segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Confira os benefícios das 19 verduras sazonais de dezembro

   
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Além do sabor único, hortelã ajuda contra enjôos, náuseas e tem função calmante. Veja essas dicas da Ceagesp.

As festas de final de ano prometem fartura com comidas apetitosas, mas não é preciso se descuidar da saúde para provar alimentos saborosos. Quer enriquecer seu prato e fortalecer a saúde em dezembro? Basta investir no consumo das verduras sazonais – aquelas em sua melhor época para consumo.

1- Alho-poró: é rico em vitamina A, C e do complexo B além de fornecer minerais como magnésio, zinco, potássio, ferro e fósforo. O vegetal também tem baixo teor de gordura e é fonte de fibras.

2- Aspargos: fonte das vitaminas A, C, B e K, o aspargo ainda é rico em minerais, fibras e no antioxidante glutationa que tem ação anticancerígena.

3- Bardana: também conhecida como gobô, essa raiz funciona como diurético e laxante natural. Atua como ainda como purificador do sangue e auxilia no tratamento de doenças crônicas da pele, como acnes, herpes, seborreia e eczemas. 

4- Brócolis: seu consumo está associado ao combate de úlceras, gastrites e doenças cardíacas. Atua como anti-inflamatório e é fonte, vitaminas A, C, do complexo B e K além de conter ácido fólico, benéfico para gestantes.

5- Cebolinha: a vitamina A presente no alimento atua como antioxidante fortalecendo o sistema imunológico, a visão e a pele enquanto que a vitamina C ajuda a retardar o envelhecimento. Seu consumo também estimula o apetite.

6- Cenoura com folhas: as folhas da cenoura são ricas em vitamina A e podem ser usadas em sopas, saladas, picadinhos ou chás.

7- Coentro: considerada um antioxidante natural, o seu consumo atua contra o envelhecimento e o efeito degenerativo das células. Luteína e zeaxantina são carotenoides presentes no vegetal que auxiliam a visão.

8- Couve-de-bruxelas: alimento rico em fibras que auxiliam o sistema digestivo e ajudam a reduzir o teor do colesterol ruim. Também é fonte de antioxidantes, que evitam a oxidação das células, vitamina A, C e E.

9- Endívias: rica em minerais, como o potássio que atua como diurético e previne doenças cardíacas, fósforo que beneficia cabelos, dentes e ossos, e ferro que combate anemias.

10- Erva-doce: atua no alívio da má digestão, cólicas e da prisão de ventre. Seu chá tem função diurética e a erva ainda fortalece o sistema imunológico.

11- Folha de uva: tem ação anti-hemorrágica, anti-inflamatória, antisséptica e cicatrizante. Seu chá é recomendado ainda para bochecho a fim de aliviar a gengivite e aftas.

12- Hortelã: tem função calmante e auxilia o sistema digestivo, prevenindo inflamações e dores estomacais, reduz danos de gripes e resfriados e alivia os sintomas de doenças respiratórias.

13- Manjericão: contém magnésio, que auxilia no fluxo sanguíneo e aumenta a flexibilidade dos vasos sanguíneos, e betacaroteno, que evita a oxidação do sangue e impede a formação de placas e acúmulo de gorduras nas paredes arteriais.

14- Mostarda: auxilia no tratamento da psoríase, seu consumo é indicado para aliviar dores musculares, diabetes e desintoxicar o organismo.

15- Palmito: é fonte das vitaminas A, B e C, potássio, magnésio, ferro, fósforo, cálcio, fibras, além de ser pouco calórico e possuir baixo teor de gordura ajudando na perda de peso.

16- Rabanete: auxilia da desintoxicação do fígado e do estômago, também é indicado para o tratamento de icterícia e causa sensação de saciedade, sendo útil para quem quer reduzir as medidas.

17- Rúcula: possui vitamina A e flavonoides que ajudam no combate ao câncer de pele, de pulmão e bucal. Também é rica em vitamina C e K que fortalecem o sistema imunológico e têm ação antioxidante.

18- Salsa: ajuda a combater anemias pois é rica em ferro e tem ação diurética sendo uma aliada para a purificação dos rins.

19- Salsão: é pobre em calorias e rico em fibras, está associado a proteção contra o câncer e pode ser usado como expectorante e anti-inflamatório.


Essas e outras verduras, além de frutas, legumes, pescados, ovos e grãos podem ser encontrados no Varejão da CEAGESP:

4ª feira – das 14h às 22h
no Pavilhão PBC (Praça da Batata) – entrada pelo Portão 7
Sábado – das 7h às 12h30
Domingo – 7h às 13h30
no Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP) – entrada pelo Portão 3

Endereço: Avenida Doutor Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina.

Flores do mês para ornamentar as festas


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                  Arco-íris de hortênsias
 
Enfeite qualquer ambiente com as flores sazonais de dezembro.

Já pensou na decoração das festas de dezembro? E nos presentes? Um lindo arranjo de flores alegra qualquer ambiente, por isso a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) lista as flores sazonais do último mês do ano:

•    Astromeria
•    Begônia
•    Boca de Leão
•    Branquinha
•    Ciclame
•    Cravo
•    Gipsofila
•    Girassol
•    Hortência
•    Impatins
•    Lisianthus
•    Musgo Pequeno
•    Petúnia
•    Pingo de Ouro
•    Rosa
•    Tango
•    Tuia
•    Violeta

Todos os tipos mencionados, além dos famosos pinheiros e enfeites de natal podem ser encontrados na Feira de Flores da CEAGESP:

3ª e 6ª feira das 0h às 9h30
(da 2ª feira para 3ª feira e de 5ª para 6ª feira – inclusive aos feriados)
Pavilhão Mercado Livre do Produtor (MLP)
Estacionamento pelos portões 4 e 7

2ª e 5ª feira das 2h às 14h* (inclusive aos feriados)
*os comerciantes costumam encerrar a comercialização antes das 10h
Praça da Batata
Estacionamento pelos portões 6 e 18 (veículos pequenos) e portão 7 (veículos grandes)

Endereço:  Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 – Vila Leopoldina

Nessa época temos uma vermelhinha cheia de vitamina

Acerola está na época e esbanja versatilidade na cozinha. O quilo da fruta está custando R$ 6 na Ceasa do Rio de Janeiro.

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Quando se olha o tamanho da acerola, não dá para imaginar que seja uma fonte tão rica em vitamina C – ela desbanca de longe a popular laranja nesse quesito. Por esse grande benefício, o pequeno fruto alaranjado, de nome científico de Malpighia punicifolia L., virou um dos ingredientes favoritos para o preparo de sucos, feitos a partir da polpa congelada.

Nativa da América Central e conhecida como cereja das Antilhas, a acerola geralmente é cultivada em regiões de clima tropical. Por isso, adaptou-se muito bem no nordeste do País, onde está concentrada sua maior produção. Mas, como em novembro é o auge da safra da fruta, é possível encontrá-la fresca em diversas partes do País.

Mas além de aproveitar a acerola para bebidas, vale também testar seu potencial na panela. Uma das entusiastas do ingrediente é chef patissière Lia Quinderé, da confeitaria Sucré, de Fortaleza. Afinal, ela cresceu em torno da produção de acerola da família em Limoeiro do Norte, no sertão cearense. Hoje, o cultivo é apenas para consumo próprio. “A acerola tem um teor de acidez muito interessante. É um bom elemento para contrastar com o doce e trazer mais equilíbrio para uma sobremesa”.

O chef André Ahn, do restaurante contemporâneo Guaiaó**, localizado em Santos, litoral paulista, concorda. Segundo ele, a acidez da fruta permite que ela ultrapasse as fronteiras da sobremesa e vá para o prato principal. “Prefiro utilizar acerola em pratos salgados, pois combina bem com aves, frutos do mar, saladas, além de outras receitas que pedem um elemento ácido”, diz o chef.

Durante pesquisas para incrementar o cardápio da Sucré, Lia recentemente surpreendeu-se com a versatilidade do fruto. “Eu a testei em receitas como caramelo, coulis, sorbet, além de uma redução salgada com vinagre balsâmico. O fruto se saiu bem em todas as preparações.”

Como não é fácil encontrar acerola fresca no resto do ano, Lia também faz uso da fruta congelada, mas não a polpa. “Como se trata de uma fruta muito delicada, eu prefiro congelar a acerola inteira do que usar polpa, que já que é coada e diluída em água”, explica. Já o chef do Guaiaó ensina outra forma de conservá-la: “Armazená-la a vácuo aumenta sua durabilidade.”

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

CeasaMinas implanta comércio de quatro hortaliças por quilo

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A comercialização de tomate, repolho, moranga híbrida e batata tem sido feita por quilo e não mais por unidade de embalagem, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. A mudança, que começou há dois dias, visa garantir mais transparência e confiabilidade à quantidade adquirida pelos compradores, valorizando ao mesmo tempo os produtores rurais que adotam embalagens padronizadas.

A intenção da CeasaMinas é fazer com que todos os hortigranjeiros comercializados no entreposto de Contagem passem a ser comercializados por quilo, até o próximo dia 15 dezembro. Mas para isso acontecer, será necessário fazer novas alterações no painel do Mercado Livre do Produtor (MLP), onde são divulgados diariamente os dados de preços e ofertas.

A CeasaMinas tem disponibilizado aos compradores balanças distribuídas em diversos pontos do Mercado Livre do Produtor (MLP), o principal pavilhão do entreposto de Contagem. Apesar de as balanças ficarem no MLP, elas podem ser usadas pelos compradores de outros pavilhões, que podem, assim, realizar conferência do peso das embalagens.

Apoio

Este tipo de comércio conta com o apoio das associações dos produtores (Aphcemg) e dos comerciantes (ACCeasa) da CeasaMinas, além da Cooperativa dos Produtores de Hortigranjeiros do Estado de Minas Gerais (Coophemg) e da Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa/MG).

Para José Antônio Silveira, presidente da Coophemg, a grande vantagem dessa pesagem para o consumidor final é a expectativa de redução nos preços de hortigranjeiros, já que o varejista vai pagar somente por aquele produto que está levando.

Segundo José Antônio, o produtor rural também ganha com a pesagem e a venda por quilo. “A obrigação nossa, como produtor, é embalar os produtos da melhor forma possível. Se eu faço uma prática de comércio correta, eu ganho em credibilidade, em confiança do comprador. E isso pode aumentar as vendas”, diz ele.

Supermercados

Em nota, a Associação Mineira de Supermercados (AMIS), também afirma ser a favor da novidade. “Acreditamos que essa é uma das formas de estabelecermos um modelo justo de comercialização entre produtores e comerciantes”, relata o texto.

De acordo com a Amis, a comercialização por quilo no atacado da CeasaMinas deverá beneficiar também o consumidor final. Isso porque, segundo os supermercadistas, todo aprimoramento que evite perdas e amplie a produtividade é repassado ao consumidor na forma de preços mais baixos e melhor qualidade nos produtos. “O supermercado vai comprar no quilo e vender no quilo. Hoje, o que ocorre é que os supermercados têm que comprar na caixa, muitas vezes sem padronização, e vender no peso. Isso dificulta o ajuste de preços para o consumidor”, afirma a nota da AMIS.

Alterações no painel

A mudança na forma de vender batata, repolho, moranga híbrida e tomate provocou também uma alteração no painel eletrônico do MLP, onde os preços dessas mercadorias já são divulgados em função do quilo e não mais por unidade de embalagem.

Importância

Os quatro produtos escolhidos para essa mudança estão entre os campeões de consumo em Minas Gerais, especialmente a batata e o tomate. Em 2015, apenas no entreposto de Contagem, foram comercializadas 164.536 toneladas de batata e 97.497 toneladas de tomate.

O repolho e a moranga tiveram volumes de vendas menores, mas nem por isso irrelevantes. No ano passado, atacadistas de moranga comercializaram 34.490 toneladas de produtos apenas no entreposto de Contagem. Já as vendas de repolho no entreposto de Contagem atingiram, no mesmo período de tempo, a marca de 35.572 toneladas.

Hidratação pelos alimentos e corpo saudável

Você já sabe que o funcionamento do organismo, sem contar a aparência saudável da pele, passa por uma boa hidratação. Principalmente nos dias de calor, quando perdemos mais água nos processos de metabolismo (transformação dos alimentos em energia), no suor, na urina e nas fezes. Só para se ter ideia, um adulto, em condições normais, perde dois litros de água diariamente. 


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                              Salada de pepinos, que tem 96.7% de água

O que mais você precisa saber para garantir uma hidratação ideal, possível também por meio do consumo de alimentos, segundo a Dra. Paula Vasconcelos, nutróloga do Espaço Volpi (SP). Veja e anote:

1. Onde tem água

Não é só a água, na forma líquida, como a conhecemos, que hidrata o organismo. "Como existe água em todos alimentos, ainda que em alguns a concentração seja alta, podemos dizer que quando comemos o mínimo de comida saudável, também estamos hidratando o corpo", explica Dra. Paula. 

2. Os campeões da hidratação

Entre os alimentos campeões de água, os destaques são: pepino (96.7%), alface (95.6%), aipo (95.4%), tomate (94.5%), couve-flor (92.1%), melancia (91.5%), carambola (91.4%), morango (91.0%) e melão (90.2%). 

3. Não esquecer da água no estado habitual

Se consumirmos uma grande quantidade de alimentos ricos em água, até podemos garantir boa hidratação, sem recorrer a ela da forma mais natural. Mas isso não é recomendado. "Só a água, no estado habitual, realiza tarefas e funções em nossas células que outros líquidos não são capazes de realizar. Além de manter o organismo hidratado, ela ajuda, ainda, na digestão e absorção dos alimentos com mais facilidade", diz Paula. "O ideal seria ingerir diariamente pelo menos um litro de água. O restante necessário poderia vir dos alimentos com boa concentração dela". 

4. Cuidado na praia

Quanto maior a exposição ao sol - na praia, por exemplo -, maior a necessidade de tomar água e de consumir alimentos como melancia, carambola, morango e melão. Não é sem motivo, ainda, que as saladas sejam os pratos mais recomendados no verão. 

5. Intervalo da alimentação

O ideal para manter a hidratação no dia a dia por meio dos alimentos é recorrer a eles a cada duas horas - optando, obviamente, pelos que têm mais concentração de água. Em caso de exposição ao sol ou sob temperaturas elevadas, o consumo deve ser a cada hora.

Estadão

Ceagesp indica alimentos que estão em baixa nesta semana

Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

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                                      Morangos estão mais baratos

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Jabuticaba, nêspera, melancia, melão amarelo, morango, mamão papaia, manga tommy, carambola, coco verde, abobrinha brasileira, berinjela, pepino comum, pepino japonês,  chuchu, beterraba, cenoura, pimentões vermelho e amarelo, abóbora moranga, beterraba com folha, erva doce, chicória, alfaces, escarola, couve manteiga, alho porró, repolho verde, repolho roxo, acelga, nabo, cenoura com folha, salsa, cebolinha, milho verde, alho chinês, batata lavada, cebola nacional e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS

Lichia, pêssego chimarrita, goiaba vermelha e goiaba branca, laranja pera, lima da pérsia, melão amarelo, laranja seleta, manga palmer, caju, acerola, graviola, abobrinha italiana, pepino caipira, pimentão verde, cara, jiló, abóbora japonesa, abóbora seca, abóbora paulista, gengibre, mandioca, couve-flor, rúcula, rabanete e batata asterix.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA

Ameixa rubi-mel, banana prata, mamão formosa, tangerina murcot, laranja lima, abacate, maracujá azedo, banana nanica, limão taiti, uva niágara, pinha, figo roxo, maçã nacional, maçã importada, pera importada, manga hadem, inhame, batata doce rosada, batata doce amarela, ervilha torta, quiabo liso, mandioquinha, coentro, espinafre, brócolos comum e batata escovada.

Anvisa descarta perigo de agrotóxicos em 99% dos alimentos

Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, o PARA, avaliou mais de 12 mil amostras de alimentos ao longo de três anos. Pela primeira vez, o documento revela o risco dos resíduos para a saúde.

                              Abacaxi, com a casca cortada, sem qualquer resíduo
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Quase 99% das amostras de alimentos analisadas pela Anvisa, entre o período de 2013 e 2015, estão livres de resíduos de agrotóxicos que representam risco agudo para a saúde. O dado faz parte do relatório do Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, o PARA, divulgado pela Agência nesta sexta-feira (25/12), em Brasília. No total, foram 12.051 amostras monitoradas nos 27 estados do Brasil e no Distrito Federal.

Esta é a primeira vez que a Anvisa monitora o risco agudo para saúde, uma vez que, nas edições anteriores do PARA, as análises tinham o foco nas irregularidades observadas nos alimentos. O risco agudo está relacionado às intoxicações que podem ocorrer dentro de um período de 24 horas após o consumo do alimento que contenha resíduos. Este novo tipo de avaliação, que já vem sendo feito na Europa, Estados Unidos, Canadá etc., leva em consideração a quantidade de consumo de determinado alimento pelo brasileiro.

Foram avaliados cereais, leguminosas, frutas, hortaliças e raízes, totalizando 25 tipos de alimentos. O critério de escolha foi o fato de que estes itens representam mais de 70% dos alimentos de origem vegetal consumidos pela população brasileira, conforme detalhados na tabela a seguir.

O que foi encontrado?

Um dos alimentos com maior quantidade de amostras analisadas foi a laranja. Vigilâncias sanitárias de estados e municípios realizaram a coleta de 744 amostras em supermercados de todas as capitais do País. No montante avaliado, 684 amostras foram consideradas satisfatórias, sendo que, dessas, 141 não apresentaram resíduos.

Uma das situações de risco identificadas na laranja está relacionada ao agrotóxico carbofurano, que passa por processo de reavaliação na Anvisa. É a substância presente nas amostras que mais preocupa quanto ao risco agudo, sendo que 11% das amostras de laranja apresentaram situações de risco relativas ao carbofurano.

O agrotóxico carbendazim é outro que merece atenção quanto ao risco agudo. Os resultados do programa revelaram que em 5% das amostras de abacaxi há potencial de risco relacionado à substância.

Um aspecto importante é que as análises do programa sempre são feitas com o alimento inteiro, incluindo a casca, que, no caso da laranja e do abacaxi, não é comestível. Ou seja, com a eliminação da casca, a possibilidade de risco é diminuída. Isso porque alguns estudos trazem indícios de que a casca da laranja tem baixa permeabilidade aos principais agrotóxicos detectados, de modo que a possiblidade de contaminação da polpa é reduzida.

Já para os demais produtos, como a abobrinha, o pimentão, o tomate e o morango, o risco agudo calculado foi considerado aceitável em quantidade superior a 99% das amostras.

As irregularidades apontadas no relatório, apesar de não representarem risco apreciável à saúde do consumidor do ponto de vista agudo, podem aumentar os riscos ao agricultor, caso ele utilize agrotóxicos em desacordo com as recomendações de uso autorizadas pelos órgãos competentes.

As irregularidades também podem indicar uso excessivo do produto ou mesmo a colheita do alimento antes do período de carência descrito na bula do agrotóxico. As situações de contaminação por deriva, contaminação cruzada e solo, entre outros, também podem ocasionar a presença de resíduos irregulares nos alimentos, principalmente nos casos em que os resíduos são detectados em concentrações muito baixas. 

O que é o PARA?

O PARA foi iniciado em 2001, com o objetivo de avaliar os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal que chegam à mesa do consumidor. O programa é coordenado pela Anvisa, que atua em conjunto com as vigilâncias sanitárias de estados e municípios e com os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).

As vigilâncias sanitárias realizam os procedimentos de coleta dos alimentos disponíveis no mercado varejista e os enviam aos laboratórios para análise. O objetivo é verificar se os alimentos comercializados apresentam agrotóxicos autorizados em níveis de resíduos dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos pela Anvisa. Atualmente, o PARA acumula um total de mais de 30 mil amostras analisadas, distribuídas em 25 alimentos de origem vegetal.

Com os resultados, o que acontece?

Os resultados obtidos no PARA contribuem para a segurança alimentar d a população. Quando são encontrados riscos para a saúde, uma das ações da Agência é verificar qual ingrediente ativo contribuiu decisivamente para o risco e, assim, proceder às ações mitigatórias, como fiscalização, fomento de ações educativas à cadeia produtiva, restrições ao uso do agrotóxico no campo e, até mesmo, incluir o ingrediente ativo em reavaliação toxicológica. Ou seja, reavaliar a anuência do registro do agrotóxico no país do ponto de vista da saúde.

A Anvisa não atua sozinha nesta questão. Para que os agrotóxicos sejam registrados, a Agência avalia essas substâncias do ponto de vista do risco para a saúde humana. Já o Ibama avalia a substância pela ótica da possiblidade de danos ao meio ambiente e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avalia a eficiência do produto no campo e formaliza o registro com o aval dos três órgãos envolvidos.

O PARA ainda municia vigilâncias sanitárias com informações que podem auxiliar em programas estaduais de monitoramento. Também ajuda na identificação de culturas que possuem poucos agrotóxicos registrados em razão do baixo interesse das empresas em registrar produtos para essas culturas, denominadas minor crops ou Culturas de Suporte Fitossanitário Insuficiente (CSFI).

Nesses casos, há normas que simplificam o registro de produtos para essas culturas, melhorando de forma significativa a disponibilidade de

Ingredientes ativos autorizados para as CSFI nos últimos cinco anos. De 2011, quando a primeira norma para CSFI foi publicada, até hoje, mais de 900 novos LMRs de ingredientes ativos de relativa baixa toxicidade foram estabelecidos para as mais diversas culturas consideradas de baixo suporte fitossanitário no país.
Perspectivas para o futuro

Nos próximos anos, o PARA pretende aumentar o número de alimentos monitorados de 25 para 36, os quais terão abrangência de mais de 90% dos alimentos de origem vegetal consumidos pela população brasileira, segundo dados do IBGE. O número de amostras coletadas também se ajustará à realidade de consumo de cada alimento em cada estado.

Além disso, o programa ampliará o número de agrotóxicos pesquisados nas amostras, incluindo substâncias de elevada complexidade de análise, como glifosato e o 2,4-D, entre outras.

A Agência também está acompanhando o desenvolvimento de metodologias para avaliação do risco cumulativo, ou seja, quais são os riscos à saúde resultantes da ingestão de alimentos contendo resíduos de diferentes agrotóxicos com mesmo efeito tóxico.

A Europa, nos últimos anos, tem trabalhado no desenvolvimento de metodologia para avaliar esse tipo de risco e deve publicar no próximo ano os primeiros resultados dessa avaliação, segundo informações disponíveis no site da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).