terça-feira, 11 de outubro de 2016

Produção rural tem cada vez mais tecnologia

Colheita digital.Uma nova safra de startups está levando inovação ao campo e reinventando o agronegócio brasileiro


   
                   

Bater o bico da bota no chão para saber se é preciso irrigar o campo e outras práticas ancestrais, passadas de pai para filho, estão com os dias contados no meio rural brasileiro. O País está vivendo um florescimento de startups agrícolas, conhecidas como agtechs, que usam tecnologias avançadas para elevar a produtividade e para reduzir custos com insumos. São empresas como Agrosmart, que utiliza sensores e imagens de satélite para monitorar irrigação e crescimento das plantas, a Wegbados, um classificado online de compra e venda de animais, e a 4hoofs, que criou o aplicativo 4milk para fazer gerenciamento de fazendas de leite.

Neste rol, há também aquelas que alcançaram reconhecimento internacional, como a Bug Agentes Biológicos e Enalta, ambas incluídas no ranking das 50 empresas mais inovadoras do mundo da publicação americana Fast Company. “Existe um potencial imenso para desenvolver startups de agronegócios”, diz o professor Ângelo Costa Gurgel, coordenador do mestrado profissional em agronegócio da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. A safra de agtechs está também chamando a atenção de grandes companhias, como Basf, Bayer, Monsanto e Microsoft.

Essas gigantes do mundo corporativo estão investindo em fundos de investimento ou aceleradoras de empresas com o objetivo de fomentar novas companhias de tecnologia ao redor do globo, incluindo o Brasil. “Observamos um potencial muito grande pela força da agricultura brasileira”, diz Renato Luzzardi, gerente de alianças da Bayer para a América Latina. De fato. Em 2015, o PIB recuou 3,8%, mas o agronegócio cresceu 1,8%. “É um mercado no qual o Brasil tem potencial de ser líder global”, afirma Luiz Fernando Sá, sócio e diretor editorial da StartAgro, uma plataforma de informação para integrar vários atores do empreendedorismo na área de agtechs.

“Temos potencial de negócios e de mão de obra. Só precisamos de uma organização desse ecossistema.” São Paulo é o principal polo das startups agrícolas, pela existência de grandes centros de pesquisa e desenvolvimento em Piracicaba, Pirassununga, Sorocaba, São José dos Campos, São Carlos, Botucatu, Campinas, Ribeirão Preto e Jaboticabal. “Não há dúvida: o Estado de São Paulo é o Vale do Silício caipira”, afirma Francisco Jardim, fundador do fundo SP Ventures, que se especializou no investimento em agtechs. Dos R$ 105 milhões do fundo, aberto em 2013, 60% foi direcionado às startup rurais. Em cinco anos, serão 100%.

Os investimentos, no entanto, não estão restritos às empresas paulistas. “A região do Centro-Oeste, mais o Estado de Tocantins e Minas Gerais, cresce mais que o restante do Brasil”, afirma Renato Ramalho, sócio responsável pelos fundos de tecnologia da A5 Capital Partners, que também estuda trazer agetchs dos Estados Unidos, Israel e Espanha para o Brasil. Não há dados sobre o quanto já foi aportado por fundos de capital de risco nessas startups agrícolas. A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital, no entanto, estima que dos R$ 76,1 bilhões investidos nos últimos cinco anos no País, R$ 2,1 bilhões tiveram como destino empresas de agronegócios.

Grande parte dos empreendedores das agtechs nasceu em famílias de produtores rurais. O pai de Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, é um pequeno produtor de milho em Pedralva (MG). “Vimos a oportunidade de usar a tecnologia para resolver um problema dentro de casa”, diz Mariana, que fundou a empresa ao lado de Raphael Pizzi. Até 2017, os serviços de monitoramento de produção prestados pela Agrosmart, com sede em Campinas, devem chegar a 400 mil hectares. Murilo Betarello, CEO do IZagro, um aplicativo que reúne informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras, também é produtor rural desde os 13 anos.

Em Franca, sua família começou com pecuária e acrescentou aos negócios a cana-de-açúcar. O aplicativo da IZagro conta com 11 mil downloads, é gratuito e busca parcerias com empresas de biotecnologia para ganhar dinheiro. Outros empreendedores são herdeiros de grandes empresas do agronegócio brasileiro. É o caso de Marcos Fernando Marçal dos Santos, CEO do Webgados, filho de Marcos Molina, controlador do frigorífico Marfrig. “Cheguei a comandar uma fazenda da família”, diz Santos. “Encontrava alguns problemas na hora de negociar e vi esse mercado de aplicativos crescendo muito.”

Foi daí que surgiu a ideia de criar um classificado online para a venda e compra de animais da pecuária. O número de downloads do aplicativo, que é gratuito, chegou a 7,5 mil, com ofertas em 17 Estados. A trajetória de muitas das agtechs começou dentro de uma instituição de ensino. A Hidrointel, de Leonardo Quaini, nasceu na Universidade Federal de Santa Catarina, por meio de um programa da Fapesp. A empresa receberá R$ 60 mil para desenvolver o protótipo de um hardware e um software para fazer uma irrigação de forma inteligente. “No primeiro ano teremos uma versão comercial do produto”, diz Quaini.

Quem se destaca nesse universo, no entanto, é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. Lá surgiram a Promip e a Bug, que produzem agentes biológicos, como microvespas, que combatem pragas na lavoura. No caso da Promip, a startup nasceu de um mestrado de um de seus fundadores, Marcelo Poletti. “O controle químico como única ferramenta tem sido, em alguns casos, ineficiente”, afirma Poletti, CEO da Promip, criada em conjunto com Roberto Konno.

A Bug, por sua vez, surgiu da união de Diogo Rodrigues Carvalho, que fazia mestrado, com Heraldo Negri, funcionário da Esalq. “Desenvolvemos um sistema de criação de agentes biológicos em grande volume a um custo compatível ao que o produtor gastava com o inseticida”, diz Carvalho, CEO da Bug. “Reduzimos entre 50% e 70% o uso de agrotóxico em culturas como soja, melão e abacate, e em 100% em cana-de-açúcar.” A Esalq serviu também como inspiração para Antonio Morelli criar a Agronow.

“Fiz um algoritmo matemático que consegue fazer previsão de safra com taxa de acerto superior a 90%”, diz o empreendedor, que usa imagens de satélite para realizar o seu trabalho. “Sem a pessoa ir a campo, posso fazer estudos de produtividade agrícola independente de onde estiver a plantação.” Entre as startups agrícolas há aquelas que já decolaram e exportam seus serviços. A mineira Strider, que monitora lavouras com uso de GPS para identificar pragas e reduzir em até 20% o consumo de defensivos, conta com 5% de seu faturamento de operações em plantações de algodão no Texas (EUA) e na lavoura de frutas e legumes na Austrália.

A Enalta, de São Carlos, é responsável por sistemas de telemetria de máquinas no campo na Colômbia, na Costa Rica e na Guatemala. E com perspectivas de entrar no México. Com seus produtos, o fazendeiro pode reduzir em até 15% o gasto com gasolina e monitorar a realização de manutenções. “O que foi inovador na nossa companhia foi combinar tecnologia já existente para resolver um problema de um setor gigante no Brasil e no mundo, que ninguém tinha dado muita atenção”, diz Gilberto Girardi, CEO da Enalta.

A AgroTools também exporta sua tecnologia de big data e geoprocessamento para os Estados Unidos e América do Sul. Cobrindo hoje no Brasil 200 milhões de hectares, a empresa, criada em 2007, já atende 15 das maiores marcas do agronegócio, como Cargill, BRF, JBS, Walmart e Carrefour. “Estamos, pela primeira vez, em busca de investimentos”, diz Fernando Martins, diretor da companhia, que em 2014 deixou a presidência da Intel no Brasil para investir nesse mercado. “É um momento correto de alavancar e crescer.”

Conheça algumas das startups brasileiras do agronegócio:

4milk
Aplicativo faz gerenciamento de fazendas de leite com controle de custos e acompanhamento genético do rebanho.

Agronow 
Utiliza sistema de mapas e índice de safras atuais e passadas, gerando uma previsão de produtividade para a colheita.

Agrosmart 
Usa imagens de satélite para monitorar mais de dez variáveis ambientais que auxiliam o produtor a tomar decisão de gestão do agronegócio.

AgroTools 
Criada em 2007 em São Paulo, passou de startup para grande empresa de geoprocessamento e big data de lavouras e pecuária.

Bovcontrol 
Aplicativo ajuda produtor de gado de corte e leite a gerenciar o manejo nutricional do rebanho, monitora acasalamento e orienta a venda.

Bug Agentes Biológicos 
Criada em 2001, produz vespas e agentes biológicos que combatem pragas na lavoura.

Enalta 
Especializada em telemetria agrícola, que monitora a operação da máquina diretamente no campo.

Hidrointel 
Startup tem o objetivo de desenvolver um sistema de automação de irrigação de forma inteligente.

IZagro
Aplicativo oferece informações de todos os produtos agroquímicos usados para controlar as principais pragas das lavouras.

Promip 
Produz vespas que são pulverizadas por máquinas e drones, para combater praga em plantações.

Webgados 
Anúncio online de compra e venda de gado de corte e leite com uso gratuito. No futuro, terá serviços pagos.

Strider 
Startup que desenvolveu um sistema que usa GPS e tablets que auxiliam na identificação de pragas e gerencia a aplicação de defensivos agrícolas.

Fonte Istoé Diinheiro

Índice CEAGESP: preços de 150 produtos recuaram 2,21% em setembro

Mas, no ano o indicador acumula alta de 2,66% e, nos últimos 12 meses, a elevação foi de 16,29%, por conta de uma série de fatores climáticos.

   

                    



Os preços dos cerca de 150 produtos acompanhados pelo Índice CEAGESP caíram 2,21% em setembro. Foi a sexta queda consecutiva do indicador. O declínio dos preços contribui para a queda da maioria dos indicadores que medem a inflação dos alimentos. Poucos fatores climáticos prejudicaram volume ofertado e qualidade. Em São Paulo, por exemplo, chuvas de granizo na região de Casa Branca prejudicaram a produção de algumas frutas. Os reflexos serão analisados em outubro. Os legumes e as verduras mantiveram a trajetória de queda acentuada dos preços praticados. 

O setor de frutas subiu 1,14% em setembro. As principais altas foram do figo (54,1%), jaca (35,5%), laranja lima (22,7%), abacaxi havaí (16,2%), laranja pera (14,3%) e maracujá azedo (12,1%). As principais quedas foram do mamão formosa (-38,9%), mamão papaya (-29,5%), goiaba (-27,4%), manga tommy (-14,6%), banana prata (-10,8%) e caju (-10,2%).

O setor de legumes recuou 14,73%. As principais baixas foram do pimentão vermelho (-71,1%), pimentão amarelo (-68,3%), abobrinha italiana (-45,4%), berinjela (-41,4%), vagem macarrão (-35,8%) e abobrinha brasileira (-33,4%). As principais altas foram da mandioca (44,2%), batata doce rosada (17,9%), inhame (10,3%) e abóbora japonesa (6,4%).      

O setor de verduras caiu 8,71%. As principais quedas foram do repolho (-31,7%), couve for (-24,4%), brócolis (-19,7%), escarola (-17,7%), alho porró (-17,2%) e couve (-14,4%). As principais altas foram doa salsa (16,3%) e milho verde (7,5%).           

O setor de diversos recuou 11,38%.  As principais quedas foram da batata lisa (-25,4%), batata comum (-24,1%), alho (-13,6%), cebola nacional (-10,3%), coco seco (-7,4) e ovos brancos (-6,4%). Não houve aumentos significativos no setor.   

O setor de pescados subiu 3,89%. As principais altas foram da pescada (19,1%), abrótea (16,8%), sardinha (16%), camarão ferro (15,7%) e espada (11,6%). As principais quedas foram da corvina (-11,6%), polvo (-7,3%) e anchovas (-5,4%).

O volume comercializado no entreposto de São Paulo caiu 6,45% em setembro de 2016. Foram comercializadas 262.417 toneladas ante 280.508 negociadas em setembro de 2015.  No acumulado de janeiro a agosto de 2016 foram negociadas 2.361.205 toneladas ante 2.2517.459 comercializadas no mesmo período de 2015. Queda de 6,21% ou 156.254 toneladas acumuladas em 2016.

Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de frutas, legumes, verduras, pescado e diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.

Índice CeasaMinas: Preço de hortaliças cai 8,6%, e o de frutas sobe 2,3%

    
                       

O preço médio de hortaliças (legumes e verduras) apresentou redução de 8,6% no comparativo de setembro em relação a agosto, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Um dos destaques foi a batata, com - 28,1%. Contribuíram para a queda no grupo as boas quantidades ofertadas, em razão de climas mais favoráveis à produção. Já o grupo das frutas, apesar da alta de preço de 2,3%, oferece boas opções de consumo, a exemplo dos mamões havaí e formosa, com reduções de 34,6% e 38,1%, respectivamente.

Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o preço médio dos hortigranjeiros em geral vem mantendo a trajetória de queda desde março, quando ficou em R$ 2,37/kg, fechando setembro em R$ 2,01/kg, no atacado.

Entre as hortaliças, os destaques, além da batata, foram o da abobrinha italiana (-46,8%), berinjela (-41,8%), pepino (-29,5%), repolho (-25,6%), cebola (-10%) e cenoura (-3,2%).

A cebola se destaca principalmente pelo fato de ter encerrado o mês com a média de preço mais baixa em quatro anos, considerando o período de julho a setembro. Um dos motivos é a grande oferta motivada pelos preços mais altos em 2015, fato que acabou incentivando os produtores a aumentarem o plantio para 2016.

Entre as hortaliças, há também produtos que ficaram mais caros, a exemplo do inhame (26,9%), chuchu (16,5%), quiabo (15,5%), moranga híbrida (9%), mandioca (6,9%) e tomate (5,2%). Entre esses, o produto de maior consumo é o tomate, que, apesar da alta, ficou com preço (R$ 1,81/kg) um pouco acima da média anual de 2016 (R$ 1,68/kg).

?É preciso lembrar que esta média anual também foi pressionada por conta das cotações muito baixas do tomate entre abril e julho deste ano?, explica Ricardo Martins. A previsão, de acordo com ele, é que o preço do tomate não apresente alterações significativas até o fim do ano.

Frutas

O aumento de preço no grupo das frutas na CeasaMinas foi conseqüência principalmente de problemas climáticos em importantes estados fornecedores. O exemplo é o da banana nanica, com aumento de 5%, em conseqüência de chuvas e geadas em São Paulo e Santa Caratina.

Outras altas foram verificadas com a laranja pêra (22,3%), em decorrência de fatores como a grande demanda da indústria de sucos; e a melancia (28,4%), cuja produção ficou mais restrita às regiões de Goiás e Tocantins. Como exemplos de frutas em entressafra podem ser citados o limão tahiti (7,5%) e a tangerina ponkan (18,5%).

Entre frutas com quedas de preço, o consumidor deve ficar atento à banana prata (-25,4%); mamão formosa (-38,1%); mamão havaí (34,6%); morango (-7,1%); goiaba (-3,9%) e manga (-1,3%).

Ao contrário do que normalmente ocorre, o preço da banana prata (R$ 1,76/kg) chegou a fechar o mês de setembro inferior ao da nanica (R$ 1,90/kg). Em abril, por exemplo, a relação era inversa: a nanica custava R$ 1,29/kg, enquanto a prata, R$ 2,70/kg.

Ovos

Mesmo com redução de 4,5% no preço médio, os ovos ainda não apresentam preços considerados baixos, em conseqüência principalmente dos altos custos de insumos.

Maracujá é destaque na Ceasa capixaba

As vendas chegaram a  R$7,8 milhões, desta fruta que é produzida em quatro municípios. Veja também os benefícios do maracujá para a saúde

   

                    
 


No mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) de agosto a setembro de 2016, circularam cerca de dois milhões de quilos de maracujá, o que gerou uma movimentação financeira de R$7,8 milhões.  O quilo do maracujá azedo está sendo ofertado a R$3,63 e o maracujá azedo extra a R$4,63.

No Estado, os municípios que lideram a oferta do maracujá para o mercado consumidor são: Afonso Claudio, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Vila Valério. Entre eles, o município de Afonso Cláudio se destaca nas vendas, durante os nove meses deste ano, cerca de 17% foram vendidos, um total de 355 mil toneladas de maracujá foram oriundos do município.

Outros estados como a Bahia, Pernambuco e São Paulo também participam no número de oferta. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, atualmente o Brasil é o maior produtor de maracujá no mundo.

Saúde

O maracujá é uma fruta azeda bastante usada na culinária brasileira para o preparo de doces como mousses, sucos, sorvetes, chocolates, bolos, biscoitos e tortas, e em combinações salgadas como molhos e cremes para carnes. A fruta também é conhecida por ser um dos melhores calmantes naturais, pela grande quantidade de passiflorina substância muito presente na fruta, que tem ação sedativa.

A fruta é uma boa fonte de vitamina C, possui propriedades antioxidantes que contribuem para o bom funcionamento do sistema de defesas do corpo contra infecções. Outro benefício presente na fruta são as fibras solúveis, essa substância é responsável por limpar as toxinas armazenadas no cólon, auxiliando na prevenção do câncer neste local.

Segundo a nutricionista Matilde Alves o maracujá é rico em potássio e fósforo “A fruta é rica em potássio, esse elemento é fundamental para regular a pressão arterial. O fósforo tem papel fundamental na saúde de ossos e dentes”, disse a nutricionista.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Veja relação de alimentos de outubro

 
                         
 

Outubro chegou e já estamos bem perto do final do ano que terá uma Primavera intensa, com muita chuva, principalmente na Região Sudeste do país, onde estão concentradas grandes regiões produtoras de alimentos. O blog CeasaCompras, então, preparou uma relação de frutas, verduras, legumes e pescados que poderão estar com os preços bem baixos, por conta da época.  Veja nos detalhes:

FRUTAS
Abacaxi
Acerola
Banana-nanica
Banana-prata
Caju
Manga
Coco verde
Jabuticaba
Laranja-pêra
Laranja Lima
Maçã
Mamão
Nêspera
Tangerina

LEGUMES

Abóbora
Abobrinha
Alcachofra
Aspargos
Batata-doce
Berinjela
Beterraba
Cenoura
Cogumela
Ervilha
Fava
Inhame
Pepino
Pimentão
Rabanete
Tomate
Tomate-caqui

VERDURAS

Alho-porró
Almeirão
Brócolis
Catalonha
Cebolinha
Chicória
Coentro
Couve-flor
Erva-doce/Funcho
Espinafre
Folha de Uva
Hortelã
Mostarda
Orégano

PESCADOS

Atum
Bonito
Cação
Chiova
Castanha
Chora-chora
Corvina
Gordinho
Lambari
Linguado
Meca
Merluza
Pintado
Piranha
Robalo
Salmão
Siri
Tilápia
Traíra
Tucunaré


Ceasa capixaba ensina os benefícios da manga

                         Resultado de imagem para manga rosa

Considerada a segunda fruta tropical mais consumida no mundo, a manga é ingerida sozinha ou pode ser utilizada no preparo de saladas, pratos principais e sobremesas. No Espírito Santo o consumo do alimento também é grande, tanto que somente neste mês, circularam aproximadamente 730 toneladas da fruta no mercado das Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES). No local, atualmente são vendidas cinco variedades: haden, palmer, manguita, tommy e espada.

 Com substâncias benéficas para a saúde, a manga é rica em vitaminas do complexo A e C. A vitamina A presente na fruta garante a saúde da visão, auxilia na formação da pele, e também atua como formação de colágeno e renovação celular. A Vitamina C é uma importante aliada para o fortalecimento do sistema imunológico, fazendo com que o organismo fique mais resistente a infecções.

 A nutricionista Matilde Alves salientou que algumas pessoas acreditam que a manga é um alimento que não pode ser consumido com leite. Outra curiosidade que envolve a manga é que ela possui bastantes calorias.

 “A recomendação é uma ou duas fatias durante o dia, pois em cada 100 gramas de manga têm em média 60 calorias. Quanto ao consumo de manga com leite isso não faz mal algum. Acredita-se que essa crença popular surgiu na época do Brasil colônia, período em que a manga era considerada uma fruta nobre, e o leite tinha em fácil acesso para os escravos, com isso, para que o consumo da manga parasse entre os escravos, a classe alta da época inventou que os dois alimentos juntos faziam mal,” contou a nutricionista Matilde Alves.

Plantio

No Espírito Santo, os municípios que lideram a oferta da manga para o mercado consumidor são Laranja da Terra, Afonso Cláudio, Santa Teresa, Mantenópolis, Itaguaçú e Jaguaré. Entre eles, o município de Laranja da Terra se destaca nas vendas no mercado Ceasa/ES: de janeiro a agosto de 2016 cerca de 150 mil toneladas de manga foram oriundos do município.

 Outros estados como Alagoas, Bahia e Ceará também somam o valor total da comercialização de manga. Ao todo somente neste ano, foram ofertados 3,8 milhões de quilos de manga, o que gerou uma movimentação financeira de R$11,5 milhões.

CeasaMinas: Preço da cebola é o menor em quatro anos

                       Resultado de imagem para cebola

Como resultado da boa oferta no atacado, os preços médios da cebola neste segundo semestre têm sido os mais baixos desde 2012, entre julho e setembro. Em setembro, por exemplo, o quilo da hortaliça no entreposto de Contagem ficou 65% menor que no mesmo mês de 2015 (R$ 0,90 frente a R$ 2,57). Já em agosto, a queda em relação ao mesmo período do ano passado foi de 70% no preço (R$ 1,00/kg frente a R$ 3,32/kg). Além da economia, um outro bom motivo para consumir cebola está em seu poder benéfico na prevenção de doenças.

De acordo com o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, a boa oferta é conseqüência principalmente do altos preços praticados em 2015, o que acabou estimulando os produtores a aumentarem o cultivo para este ano.

Em 2016, do total de cebola ofertada entre janeiro e agosto, 26,8% foram provenientes de Minas Gerais, sendo o restante de Santa Catarina, Goiás, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e São Paulo, dentre outros estados. Segundo Martins, a previsão é de que a oferta mineira permaneça alta neste mês de outubro.

Já no primeiro semestre, por exemplo, quando os preços em geral são maiores, 45% da oferta total de cebola no mês de abril foram provenientes de outros países, com destaque para Argentina, Holanda e Espanha.

"Cheguei a vender no primeiro semestre um saco de 20 quilos por R$ 80. Hoje ele está saindo por menos de R$ 15", ressalta o produtor rural José Roberto das Chagas, que comercializa suas mercadorias no Mercado Livre do Produtor (MLP) de Contagem.

Produtor de Rio Paranaíba (MG), ele acredita que a entrada de mercadorias de outros estados tem contribuído para a queda de preços. Chagas cita o caso da produção na Bahia, onde, segundo ele, os produtores têm trabalhado com menos custos e mais produtividade.

"Enquanto a produtividade da cebola baiana gira em torno de 7,5 mil sacos/hectare, a da mineira fica em 3,5 mil sacos/hectare. Além disso, o custo nosso chega a até R$ 70 mil/hectare, e na Bahia é bem menor: em média de R$ 40 mil/hectare".

Cultivo diversificado

Para compensar as quedas sazonais de preço, o produtor explica que diversifica os cultivos, investindo também em cenoura, batata e alho. "O alho, por exemplo, está com um preço muito bom para o produtor nesta época", ressalta.

Ele ainda observa que, mesmo com a grande redução do valor, a demanda não tem aumentado. "Parece que o brasileiro gosta de comer produto caro. Quando o produto fica barato, a procura cai, e não é por causa da grande oferta. Quando o preço aumenta, a demanda também acompanha", diz.

Perspectivas

"Em 18 anos de mercado, há muito tempo não via o valor da cebola a patamares tão baixos", afirma Mauro Roberto Correa da Silva, empresário da loja Paizão, localizada na CeasaMinas. A empresa é especializada em cebola, alho, moranga e cenoura.

Ele conta que chegou a receber um caminhão carregado com 800 sacos de cebolas de qualidade inferior. "Mas o produtor, por não conseguir vender, preferiu nos doar para não ter um prejuízo maior com frete", exemplifica.

Silva espera que o preço reaja em novembro, em razão das chuvas e da entrada da cebola de Santa Catarina. Segundo ele, o produto catarinense é mais valorizado por ser mais durável, o que acaba elevando o preço geral no atacado.

Neymer Marques da Silva, vendedor da Paizão, ressalta que muitos produtores têm preferido gradear a cebola. Ou seja, em vez de ser comercializada, a hortaliça é destruída no próprio solo por meio de uma máquina. "O preço oferecido ao produtor muitas vezes não cobre os custos para colher, beneficiar, embalar e transportar", explica.

Estudos apontam: cebola pode prevenir doenças

Além de economizar, o consumidor que comprar cebola nesta época também pode ganhar em saúde. A Associação Nacional de Cebola (NOA, na sigla em inglês), entidade que representa o setor nos Estados Unidos, tem divulgado vários estudos científicos para comprovar o poder benéfico deste alimento.

De acordo com o site da associação, chama a atenção na cebola a quantidade de quercetina, uma categoria de compostos antioxidantes que ajuda a eliminar os radicais livres no organismo, sendo importante na prevenção, dentre outros males, da aterosclerose e doença cardíaca.

Outros estudos, segundo a NOA, têm mostrado que o consumo de cebola pode prevenir úlceras gástricas por impedir o crescimento da bactéria associada à úlcera (Helicobacter pylori).

Outra pesquisa recente, realizada pela Universidade de Berna, na Suíça, mostrou que o consumo de 1 grama de cebola por dia durante quatro semanas em ratos aumentou em mais de 17% o conteúdo mineral ósseo dos animais e em 13% a densidade mineral, em comparação com outros alimentados com uma dieta controlada. Tais dados sugerem que o consumo de cebola poderia diminuir a incidência da osteoporose.