Governo federal corre para tomar medidas fitossanitárias para evitar propagação da "broca-do-café".
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) declarou, nesta segunda-feira (26), estado de emergência fitossanitária para São Paulo e Espírito Santo, relativo ao risco iminente de surto da praga Hypothenemus hampei, conhecida popularmente como broca-do-café, que ataca cafeeiros. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) por meio das portarias 11 e 12 e tem duração de um ano.
A declaração de emergência fitossanitária considerou a gravidade da praga, pelo ciclo curto que ela tem e a grande capacidade de proliferação. A broca-do-café causa perdas na produtividade e qualidade do café, com efeitos negativos sobre a economia agropecuária.
De acordo com Luís Rangel, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV),
existe uma lista de produtos de menor toxicidade para controle desta praga, que estão na fase final de registro pelo Mapa, aguardando o parecer conclusivo da Anvisa para o fim de março. “Além disso, a assistência técnica tem recomendado boas práticas para evitar a proliferação da praga como a limpeza dos terrenos de frutos atacados, interrompendo o ciclo de vida do inseto”, diz Rangel.
Medidas – As portarias publicadas nesta segunda-feira estendem a São Paulo e Espírito Santo as orientações para o manejo da broca-do-café e permissões previstas na portaria nº 711, de julho do ano passado. O documento traz as medidas emergenciais de defesa sanitária vegetal e permite o controle químico da praga com inseticida a base de Ciantraniliprole a ser realizado em talhões da lavoura – áreas específicas onde têm plantas da mesma idade – por meio do monitoramento.
O combate à praga é feito com aplicações de produtos com efeito residual e limpeza de frutos caídos no chão dos cafezais. O produto deve estar biodisponível – com efeito de longa duração – para atingir o alvo (praga) no momento de sua migração do chão até o fruto na planta. O produto disponibilizado para esta emergência, o Ciantraniliprole, possui essa característica e ainda é de baixa toxicidade.
Clique aqui para ler o texto com as medidas emergenciais de defesa sanitária vegetal na íntegra.
Histórico – O aparecimento da praga remonta à década de 1950. A broca-do-café só foi considerada controlada com o advento de produtos químicos eficientes, como os organoclorados. “Estes produtos, no entanto, estão banidos da agricultura por problemas ambientais. A falta de alternativas eficientes suscitou o reaparecimento desta praga como relevante para a qualidade do café”, explica Rangel.
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