quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Preço de ovos mantém trajetória de queda em setembro

A boa notícia foi divulgada pela CeasaMinas e que já está sendo constatada nos supermercados e sacolões.

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Considerado um dos alimentos preferidos na busca por uma dieta saudável, o ovo tem mantido a trajetória de queda iniciada em julho, no entreposto de Contagem. Depois de apresentar preços mais altos ao longo deste ano, a dúzia na primeira quinzena de setembro ficou em R$ 3,14, o equivalente a uma queda de 6% em relação ao mesmo período de agosto, no atacado. No comparativo com julho, os ovos ficaram 9% mais baratos, de acordo com informações do Departamento Técnico da CeasaMinas.

A situação mais favorável para o consumidor pode ser explicada por fatores como o aumento da oferta e a redução do consumo, ambos comuns em épocas de aumento da temperatura, segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.

O período de maiores altas nos preços dos ovos compreende geralmente março e abril, por conta da influência da Quaresma, quando aumenta a demanda. Após essa fase, logo em seguida é comum uma redução do preço. Já a chegada do frio, em meados do ano, eleva novamente o valor do produto, sob pressão do consumo.

Segundo Wladimir Paixão, supervisor do Aviário Santo Antônio (ASA), uma das maiores empresas atacadistas de ovos na CeasaMinas, a queda de preço do ovo in natura nos últimos 30 dias foi de aproximadamente 10%. Ele acredita em uma reação do preço no início de novembro.

Em relação ao ano passado, apesar do ritmo de queda mensal, os preços continuam mais elevados, influenciados principalmente pelos custos de produção. No comparativo da primeira quinzena de setembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, os ovos ficaram 36,5% mais caros, no atacado da CeasaMinas.

"Os insumos em geral aumentaram, em média, 30% a 35% em relação ao ano passado. Se considerarmos somente o milho, usado na ração das aves, a alta ficou em torno de 45%", enfatiza Wladimir Paixão.


Para todos os gostos

Para compensar as oscilações de preços do mercado in natura, o Aviário Santo Antônio tem apostado em alternativas, como a dos ovos desidratados e venda direta para a indústria. Os carros-chefes deste segmento são a albumina em pó e clara líquida, ambas voltadas especialmente para praticantes de atividades físicas. Há também os omeletes em pó, vendidos em sachês, uma das mais recentes novidades.

Entre os produtos in natura, vêm ganhando espaço os ovos orgânicos e caipiras. "De um ano para cá, apenas a procura por nossos ovos orgânicos aumentou 120%", ressalta.

Paixão ressalta que a aceitação desses produtos tem refletido um tipo de consumidor em busca de praticidade no preparo das refeições, e de alimentos mais saudáveis e sem risco de contaminação.


Aliado da saúde

A exemplo das carnes e peixes, os ovos são ricos em proteínas de alta qualidade, em minerais e em vitaminas, especialmente as do complexo B. São também considerados bons substitutos para as carnes vermelhas.

Um dos mais recentes estudos aponta que os ovos também são uma ótima opção para o café da manhã das crianças, segundo matéria do jornal britânico The Independent, divulgada em fevereiro deste ano. O estudo realizado na Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, revelou que, para aumentar a saciedade, o consumo deste alimento é preferível a cereais ou mingau, o que contribui para controlar o peso.

Um café da manhã rico em proteína leva as crianças, segundo os pesquisadores, a comerem menos calorias no almoço. Crianças que comiam os ovos no café da manhã reduziram em 70 calorias seu consumo de energia na hora do almoço, o que corresponde a 4% da ingestão diária de uma delas.

De acordo com o Instituto Ovos Brasil, entre os nutrientes está a colina, que favorece a manutenção da memória e do circuito do impulso nervoso em idosos. O ovo também é um dos poucos alimentos que possuem vitamina D, responsável pela deposição do cálcio ósseo e importante na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes.

Além disso, possui ação antioxidante e vários minerais como cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês, zinco, cobre e o selênio.

Colesterol
Motivo de vários mitos negativos no passado, a presença de colesterol no ovo, ao contrário do que se pensava, não está relacionado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, segundo pontua o site do Instituto Ovos Brasil.

Por outro lado, a gema possui ácidos graxos mono e poliinsaturados - considerados gorduras boas para a saúde do coração -, e uma pequena quantidade de gordura saturada.

CeasaBrasília tem recorde na queda de preços

A queda na maioria dos preços das hortaliças é destaque no 9º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado nesta terça-feira (20) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

             

Batata e cebola lideram a baixa de preço em todos os mercados estudados. Os maiores percentuais de redução para as duas hortaliças aconteceram na Ceasa Brasília: 23% para batata e 27,81% para cebola. Alface e cenoura também registraram recuo de valores na maioria das centrais de abastecimento analisadas. As quedas nos preços aconteceram devido às condições climáticas favoráveis que aumentaram a oferta dos produtos.

A exceção deste mês foi o tomate, que registrou aumento em sete das nove Ceasas estudadas. Os maiores reajustes aconteceram nos entrepostos de Campinas (SP) e de Belo Horizonte (MG) com índices de 37,26% e 33,55%, respectivamente. Já nas centrais de abastecimento de Fortaleza e Recife houve queda de 10,10% e 4,11%, respectivamente. A alta nos preços do tomate pode se repetir em setembro, em função das adversidades climáticas.

Frutas ? Após três meses de queda contínua de preços, o mamão apresenta alta generalizada e substancial. Nas centrais de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília, a fruta teve aumento de três dígitos, com índices subindo entre 118,24%, em Brasília, e 159,43%, em BH. O menor reajuste aconteceu nas capitais nordestinas, Recife (39,34%) e Fortaleza (41,81%). A tendência deve se manter até o fim do ano, resultado da  redução da oferta em razão da seca no norte de Minas Gerais e no oeste do Espírito Santo.

Banana também apresentou alta nos valores, principalmente em Curitiba (39,37%) e Campinas (38,49%). O aumento também se deu pela queda na oferta, mas devido as geadas e queda da temperatura em algumas regiões produtoras. Já a melancia apresentou queda de preços em seis dos nove mercados estudados, em função da safra de Goiás e Tocantins, com aumentos apenas no Nordeste - entre 10% em Recife e 15,7% em Fortaleza.

O levantamento é feito mensalmente, a partir de informações fornecidas por grandes mercados atacadistas no país, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) da Conab. Para a análise do comportamento dos preços de agosto, foram considerados os principais entrepostos dos estados de SP, MG, RJ, ES, PR, CE, PE e DF.

Seca no ES: prejuízo de mais de R$ 3,6 bilhões na agricultura

Represa que abastece dois municípios e a capital do estado tem água somente para 20 dias.

           

Com a falta de chuva e a seca no Espírito Santo, o setor agrícola capixaba acumula perda de mais de R$ 3,6 bilhões ao longo dos dois últimos anos. A redução na produção agrícola de 2015 para 2016, em comparação à safra de 2014, supera dois milhões de toneladas, que representam queda de 30% de toda a produção.

A cafeicultura, a fruticultura e a olericultura amargam as piores perdas. A avaliação do cenário no Espírito santo foi feita com base em estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Somente a produção do Café Conilon, tendo como base a produção de 2014, registrou uma queda de 40% na produção, se comparada com a projeção para 2016, e 23% a menos em relação a 2015. Em valores, nos últimos dois anos a seca levou a uma perda de R$ 2,2 bilhões aos cafeicultores capixabas. O número de sacas colhidas reduziu de 9,9 milhões em 2014 para 7,7 milhões em 2015 e 5,9 milhões em 2016. Já a produção do café arábica não sofreu queda no período.

Na fruticultura a perda foi de 434 mil toneladas de produtos como o mamão, laranja, abacaxi, goiaba, maracujá e cacau. Isso representou uma retração no valor de produção em R$ 957 milhões. Para se ter uma ideia do prejuízo, só o mamão teve queda de 56% em sua produção este ano, comparada ao ano de 2014. Ou seja, 144 mil toneladas a menos.

No ramo das oleirícolas, como tomate, cenoura, chuchu, inhame, gengibre, além das folhosas, a perda foi de 78 mil toneladas em 2015 e de 19 mil toneladas em 2016, o que representou a redução de R$ 228 milhões em valor de produção.

Na pecuária de leite serão 30,4 milhões de litros a menos produzidos em 2016 em comparação com 2014, uma queda de 10 milhões de litros do ano passado para este. O balanço da perda da pecuária de leite até agora se refere aos produtos inspecionados pelo Serviço de Inspeção Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ou Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, afirma que o Estado passa pela segunda pior crise da história na agricultura. “A primeira e mais sentida pela população, pois a economia não era diversificada, foi a crise do café na década de 60, quando cafezais foram erradicados para que a produção fosse equiparada ao consumo. E a segunda é a atual, em decorrência da crise hídrica. Nestes três últimos anos de estiagem tivemos a redução de 30% na produção, se comparada à produção de 2014 com a atual, o que representa uma perda de mais de R$ 3,6 bilhões na produção agrícola”, avaliou o secretário.

Octaciano destaca que o Governo está trabalhando para minimizar os impactos da seca para os próximos anos. Além do programa de construção de barragens, que vai garantir a reservação hídrica no futuro, também está em curso o Programa de Reflorestamento e Recuperação de Nascentes.

Programa Estadual de Construção de Barragens

Para minimizar os impactos da falta de chuvas no futuro, o Governo lançou no ano passado o Programa Estadual de Construção de Barragens, que prevê investimentos de R$ 90 milhões para a implantação de mais de 60 reservatórios de água no interior do Estado até 2018, além da retomada das obras da barragem de Pinheiros, a maior do Espírito Santo, da implantação da barragem do Rio Jucu e da construção de outras seis barragens de médio porte por um convênio entre a Seag e a Cesan, órgãos que gerenciam o programa.

Dos 60 reservatórios, 34 serão de usos múltiplos de médio porte no interior do Estado e outras 26 barragens de uso coletivo em assentamentos de trabalhadores rurais capixabas no Norte do Espírito Santo. Estima-se que com a implantação das 60 barragens sejam armazenados 67,2 bilhões de litros de água: o suficiente para abastecer 1,2 milhão de pessoas durante um ano, ou irrigar 22 mil hectares de café.

Caminhões-pipa
Para atender a população de municípios que estão em situação extremamente crítica, a Seag disponibilizou 20 caminhões-pipa. Os veículos estão sendo usados, exclusivamente, para o abastecimento humano.

Certificado Sustentabilidade
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), instituiu o Certificado de Sustentabilidade Quanto ao uso da Água no Espírito Santo. O documento, que tem como público- alvo os produtores rurais, substitui provisoriamente, pelo período de um ano, a outorga para utilização de sistemas de irrigação que sejam sustentáveis nas lavouras.

Produtores rurais atendidos pelo Banestes

O Banestes atende cerca de 6.000 produtores (mês de referência: agosto/2016) com linhas de crédito rural, correspondendo a 8,5% do volume total de crédito rural concedido no Espírito Santo (Fonte: Sisbacen - junho/2016). O volume da carteira de crédito rural do Banestes é de R$ 373 milhões.

Com a finalidade de adequar as condições de amortização das dívidas à efetiva capacidade de pagamento dos produtores rurais, o Banestes se antecipou às medidas adotadas pelo Conselho Monetário Nacional. Desde outubro de 2015, o Banestes adotou condições similares às definidas na Resolução 4.519, do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 14/09/2016, que trata da possibilidade de os produtores renegociarem as suas operações de crédito rural. Em resumo, tais medidas já foram adotadas em ampla escala no Banestes, analisando a situação de cada cliente.

Goiaba vermelha e branca estão com preços mais em conta no atacado

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Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Goiaba vermelha e branca, morango, manga tommy, carambola, lima da pérsia, coco verde, chuchu, abobrinha italiana, berinjela, pimentão verde, tomate rasteiro, beterraba, cenoura, gengibre, mandioca, abóbora moranga, pepino comum,  rabanete, beterraba com folha, brócolis ninja, couve-flor, erva doce, espinafre, chicória, alfaces, coentro, escarola, rúcula, couve manteiga, alho porró, repolho, acelga, nabo, cenoura com folha, salsa, cebolinha, milho verde, alho chinês, batata lavada, cebola nacional e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Abacate margarida, laranja pera, laranja lima, mamão formosa, mamão papaia, tangerina murcot, melão amarelo, laranja seleta, manga palmer, caju, acerola, graviola, abobrinha brasileira, batata doce rosada, cara, abóbora paulista, pepino caipira, pepino japonês, pimentões vermelho e amarelo, brócolis comum.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Maracujá azedo, banana nanica, melancia, limão taiti, banana prata, uva niágara, pinha, figo roxo, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, abóbora japonesa, tomate pizzad`oro e carmem, abóbora seca, batata doce amarela, ervilha torta, quiabo liso, mandioquinha, vagem macarrão e ovos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Embalagens de plástico com papel importante nos alimentos

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Estudo revela que o material exerce uma função crucial na conservação dos alimentos, considerando todos os fatores envolvidos no ciclo de vida desses produtos, aponta reportagem da revista Istoé desta semana.

A preocupação com o estrago causado por resíduos de plástico na natureza ofusca uma importante contribuição que esse material oferece na forma de embalagens para conservar alimentos. Ao proteger a comida, a embalagem preserva todos os recursos naturais e esforços humanos investidos na sua fabricação, que são desperdiçados quando o produto estraga. E esse volume de perdas é preocupante.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa, abaixo apenas de China e EUA. A perda ocorre em todo o ciclo de vida do alimento: na produção (quando a comida não escoada apodrece no campo), no transporte e até em casa (quando o prazo de validade vence). A FAO calcula que essas perdas­ atinjam 1,3 bilhão de toneladas, anualmente, a um valor de mercado de US$ 750 bilhões.

Para quantificar a função desempenhada por essas embalagens, a Braskem, fabricante brasileira de resinas termoplásticas, fez um estudo comparativo – divulgado com exclusividade para PLANETA – para calcular o custo total das embalagens e compará-lo ao benefício que elas trazem ao reduzir perdas de alimentos. A Plastics Europe, associação dos fabricantes europeus de plásticos, estima que o uso de embalagens, em geral, pode reduzir as perdas de alimentos em 20%, e se essas embalagens forem plásticas, podem diminuir em 30% esse desperdício. “As embalagens são consideradas vilãs, mas, antes de virar lixo, exercem uma função importantíssima”, afirma Yuki Kabe, responsável na Braskem pela Avaliação de Ciclo de Vida (ACV).

CUSTO VERDADEIRO

A ACV permite entender todos os custos e benefícios de cada produto para a sociedade e o meio ambiente, ao incorporar ao custo de mercado do produto todos os impactos negativos e positivos que causa na natureza, como a contaminação do solo e da água, a poluição do ar ou a retenção de CO2 (no caso de plantas). “Esses custos indiretos, ou externalidades, não são absorvidos pela indústria hoje. E acabam sendo pagos por toda a sociedade, afetando sua qualidade de vida. A água e o solo estão acabando e fica cada vez mais difícil produzir o mesmo produto no futuro”, diz Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem.

O estudo encomendado pela Braskem à Trucost, empresa britânica especializada em valorar externalidades, avaliou três alimentos em geral embalados em plástico, com valores adaptados para o Brasil: iogurte, arroz e carne. A escolha se baseou em três aspectos: esses alimentos integram os três grupos mais consumidos no país (carne, lácteos e cereais), são embalados sobretudo em plástico e sua produção é de grande impacto, assim como seu volume de desperdício.

Segundo a FAO, em média, 23% da carne produzida no mundo é perdida antes de ser consumida; no caso de laticínios, a taxa é de 16%; e no de grãos, fica em 14%. Lembrando que a Plastics Europe estima uma queda de 30% dessas perdas com o uso de embalagens plásticas, as embalagens responderiam, portanto, pela redução de 30% dos 23% do desperdício de carne (ou seja, as embalagens plásticas reduziriam em quase 7% as perdas de carne), cerca de 5% das de iogurte e de 4% das de arroz.

Com as externalidades absorvidas, o custo real da tonelada da carne seria US$ 8.900, o do arroz, US$ 970, e do iogurte, US$ 706, segundo valores atribuídos pela The Economics of Ecosystems and Biodiversity (TEEB), iniciativa global para “fazer visível o valor da natureza”. Ao ajudarem a evitar o desperdício desses alimentos, as embalagens evitam a perda de US$ 614, US$ 39 e US$ 34, respectivamente. “Como o custo verdadeiro das embalagens é de aproximadamente US$ 4 (carne), US$ 1 (arroz) e US$ 8 (iogurte), o benefício ou externalidade positiva da embalagem é 148 vezes maior no caso da carne, quatro vezes no caso do iogurte e 43 vezes mais no arroz do que a externalidade negativa (o custo verdadeiro) da embalagem plástica”, afirma Kabe (leia gráfico abaixo).

Ele alerta que a proposta de eliminação das embalagens pode aumentar o impacto ambiental, porque o desperdício dos alimentos será ainda maior. “Devemos concentrar nosso esforço em fazer embalagens mais eficazes e reduzir seu impacto ambiental. Isso tem mais valor e é mais benéfico do que atacar a embalagem como a raiz do problema. A mensagem do estudo é que o impacto negativo existe, mas o caminho não é a eliminação das embalagens”, ressalta.

Produção e venda de alimentos orgânicos "contamina" Europa

Na França, os consumidores movimentam um mercado anual de E 5 bilhões e que cresce a taxas de 15% ao ano, segundo a revista Dinheiro Rural.

                

Quase 26,5 mil fazendas da França se dedicam à agricultura orgânica. Elas respondem por 5,6% da produção agropecuária do país e por 7% dos empregos do setor agrícola. Animados com a demanda crescente do consumo, a participação dos produtores franceses nesse sistema cresce ano a ano. 

A atual área de culturas, como as de frutas, legumes, verduras, ovos e carnes, ocupa 1,1 milhão de hectares, de acordo com os dados de 2104, os mais recentes publicados pela Agence Bio, órgão oficial francês. “Entre 2010 e 2015 passamos de dez mil produtores para 30 mil”, diz Julien Adda, delegado geral da Fédération Nationale d’Agriculture Biologique (FNAB). “No período, a área de cultivo praticamente dobrou.  Já o número de fazendas orgânicas aumenta todo ano.”  De 2014 para 2015, o crescimento foi de 23%.

Nos países da União Europeia há 257,3 mil fazendas orgânicas, com cerca de 10,3 milhões de hectares em produção. A França tem se destacado entre os primeiros lugares, em todos os índices relacionados à produção. Em área, por exemplo, ocupa o terceiro lugar, atrás da Espanha, com 1,6 milhão de hectares, e da Itália, com 1,3 milhão. No processamento de alimentos, no entanto, ela é a número um: possui 9,3 mil processadores, seguida por Alemanha e Itália.

O avanço do mercado tem relação direta com a crescente demanda do consumidor por boas práticas de produção. Não por acaso, em 2014 esse mercado faturou E 25,3 bilhões na Europa. Na França, o valor chegou a 5 bilhões, com um crescimento anual de até 15% nas últimas safras. “Com a crise econômica e a queda de preços no setor agropecuário convencional, agregar valor com os orgânicos é um passo interessante para equilibrar as finanças da fazenda”, diz Adda. Em geral, um produto orgânico é vendido por preços 30% superiores.

"Os orgânicos são importantes não apenas para os produtores, mas também para a população urbana” Julien Adda, delegado geral da FNAB

Além disso, do total de Euros (10 bilhões) em subsídios para os agricultores franceses, E 160 milhões têm ido para a agricultura orgânica. “Não há distinção em relação aos recursos para os dois sistemas de produção, mas há incentivos específicos para o processo de conversão”, diz Adda. 

No caso das lavouras de cereais, por exemplo, essa verba anual é de E 300 por hectare, por produtor.  Terminada a colheita, a maior parte dos alimentos é vendida em redes de supermercado, em lojas especializadas e diretamente pelo produtor.  Há feiras livres em Paris, por exemplo, exclusivas para os orgânicos. Uma das estratégias dos produtores para atrair o público tem sido deixar que os consumidores montem as suas próprias cestas e paguem de acordo com o peso. 

A ideia é que ao dar poder ao consumidor o mercado fica ainda mais estimulado. “Os orgânicos são importantes não apenas para os agricultores, mas também para a população urbana”, afirma Adda. “É uma demanda que precisa ser atendida.”

Seu bem-estar bem no "alto"


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Pirâmide alimentar auxilia no consumo de alimentos para manter o equilíbrio corporal.


Na hora de montar um prato equilibrado, é difícil saber qual a porção ideal de cada alimento. Porém, para cada um, existe um padrão estabelecido por nutricionistas e médicos, baseado no valor calórico. Para isso, a pirâmide alimentar — esquema gráfico que indica a proporção que cada tipo de alimento deve ser consumido — é um ótimo guia na hora da refeição de quem procura uma vida saudável.

Segundo a nutricionista Mariana Nacarato, cada parte da pirâmide representa um grupo de alimentos e o número de porções recomendadas diariamente.

— Na base, temos os energéticos que fornecem energia e disposição. Os reguladores são responsáveis por regular as funções do organismo e manter o sistema imunológico forte, prevenindo doenças como gripes e resfriados. Já os construtores auxiliam na construção, crescimento e restabelecimento dos tecidos, ossos, pele e outras partes do corpo — explica Nacarato, que acrescenta: — Os alimentos que precisam ser consumidos em número maior ficam na base. Quanto mais vai se aproximando do topo, a quantidade diminui.

São cinco as características essenciais para uma dieta equilibrada e nutritiva: adequação, harmonia, qualidade, quantidade e variedade.

Contudo, de acordo com a nutricionista Vanderli Marchiori, alguns alimentos podem ajudar na digestão e acelerar o processo de metabolismo.

— No dia a dia, pode se comer doces, que estão no topo da pirâmide, mas é isso deve ser feito nas porções certas. Qualquer alimento ingerido além do limite pode engordar — afirma.

Além disso, é importante observar as calorias diárias que cada indivíduo precisa. Sendo assim, é necessário acompanhamento de um profissional, uma vez que varia conforme sexo, peso, idade, altura e também necessidades individuais.

Fonte Extra