segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Preço do arroz pode aumentar mais

                             

IBGE prevê safra de grãos 1,9% menor na 1ª previsão para 2016.Queda deve-se a menor estimativa para regiões Norte, Sul e Centro-Oeste. Algodão, milho e arroz devem sofrer redução na produção de até 4,1%.


A safra brasileira de grãos deve chegar a 206,5 milhões de toneladas na primeira previsão para 2016. O valor é 1,9% menor ao esperado para 2015, informou nesta terça-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta redução deve-se às menores produções previstas para as regiões Norte (-11,5%), Sul (-1,2%) e Centro-Oeste (-4,5%).

Entre os seis produtos de maior importância, três registraram avanço na estimativa de produção: amendoim em casca (5,3%), feijão 1ª safra (23,3%) e soja (3,5%). Na contramão, a previsão recuou para algodão herbáceo (-4,1%), arroz (em casca) (-2,6%) e milho em grão 1ª safra (-2,4%).

Quem é quem

Para termos uma idéia da produção brasileira de cereais, leguminosas e oleoginosas, os estados que comõem o Centro- Oeste são responsáveis por 42,6%, ficando em primeiro lugar; em segundo no rancking estão os estados so sul, com 36,5%; o sudeste, onde está concentrada a economia brasileira, responde apenas por 9,2%; e o nordeste 8%. O estados do Norte do país respondem por pouco mais de 1%.

Sobre o algodão herbáceo, o gerente ressaltou que “as chuvas de verão ainda não se firmaram, o que derruba as perspectivas do rendimento médio, uma vez que pode reduzir a janela de plantio da cultura”. De acordo com a pesquisa, a Bahia, que possui todo o algodão plantado em primeira safra, “já demonstra reduções negativas da área plantada, -0,4%, e do rendimento médio, -5,1%.

A respeito do arroz, o gerente destacou que os dados são influenciados principalmente pelo Rio Grande do Sul, maior produtor do país, que aguarda uma redução de 3,4% na área plantada, “com a produção caindo no mesmo percentual”. “Em 2015, a produção de arroz foi beneficiada pelos elevados níveis de reservatórios de irrigação e pelo clima favorável durante a colheita, que inclusive contribuiu para melhorar a qualidade do produto colhido”, afirmou Mauro Andre Andreazzi, gerente de agropecuária do IBGE.

“Nos últimos anos, a área plantada com o milho verão vem declinado, em decorrência da opção do plantio da soja nesta época, uma vez que a leguminosa tem proporcionado melhores resultados financeiros para os produtores”, analisou.

Quanto à área prevista, as variações positivas ficaram com algodão herbáceo (0,7%), arroz (3%), feijão 1ª safra (10,6%) e soja (0,5%), e as negativas com amendoim 1ª safra (5,3%) e milho 1ª safra (1,7%).

“A excelente safra de soja observada em 2015 e os bons preços para 2016 tendem a estimular os sojicultores a continuar o plantio da cultura em larga escala”, completou. "Nesse primeiro prognóstico, já se está se superando uma nova safra recorde da soja", concluiu. De acordo com a estimativa, a produção deve ser 3,5% maior do que no ano anterior.

No entanto, de acordo com o gerente, como há previsão de aumento da área da soja e queda da área do milho, em termos de volume, a produção é menor, explicou Mauro Andreazzi, sobre o prognóstico que prevê uma safra 1,9% menor.

"Cai em termos de volume, não de valor, porque a soja está pagando mais do que o milho. É mais um ano que o produtor prefere plantar soja a milho", afirmou.

Estimativa para 2015
O IBGE também divulgou sua 10ª estimativa de 2015 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, que somou 210,6 milhões de toneladas, 8,2% superior à obtida em 2014 e 0,2% menor que a avaliação de setembro.

A estimativa da área a ser colhida subiu 1,9% em relação à área colhida de 2014, para 57,8 milhões de hectares. Arroz, milho e soja, somados, representaram 92,7% da estimativa da produção e responderam por 86,3% da área a ser colhida.

Frente ao ano passado, o aumento é de 5,9% na área da soja, de 1,3% na área do milho e queda de 6,1% na área de arroz. Quanto à produção, houve altas de 3% para o arroz, 11,7% para a soja e de 7,4% para o milho.

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