A boa notícia foi divulgada pela CeasaMinas e que já está sendo constatada nos supermercados e sacolões.
Considerado um dos alimentos preferidos na busca por uma dieta saudável, o ovo tem mantido a trajetória de queda iniciada em julho, no entreposto de Contagem. Depois de apresentar preços mais altos ao longo deste ano, a dúzia na primeira quinzena de setembro ficou em R$ 3,14, o equivalente a uma queda de 6% em relação ao mesmo período de agosto, no atacado. No comparativo com julho, os ovos ficaram 9% mais baratos, de acordo com informações do Departamento Técnico da CeasaMinas.
A situação mais favorável para o consumidor pode ser explicada por fatores como o aumento da oferta e a redução do consumo, ambos comuns em épocas de aumento da temperatura, segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins.
O período de maiores altas nos preços dos ovos compreende geralmente março e abril, por conta da influência da Quaresma, quando aumenta a demanda. Após essa fase, logo em seguida é comum uma redução do preço. Já a chegada do frio, em meados do ano, eleva novamente o valor do produto, sob pressão do consumo.
Segundo Wladimir Paixão, supervisor do Aviário Santo Antônio (ASA), uma das maiores empresas atacadistas de ovos na CeasaMinas, a queda de preço do ovo in natura nos últimos 30 dias foi de aproximadamente 10%. Ele acredita em uma reação do preço no início de novembro.
Em relação ao ano passado, apesar do ritmo de queda mensal, os preços continuam mais elevados, influenciados principalmente pelos custos de produção. No comparativo da primeira quinzena de setembro de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado, os ovos ficaram 36,5% mais caros, no atacado da CeasaMinas.
"Os insumos em geral aumentaram, em média, 30% a 35% em relação ao ano passado. Se considerarmos somente o milho, usado na ração das aves, a alta ficou em torno de 45%", enfatiza Wladimir Paixão.
Para todos os gostos
Para compensar as oscilações de preços do mercado in natura, o Aviário Santo Antônio tem apostado em alternativas, como a dos ovos desidratados e venda direta para a indústria. Os carros-chefes deste segmento são a albumina em pó e clara líquida, ambas voltadas especialmente para praticantes de atividades físicas. Há também os omeletes em pó, vendidos em sachês, uma das mais recentes novidades.
Entre os produtos in natura, vêm ganhando espaço os ovos orgânicos e caipiras. "De um ano para cá, apenas a procura por nossos ovos orgânicos aumentou 120%", ressalta.
Paixão ressalta que a aceitação desses produtos tem refletido um tipo de consumidor em busca de praticidade no preparo das refeições, e de alimentos mais saudáveis e sem risco de contaminação.
Aliado da saúde
A exemplo das carnes e peixes, os ovos são ricos em proteínas de alta qualidade, em minerais e em vitaminas, especialmente as do complexo B. São também considerados bons substitutos para as carnes vermelhas.
Um dos mais recentes estudos aponta que os ovos também são uma ótima opção para o café da manhã das crianças, segundo matéria do jornal britânico The Independent, divulgada em fevereiro deste ano. O estudo realizado na Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, revelou que, para aumentar a saciedade, o consumo deste alimento é preferível a cereais ou mingau, o que contribui para controlar o peso.
Um café da manhã rico em proteína leva as crianças, segundo os pesquisadores, a comerem menos calorias no almoço. Crianças que comiam os ovos no café da manhã reduziram em 70 calorias seu consumo de energia na hora do almoço, o que corresponde a 4% da ingestão diária de uma delas.
De acordo com o Instituto Ovos Brasil, entre os nutrientes está a colina, que favorece a manutenção da memória e do circuito do impulso nervoso em idosos. O ovo também é um dos poucos alimentos que possuem vitamina D, responsável pela deposição do cálcio ósseo e importante na prevenção de doenças cardiovasculares e diabetes.
Além disso, possui ação antioxidante e vários minerais como cálcio, fósforo, ferro, magnésio, manganês, zinco, cobre e o selênio.
Colesterol
Motivo de vários mitos negativos no passado, a presença de colesterol no ovo, ao contrário do que se pensava, não está relacionado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, segundo pontua o site do Instituto Ovos Brasil.
Por outro lado, a gema possui ácidos graxos mono e poliinsaturados - considerados gorduras boas para a saúde do coração -, e uma pequena quantidade de gordura saturada.
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