Por Jorge Luiz Lopes
Vamos entender a sua classificação, antes de qualquer coisa que for abordada. Os cereais em grão, são: aveia, arroz, milho, cevada, centeio e trigo; cereais sementes, são: feijão, ervilha, amendoim, soja, grão-de-bico e lentilha.
Os cereais, indispensáveis na cozinha dos brasileiros, tiveram os seus preços majorados em 89,9% no período de um ano, entre agosto de 2016 e agosto de 2015. A constatação foi feita pela pesquisa de conjuntura econômica divulgada pela Ceasa de Minas Gerais, com base nos preços verificados na central de abastecimento da Grande Belo Horizonte. Os ovos subiram 31,1% em igual período, enquanto as frutas 34%. O feijão e o arroz foram os carros-chefes da alta de preços.
Quanto aos motivos, estes variavam da situação econômica por que passa o país - agravado na crise do Poder que culminou com o afastamento da Presidente da República, até a situação climática e na diminuição do volume de mercadorias circulando pelo mercado.
Oferta e preços
O estudo aponta que a oferta geral de alimentos no maior entreposto de Minas Gerais, a Ceasa de Belo Horizonte, em agosto foi a menor para este mesmo mês nos últimos dez anos: uma movimentação de alimentos próxima a 184 mil toneladas. Na composição entre 2016 e 2015, ficou assim o total de mercadorias: 183.889,001 toneladas ante o verificado no mesmo mês do ano passado, 189.000,352.
O melhor momento aconteceu no período compreendido entre 2007 e 2011, com a movimentação de hortigranjeiros, produtos diversos e cereais crescendo de 206.430,403 toneladas a 215.498,601 toneladas. A partir de 2012, a movimentação de carga de alimentos na CeasaMinas começou a cair, de pouco mais de 215 mil toneladas para 195.993,685, seguindo ladeira abaixo em quedas expressivas como essa.
Na classificação dos preços médios, as hortaliças apresentaram queda de 6,57% em agosto ( ou, 17% no período de um ano).
Em contrapartida, as frutas tiveram aumento de preços da ordem de 10,71% no mês passado, acumulando 34% se comparado a agosto de 2015. Enquanto as frutas aumentaram de preço, as importadas - apesar da dança do dólar em relação ao Real - apresentaram queda de 6,05% no mês passado.
Os ovos também caíram de preço no mesmo período, algo em torno de 2,91%. Apesar disso, se comparado ao ano passado, aumentou 31,1%.
Perspectivas para setembro
As hortaliças em agosto apresentaram uma desvalorização de 6,4% em relação ao à janeiro passado. O preço médio atingiu um pico em abril/maio e nos meses seguintes teve trajetória decrescente; e no mês de agosto ainda teve expressiva queda de R$ 0,25 por quilo, ou 10,3% em relação à julho.
A tendência é que em setembro o volume ofertado fique acima do observado em agosto uma vez que, de acordo com o calendário de sazonalidade de preços, setembro é marcado por estações mais baixas para os preços médios das hortaliças.
Frutas
O preço médio das frutas atingiu seu valor máximo em março/abril e desde então vinha numa trajetória de queda, fato revertido a partir de agosto passado. A tendência do mercado de frutas para setembro é de uma boa oferta, porém com preços médios ainda mais elevados.
Ovos
O segmento dos ovos atingiu no mês de julho cotação máxima no preço médio, que oscilaram bastante nos meses anteriores. Para o mês de setembro a tendência é de estabilidade tanto de oferta quanto de preços. Uma boa notícia é que os ovos de granja poderão ter seus preços reduzidos mais ainda.
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