segunda-feira, 24 de agosto de 2015
Frigorífico Frisa investe R$ 40 milhões em fábrica no Rio de Janeiro
Incentivada pelo programa do governo fluminense "Rio Carne", empresa capixaba vai construir planta industrial em Niterói, na Região metropolitana. Atualmente o Rio de Janeiro consome cerca de 490 mil toneladas de carne ao ano. Desse total, apenas 110 mil toneladas são produzidas no próprio estado. A proposta do governo estadual é elevar essa produção para 300 mil toneladas nos próximos cinco anos. Outro concorrente, o JBS, cresceu muito em operação na Baixada Fluminense.
Os incentivos tributários do Programa Rio Carne, da secretaria estadual de Agricultura, que isenta de ICMS o processamento de derivados de carne no território fluminense, trouxeram para o estado o Frigorífico Rio Doce - Frisa. A iniciativa, com investimento de R$ 40 milhões na construção de fábrica, que vai integrar o complexo industrial no bairro do Barreto, em Niterói, onde já funciona o Centro de Distribuição do grupo, deve entrar em operação no final de 2016.
O anúncio foi feito nesta semana, durante encontro entre o governador Luiz Fernando Pezão, o secretário de Agricultura, Christino Áureo e o presidente do grupo, Arthur Coutinho, no Palácio Guanabara, no Rio.
A planta industrial que vai produzir itens como hambúrguer e linguiça, será a quarta do Frisa, que há 47 anos atua no segmento de derivados da carne, com unidades em Colatina (ES), Nanuque (MG) e Teixeira de Freitas (BA). Segundo seu presidente, Arthur Coutinho, as duas primeiras plantas são habilitadas para exportar carne bovina para a Rússia. A empresa tem capacidade de abate da ordem de 1,2 mil bovinos por dia.
- A industrialização é o principal segmento de negócios da companhia, com capacidade atual de industrialização de quatro mil toneladas de produtos mês, na unidade de Colatina. Na nova planta, teremos capacidade de industrializar mil toneladas/mês em um primeiro momento e, posteriormente, o volume chegará a duas mil toneladas - informou.
O secretário Christino Áureo destacou que há dois anos a secretaria vem trabalhando na atração de indústrias deste setor. O objetivo é fazer na cadeia da carne o que foi feito com os lácteos, através do Programa Rio Leite, que nos últimos seis anos atraiu investimentos de mais de R$ 450 milhões de empresas como Nestlé e Vigor.
Ele lembrou ainda os investimentos feitos pelo grupo JBS no fim do ano passado, quando quadruplicaram sua operação em Duque de Caxias.
- Este é um bom momento para atrair indústrias deste segmento, uma vez que o conceito moderno de negócios conjuga fábrica e centro de distribuição na porta do consumidor, oferecendo produtos mais frescos para o mercado - frisou.
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