quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Ceagesp: batata, cebola e alho apresentam queda de preços acentuada


Alho caiu pouco mais de 9%

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Índice registra queda de 1,87% em agosto. Mesmo assim, de acordo com analistas da central de abastecimento, no acumulado do ano, o indicador registra alta de 4,98% e, nos últimos 12 meses, a elevação foi de 21,04%.

O Índice de preços da CEAGESP recuou 1,87% em agosto. Foi a quinta queda consecutiva do indicador. Houve melhora significativa das condições climáticas, refletindo em aumento do volume ofertado e ganhos em qualidade na maioria dos produtos, principalmente nas hortaliças. Assim, legumes e verduras apresentaram quedas acentuadas nos preços praticados. Frutas e pescados tiveram ligeira alta. A tendência para os próximos meses é de preços estáveis.     

O setor de frutas subiu 3,80% em julho. As principais altas foram Do mamão formosa (148%), mamão papaya (49,1%), atemoia (33,6%), banana nanica (30%) e melão amarelo (27,2%). As principais quedas foram do morango (-37,2%), pera pack’s triumph (-26,45), carambola (-21,7%), ameixa estrangeira (-21%) e manga Palmer (-15,5%).   

O setor de legumes recuou 11,44%. As principais baixas foram da ervilha torta (-52,2%), pimentão verde (-38,9%), vagem macarrão (-33,8%), abobrinha italiana (-37,7%) e chuchu (-27,2%). As principais altas foram do jiló (23,7%), tomate (18,2%), quiabo (16%), pimentão amarelo (13,8%) e abóbora japonesa (7,5%).      

O setor de verduras caiu 27,70%. As principais quedas foram do espinafre (-47,4%), alface lisa (-46,5%), alface crespa (-45,9%), coentro (-43%), almeirão PA (-39,4%) e rabanete (-37,7%). Não houve aumentos significativos no setor.    
      
O setor de diversos recuou 5,76%.  As principais quedas foram da batata lisa (-14,4%), cebola nacional (-13,6%), coco seco (-10,95) e alho (-9,2%). Não houve aumentos significativos no setor.    

O setor de pescados subiu 3,97%. As principais altas foram da anchova (30,2%), namorado (17,3%), tainha (15,8%), robalo (14,6%) e pescada (12,85). As principais quedas foram da sardinha (-33,8%), atum (-16,4%), cavalinha (-11,4%) e lula (-3,2%).      

O volume comercializado no entreposto de São Paulo caiu 5,63% em agosto de 2016. Foram comercializadas 269.826 toneladas ante 285.913 negociadas em agosto de 2015.  No acumulado de janeiro a agosto de 2016 foram negociadas 2.098.787 toneladas ante 2.236.951 comercializadas no mesmo período de 2015. Queda de 6,18%.

Mesmo com a queda em relação a 2016, o volume comercializado cresceu 10,4% de julho/2016 para agosto/2016. Passou de 244.377 para 269.826 toneladas. Não deixa de ser um boa notícia, principalmente se levarmos em conta o consumo retraído em razão da época e da situação econômica do país. Aguardemos os próximos meses.

Índice CEAGESP
Primeiro balizador de preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP, que é referência nacional em abastecimento.  

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

CRIME AMBIENTAL MONSTRUOSO : EUA matam milhões de abelhas por culpa da Zika

                                  Apiários tiveram de ser incinerados
                            



Por causa de apenas centenas de mosquitos, talvez, e o perigo que poderiam representar ao transmitirem a Zika, abelhas morrem após uso de veneno contra zika. Apiários da Carolina do Sul questionam uso de inseticida. De acordo com canal, 2,5 milhões dos insetos foram atingidos. Outros insetos também foram mortos. As abelhas são responsáveis pela polinização e ampliação das áreas produtivas para alimentos. Esta não é a primeira mortandade que, inclusive, afetou o México.

Apicultores da Carolina do Sul, no sudeste dos Estados Unidos, removeram esta semana milhões de abelhas mortas depois que as autoridades pulverizaram o polêmico inseticida "naled" para combater os mosquitos vetores do zika.

Juanita Stanley, uma apicultora de Summerville, ao noroeste de Charleston, encontrou uma cena apocalíptica após a fumigação de domingo passado: milhões de abelhas estavam caídas em torno das suas colmeias.
 
ZIKA
Vírus é preocupação mundial

 "Nosso negócio familiar ficou destruído pela fumigação aérea. Ajudem-nos a compartilhar esta história, não permitam que as abelhas produtoras de mel morram em vão", escreveu Stanley na página do Facebook do apiário de que é coproprietária, Flowertown Bee Farm and Supplies.

Este comentário estava acompanhado de mais de vinte fotos que mostravam as abelhas mortas e a equipe do apiário queimando as caixas que armazenavam as colmeias.

Segundo o canal local WCSC, o apiário perdeu 46 colmeias e 2,5 milhões de abelhas.

Jason Ward, o administrador do condado de Dorchester - ao que pertence a maior parte de Summerville -, reconheceu a responsabilidade da fumigação aérea neste massacre.

O inseticida utilizado pelas autoridades americanas, chamado "naled", é polêmico devido aos seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente. A União Europeia proibiu seu uso em 2012, mas os Estados Unidos o utilizam desde 1959.

"O condado de Dorchester está a par de que alguns apicultores da zona que foi fumigada neste domingo perderam suas colmeias", afirmou Ward em um comunicado na terça-feira (30), prometendo que iria contatar os afetados.

O administrador disse, ainda, que não estão previstas mais fumigações aéreas por enquanto.

Também detalhou que o condado realizou uma fumigação aérea na manhã de domingo (28), depois de que foram registrados quatro casos de zika em Summerville, dois dias antes.

O vírus da zika, que pode causar malformações congênitas em fetos em desenvolvimento de mulheres grávidas infectadas, como a microcefalia, começou recentemente a aparecer no sul dos Estados Unidos. Até o momento, a Flórida é o único estado a registrar casos autóctones.

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), os Estados Unidos continental já registra mais de 2.600 casos de zika em pessoas que contraíram o vírus durante viagens ao exterior.

Mas se espera que à medida que avança o verão e que os estados do sul são atingidos por fortes chuvas, o mosquito Aedes aegypti, vetor do vírus, continue prosperando.

Fumigações com "naled"

As fumigações aéreas com "naled" não ocorrem sem polêmica. Porto Rico, que sofre uma epidemia de zika, com quase 14.000 infectados localmente, rejeitou a medida.

Este pesticida é considerado por cientistas e ativistas um neurotóxico severo que afeta o aparelho respiratório e o meio ambiente.

Seu uso foi proibido na União Europeia porque a substância representa "um risco potencial inaceitável" para a saúde humana e o meio ambiente.

A Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA), porém, afirma que este pesticida é seguro se for pulverizado comedidamente.

Mas seus críticos dizem que o "naled" não só mata os mosquitos, como também é tóxico para as abelhas, as borboletas, os peixes e outros organismos aquáticos.

"'Naled' é um inseticida generalista", disse à AFP a ecóloga Elvia Meléndez Ackerman, professora de ciências ambientais na Universidade de Porto Rico, no distrito de Río Piedras. "Matará muitas espécies de insetos e terá efeitos negativos em outras espécies".

A cientista deu como exemplo a diminuição da população de um molusco comestível na Flórida, onde foram realizadas várias pulverizações.

Sabe a diferença de batata escovada e lavada?

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Batata doce, asterix, pirulito, escovada ou lavada, o que não faltam são opções de batata para os pratos do brasileiro.

Apesar de ser conhecida como batata inglesa, a hortaliça tem origem no Peru e é cultivada em regiões altas e frias. O Brasil é um dos poucos países que produz o tubérculo durante o ano inteiro em regiões diferentes.

Depois da colheita, o produto é mantido em ambiente refrigerado e pode ser escovado e catalogado pouco antes de chegar ao consumidor. No nosso país, porém, o consumo da batata escovada é menor em relação a batata lavada. Na CEAGESP a comercialização do tipo escovado gira em torno de 5% dentro do total de batatas vendidas.

A diferença dos produtos está na secura. Ideal para frituras e assados, a batata escovada é mais seca e tem sua casca mais grossa. Mas, em relação à lavada, essa batata pode trazer maiores benefícios:

- Economia de água e mão de obra: a batata lavada exige um grande consumo de água – cerca de 5500 litros por tonelada – e 64% mais utilização de mão de obra.

- Custos: o abastecimento da água exige autorização ambiental e investimentos em captação tratamento e descarte dos resíduos.

- Desperdício: a proporção de descarte nessa produção é superior à da batata escovada.

- Conservação: o tempo de longevidade do alimento na prateleira e durante a comercialização é duas vezes maior com o tipo escovado.

Rica em vitaminas C e do complexo B, o preparo da batata é versátil e pode ser cozida, assada, recheada, frita e até em purê, ou seja, uma delícia de qualquer jeito!

Comendo o mais natural possível

A crise econômica tem afastado o brasileiro de restaurantes. Enfim, de comer fora constantemente. A opção é trazer o alimento de casa, com o retorno das famosas marmitas. E o minimamente processado é opção para agilizar refeições em casa.
Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) indicou que um a cada cinco empresários do ramo acredita que vai falir até junho de 2017. A crise econômica está reduzindo o número de refeições fora de casa e ampliando aquelas preparadas nos domicílios. Porém, isso não tem aumentado a venda dos chamados produtos minimamente processados. É o que afirma Wanderson Martins, gerente-geral da Eleve, uma das principais empresas de minimamente processados de Minas Gerais.

              

Os minimamente processados são produtos prontos para consumo imediato, caso das saladas de frutas, ou para cozimento. Eles já vê Frutas e hortaliças minimamente processadas agilizam preparo de refeições principalmente dentro do lar picados, muitas vezes sem casca, e em porções menores, o que ajuda a reduzir a perda de alimentos.

“Vendemos um produto muito usado por uma classe específica e as pessoas optam por alguns cortes” diz o gerente da empresa, que está presente em diversas regiões de Minas Gerais, como Belo Horizonte, Sul do estado e Zona da Mata.

Mas este quadro pode mudar até o final do ano. A Eleve está com a expectativa de crescer até 100% se a situação política do país for estabilizada. Segundo ele, a empresa hoje vende cerca de 30% a menos do que comercializava em abril, porém a Eleve tem mais clientes do que naquela época. “Existe a esperança de que esses novos clientes vão comprar mais quando a crise política acabar”, diz ele.

Para Wanderson, o consumidor ainda se impressiona com preço do minimamente processado, mas deveria levar em consideração o custo-benefício. “Se você coloca na ponta do lápis, você vê a economia. Meu produto dura até três vezes mais do que o in natura. Como mantemos as frutas e hortaliças devidamente refrigeradas desde a lavoura até o supermercado, não há proliferação de microorganismos”, diz ele.

Quem também acredita que o setor vai melhorar é Jarlei Reckel, diretor comercial da Experfrut, outra empresa especializada no mercado de minimamente processados. A empresa atende supermercados no Sul de Minas Gerais e tem também três lojas próprias em Belo Horizonte Contagem (MG). “É um negócio que vai crescer mesmo. Quem não gosta de fast food, também quer tudo facilitado”, diz Jarlei acrescentando que a empresa já cresceu “um pouco” em relação ao ano passado, mesmo com a crise econômica.

Segundo Jarlei, o público-alvo da Experfrut é a chamada classe “B”. Os produtos mais vendidos são saladas de fruta, repolho, saladas prontas, batata cortada em cubos e cenoura.

Alface em abundância no Norte de Minas



Em Claro dos Poções, cidade localizada a 495 km de Belo Horizonte, a agricultura familiar é uma das principais atividades exercidas. Neste setor, a horticultura vem ganhando destaque, graças à crescente produção e qualidade das hortaliças. Um exemplo são os 7 hectares de plantio principalmente de alfaces na propriedade do Floreano Rodrigues da Silva, mais conhecido como ?seu Floreano?, na comunidade rural de Riacho.

O sucesso da plantação do seu Floreano está centrado em três pilares. Trabalho, assistência técnica e amor pelo que faz. ?Com ajuda de filhos e alguns amigos que trabalham na propriedade, só de alface, colhemos de 600 a 900 pés de alface por dia?, conta. Ele diz que a produção é entregue para variados pontos da região Norte mineira.
Segundo o agricultor, que atualmente trabalha com alface (roxa, crespa e americana), cebolinha, coentro, couve, rúcula entre outras hortaliças, a ajuda da Emater-MG foi muito importante para seu negócio dar certo. ?Os técnicos (extensionistas) me ensinaram que para irrigar a plantação, a melhor opção é o gotejamento e a microaspersão, pois essa alternativa ajuda a diminuir quase 50% do consumo de água e de energia?, comenta. Seu Floriano diz ainda que ou outro segredo do seu sucesso é bem pessoal: ?Amar aquilo que eu faço.?

Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater)

A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) promove a inovação na agricultura familiar conveniando com a extensão rural e a pesquisa agropecuária por entender que é necessário integrar esses serviços na ação junto aos agricultores familiares. Assim são maiores as chances de aumentar a eficiência e a sustentabilidade dos sistemas de produção e beneficiamento. ?A construção de conhecimento e tecnologia ocorre de forma conjunta: Ater, pesquisa e agricultores. E nas condições reais das unidades produtivas ou dos empreendimentos familiares, é o caminho mais seguro para atender as reais necessidades dentro das possibilidades de cada situação?, explica o coordenador de Inovação e Metodologia da Sead, Hur Ben Correa da Silva.

Da construção civil para a agricultura

O técnico da Emater-MG em Claro dos Poções, Manoel Cardozo, foi o responsável por acompanhar o trabalho na propriedade do agricultor Floriano desde o início. Ele apresentou as politicas públicas do Governo Federal para melhorar a propriedade do agricultor.

?No inicio, seu Floreano atuava no ramo da construção civil, mas, em 2012, ele resolveu investir no segmento da agricultura familiar e utilizou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por meio da linha de crédito do Pronaf Semiárido, no valor de R$ 12 mil, para iniciar a horticultura. Além do Pronaf Semiárido, em 2015, ele recorreu ao Pronaf Mais Alimentos para aquisição de sua caminhonete?, explica Manoel Cardozo.

Como estímulo para a agricultura familiar, o Plano Safra 2016-2017, que nessa edição disponibiliza R$ 30 bilhões para o crédito rural, os juros são bem abaixo das práticas do mercado.

Vinhas começam a "brotar" na Região dos Lagos, no Rio

Produtor adota técnicas agroecológicas e festeja o cultivo de videiras na Baixada Litorânea fluminense.

            

Quando se fala em produção de uvas no Brasil, automaticamente lembramos das paisagens de clima frio no sul do país, onde o cultivo ficou conhecido, principalmente, em razão da colonização italiana. Cem anos depois, as videiras ganharam espaço na zona rural de outros estados, de clima mais quente, como o Rio de Janeiro. E o mais inusitado: agora as parreiras estão carregadas de cores e aromas a menos de 20 quilômetros das praias fluminenses.

Vários motivos explicam essa novidade: a escolha da variedade adequada à região, o estudo da qualidade da água, bem como a fertilidade e conservação do solo.

- Geralmente, a vegetação de cobertura das plantações de uva são baixinhas. Na Região dos Lagos, o produtor faz apenas a roçada. As plantas espontâneas, habitualmente descartadas, são reutilizadas, pois vão formar uma camada que protege e nutre a terra, garantindo mais saúde para as videiras - explica Cíntia Cruz, extensionista rural da Emater-Rio e técnica executora do Rio Rural, programa da secretaria estadual de Agricultura, que promove a sustentabilidade nas lavouras fluminenses.

- As pessoas não acreditavam que seria possível produzir uvas nessa região. Hoje, estão encantadas. Vem gente de várias cidades fazer visitação - comemora o agricultor Márcio Parud, do sítio Recanto da Uva, na zona rural de Rio das Ostras, Região dos Lagos Fluminense. Márcio está no terceiro ano de cultivo da uva Niágara Rosada, uma das mais populares nas prateleiras dos supermercados. Ele produz duas toneladas do fruto por ano.

Combate às pragas

O viticultor se prepara para fazer em breve a transição agroecológica, processo de passagem da agricultura tradicional para o cultivo com tecnologias de base ecológica. Uma das técnicas que ele vem adotando com sucesso é o monitoramento integrado de controle de pragas e doenças. A ideia é diminuir gradativamente o uso de produtos químicos na lavoura. Sempre que necessário, soluções alternativas de controle de pragas são utilizadas. Um exemplo é calda bordalesa, mistura de água, cal virgem e sulfato de cobre.

- Todo dia observo as folhas para ver se aparecem fungos. Se for algo pequeno, retiro a folha para não contaminar as outras. Se tiver potencial de causar prejuízo financeiro, uso fungicida, mas tenho aumentando mais o intervalo entre as aplicações. Uma coisa é certa: a calda bordalesa é bem melhor para o meio ambiente - argumenta o produtor.

O uso de caldas alternativas é uma das práticas incentivadas pelo Rio Rural que, além de ser ecologicamente recomendável, reduz os custos de produção.

- Uma vez que o agricultor familiar deixa de fazer as aplicações contínuas de agrotóxicos, ele economiza, pois diminui a mão de obra e também porque deixa de comprar os defensivos em grande escala. Além disso, as caldas alternativas não agridem os lençóis freáticos. O uso sustentável da terra é garantia de mais água para todos - ressalta o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo.

Neto de pescadores e agricultores, Márcio Parud se preocupa com a questão ambiental também em razão do público consumidor. A ideia dele não é levar mais pessoas ao supermercado para apenas comprar o produto já colhido, mas trazê-las à propriedade por meio do turismo rural.

- Meu sonho é mostrar às novas gerações que é possível produzir alimento saudável e de mãos dadas com a natureza - comenta.

Com o sucesso da produção da uva de mesa, o agricultor se animou e está produzindo 250 pés da variedade Isabel, indicada para a produção de vinhos, sucos e geleias, pois essa uva tem um nível mais elevado de acidez.

A versatilidade da uva

O clima tem forte influência sobre a videira. Segundo o engenheiro agrônomo e especialista em viticultura, Leandro Hespanhol, no clima frio ela entra em dormência para suportar as baixas temperaturas. Na prática, isso aumenta o tempo entre a poda e a colheita. Em regiões mais quentes, não há dormência, permitindo a realização de duas colheitas por ano.

Para quem pretende “surfar” nessa nova onda, Hespanhol orienta que, apesar do calor parecer um dos maiores entraves à produção de uvas em áreas quentes, como é o caso das zonas costeiras – já que a temperatura ideal para o cultivo de uva varia entre 15ºC e 30ºC –, a água e o solo é que merecem maior atenção.

- Não basta apenas selecionar uma ótima variedade para clima quente. Perto do mar, é comum a presença de água e solo com altas concentrações de sal, o que pode inviabilizar o processo produtivo. Outro fator importante é a adubação orgânica. A técnica permite um melhor desenvolvimento das raízes e, por consequência, melhor absorção de nutrientes, além de manter a terra mais úmida - detalha o especialista.

As chamadas uvas de mesa, consumidas in natura, como a Niágara Rosada, são mais indicadas para climas quentes e úmidos em virtude de sua boa adaptação ao clima, além de serem mais resistentes às pragas e doenças. No Norte e Noroeste Fluminenses, regiões também conhecidas pelas altas temperaturas o ano inteiro, a viticultura está em expansão. Destaque para as cidades de Cardoso Moreira e Bom Jesus do Itabapoana, com maiores safras.

Veja a lista de alimentos de setembro

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A sazonalidade é uma aliada importante para nossa economia, por que é nessa época que os preços dos alimentos tendem a baixar consideravelmente nas centrais de abastecimento do país, com reflexo direto para o consumidor final. E um dado importante: os produtos da época tendem a ser mais nutritivos. Portanto, o CeasaCompras preparou uma lista para você preparar o seu cardápio diário e ter uma ótima alimentação.

Frutas

Abacate, Ameixas, Anona, Banana, Dióspiro, Figo, Framboesa, Maçã, Manga, Marmelo, Melancia, Melão, Nectarina, Pêra, Pêssego, Romã, Uvas, laranja pera, laranja lima, tangerina, Nêspera. Caju.

Vegetais

Abóbora, Abobrinha, Acelga, Aipo, Alho, Alho- Poró, Alface, Alcachofra, Almeirão, Cogumelo, Chicória,Berinjela, Beterraba, Brócolos, Cebola, Cenoura, Courgette, Couve, Couve-flor, Endivias, Espinafre, Feijão-Verde, Nabo, Pepino, Pimentos, Rabanete, Tomate

Peixe e Marisco

Alabote do Atlântico, Albacora, Amêijoas, Atum, Camarão, Camarão Tigre, Caranguejo, Congro, Corvina,Dourada, Enguia, Garoupa, Lagosta da Noruega, Lulas, Mexilhões, Ostras, Peixe-espada, Perca, Percebes, Polvo, Salmão, Sardinha,Tilápia, Traíra,Truta, Tubarão, Tucunaré.