segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Rio tem alternativa aos agrotóxicos na agricultura

                             
 
Trabalho realizado pela Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica da Pesagro-Rio aponta bons resultados na ação fungicida do produto.

A busca por defensivos alternativos e naturais para a produção agrícola de alimentos, com baixo impacto ambiental, tem sido um dos focos de trabalhos constantes da pesquisa agropecuária em todo o país. No Rio de Janeiro, a Pesagro-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de Agricultura, vem desenvolvendo há anos ações nesta área, que resultaram em caldas e biofertilizantes, avançando para extratos vegetais e pesquisando agora os óleos essenciais.

Projeto financiado pela FAPERJ e coordenado pela pesquisadora Maria do Carmo Araújo Fernandes, do Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica, da Pesagro-Rio, atua em duas frentes, realizando testes com óleos essenciais já industrializados e os não industrializados. Caso as análises identifiquem ação fungicida nesses produtos, no momento em testes laboratoriais em meios de cultura, será iniciada sua aplicação em vegetações no campo.

- Fizemos testes com óleos de cravo, capim-limão e palma rosa. Todos apresentaram resultados positivos como defensivos alternativos, sendo o capim-limão o que revelou ação mais forte - destacou Maria do Carmo.

Após essa etapa e a constatação dos resultados positivos, a ideia é produzir o óleo, extraindo diretamente da planta.

- Como consequência dos resultados já estamos plantando capim-limão, que é uma planta de crescimento rápido. Pretendemos produzir os óleos aqui no Centro de Pesquisa e disponibilizá-los aos produtores - ressaltou a pesquisadora.

Para que os próprios agricultores processem os óleos essenciais, é necessária a obtenção de destiladores por parte de suas associações. A produção pode ser destinada tanto para a lavoura, quanto para a comercialização do produto.

- Em um destilador podem ser preparados, no mínimo, cerca de 100 ml de óleos/dia. Caso queira vender essa mesma quantidade, o produtor pode obter até R$ 300/dia com o fungicida, além dos ganhos com o aumento de sua produção - explicou ela.

Os estudos com os óleos não industrializados, iniciado pelo de aroeira, fazem parte de tese de mestrado de estudante da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, configurando uma parceria entre instituição de ensino e a Pesagro-Rio, responsável pela extração do óleo.

- Provavelmente sua ação fungicida é muito boa. Já conseguimos extrair o material, o que é um grande passo - concluiu a pesquisadora da Pesagro-Rio.

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