já registra mais de 2.600 casos de zika em pessoas que contraíram o vírus durante viagens ao exterior.

Mas se espera que à medida que avança o verão e que os estados do sul são atingidos por fortes chuvas, o mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus, continue prosperando.

Fumigações com "naled"

As fumigações aéreas com "naled" não ocorrem sem polêmica. Porto Rico, que sofre uma epidemia de zika, com quase 14.000 infectados localmente, rejeitou a medida.

Este pesticida é considerado por cientistas e ativistas um neurotóxico severo que afeta o aparelho respiratório e o meio ambiente.

Seu uso foi proibido na União Europeia porque a substância representa "um risco potencial inaceitável" para a saúde humana e o meio ambiente.

A Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA), porém, afirma que este pesticida é seguro se for pulverizado comedidamente.

Mas seus críticos dizem que o "naled" não só mata os mosquitos, como também é tóxico para as abelhas, as borboletas, os peixes e outros organismos aquáticos.

"'Naled' é um inseticida generalista", disse à AFP a ecóloga Elvia Meléndez Ackerman, professora de ciências ambientais na Universidade de Porto Rico, no distrito de Río Piedras. "Matará muitas espécies de insetos e terá efeitos negativos em outras espécies".

A cientista deu como exemplo a diminuição da população de um molusco comestível na Flórida, onde foram realizadas várias pulverizações.