terça-feira, 11 de outubro de 2016
Índice CeasaMinas: Preço de hortaliças cai 8,6%, e o de frutas sobe 2,3%
O preço médio de hortaliças (legumes e verduras) apresentou redução de 8,6% no comparativo de setembro em relação a agosto, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Um dos destaques foi a batata, com - 28,1%. Contribuíram para a queda no grupo as boas quantidades ofertadas, em razão de climas mais favoráveis à produção. Já o grupo das frutas, apesar da alta de preço de 2,3%, oferece boas opções de consumo, a exemplo dos mamões havaí e formosa, com reduções de 34,6% e 38,1%, respectivamente.
Segundo o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins, o preço médio dos hortigranjeiros em geral vem mantendo a trajetória de queda desde março, quando ficou em R$ 2,37/kg, fechando setembro em R$ 2,01/kg, no atacado.
Entre as hortaliças, os destaques, além da batata, foram o da abobrinha italiana (-46,8%), berinjela (-41,8%), pepino (-29,5%), repolho (-25,6%), cebola (-10%) e cenoura (-3,2%).
A cebola se destaca principalmente pelo fato de ter encerrado o mês com a média de preço mais baixa em quatro anos, considerando o período de julho a setembro. Um dos motivos é a grande oferta motivada pelos preços mais altos em 2015, fato que acabou incentivando os produtores a aumentarem o plantio para 2016.
Entre as hortaliças, há também produtos que ficaram mais caros, a exemplo do inhame (26,9%), chuchu (16,5%), quiabo (15,5%), moranga híbrida (9%), mandioca (6,9%) e tomate (5,2%). Entre esses, o produto de maior consumo é o tomate, que, apesar da alta, ficou com preço (R$ 1,81/kg) um pouco acima da média anual de 2016 (R$ 1,68/kg).
?É preciso lembrar que esta média anual também foi pressionada por conta das cotações muito baixas do tomate entre abril e julho deste ano?, explica Ricardo Martins. A previsão, de acordo com ele, é que o preço do tomate não apresente alterações significativas até o fim do ano.
Frutas
O aumento de preço no grupo das frutas na CeasaMinas foi conseqüência principalmente de problemas climáticos em importantes estados fornecedores. O exemplo é o da banana nanica, com aumento de 5%, em conseqüência de chuvas e geadas em São Paulo e Santa Caratina.
Outras altas foram verificadas com a laranja pêra (22,3%), em decorrência de fatores como a grande demanda da indústria de sucos; e a melancia (28,4%), cuja produção ficou mais restrita às regiões de Goiás e Tocantins. Como exemplos de frutas em entressafra podem ser citados o limão tahiti (7,5%) e a tangerina ponkan (18,5%).
Entre frutas com quedas de preço, o consumidor deve ficar atento à banana prata (-25,4%); mamão formosa (-38,1%); mamão havaí (34,6%); morango (-7,1%); goiaba (-3,9%) e manga (-1,3%).
Ao contrário do que normalmente ocorre, o preço da banana prata (R$ 1,76/kg) chegou a fechar o mês de setembro inferior ao da nanica (R$ 1,90/kg). Em abril, por exemplo, a relação era inversa: a nanica custava R$ 1,29/kg, enquanto a prata, R$ 2,70/kg.
Ovos
Mesmo com redução de 4,5% no preço médio, os ovos ainda não apresentam preços considerados baixos, em conseqüência principalmente dos altos custos de insumos.
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