terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Brasil quer vender o seu peixe lá fora

Aproveite. Terminam no sábado inscrições para a feira de pescado de Bruxelas.A Seafood Expo Global atraiu 22.160 visitantes de 143 países e 1.664 expositores de 80 países, no ano passado.

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Empresas e entidades interessadas em participar do pavilhão brasileiro na 25ª Seafood Expo Global têm até o dia 21 de janeiro, próximo sábado, para se inscreverem. A feira, considerada a maior do mundo para a promoção e a comercialização de produtos da pesca e aquicultura, acontecerá no período de 25 a 27 de abril em Bruxelas, Bélgica.

O pavilhão brasileiro terá estrutura e espaços individualizados disponibilizados para as empresas e as entidades setoriais (sindicatos, associações) previamente selecionadas. Os expositores também terão serviços de apoio e serão incluídos no catálogo oficial da feira e do Pavilhão do Brasil.

Para mais informações, a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) e a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento estão à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos no endereço: feiras.seafood@agricultura.gov.br  ou no http://www.agricultura.gov.br/seafoodbruxelas

Em 2016, a Seafood Expo Global atraiu 22.160 visitantes de 143 países e  1.664 expositores de 80 países.

Site oficial da Seafood Expo North Global 2017: http://www.seafoodexpo.com/global

Lição de casa bem feita da Ceasa capixaba

Central de abastecimento anuncia independência financeira e abre mão de orçamento do Governo do Espírito Santo, estado da Região Sudeste  que não enfrenta problemas de falta de dinheiro para os servidores públicos.

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Pela primeira vez, a Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) abriu mão de repasse de recursos do Governo do Estado para custear suas despesas e anunciou a independência financeira da empresa pública. O comunicado foi feito, nesta semana, pelo diretor-presidente da Ceasa-ES, José Carlos Buffon, ao governador Paulo Hartung.

O repasse financeiro efetuado pelo Tesouro Estadual era utilizado para aportar os custos com a folha de pessoal, valor principal com o Parcelamento Especial (Paes) e investimentos. A partir deste ano, a Ceasa-ES abdica deste repasse e assume todas as despesas da organização.

Nos últimos 10 anos – em valores corrigidos – o Tesouro Estadual destinou mais de R$ 85 milhões para custear as despesas da Ceasa-ES. Em 2014, por exemplo, foi repassada a quantia de R$8,6 milhões, em 2015, este número caiu para R$ 6,2 milhões. Por fim, em 2016, o aporte financeiro passou para R$ 5,1 milhões.

Em busca da independência financeira, o trabalho começou desde o início da nova gestão, com a implantação do primeiro planejamento estratégico da empresa. Em observância às diretrizes traçadas na Carteira de Projetos do Planejamento, a Ceasa-ES adotou diversas medidas visando aumentar a receita e diminuir as despesas, tais como: o aumento do rateio das despesas comuns, o reajuste da tarifa de acesso ao estacionamento, a implementação da concessão de lojas e o leilão de automóveis pertencentes à frota própria, que geravam alto custo com manutenção.

"A Ceasa/ES se compromete com o Governo do Estado e com todos os cidadãos capixabas a arcar com todas as despesas da empresa, por meio da consolidação de novas medidas que viabilizem o aumento da receita e diminuição dos gastos", afirmou o diretor-presidente, José Carlos Buffon.

Tesouro Estadual

O Tesouro Estadual é a principal fonte de recursos financeiros do Governo do Estado. Em resumo, é o “caixa” da gestão para onde vai o dinheiro da receita de impostos do contribuinte, arrecadação orçamentária do Governo Federal, empréstimos, entre outras fontes.

Feira livre com tecnologia em São Paulo

Jovens 'invadem' as feiras e utilizam a tecnologia para aumentar os lucros. 'Fórmula' tem sido usada por alguns feirantes de Santos, no litoral de SP. Jovens feirantes valorizam e negociam os produtos nas redes sociais.

              

Muito antes do amanhecer, os feirantes já estão organizando as barracas e se preparando para mais um dia de trabalho. Eles também aquecem o ‘gogó’ para usar a cantoria e conquistar os fregueses. Tiram, pouco a pouco, as frutas e verduras fresquinhas de caixas e mais caixas. A balança já está preparada para pesar os alimentos, a caneta funcionando bem para anotar os pedidos e, agora, o celular na mão para receber qualquer encomenda pelo Whatsapp ou postar as novidades no Instagram.

Aliar a tradição e tecnologia para lucrar mais tem sido a fórmula usada por alguns feirantes de Santos, no litoral de São Paulo. Eles começaram a utilizar as redes sociais para conseguirem um diferencial em relação aos antigos comerciantes. A ideia é atender melhor os clientes, principalmente, aqueles que não têm tempo para ir à feira.

Há três anos, Fabrício Morine Jacob, de 22 anos, assumiu a barraca de frutas da família. Irmãs, cunhados e primos já trabalharam na feira. Ele, porém, ficou com a responsabilidade de perpetuar os ensinamentos do pai, que trabalhou por 50 anos no ramo. “Eu aprendi tudo com o meu pai e ele se aposentou. Temos mais de 30 tipos de frutas. São seis feiras por semana. Pra mim não é um trabalho. É um prazer e eu adoro”, fala.

Como conhece a feira desde pequeno, Jacob sabe que é preciso ter uma fruta de qualidade, muita variedade e o melhor preço para agradar a clientela. Mas, o primordial, é o atendimento. Por isso, quando assumiu o negócio, quis inovar nesse quesito.

“Recebemos bastante encomendas. Pode ligar qualquer dia que a gente entrega na residência da pessoa. Pode mandar mensagem pelo Whatsapp ou Facebook. Quem separa as frutas sou eu ou uma das meninas. Temos um cuidado a mais para deixar sempre as melhores frutas para a pessoa porque ela não está vendo. Não cobramos entrega, é cortesia da banca, os clientes merecem”, diz Fabrício.

Segundo ele, são vendidas mais de mil caixas de frutas por semana, resultado de seis feiras por semanais. A utilização do Whatsapp e do Facebook ajudou a aumentar a procura. Pelo menos duas entregas são feitas por dia com o pedido por meio das redes sociais. "Ajuda a vender mais, com certeza, é um diferencial. É um conforto para os fregueses, que não podem vir na feira. É uma cortesia”, diz. O pai, porém, não concorda muito com a inovação tecnológica. “Ele fala que é um trabalho a mais, desnecessário”, revela.

Thiago Santos também resolveu comandar a barraca do pai, José Santos. O patriarca da família abriu o negócio em 1976 e ficou conhecido como o ‘português do queijo’, já que o sotaque não esconde a descendência dele. Para diminuir os custos com a logística da barraca, Tiago começou a comprar direto do fabricante alguns produtos mais artesanais.

“O queijo da Serra da Canastra, as bananinhas de Itariri, algumas pimentas, só eu tenho na feira. É um produto mais fino. A minha ideia, desde que comecei a tomar conta da barraca, em março do ano passado, foi pegar alguns produtos diferenciados. 40% dos produtos que tenho aqui, você não encontra em supermercado. Esse é o grande diferencial que vejo na feira”, disse.

A barraca passou a ter máquina de cartão de crédito, que o pai relutava em comprar. Ele também está investindo nas redes sociais. Thiago criou a página no Instagram ‘Português do Queijo’ e disponibilizou um número de Whatsapp. “Já tive retorno. Alguém comentou alguma coisa, eu respondi e a pessoa mandou inbox. Levei o produto, a pessoa gostou e depois pediu um monte de coisa”, conta ele.

Com baixo investimento financeiro, ele já teve respostas positivas e começa a alcançar até quem não vai a feira. Hoje, o número de encomendas aumentou. Toda semana há cerca de cinco ou seis entregas. “Isso porque a gente ainda não divulgou muito. Estamos nos preparando para atender melhor cada vez mais”, finaliza Thiago.

Fonte G1, Santos (SP)

Alimentos que ajudam no bronzeamento da pele

A lista é muito boa, segundo nutricionistas. Veja: cenoura, beterraba, abóbora, mamão, manga, acerola e pêssego.

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No verão, a árdua busca pelo bronzeado ideal que homens e mulheres empreendem torrando nas praia vai muito além dos produtos de pele. Poucos sabem, mas a alimentação certa pode ser uma grande aliada nesse momento e, mais especificamente, o pigmento betacaroteno.

— Além de funcionar como protetor contra os raios solares, o betacaroteno estimula a melanina, que é responsável pela pigmentação da pele — explica a nutricionista Natalia Dourado, da empresa Sanavita.

E como encontrar o milagroso betacaroteno? O pigmento está em alimentos com cores alaranjadas, amarelas e vermelhas, como cenoura, beterraba, abóbora, mamão, manga, acerola e pêssego. Ele também pode ser achado em folhas verdes escuras, como o espinafre, a rúcula, a couve e a escarola.

Segundo a especialista, o ideal é começar a comer esses alimentos três meses antes de pegar sol. Mas, como tudo na vida, betacaroteno em excesso não faz bem e pode destruir o bronzeado conquistado.

— Quando isso acontece, a pessoa pode ficar com as superfícies amareladas, principalmente nas mãos e nos pés — alerta a nutricionista.

A nutricionista Marina Feuro, da cooperativa Nutris do Brasil, lembra que não adianta só ingerir os alimentos citados para ficar com a pele bronzeada. Para atingir o objetivo esperado, é preciso ter uma alimentação equilibrada constante.

— Não vai ter efeito se você tiver com déficit de alguma vitamina ou com o estômago impróprio. Se não for ao banheiro todo o dia, por exemplo, pode esquecer. É preciso ter uma alimentação saudável para equilibrar o intestino, que é onde terá a absorção das substâncias que serão revertidas no bronzeado — afirma.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Índice CEAGESP, com preços dos alimentos, acumula alta de 3,56% em 2016

    
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O índice CEAGESP, em dezembro passado, recuou 2,46%. Apesar do aumento da demanda, o setor de frutas foi o que mais caiu (-4,50%). No final faz um alerta: chuvas do período irão prejudicar a produção de legumes e verduras, baixando sua qualidade e, claro, refletindo nos preços ao consumidor.

Legumes, verduras e diversos registraram reduções expressivas nos preços ao longo do ano. Frutas e pescados fecharam o ano com elevação dos preços praticados. No comparativo janeiro x dezembro, foram destaques:

Principais altas:
Frutas: limão taiti (94,6%), banana nanica (94,3%), abacate (70,8%), banana prata (55,8%) e goiaba (31,5%)
Legumes: mandioca (147%), inhame (86,6%), mandioquinha (42,4%) e abóbora japonesa (16,95)
Verduras: não houve elevação expressiva
Diversos: alho argentino (52,5%), canjica (23,7%), ovos (19,9%)
Pescados: Sardinha (108,6%), cavalinha (43,2%) e atum (34,9%)

Principais quedas:
Frutas: morango (-38,2%), maracujá azedo (-30%), mamão papaya (-29,85) e pera packs (-16,1%).
Legumes: abobrinha italiana (-63,7%), tomate (-56,2%), pepino japonês (-51,9%), beterraba (-51,3%) e jiló (-44,9%)
Verduras: repolho (-66,1%), coentro (-64,6%), espinafre (-58,1%), almeirão (-51,3%), alface (-49,2%) e escarola (-49,1%)
Diversos: batata lisa (-51,8%), cebola nacional (-51,2%) e batata comum (-30,6%)
Pescados: corvina (-29,8%), tainha (-17,2%), pintado (-13,6%) e anchovas (-12,7%)

- Tendência do Índice

O ano de 2016 foi novamente bastante complicado para o abastecimento de hortifrutícolas. Problemas climáticos como estiagem no nordeste e excesso de chuvas no sul e sudeste, diminuição do volume ofertado, crise econômica e juros elevados inibindo investimentos, entre outros aspectos, prejudicaram a oferta de hortifrutícolas ao longo do ano.

Mesmo com a diminuição do volume ofertado, os preços dos mais de 150 produtos acompanhados pelo índice CEAGESP encerraram o ano com aumentos abaixo da inflação em razão, principalmente, da diminuição do consumo. O primeiro trimestre do ano tem como principais características as frequentes chuvas e as altas temperaturas, situações altamente prejudiciais para a produção de hortaliças, notadamente as mais sensíveis.

Portanto, Legumes e verduras deverão apresentar problemas na qualidade e diminuição do volume ofertado neste início de 2017. Em contrapartida, as frutas devem registrar, neste início de ano, boa oferta e preços reduzidos em relação a 2016.

Brasil tem alimentos com risco de extinção

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Você conhece arroz vermelho, baunilha do cerrado e o trigo crioulo?  Que tal termos alimentos bons, limpos e justos? São perguntas que estão sendo respondidas por projeto do governo federal.  O CeasaCompras está caminhando com o movimento Slow Food.

É comum encontrar diferentes pacotes de arroz branco nos supermercados, mas você sabia que existe arroz vermelho? O produto, assim como a baunilha do cerrado e o milho crioulo, não é tão comum em gôndolas ou mercearias. Mas estes são apenas alguns dos variados produtos brasileiros que estão na lista de alimentos que correm o risco de serem extintos. 

A catalogação deles está inserida em um projeto chamado "Arca do Gosto", que, por sua vez, faz parte do plano “Alimentos bons, limpos e justos”, uma parceria da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead) com o movimento Slow Food, a Universidade Federal de Santa Catarina e uma rede de universidades.

Mas o que seria um alimento bom, limpo e justo? 

De acordo com o movimento Slow Food, muitos modos de produção são nocivos ao meio ambiente e aos seus habitantes. O alimento ser bom, limpo e justo está ligado ao gosto, ao aroma, ao respeito com o meio ambiente e à valorização do trabalho em volta daquele alimento.

Para a consultora para o Slow Food da Sead, Nadiella Monteiro, a ideia é fugir dos padrões de consumir apenas alimentos já conhecidos como, por exemplo o arroz branco, e abrir espaço também para sabores únicos, como arroz vermelho ou queijo Minas artesanal. Além disso, o projeto ainda busca fortalecer a agricultura familiar através da filosofia do Slow Food. “A ideia do projeto é conseguir identificar, na nossa agricultura familiar, quem produz de forma boa, limpa e justa. E conseguir qualificar, reconhecer, identificar, ajudar de forma que ele seja valorizado”, diz.

O projeto tem passos distintos a serem seguidos. O primeiro é a Arca do Gosto, que é um catálogo mundial para a divulgação de alimentos que com o tempo estão sendo esquecidos. “A Arca do Gosto é uma espécie de Arca de Noé. A ideia de que vai vir uma inundação e todos vão se perder e a arca vai proteger. O catálogo tem a função de chamar atenção, mostrar que há alimentos com características distintas que estão sumindo”, explica Nadiella Monteiro.

Qualquer pessoa pode indicar um alimento para a Arca. Basta acessar o site do Slow Food e preencher este formulário que está neste link. Depois o alimento vai passar pela análise de uma série de critérios, como a tradicionalidade e a dificuldade de ser encontrado no mercado. Podem ser indicados não só matérias-primas, mas também espécie e variedades vegetais, raças animais domesticadas, além de alimentos com técnicas tradicionais de produção.

Depois de catalogados, é preciso saber onde eles estão. Para isso, o segundo passo do projeto é a formação das Comunidades do Alimento. As comunidades são o agrupamento de todos os atores da cadeia produtiva. É identificado desde o agricultor que produz até o consumidor.

Em seguida, formam-se as chamadas Fortalezas, nas quais a equipe busca fortalecer os produtos que estão prestes a serem extintos. Ela organiza os produtores e procura entender o mercado para incluí-los.

A Arca está cada vez mais cheia, já são mais de 100 alimentos brasileiros no embarque. As comunidades estão sendo identificadas e já há um trabalho de aproximação sendo feito nas Fortalezas. Além desses passos, as instituições também oferecem capacitação em ecogastronomia a jovens rurais e se dedicam a um trabalho de divulgação, para que as informações cheguem aos consumidores.

Segundo Nadiella Monteiro, a meta é continuar colocando os produtos na Arca e identificando as comunidades. O objetivo é chegar em 27 Fortalezas. “Também queremos levar essas Fortalezas para o mercado, para as feiras, para os produtos serem vistos. Afinal, o consumidor é quem define se o alimento vai ser extinto ou não. Se ele não sabe que existe, vai sempre comprar a mesma coisa”, ressalta.

A consultora ainda explica que o projeto cuida não só dos alimentos, mas também do agricultor. “São alimentos que têm valor para ele, mas não são valorizados financeiramente. Nosso trabalho é fazer essa transformação e dizer que tem valor, que tem gente que quer comprar e pagar bem. Comida não é só commodities, comida tem história, tem afetividade”. Nadiella afirma que não se deve deixar esses produtos sumirem das prateleiras. É preciso incentivar os agricultores a continuar produzindo, mas também colocá-los no mercado, pois o retorno financeiro é necessário.

Slow Food

Um dos grandes atores do projeto é o movimento internacional Slow Food, cujo princípio básico é o prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais, cultivados de uma forma que não agrida o meio ambiente e as pessoas que os produzem. O movimento se opõe à padronização dos alimentos no mundo e visa defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, educar o gosto e aproximar os produtores dos consumidores.

O presidente da Associação Slow Food no Brasil, Georges Schnyder, afirma que é de extrema importância essa parceria com o Governo Federal. Para ele, a Sead e o movimento querem a mesma coisa: fortalecer a agricultura familiar e também os alimentos bons, limpos e justos – trazê-los para a mesa do brasileiro e do mundo.

Schnyder ainda destaca que a agricultura familiar é fundamental para a preservação da biodiversidade brasileira. “Hoje o Brasil talvez seja uma das regiões do mundo que o Slow Food tenha mais atuação e tem maior trabalho a ser feito. Há uma contraposição muito forte entre a biodiversidade e a agricultura industrial praticada no país”. Para ele, a família protege não só a própria produção, mas também o seu entorno.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Cebola, batata e tomate são itens com preços baixos em 2016

No balanço oficial da inflação, feijão, tangerina e multa de trânsito lideraram alta de preços no ano passado; inflação oficial terminou 2016 em 6,29%, segundo o IBGE. Boa parte dos alimentos, como vínhamos informando durante o ano no Blog CeasaCompras, mantiveram os seus preços em queda

Cebola teve queda de -36,50%
 
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A inflação oficial do país fechou 2016 em 6,29%. Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA) ficou dentro da meta determinada pelo Banco Central.

Mais uma vez os alimentos foram a categoria que exerceram a maior influência sobre o índice. A alta de preços desse grupo de despesas acelerou a 8,62% no ano passado, depois de avançar mais de 12% em 2015.

Na análise da variação de preços dos quase 400 itens pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o feijão-mulatinho liderou as altas, com elevação de 101,59% no ano passado. Em seguida, os preços que mais subiram em 2016 foram feijão-preto (78,05%), tangerina (74,47%) e multa de trânsito (68,31%) - as multas básicas não sofriam reajustes desde 2000. Veja lista mais abaixo

Na outra ponta, os itens cujos preços mais caíram no ano foram: cebola (-36,5%), batata-inglesa (-29,03%) e tomate (-27,82%).

Maiores altas em 2016

Feijão-mulatinho: +101,59%
Feijão-preto: +78,05%
Tangerina: +74,47%
Multa de trânsito: +68,31%
Feijão-macassar (fradinho): +58,35%
Manteiga: +55,17%
Leite condensado: +53,95%
Farinha de mandioca: +46,58%
Feijão-carioca (rajado): +46,39%
Banana-maçã: 41,12%

Maiores quedas em 2016

Cebola: -36,50%
Batata-inglesa: -29,03%
Tomate: -27,82%
Laranja-bahia: -26,43%
Repolho: -24,02%
Cenoura: -20,47%
Manga: -14,05%
Maracujá: -12,05%
Energia elétrica residencial: -10,66%
Carne de carneiro: -9,73%

Categorias de maior impacto na inflação

Também contribuíram com o aumento geral dos preços da alimentação os alimentos consumidos em casa, que subiram 9,36%, e os consumidos fora de casa, que ficaram 7,22% mais caros em 2016.

"Em anos mais abastados, você tem o crescimento na procura por restaurantes e bares. Nos últimos anos, ocorre uma queda no serviço, as pessoas preferem os alimentos que são feitos no domicílio. Isso é efeito da crise. A refeição fora fica pressionada, porque eles passam a não poder repassar aos consumidores os aumentos dos alimentos", afirmou a pesquisadora.

Os preços relativos a saúde e cuidados pessoais também pressionaram o IPCA deste ano ao atingir a maior alta entre todos os grupos de despesas analisados para o cálculo desse indicador. De 9,23% em 2015, a variação passou para 11,04% em 2016. O resultado foi puxado principalmente pelo reajuste dos planos de saúde, que chegou a 13,55% - a maior taxa desde 1997 - e pelos remédios, que ficaram 12,5% mais caros: a taxa mais elevada desde 2000.

O grupo de gastos com transportes também tem grande peso no cálculo do IPCA. Assim como os alimentos, os transportes também ajudaram a frear um aumento maior da inflação em 2016. De 10,16%, a taxa foi para 4,22%). Influenciaram os preços de transporte público (7,78%). Já as passagens aéreas fecharam o ano com queda de 4,88%.

Os brasileiros também tiveram de gastar mais com educação. A alta, de 8,86% em 2016 (9,25% em 2015), foi influenciada pelo aumento dos preços dos cursos regulares, de 9,12%. As despesas pessoais também pesaram bem no bolso. A alta de 8% desse grupo foi principalmente puxada pelos custos com empregado doméstico, 10,27%, ficando acima do IPCA.

Os preços dos gastos relativos à habitação também subiram em 2016, 2,85%, mas num ritmo mais fraco do que o visto no ano anterior, quando a alta chegou a 18,31%. Segundo o IBGE, a principal contribuição partiu da energia elétrica, que ficou 10,66% mais barata.

De acordo como IBGE, dos 373 itens pesquisados pelo IBGE, 120 deles aumentaram mais que 10% em 2016. Em 2015, o número de índices que tiveram reajuste acima de 10% chegou a 160.