Fonte: Jeline Rocha/Ascom.
Angra dos Reis tem um dos maiores laboratórios do País para o cultivo de "coquille de Saint Jacques", um dos moluscos apreciados pela gastronomia européia e de restaurantes famosos brasileiros. Região, antes abandonada, parece que irá receber mais atenção do governo fluminense.
Como uma de suas primeiras ações externas, o novo presidente da Fundação
Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, se reuniu nesta segunda-feira, dia 26, com pescadores, aquicultores, empresários e gestores públicos da Costa Verde. Realizado no Plenário da Câmara Municipal de Angra dos Reis, o evento (que reuniu dezenas de pessoas, entre elas a prefeita Maria da Conceição Caldas e o subsecretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Sebastião Rodrigues) marcou o início de visitas aos 12 escritórios regionais com os quais a Fundação atende profissionais em todo o estado.
Abrigando um projeto experimental de produção de ração para bijupirá e tendo o único laboratório fluminense que está entre os maiores do Brasil de cultivo de coquille Saint Jacques (molusco muito apreciado na gastronomia francesa), Angra sedia o escritório regional da Costa Verde. Inaugurada em 2012, a unidade que presta assistência a pescadores e aquicultores de Paraty, Mangaratiba, Itaguaí e Seropédica, possibilitou a Fiperj ampliar de 1.400 para 5 mil o número de atendimentos na região. Tudo isso contou para que o novo presidente Essiomar Gomes, ex-vice-prefeito de Angra, começasse as visitas de interação na cidade.
- Uma das metas da minha gestão é investir cada vez mais na capacitação dos
pescadores e maricultores, trabalho que já vem sendo realizado em parceria com o Sebrae e Senac. Para tanto, quero conhecer de perto a realidade da pesca em todo o estado. Começo por Angra, onde fui vereador e vice-prefeito, e sei da importância do segmento para a cidade - destacou Essiomar.
O evento contou ainda com os secretários de Pesca de Angra, Júlio Magno Ramos, e de Paraty, Izaque Cordeiro; dos vereadores de Angra, Marco Aurélio (presidente da Câmara) e José Antônio; e dos vereadores de Paraty, Luciano Vidal (presidente da Câmara), Carlinhos Santo Antônio e Jairo. Entre os técnicos da Fiperj, estavam a chefe do escritório regional Lúcia Guirra, e o diretor de Pesquisa e Produção, o biólogo marinho Augusto Pereira, que apresentou as realizações na área. Diversas instituições com atuação no segmento também estiveram presentes, entre ONGs, universidades, Ibama, Inea, Sebrae, Senac, ICMBio e associações de moradores e pescadores como Ademir Alves dos Santos, que tem 55 anos, é pescador há 40 e espera que a nova gestão amplie as ações na Costa Verde. “Queremos continuar sendo valorizados e ouvidos. Acompanho o trabalho da Fiperj há anos, e agora, com o Essiomar, representante legal de Angra no setor, será ainda melhor”, afirma.
Representando o secretário de Estado Zé Luiz Anchite, o subsecretário Sebastião Rodrigues agradeceu aos presentes e destacou a atuação da Fiperj na região.
- A pesca e a aquicultura têm grande importância para a Costa Verde como um todo. Por isso, vamos manter os projetos existentes e intensificar a atuação na região por meio do escritório - adiantou o subsecretário.
Sobre a Fiperj - Criada há 27 anos para promover ações de pesquisa, produção e assistência técnica, a Fiperj (que em 2011 foi vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, a Sedrap) tem 17 frentes de atuação, 12 delas escritórios regionais, como o da Costa Verde. Além de permitir a ampliação do atendimento na ponta, os escritórios promovem atividades de capacitação (como cursos, palestras e seminários); orienta profissionais sobre o acesso a documentos e créditos disponibilizados pelo Governo Federal; e participam ativamente de projetos diferenciados como a certificação de pescado e a Caracterização Socioeconômica da Pesca e Maricultura (o censo pesqueiro), que só na Costa Verde aplicou 3,5 mil formulários.
Os escritórios - Além da Costa Verde, a Fiperj mantém os escritórios Metropolitano I funcionando na sede da Fundação, no Centro de Niterói, e atendendo também Guapimirim, Itaboraí, Magé, Maricá, Rio Bonito, São Gonçalo e Tanguá; Metropolitano II (em Duque de Caxias e atendendo Belford Roxo, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, Rio de Janeiro e São João de Meriti); Médio Paraíba (em Piraí e atendendo Barra do Piraí, Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Valença e Volta Redonda); Centro-Sul Fluminense (em Miguel Pereira e atendendo Areal, Comendador Levy Gasparian, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Paracambi, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Rio das Flores, Sapucaia, Três Rios e Vassouras); Serrana (em Nova Friburgo e atendendo Cachoeiras de Macacu, Carmo, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sumidouro e Teresópolis); Centro-Norte (em Cordeiro atendendo Bom Jardim, Cantagalo, Duas Barras, Macuco, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto e Trajano de Moraes); Baixadas Litorâneas (em Cabo Frio e atendendo Araruama, Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Silva Jardim); Norte Fluminense I (em Campos dos Goytacazes e atendendo Cardoso Moreira, São Fidelis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra); Norte Fluminense II (em Macaé e atendendo Carapebus, Casimiro de Abreu, Conceição de Macabu, Quissamã e Rio das Ostras); Noroeste Fluminense I (com sede em Santo Antônio de Pádua e atendendo Aperibé, Cambuci, Itaocara, Laje do Muriaé e Miracema); e Noroeste Fluminense II (em Itaperuna e atendendo Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Natividade, Porciúncula, São José de Ubá e Varre-Sai).
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