A produção
local de alimentos pode transformar a relação das pessoas com a comida,
a cidade, a saúde – e com elas mesmas. Então, mãos a obra. Aponta
reportagem do Estadão.
Enquanto era escrito o texto que você lê
agora, surgiam na linha do tempo das redes sociais fotografias tingidas
de vermelho: registros da tradicional Tomatina, a festa do tomate na
Espanha. A “guerra” ocupa as ruas da cidade de Buñol uma vez por ano,
sempre na última quarta-feira de agosto. As pessoas jogam tomate umas
nas outras e depois tomam um banho ali mesmo. Parecem todas muito
alegres. O fruto usado como munição é esmagado antes de ser arremessado,
para não machucar ninguém, e os organizadores dizem que a variedade é
cultivada especialmente para a festa. A batalha teve início há mais de
setenta anos e virou atração turística da cidade valenciana.
Mesmo
que os tomates sejam cenográficos, para muitos que observam a cena de
fora é difícil não pensar em desperdício. Jogar comida pela janela,
lavar a calçada com o esguicho de mangueira. Quem se esforça minimamente
para entender o momento que vivemos sabe que algumas ações, mesmo se
praticadas como exceção, parecem não ter lugar. Outras, por outro lado,
são importantes e há pessoas que, incomodadas com a desconexão do homem e
o meio ambiente e preocupadas com o futuro, agem a favor delas.
É
verdade que muitos desses indivíduos, hoje, andam como se estivessem no
mar, com a água na altura dos joelhos. É difícil, precisa de certo
esforço. E não se tem notícias de grandes empresas em escancarada
procura por profissionais ‘sustentavelmente engajados’, sobretudo em
tempos de crise. Há os que conseguem trabalho em ONGs de causas
socioambientais, instituições que lidam com políticas públicas, educação
(é importante ensinar para mudar), escritórios de arquitetura e
urbanismo ou de novo aquelas que de um jeito autônomo, mas integrado à
vizinhança, começam a plantar para consumir e até vender para
restaurantes, escolas e consumo doméstico. Quem tem conhecimento de
sustentabilidade, porém, vai ser cada vez mais requisitado e valorizado,
porque os problemas relacionados à água, aquecimento global e diversas
mudanças no clima são reais e temos de lidar com eles – sua compreensão
no planejamento das cidades é fundamental para prevenir e mitigar os
riscos.
Os que acham que um texto sobre profissão do futuro só
faz sentido se falar de emprego e dinheiro no bolso, trazendo respostas
bem objetivas (o que vou estudar, aonde vou trabalhar e quanto eu vou
ganhar), provavelmente já desistiram há alguns parágrafos. Aos que
ficam: escolhemos encerrar esta série de treze reportagens com uma
reflexão de formação social, comportamento e atitude.
Decidimos
usar como fio condutor a agricultura urbana, porque é urgente nas
cidades a ação de pessoas sintonizadas com o meio ambiente e seus
processos naturais e sociais. A produção agrícola pequena, perto dos
centros urbanos – ou dentro deles – é uma coisa boa. “A profissão do
agricultor voltado à agroecologia vai crescer cada vez mais, porque na
agricultura convencional você pega a sementinha da empresa X, com o
adubo da empresa Y e o defensivo químico da empresa Z e teoricamente vai
produzir seu alimento cheio de veneno. Mas vai causar sérios danos à
saúde de quem aplica e de quem consome e vai acabar destruindo e
degenerando cada vez mais a terra. Nesse sistema é muito simples de
plantar. Já o agricultor que leva em conta o cuidado com a terra e o
meio ambiente precisa ter um conhecimento muito grande de como fazer o
adubo, a compostagem, e as pragas acabam sendo um indicador do que está
faltando na horta e tem de desenvolver tecnologias sociais para combater
sem usar química”, diz o consultor e coordenador de projetos de
sustentabilidade Samuel Gabanyi. “Os engenheiros agrônomos vão ajudar na
conversão de uma agricultura convencional para a orgânica e melhorar a
produtividade. Depois, provavelmente, virão os urbanistas. As pessoas
que planejam a cidade hoje não têm na cabeça a importância da
agricultura urbana e você vai precisar cada vez mais dela.”
Por que a agricultura urbana é importante?
Produzir
e comprar localmente significa aproximar produtores e consumidores e
fazer girar a economia local. Além de diminuir as distâncias, evita
desperdício (consumo consciente), gera menos poluição (menos transporte)
e lixo (embalagens especiais) e contribui para a qualidade de vida. O
agricultor vive melhor sem o uso agrotóxicos. O consumidor se alimenta
melhor com orgânicos e locais e o meio ambiente tende a ficar mais
confortável. A biodiversidade agradece e, ao redor das hortas, as
pessoas se encontram e convivem e colocam energia em um projeto cheio de
significado. E tem mais: elas colocam a mão na terra, plantam, entendem
e acompanham de perto o ciclo produtivo. Há benefícios sociais enormes
em torno do engajamento e da atividade.
“Praticar agricultura
urbana é produzir alimentos dentro da cidade. Frutas, legumes, verduras,
hortaliças e animais. Ao comprar diretamente do produtor, sem
intermediários, o produtor recebe mais dinheiro e o comprador paga mais
barato. Não tem necessidade de transporte poluidor de longa distância
nem de nenhuma embalagem complexa”, diz Gabanyi. “Além disso, o alimento
é fresco e de verdade, orgânico, não é comida de caixinha cheia de
ingredientes que, quando você lê, não entende o que está escrito. O
alimento que vem de longe perde nutrientes até chegar na sua mesa. A
agricultura urbana, seja na pequena horta comunitária, seja em espaços
maiores, promove a regeneração da biodiversidade, superimportante para
os ciclos da natureza. Ela atrai borboletas, besouros, joaninhas,
abelhas. E também ajuda a diminuir as ilhas de calor na cidade. Com o
aumento das áreas verdes, a temperatura fica mais agradável, o ar mais
limpo, visualmente mais bonito, a horta vira espaço de lazer e
conforto.”
Gabanyi tem 33 anos, formou-se em administração
pública e fez o primeiro estágio na ONG Banco de Alimentos, que arrecada
produtos bons para o consumo e que seriam jogados fora e os entrega em
creches, asilos, instituições de caridade, orfanatos. “Foi um choque de
realidade quando eu comecei a conhecer muito a periferia da cidade e
todos os dias vendo pessoas que passam fome e eu sempre tinha um prato
de comida na minha frente. Acho que isso me cativou bastante. Comecei a
ver que tinha alguma coisa errada nessa lógica: como tem gente jogando
alimento no lixo, se tem quem precisa dele? A partir disso já são quinze
anos trabalhando com projetos na área social ou na área ambiental e com
a certeza de que a gente precisa agir em conjunto com o meio ambiente e
não como soberano dele.”
No meio do caminho, Gabanyi, que já
frequentava horta comunitária e cultivava em casa, entrou para a
formação do MudaSP, organização sem fins lucrativos voltada para a
agroecologia em espaços urbanos. “Cada pessoa tem, por enquanto, um
outro emprego e é voluntário na organização. Atualmente, cerca de
quarenta participantes têm alguma ligação com o movimento. Desses,
catorze formam o grupo gestor, cuidando do planejamento e da gestão de
projetos no dia a dia. Tem arquiteto, biólogo, administrador, gestor
ambiental, permacultor e pessoas de marketing, comunicação, jornalismo e
design. Não temos gastos, não há despesa fixa.”
Por onde começar e o que fazer
As
hortas comunitárias são um ponto de partida para projetos de
agricultura urbana e relacionamentos mais saudáveis com os espaços
públicos. Além disso, cada profissional pode direcionar as atividades,
em sua própria área de atuação, nesse sentido. Ao erguer um prédio, o
arquiteto e o engenheiro vão pensar em um pomar vertical, no uso da
ventilação cruzada para promover mais conforto térmico e usar menos o ar
condicionado, na luz natural e nos telhados. “A quantidade de telhado
que temos em São Paulo para fazer hortas é enorme. São metros e metros
quadrados de área que podem ser plantados. Os próprios urbanistas, as
pessoas que fazem o planejamento da cidade têm que começar a levar isso
cada vez mais em questão, aumentar o número de áreas verdes, porque
cidades mais sadias têm população mais saudável. A indústria têm de
entender seus impactos ambientais e a própria população têm de
incorporar os conceitos de sustentabilidade”, diz Gabanyi.
Educar
para a sustentabilidade – Levar hortas e educação ambiental para as
escolas é outro gesto fundamental para promover a agricultura urbana. E
surge como área de atuação importante. A dificuldade é conseguir apoio
para essas ações. “O paulistano está muito desconexo não só dos ciclos
da natureza, mas da questão do alimento. Como é o plantio, o preparo, de
onde vem, para onde vai, qual é o impacto disso. Ele chega, come, joga
fora e vai embora”, avalia Gabanyi. “Hoje em dia, ainda se fala em
profissional da área de sustentabilidade como uma função específica. O
certo seria que todos os profissionais de todas as áreas tivessem
conhecimento de sustentabilidade. A primeira área da empresa que sofre
cortes é essa. Não é prioridade, sobretudo na crise. Enquanto todas as
profissões não incorporarem essa questão de sustentabilidade, a
necessidade de levar em conta o meio ambiente e seus processos naturais e
o lado social, estamos fadados ao caos. A mudança acontece quando a
sustentabilidade estiver incorporada em tudo
Após
uma reunião que contou com a presença de representantes da Ceasa, da
Prefeitura Municipal de Vitória e dos atacadistas de pescados da Vila
Rubim, foi decidido que o funcionamento do comércio de pescados será
transferido para a Ceasa. A partir da próxima segunda-feira (31), a
comercialização de pescados será realizada das 16h30 às 20h.
Foram
considerados os aspectos operacionais importantes que proporcionarão um
bom funcionamento inicial. Os pescados serão comercializados em um
horário alternativo ao dos hortigranjeiros. Inicialmente, a área
utilizada será a do pavilhão permanente, conhecido por “Pedra Alta”.
O
diretor presidente, José Carlos Buffon explica a iniciativa. “Devido às
obras de reurbanização na Vila Rubim, a Prefeitura de Vitória reuniu
algumas entidades, dentre elas a Ceasa, para uma definição de local para
o atacado de pescados. Aparecemos como uma boa alternativa, até por se
tratar de uma central de abastecimento, faz todo o sentido. Estamos
tomando cuidado com a portaria, o cadastramento e a limpeza”, ressalta
Buffon.
Início
Os vendedores de pescado serão devidamente
cadastrados, para maior precisão no controle de quem frequenta. São
aproximadamente 30 ofertantes de pescado e, inicialmente, esperados
cerca de 170 consumidores. No acordo com a Prefeitura de Vitória, um
fiscal acompanhará a comercialização.
Ações
envolvem conservação e exposição de produtos de origem animal nas
gôndolas das redes de varejos, depois de multas do Procon.
A
secretaria estadual de Agricultura e a Associação de Supermercados do
Estado do Rio de Janeiro – ASSERJ se reuniram para discutir a oferta de
alimentos seguros aos consumidores fluminenses. Encontro entre o
secretário da pasta, Christino Áureo e o presidente da instituição,
Fábio Queiroz, na última semana, traçou propostas para aprimorar a
relação da cadeia produtiva de produtos de origem animal e seus reflexos
no segmento de frigoríficos, entrepostos e varejo.
Segundo
Christino Áureo, a disponibilização de alimentos seguros para a
população é uma ação que exige atenção permanente e cuidados contínuos. A
interação entre o serviço de Inspeção Estadual, da superintendência de
Defesa Agropecuária da secretaria estadual de Agricultura e o setor de
varejo é a base para o alcance dessas metas.
- Estamos propondo
uma série de medidas visando melhorar a relação entre os elos que
integram a cadeia de produtos de origem animal. A ideia é orientar o
sistema como um todo, para oferecer alimentos cada vez mais saudáveis -
afirmou ele.
No caso da carne, por exemplo, a orientação da
secretaria é de que o produto a ser embalado para a venda, passe por
frigoríficos ou entrepostos antes de chegar à gôndola do supermercado.
Para
o presidente da ASSERJ, é importante esse debate para estabelecer a
melhor forma de regulamentação dos procedimentos para os produtos de
origem animal nos supermercados.
- Vamos nos reunir com o
Conselho de Alimentação Saudável da ASSERJ para apresentar essa nova
diretriz, fomentando a discussão dessa pauta tão relevante para a
relação com o consumidor, cada vez mais consciente e exigente – disse
Queiroz.
Na ocasião, o secretário buscou também sensibilizar a
associação de supermercados quanto a questão do desperdício de
alimentos. Ele irá propor lei para regulamentar a questão, recebendo o
apoio da instituição.
- Nos sentimos responsáveis e queremos colaborar - acrescentou o presidente da ASSERJ.
Semanalmente a
CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara
uma lista com produtos com os preços em baixa, estáveis ou em alta,
para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos
produtos:
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Mamão papaya,
banana prata SP, morango comum, nêspera, tangerina poncam, coco verde,
laranja lima, laranja pera, carambola, melão amarelo, goiaba branca e
vermelha, banana nanica, pepino comum, abobrinha italiana, abobrinha
brasileira, pepino japonês, tomate carmem, abóbora moranga, tomate
rasteiro, chuchu, batata doce rosada, cara, mandioca, coentro, rúcula,
couve manteiga, espinafre, repolho roxo, brócolos ninja, salsa, repolho,
escarola, alface crespa, alface lisa, acelga, nabo, milho verde, alho
porró e batata lavada.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Atemóia,
jabuticaba, tangerina cravo, limão taiti, mamão formosa, fruta do
conde, tangerina murcot, laranja seleta, maçã gala, uva itália, acerola,
manga tommy, abacaxi havai, banana terra, uva rubi, cara, tomate
pizzad'oro, gengibre, pepino caipira, batata doce amarela, pimentão
verde, jiló, abóbora seca, cebolinha, rabanete, agrião, couve-flor,
cenoura c/ folha, batata asterix, e ovos branco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Melancia,
abacate breda, maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, caju,
uva crinsson, banana maçã, manga hadem, abacaxi pérola, uva rosada,
maçã importada, berinjela, pimentão amarelo, pimentão vermelho,
beterraba, abóbora japonesa,ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão,
brócolos comum, alho argentino, cebola nacional e cebola estrangeira.
Mandioca
Raiz
versátil é comercializada ao preço médio de R$ 0,92 o quilo, no atacado
do Entreposto Terminal São Paulo da Ceagesp. A dica de compra é
sugerida pela Seção de Economia e Desenvolvimento (SEDES) da CEAGESP.
Fonte
de fibras e isenta de glúten – qualidade que a faz não pesar tanto na
digestão –, ela carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e
nas formas de preparo.
Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim para essa raiz.
Em
2014, deram entrada no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) mais de 27
mil toneladas do produto, provenientes das cidades paulistas de Capela
do Alto, Mogi Mirim, Alambarí e Arandu.
No atacado do entreposto
paulistano, a mandioca pode ser encontrada ao preço médio de R$ 0,92 o
quilo. O período de maior safra vai de abril a setembro.
“PÃO DA
TERRA” – A raiz constitui um dos principais alimentos energéticos para
cerca de 700 milhões de pessoas. Mais de 100 países cultivam a mandioca,
sendo que o Brasil participa com 10% da produção mundial (é o segundo
maior produtor do mundo).
Entre as diversas formas de preparar o
alimento, a equipe de nutricionistas do Banco CEAGESP de Alimentos
sugere um receita tradicional, bem conhecida da maioria das pessoas e
que, para quem gosta, é muito saborosa: Bolo de Mandioca.
Sua
importância era tanta nos tempos coloniais que o padre José de Anchieta a
batizou como o “pão da terra”. Citada na carta de Pero Vaz de Caminha,
ela acabou adotada pelos portugueses.
“RAINHA DO BRASIL” – “Não
fosse sua presença, a ocupação das terras brasileiras teria sido mais
difícil”, diz o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), Joselito Motta. Não à toa, o historiador Luís da
Câmara Cascudo chamou a planta de a “rainha do Brasil”.
Originária
da América do Sul, de fácil adaptação, a mandioca é cultivada em todos
os estados brasileiros. Ela está entre os oito primeiros produtos
agrícolas do país em termos de área cultivada e é o sexto em valor de
produção.
Fenômeno El Niño deve ter o efeito mais devastador em duas décadas
A
anomalia climática, que espalha secas e tempestades, já começou e deve
se amplificar até 2016 — com força mais destruidora do que a de 1997,
seu ano mais dramático. O Sudeste brasileiro será muito quente e a seca
irá devastar o Nordeste, alerta matéria da revista Veja desta semana.
Histriônico,
corpanzil à mostra, o humorista Chris Farley, estrela do programa
Saturday Night Live, criou um dos esquetes mais falados de 1997, ano em
que um fenômeno da natureza virou assunto de mesa de bar. "Todas as
tempestades tropicais devem curvar-se diante do El Niño. Juro por Deus
que o El Niño está vindo pegar vocês", esbravejava. O tempo apagou a
graça do personagem, mas o antigo sucesso, disponível no YouTube, ajuda a
entender o impacto de uma alteração climática, batizada por pescadores
do Peru e do Equador para lembrar o Menino (Niño) Jesus, em virtude de
correntes marítimas quentes e inesperadas que despontavam próximo ao
Natal.
Consequência do aquecimento brusco das águas do Pacífico
tropical, o El Niño é um evento comum. Ocorre em intervalos que variam
de dois a sete anos. Em 1997, ele mostrou toda a sua força ao elevar a
temperatura das águas do Pacífico em até 5 graus. O resultado foi uma
montanha-russa na pressão atmosférica, com mudanças bruscas na
intensidade e no rumo dos ventos. Houve secas onde era para chover e
tempestades onde devia apenas chuviscar. O ano seguinte, 1998, filho do
El Niño, foi o mais quente desde o início das modernas medições. Os
Estados Unidos presenciaram o período mais chuvoso em 104 anos e o norte
do Brasil sofreu com secas e incêndios florestais, no avesso das chuvas
e enchentes do sul. Calcula-se que os efeitos globais do El Niño de
1997 tenham levado à morte 23 000 pessoas e deixado 45 bilhões de
dólares de prejuízo. A notícia preocupante: tudo indica que, neste ano,
terá início um El Niño que pode superar o de dezoito anos atrás, mesmo
em suas consequências negativas.
Há duas formas principais de
identificar o estabelecimento de um fenômeno desse gênero (veja o quadro
acima). Inicialmente, pela medição da temperatura das águas
superficiais do Pacífico tropical. Se a elevação passa de 0,5 grau,
configura-se um El Niño. Caso supere 1,5 grau, considera-se que ele é
intenso. Hoje, o aumento está em torno de 1 grau. O El Niño chegou,
porém não se estabilizou, e, pelas estimativas de climatologistas, isso
só deve ocorrer quando ultrapassar os 2 graus. Há quem aposte que
chegará próximo dos 3 graus. A outra forma de identificá-lo é por meio
do chamado Índice de Oscilação do Sul (SOI). Trata-se de um número,
neutro, positivo ou negativo, que mede a diferença da pressão
atmosférica entre dois pontos da Terra, um na cidade australiana de
Darwin e o outro no Taiti. Em situação normal, ambos têm a mesma
pressão. Quando há um El Niño, cria-se uma diferença negativa entre
eles.
Criança está crescendo?
Um olhar cuidadoso sobre o
clima ao longo deste ano e as previsões para 2016 demonstram que estamos
na iminência de um El Niño crescido. Há similaridades evidentes entre
1997 e 2015. Além da alta possibilidade de a temperatura média do Oceano
Pacífico novamente se elevar mais de 2 graus, nos dois casos a
diferença apontada pelo SOI gira em torno de -15, o que evidencia uma
disparidade radical entre a pressão atmosférica na Austrália e no Taiti.
Por enquanto, não sentimos os efeitos mais drásticos deste El Niño, mas
um comunicado da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos
Estados Unidos (Noaa) alerta para o fato de que as piores consequências
estão por vir. Há, segundo os especialistas, 85% de probabilidade de o
fenômeno continuar ao menos até abril do ano que vem.
O El Niño
deve espalhar anomalias climáticas pelo planeta (veja o quadro abaixo). O
norte do Brasil, por exemplo, pode ficar ainda mais seco, vetor para
incêndios naturais em florestas. O sul deve sofrer com tempestades e
inundações. "O problema é que não conseguimos prever tudo com total
certeza. Um El Niño nunca é igual ao antecessor", afirma a americana
Michelle L'Heureux, meteorologista do Centro de Previsões Climáticas do
Noaa. Mas existem algumas pistas para indicar a dimensão do fenômeno.
Chove
quase metade do usual no norte e no nordeste brasileiros desde março
deste ano. Em consequência, o risco de incêndios em florestas e de
perdas na agricultura e na pecuária nordestinas é maior, com evidente
prejuízo para a oferta de energia de fontes hidrelétricas e para o
abastecimento de água. No sul, houve 64% de aumento na quantidade de
chuvas em julho em relação ao ano anterior. Culturas típicas da
temporada de verão, como soja e milho, devem se beneficiar. Haverá
enchentes, porém, o que deve levar a mortes e a números exponenciais de
desabrigados. O El Niño, na trilha de seus estragos, mexe
inapelavelmente com a economia mundial, sobretudo quando se verifica que
os Estados Unidos estarão entre os países hipoteticamente mais
afetados. Uma área ainda mais quente de águas do Pacífico Norte,
conhecida como "a bolha" - inexistente no fenômeno extremo de 1997 -,
tende a diminuir a quantidade de chuvas que rumam em direção à Costa
Oeste americana. Em consequência, deve-se intensificar a gravidade da
seca no Estado da Califórnia.
Preocupa saber que se evoluiu muito
pouco ou quase nada na tecnologia de detecção e combate à anomalia
climática desde 1997. Para identificar a chegada do El Niño, ainda se
usam os mesmos dois métodos do fim dos anos 90. Há boias meteorológicas
espalhadas pelo Pacífico equatorial que monitoram a temperatura de águas
em até 500 metros quadrados de superfície aquática, a intensidade dos
ventos e as condições atmosféricas. Além disso, os climatologistas se
apoiam em uma rede de mais de 100 satélites, quantidade pouco maior que a
de 1997, afeitos a monitorar a temperatura dos oceanos, a formação de
campos de vapor em áreas dos mares e a distribuição de ozônio na
atmosfera.
Na verdade, apesar dos avanços tecnológicos, houve
falhas no monitoramento do fenômeno nos últimos dezoito anos. Em 2012, o
Noaa sofreu cortes de orçamento do governo americano, sendo forçado a
desativar um navio encarregado da manutenção das boias no Pacífico.
Resultado: quinze das antes setenta unidades não funcionam mais. Das 55
que sobraram, mais da metade apresentou falhas nos últimos dois anos. Em
resumo, o Noaa vem trabalhando com 40% dos recursos que tinha para
prever e combater os efeitos do El Niño. "É o fenômeno climático mais
importante da Terra e nos despreparamos para ele", reclamou o americano
Michael McPhaden, cientista do Noaa que dirigiu o projeto das boias. Um
editorial da revista americana Science, a mais prestigiada publicação de
ciência do planeta, faz eco ao descuido: "Para economizar poucos
milhões de dólares, o Noaa deixou o planeta parcialmente cego a um
fenômeno que pode custar bilhões de dólares em danos".
Sabemos mais
Soa
exagero, parece profecia do acaso, mas é o que a ciência antecipa. No
entanto, há um alento nesse cenário de contornos ruins: sabemos hoje
muito mais sobre o que é o El Niño e o que ele pode causar. Estudos que
surgiram na última década começam a associar o aquecimento global
radical pelo qual a Terra tem passado no último século, em consequência
direta da queima de combustíveis fósseis como o petróleo, com o gradual
crescimento da força do El Niño. Ou seja, são os gases de efeito estufa
emitidos pela humanidade que podem estar alimentando a anomalia. Se a
teoria se confirmar, o setor privado poderá se tornar um grande aliado.
Em fevereiro deste ano, a companhia americana de exploração espacial
SpaceX, criada por Elon Musk, o Steve Jobs da hora (criador também do
sistema de pagamentos on-line PayPal e da fabricante de carros elétricos
Tesla), uniu-se à Nasa para levar para os céus o primeiro satélite
capaz de monitorar com apuro mudanças climáticas. Inovação que deve ser
usada para prever efeitos do El Niño e, assim, se preparar para eles.
Embarques
dos cinco estados, líderes das vendas externas do país, representam
67,77% do total exportado no mês. O Rio de Janeiro ficou de fora.
São
Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais foram os
estados que mais exportaram produtos agropecuários em julho deste ano.
No total, as vendas externas dessas cinco unidades da Federação somaram
US$ 6,17 bilhões, o que representa 67,77% do total exportado pelo país.
O
estado de São Paulo ocupa a primeira posição no ranking de exportação
por estado, com embarques de US$ 1,54 bilhão. O complexo sucroalcooleiro
foi o principal setor exportador, com US$ 528,63 milhões: US$ 435,58
milhões de açúcar de cana ou beterraba, US$ 92,77 milhões de álcool e
US$ 284 mil de demais açúcares.
Em seguida, aparecem os sucos,
com exportações de US$ 202,59 milhões. Deste valor, US$ 199,16 milhões
foram de suco de laranja e US$ 3,40 milhões de sucos de outras frutas.
Em
terceiro, ficou o complexo soja, com US$ 177,43 milhões em exportações.
O destaque do setor foi da soja em grãos, com US$ 150,19 milhões,
seguida pelo farelo de soja, com US$ 25,13 milhões, e o óleo de soja,
com US$ 2,11 milhões.
Mato Grosso
Mato Grosso ficou em
segundo lugar no ranking, com exportações de US$ 1,41 bilhão em julho.
No estado, o setor de destaque foi o complexo soja, com US$ 1,11 bilhão:
US$ 838,71 milhões de soja em grãos, US$ 256,61 milhões de farelo de
soja e US$ 16,88 milhões de óleo de soja.
Os cereais foram o segundo produto de destaque na pauta de exportação de MT, com US$ 128,28 milhões.
Em
terceiro ficou o setor de carnes, com US$ 128,23 milhões. O principal
item foi a carne bovina, com US$ 100,77 milhões, seguida pela carne de
frango, com US$ 16,41 milhões, e pela carne suína, com US$ 10,14
milhões. As demais carnes somaram US$ 906,38 mil.
Rio Grande do Sul
Com
exportações de US$ 1,30 bilhão em julho, o Rio Grande do Sul ocupou a
terceira posição no ranking. O complexo soja foi o principal setor, com
US$ 747,54 milhões: US$ 646,89 milhões de soja em grãos, US$ 90,55
milhões de farelo de soja e US$ 10,10 milhões de óleo de soja.
Em
seguida ficaram as carnes, com US$ 202,50 milhões. Deste valor, US$
129,07 milhões de carne de frango, US$ 50,25 milhões de carne suína, US$
14,33 milhões de carne bovina, US$ 5,15 milhões de demais carnes,
miudezas e preparações, US$ 3,37 milhões de carne de peru e US$ 344 mil
de carne de equídeos.
O fumo e seus produtos constituem o
terceiro item mais vendido para o exterior pelo RS. As exportações do
setor somaram US$ 133,65 milhões.
Paraná
O Paraná, com
montante de US$ 1,24 bilhão, ficou em quarto lugar ranking no mês de
julho. As exportações paranaenses do complexo soja somaram US$ 601,73
milhões. Deste valor, US$ 410,54 milhões foram de soja em grãos, US$
157,48 milhões, de farelo de soja e US$ 33,71 milhões, de óleo de soja.
Em
segundo lugar, ficou o setor de carnes, com US$ 295,26 milhões: US$
265,02 milhões de carne de frango, US$ 16,50 milhões de carne suína, US$
5,85 milhões de carne bovina, US$ 5,60 milhões de carne de peru, US$
2,19 milhões de demais carnes e miudezas e US$ 95 mil de carne de
equídeo.
Os produtos florestais ficaram em terceiro lugar, com
US$ 130,12 milhões: US$ 81,86 milhões de madeira e US$ 48,25 milhões de
papel.
Minas Gerais
Minas gerais ocupou a quinta posição
no ranking das exportações por estados. As vendas externas mineiras
alcançaram US$ 686,58 milhões em julho. O café foi o principal produto,
com o valor de US$ 261,74 milhões.
Em segundo lugar, ficou o
complexo soja, com US$ 134,95 milhões. Deste valor, US$ 124,87 milhões
de soja em grãos, US$ 10 milhões de farelo de soja e US$ 72 mil de óleo
de soja. Em terceiro ficaram os produtos florestais, com US$ 67,24
milhões: US$ 66,71 de celulose, US$ 435,86 mil de madeira e US$ 94,44
mil de papel.
O setor
brasileiro de vinhos apresentará ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) as suas perspectivas de exportação e metas. Isso
foi o que ficou acertado nesta quarta-feira (19/8), durante reunião
entre a ministra Kátia Abreu e o presidente do Instituto Brasileiro do
Vinho (Ibravin), Carlos Paviani.
“Peço que me encaminhem um
estudo de mercado, com os objetivos e metas de vocês”, pediu a ministra.
O Ibravin informou que já tem esse estudo de mercado e deve
encaminhá-lo nos próximos dias.
Kátia Abreu e Abravin avaliam situação da cadeia de vinhos (Carlos Silva/Mapa)
Além
disso, o Ibravin ofereceu ao Mapa um sistema de cadastro de produtores,
já em funcionamento para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A lei do
vinho estabelece a obrigatoriedade de cadastro dos produtores e o
registro de sua produção. A ministra aceitou a oferta e quer aprimorar o
sistema, juntamente com os técnicos do Ministério, para que possa ser
usado nacionalmente. Ainda não há previsão de quando deverá ocorrer essa
integração entre o Ibravin e o Mapa.
Também participaram da
reunião os deputados federais Mauro Pereira (PMDB/RS) e Carlos Marum
(PMDB/MS), o representante do governo do Rio Grande do Sul, Otaviano
Fonseca, e os secretários do Mapa Décio Coutinho (Defesa Agropecuária),
Tatiana Palermo (Relações Internacionais) e Caio Rocha (Produtor Rural e
Cooperativismo).
Trabalho
realizado pela Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica da
Pesagro-Rio aponta bons resultados na ação fungicida do produto.
A
busca por defensivos alternativos e naturais para a produção agrícola
de alimentos, com baixo impacto ambiental, tem sido um dos focos de
trabalhos constantes da pesquisa agropecuária em todo o país. No Rio de
Janeiro, a Pesagro-Rio, empresa vinculada à secretaria estadual de
Agricultura, vem desenvolvendo há anos ações nesta área, que resultaram
em caldas e biofertilizantes, avançando para extratos vegetais e
pesquisando agora os óleos essenciais.
Projeto financiado pela
FAPERJ e coordenado pela pesquisadora Maria do Carmo Araújo Fernandes,
do Centro Estadual de Pesquisa em Agricultura Orgânica, da Pesagro-Rio,
atua em duas frentes, realizando testes com óleos essenciais já
industrializados e os não industrializados. Caso as análises
identifiquem ação fungicida nesses produtos, no momento em testes
laboratoriais em meios de cultura, será iniciada sua aplicação em
vegetações no campo.
- Fizemos testes com óleos de cravo,
capim-limão e palma rosa. Todos apresentaram resultados positivos como
defensivos alternativos, sendo o capim-limão o que revelou ação mais
forte - destacou Maria do Carmo.
Após essa etapa e a constatação dos resultados positivos, a ideia é produzir o óleo, extraindo diretamente da planta.
-
Como consequência dos resultados já estamos plantando capim-limão, que é
uma planta de crescimento rápido. Pretendemos produzir os óleos aqui no
Centro de Pesquisa e disponibilizá-los aos produtores - ressaltou a
pesquisadora.
Para que os próprios agricultores processem os
óleos essenciais, é necessária a obtenção de destiladores por parte de
suas associações. A produção pode ser destinada tanto para a lavoura,
quanto para a comercialização do produto.
- Em um destilador
podem ser preparados, no mínimo, cerca de 100 ml de óleos/dia. Caso
queira vender essa mesma quantidade, o produtor pode obter até R$
300/dia com o fungicida, além dos ganhos com o aumento de sua produção -
explicou ela.
Os estudos com os óleos não industrializados,
iniciado pelo de aroeira, fazem parte de tese de mestrado de estudante
da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro, configurando
uma parceria entre instituição de ensino e a Pesagro-Rio, responsável
pela extração do óleo.
- Provavelmente sua ação fungicida é muito
boa. Já conseguimos extrair o material, o que é um grande passo -
concluiu a pesquisadora da Pesagro-Rio.
Incentivada
pelo programa do governo fluminense "Rio Carne", empresa capixaba vai
construir planta industrial em Niterói, na Região metropolitana.
Atualmente o Rio de Janeiro consome cerca de 490 mil toneladas de carne
ao ano. Desse total, apenas 110 mil toneladas são produzidas no próprio
estado. A proposta do governo estadual é elevar essa produção para 300
mil toneladas nos próximos cinco anos. Outro concorrente, o JBS, cresceu
muito em operação na Baixada Fluminense.
Os incentivos
tributários do Programa Rio Carne, da secretaria estadual de
Agricultura, que isenta de ICMS o processamento de derivados de carne no
território fluminense, trouxeram para o estado o Frigorífico Rio Doce -
Frisa. A iniciativa, com investimento de R$ 40 milhões na construção de
fábrica, que vai integrar o complexo industrial no bairro do Barreto,
em Niterói, onde já funciona o Centro de Distribuição do grupo, deve
entrar em operação no final de 2016.
O anúncio foi feito nesta
semana, durante encontro entre o governador Luiz Fernando Pezão, o
secretário de Agricultura, Christino Áureo e o presidente do grupo,
Arthur Coutinho, no Palácio Guanabara, no Rio.
A planta
industrial que vai produzir itens como hambúrguer e linguiça, será a
quarta do Frisa, que há 47 anos atua no segmento de derivados da carne,
com unidades em Colatina (ES), Nanuque (MG) e Teixeira de Freitas (BA).
Segundo seu presidente, Arthur Coutinho, as duas primeiras plantas são
habilitadas para exportar carne bovina para a Rússia. A empresa tem
capacidade de abate da ordem de 1,2 mil bovinos por dia.
- A
industrialização é o principal segmento de negócios da companhia, com
capacidade atual de industrialização de quatro mil toneladas de produtos
mês, na unidade de Colatina. Na nova planta, teremos capacidade de
industrializar mil toneladas/mês em um primeiro momento e,
posteriormente, o volume chegará a duas mil toneladas - informou.
O
secretário Christino Áureo destacou que há dois anos a secretaria vem
trabalhando na atração de indústrias deste setor. O objetivo é fazer na
cadeia da carne o que foi feito com os lácteos, através do Programa Rio
Leite, que nos últimos seis anos atraiu investimentos de mais de R$ 450
milhões de empresas como Nestlé e Vigor.
Ele lembrou ainda os
investimentos feitos pelo grupo JBS no fim do ano passado, quando
quadruplicaram sua operação em Duque de Caxias.
- Este é um bom
momento para atrair indústrias deste segmento, uma vez que o conceito
moderno de negócios conjuga fábrica e centro de distribuição na porta do
consumidor, oferecendo produtos mais frescos para o mercado - frisou.
Comprar alimentos pode ser uma atividade divertida; experimente! A dica é da psicóloga e colunista da Folha, Rosely Sayão.
Se
sua mãe ou seu pai lhe derem uma lista com alguns ingredientes para
serem comprados na feira ou no supermercado ao lado da sua casa, você
vai conseguir cumprir essa missão? E se eles derem um valor em dinheiro,
para que você gaste mais ou menos a metade e leve o troco de volta?
A
lista é: meia dúzia de bananas-prata, meia dúzia de ovos, um pé de
alface, um pé de agrião, um brócolis, um pimentão amarelo e um vermelho,
uma berinjela, um pepino japonês e uma dúzia de laranjas-pera.
Quantos
alimentos desses você já comeu? Saberia reconhecê-los na hora da
compra? Seria capaz, também, de fazer as contas do que gastou para
conferir o troco?
Vou explicar o motivo dessas perguntas: uma
professora levou seus alunos a uma feira ao lado da escola, para comprar
alguns alimentos. A intenção era fazer uma salada para a turma, já que
eles estavam estudando alimentação saudável. Todos estão no quarto ano,
ou seja, sabem ler, escrever e fazer contas.
Mas, na feira, ela
percebeu uma coisa muito louca: muitos nunca tinham comido a maioria dos
alimentos vendidos nas barracas, alguns nunca tinham nem os visto de
perto. Veja só: tudo o que era verde, alguns chamaram de alface! Pode
uma coisa dessas?
E mesmo os alunos que eram bons em fazer contas
e resolver problemas na aula tiveram dificuldades para calcular o valor
a ser pago e o troco que deveriam receber do vendedor!
Essa
experiência também pode servir para você. Que tal ir com sua mãe à feira
para saber quantos alimentos você conhece? E o que acha de experimentar
um novo por semana?
Melhor: peça para sua mãe ou seu pai fazerem
uma lista parecida com a que a professora criou para os alunos e vá com
eles, mas compre como se estivesse sozinho.
Será que consegue dar conta de tudo? Se sim, parabéns! Se não, talvez esteja na hora de aprender!
Tendência,
que auxilia no controle da inflação, é resultado da qualidade e do
volume dos alimentos ofertados. O executivo falou sobre o assunto no
SPTV desta quinta-feira (20/8).
Levantamento da Seção de Economia
e Desenvolvimento (SEDES) da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais
de São Paulo (CEAGESP) mostra que, há quatro meses consecutivos, os
preços de hortaliças registram queda, principalmente em relação às
verduras.
O departamento é responsável pela elaboração do Índice
de Preços CEAGESP, que indica a variação mensal dos valores praticados
no atacado de frutas, legumes, verduras, pescado e diversos (alho,
batata, cebola, coco seco e ovos) comercializados no Entreposto Terminal
São Paulo (ETSP).
“Evidentemente que estamos passando por uma
fase de estagnação no consumo, que se junta ao fato de que no inverno há
uma baixa tradicional no consumo de legumes, frutas e verduras. De todo
modo, há uma queda acentuada nas hortaliças. Para se ter uma ideia, em
agosto, o tomate já caiu, até o momento, 19,9% e a batata, 13%. Outro
alimento que ainda continua caro, mas que tem registrado oscilação
negativa é a cebola, que caiu 21,3%”, afirma o economista Flávio Godas,
responsável pela SEDES.
Segundo ele, o setor de frutas também
passa pela mesma situação. Entre as opções de compras sugeridas, o
especialista indica a banana nanica e prata, laranja pera e lima,
tangerina, limão e morango.
“Para os próximos meses, o cenário
previsto reúne pontos importantes como a boa qualidade para a maioria
dos produtos, volumes ofertados suficientes para atender o mercado
interno, além de valores em baixa até o início do período de chuvas,
previsto para o final de novembro e o início de dezembro. A tendência é
que essa baixa nos preços venha a auxiliar no controle do nível da
inflação”, diz Flávio Godas.
O Rio de Janeiro
ficou assustado com a violência e covardia praticados por marginais em
assalto dentro das dependências da Ceasa do irajá, na Zona Norte
carioca, e a poucos metros da sede de um batalhão da Polícia Militar que
resultou em mortes. Na contramão dessa barbárie e descaso público,
temos um exemplo de segurança no entreposto de Contagem que conta com
novos militares.
O Pelotão Ceasa da Polícia Militar no
entreposto de Contagem recebeu, nesta semana, novos policiais, após
determinação do Comandante do 18º batalhão de polícia, tenente-coronel
Flávio Donato. Os militares recém-chegados já participaram de uma blitz
na portaria de entrada durante a última semana.
A diretoria da
CeasaMinas também tem se mobilizado para melhorar a segurança no
entreposto. No início do mês de agosto, o presidente da estatal, Gustavo
Fonseca, solicitou ao Secretário Adjunto de Defesa Social, Rodrigo Melo
Teixeira, um aumento do número de policiais militares lotados no
Pelotão que fica dentro do entreposto de Contagem, além de
disponibilizar novas viaturas. De acordo com o presidente, o pedido foi
bem recebido pelo secretário adjunto, que prometeu repassá-lo à Polícia
Militar.
Uma estimativa preliminar elaborada dos setores ligados à
segurança na CeasaMinas apontou a necessidade do aumento do efetivo. O
reforço ajudaria, por exemplo, a ampliar as rondas dentro do Mercado
Livre do Produtor (MLP). Os 20 mil metros quadrados do pavilhão
passariam a contar com mais policiais do que atualmente.
Apoio da cavalaria
Além
do Pelotão Ceasa, a segurança no entreposto de Contagem também conta
com o apoio da cavalaria da Polícia Militar de segunda a sexta-feira. Os
policiais montados rodam todo o entreposto, mas dão mais atenção para
área bancária, MLP e portarias. Nesta quarta-feira, a cavalaria fez uma
blitz em uma das portarias de saída do entreposto de Contagem.
Olho-Vivo
O
Olho-Vivo da CeasaMinas foi implantado em 2009 e desde então tem sido
um dos instrumentos mais importantes para reduzir o número de
ocorrências policiais ocorridas dentro do entreposto de Contagem. O
sistema conta com equipamentos fixos e câmeras que giram 360º, de modo
que ampliam o ângulo de captação das imagens. A segurança na CeasaMinas
também é feita pela Plantão, uma empresa de vigilância patrimonial
terceirizada.
Semanalmente,
a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo)
prepara uma lista com produtos com os preços em baixa, estáveis ou em
alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos
produtos:
Preço em Baixa
Mamão papaya, banana prata SP,
morango comum, nêspera, tangerina poncam, coco verde, laranja lima,
laranja pera, carambola, melão amarelo, goiaba branca e vermelha, banana
nanica, pepino comum, abobrinha italiana, abobrinha brasileira, pepino
japonês, tomate carmem, abóbora moranga, tomate rasteiro, chuchu, batata
doce rosada, cará, mandioca, coentro, rúcula, couve manteiga,
espinafre, repolho roxo, brócolos ninja, salsa, repolho, escarola,
alface crespa, alface lisa, acelga, nabo, milho verde, alho porró e
batata lavada.
Preço Estável
Atemóia, jabuticaba, tangerina
cravo, limão taiti, mamão formosa, fruta do conde, tangerina murcot,
laranja seleta, maçã gala, uva itália, acerola, manga tommy, abacaxi
havaí, banana terra, uva rubi, cará, tomate pizzad'oro, gengibre, pepino
caipira, batata doce amarela, pimentão verde, jiló, abóbora seca,
cebolinha, rabanete, agrião, couve-flor, cenoura com folha, batata
asterix e ovo branco.
Preço em Alta
Melancia, abacate breda,
maracujá azedo, maracujá doce, pera estrangeira, caju, uva crinsson,
banana maçã, manga hadem, abacaxi pérola, uva rosada, maçã importada,
berinjela, pimentão amarelo, pimentão vermelho, beterraba, abóbora
japonesa, ervilha torta, mandioquinha, vagem macarrão, brócolos comum,
alho argentino, cebola nacional e cebola estrangeira.
Ótima para quem quer perder peso, raiz é comercializada a R$ 1,37 o quilo no Entreposto Terminal São Paulo
A
dica de compra dessa semana (17/8) da CEAGESP é uma raiz, indicada para
quem deseja perder peso e também aos atletas interessados no ganho de
músculos. Trata-se da batata doce (lpomoea batatas) rosada.
Sua
origem é atribuída ao Peru, de onde foi levada pelos pré-colombianos
para as ilhas do Pacífico no século XIII. Porém, somente no início do
século XVI é que veio a ganhar o mundo, quando chegou à Espanha e de lá
se espalhou pela Europa, Filipinas, Índia e China.
No atacado do
Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), ela pode ser encontrada ao preço
médio de R$ 1,37 o quilo. O período de maior safra vai de junho a julho.
Em
2014, deram entrada no entreposto da capital paulista mais de 45 mil
toneladas do produto, provenientes das cidades paulistas de Piedade e
Tapiraí e dos municípios baianos de Teixeira de Freitas e Ibirapuã.
A
batata doce rosada é uma das 400 variedades que podem ser apreciadas. A
película externa é rosa, a polpa tem cor creme e após o cozimento
torna-se amarelada. O formato das raízes é alongado.
Apresenta
ciclo de maturação médio e pode ser colhida em até 150 dias após o
plantio. Entre as diversas formas de preparar essa raiz, a equipe de
nutricionistas do Banco CEAGESP de Alimentos (BCA) sugere uma receita de
bolo de bata doce rosada.
Confira, a seguir, alguns dos benefícios desse produto, que é a dica de compra da semana:
·
É altamente nutritiva, pois contém vitaminas A e C, manganês, fibras,
vitaminas do complexo B, potássio e ferro. Toda essa combinação faz com
que seja considerada um dos alimentos mais saudáveis existentes.
·
Fornece energia para treinamento físico, auxilia na queima de gordura e
no ganho de massa muscular, uma vez que libera a glicose no sangue
lentamente.
· Com baixo índice glicêmico, auxilia no controle da diabetes.
· Por ser rica em fibras, diminui o apetite, o que colabora no emagrecimento.
· Reduz o colesterol total e ajuda no processo digestivo.
· Auxilia na formação do colágeno e previne anemia, graças à presença da vitamina C.
· O alto teor de vitamina A ajuda na prevenção do câncer.
· A presença da vitamina C regula a pressão arterial.
Mas
não é somente a batata doce rosada que está com o preço em conta essa
semana (17/8). Confira quais são esses outros produtos no Dicas da
Semana do Blog CeasaCompras..
Algarismos que formam o nome das rodovias federais ajudam na localização dos viajantes. Muito interessante.
Gustavo Henrique Braga
Com
mais de 210 mil quilômetros de estradas pavimentadas e outros 1,3
milhão de não pavimentadas, de acordo com o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Brasil tem diversas opções para
os amantes das viagens sobre duas ou quatro rodas. Muitos não sabem, mas
para não se perder neste emaranhado de caminhos que atravessam todas as
regiões do país, o nome da estrada representa uma informação valiosa
sobre o posicionamento do viajante no território nacional.
As
“BRs” são as vias federais. O nome delas sempre vem acompanhado de mais
três algarismos. O primeiro indica o tipo da rodovia e os dois seguintes
definem a posição, a partir da orientação da estrada em relação à
capital federal, Brasília, e aos limites norte, sul, leste e oeste.
Assim, um viajante que trafega pela BR-101 sabe, automaticamente, que
está em uma rodovia longitudinal (que cruza o país de norte a sul) –
indicado pelo primeiro algarismo, 1 – e que está no ponto mais ao leste
de Brasília indicado pelos dois números seguintes, 01.
O
raciocínio funciona assim: as estradas que começam com o algarismo 0,
como por exemplo a BR 040, são as que ligam Brasília ao interior do país
(rodovias radiais) desenhando um círculo ao redor da capital federal. A
numeração dessas rodovias varia no sentido horário. Já as estradas que
começam com o algarismo 1 são as longitudinais. Entre essas vias, as que
terminam com números entre 01 e 49 estão, em ordem crescente do litoral
para o interior, a leste de Brasília enquanto de 51 a 99 estão a oeste
da capital federal.
Há ainda as rodovias que cruzam o país em
linhas horizontais (transversais), cujo primeiro algarismo é 2, como por
exemplo, BR-230, BR 262 e BR 290. A lógica para os demais números é
semelhante ao das rodovias longitudinais. O número de uma estrada
transversal é 00 e 49, se a rodovia estiver ao norte da Capital, e entre
50 e 99, se estiver ao sul, em função da distância da rodovia ao
paralelo de Brasília.
Outro tipo de rodovias são as diagonais,
que começam pelo algarismo 3, como por exemplo BR-304, BR-324 e BR-364.
Elas podem ser de dois tipos: orientadas na direção Nordeste para
Sudoeste ou no sentido Noroeste para Sudeste. No primeiro caso, os dois
números finais da rodovia variam, segundo números pares, de 00, no
extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília e de e de 50 a 98, no
extremo Sudoeste.
Já no caso das diagonais orientadas na direção
geral NE-SO a numeração varia, segundo números ímpares, de 01, no
extremo noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo
Sudeste. Por fim, as rodovias de ligação iniciam pelo algarismo 4. Estas
rodovias apresentam-se em qualquer direção, geralmente ligando rodovias
federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos
importantes ou ainda a fronteiras internacionais.
Diminuição
de área plantada, efeitos do clima, alta do dólar e dos insumos
básicos, irão pressionar os preços em agosto, como os da batata, cebola e
ovos. A elevação dos preços do milho e do farelo de soja, base da
alimentação de frangos, irá implicar na alta da carne das aves e no dos
ovos. A cebola permaneceu em alta em julho, como mostra a análise
mensal feita pela CeasaMinas. Acompanhe.
As cotações do Tomate
Longa Vida prosseguiram, na convergência de volume e preços, à média
dos últimos 5 anos.A oferta da frutosa (8.386 ton.) recuou 7% nas
duas comparações face às menores remessas das mesorregiões
Metropolitana de BH (para esta mesorregião, o fato contraria o
movimento tradicional) e Campo das Vertentes, a Oeste de Minas,
costumeiramente verte mais produtos no período. A demanda paulista no
entreposto, experimentada em meses anteriores pressionando os preços,
arrefeceu, inclusive com alguma presença de produtos paulistas na
central.
A redução da oferta das Hortaliças Raiz, Bulbo,
Tubérculo e Rizoma foi determinante para a queda geral. A oferta da
Batata Lisa (13.616 ton.) recuou 24% em relação a julho do ano
anterior e 4% em relação a junho último, pressionando os preços.
De acordo com o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola – LSPA do
IBGE, apesar do aumento da área, o frio contribuiu para um
baixo rendimento da batata de 3ª safra no Triângulo Mineiro/Alto
Paranaíba e Sul/Sudoeste de Minas, principais fornecedores do
período.
Os comerciantes da CeasaMinas ainda mitigaram a
queda da oferta destas duas mesorregiões com mais tubérculos
provenientes de São Paulo e Goiás. Os preços da Cebola Amarela
prosseguiram elevados também em julho. A oferta (6.335 ton.) está
menor que a registrada em igual mês de 2014, mas avançou 30% em
relação a junho. De fato, o período é historicamente caracterizado
pelo ingresso de bulbos do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
e Leste Goiano. De acordo com o LSPA, a produção da mesorregião
mineira será inferior à observada em 2014, o que contribui para
os preços elevados
Outro fator que pressionou as cotações foi o
excesso de chuvas na Argentina, prejudicando as importações e a
qualidade do produto proveniente do país vizinho.
Frutas
A oferta de Laranja Pêra (8.778 ton.) aumentou 3% nas duas comparações. Merece menção, o aumento robusto da
fruta
proveniente da mesorregião paulista de Campinas em contraste com
a queda da oferta da mesorregião de Piracicaba.Os preços prosseguiram
em patamar superior a 2014, mas acompanharam o movimento histórico de
recuo nos meses intermediários do ano em função do aumento da oferta e
da presença de similares como a Tangerina Ponkan e outras
variedades de laranja.
Esses patamares mais elevados têm confirmado o relato da Fundecitros quanto à incidência de problemas na produção
em 2015, como custos de produção elevados e a incidência de greening (doença grave transmitida por inseto).
.
Os
meses intermediários do ano são tradicionalmente caracterizados pelo
enfraquecimento da demanda por banana, principalmente em razão das
férias escolares e do advento de frutas de época. O resultado final é
uma pressão descende
nte considerável sobre os preços. A oferta da Banana Prata (6.015 ton.).
A
movimentação no mercado mineiro aumentou 6% em relação a julho
de 2014 e apresentou uma queda de 5% ante junho último. A
oferta da mesorregião Norte de Minas, tradicional fornecedora, perdeu
participação para a Metropolitana de BH e Sul Baiano.
Durante
todo o ano de 2015, as cotações da Banana Nanica permaneceram
abaixo da média de 5 anos e do ocorrido em 2014. A oferta de julho
(5.511 ton.) aumentou 23% em comparação com mesmo mês de 2014 e 11%
relativamente a junho do corrente. O produto do Norte de Minas
prosseguiu aumentando sua participação relativa no entreposto em
prejuízo da mesorregião Metropolitana de BH. A fruta catarinense
também aumentou sua presença de forma significativa. A oferta da
Maçã (4.323 ton.) caiu 9% ante julho de 2014 e 4% na
comparação com junho último. O fato pressionou os preços que
começaram se aproximaram da média histórica
.
De todos os
principais ofertantes, apenas a mesorregião Oeste Catarinense verteu
mais frutas para o entreposto. As demais mesorregiões gaúchas,
catarinenses e paranaenses reduziram suas remessas. A maior oferta de
Tangerina Ponkan (4.248 ton. ao todo) relativamente a 2014 tem
contribuído robustamente para os menores preços apresentados ante
aquele ano. Em verdade, desde 2000, não se registra na CeasaMinas uma
oferta tão expressiva da fruta. A mesorregião Metropolitana de BH
protagonizou a origem, mas a mesorregião que apresentou o aumento mais
significativo ante 2014 foi a Norte de Minas.
PERSPECTIVAS PARA AGOSTO
Pelo
Calendário de Sazonalidade de Preços dos últimos 5 anos da
CeasaMinas, não se observam variações significativas de preços
médios das Hortaliças Folha, Flor e Haste. Os preços do Repolho Híbrido,
no entanto, tendem a aumentar o que pode não acontecer dada a
influência dos preços elevados de abril e maio que podem ter
influenciado um maior plantio, cuja maioria da colheita será efetuada em
agosto.
De acordo com o Calendário, o preço médio das Hortaliças
Fruto apresenta certa elevação em agosto. As cotações do Tomate Longa
Vida não devem variar significativamente, mediante perspectiva de oferta
e demanda regulares, permanecendo mais favoráveis ao
consumidor.Tradicionalmente, as Hortaliças Raiz, Bulbo, Tubérculo e
Rizoma sofrem uma ligeira redução média de preços no período. Tal
fato pode não ocorrer face à tendência de que os preços da Batata Lisa e
da Cebola Amarela permaneçam elevados.
Os preços médios das
Furtas Brasileiras não têm variado significativamente, em média, nos
últimos 5 anos. As cotações da Laranja Pêra e Banana Nanica podem
apresentar certa recuperação, enquanto a Banana Prata tende a se
depreciar. Maçã e Tangerina Ponkan devem permanecer estáveis, sendo que a
oferta da última certamente apresentar à redução.
A pesquisa
Focus divulgada pelo Banco Central do Brasil não aponta para um recuo na
cotação do dólar em agosto. A moeda americana, inclusive, pode
apresentar ligeira alta. Mesmo com a possibilidade de aumento da oferta
em função do fim do embargo aos produtos argentinos, provavelmente os
preços médios das Frutas Importadas permanecerão elevados.
Ainda
de acordo com o Calendário, o preço médio dos Ovos na CeasaMinas não
apresenta variação significativa. A tendência de elevação das cotações
dos principais insumos de produção (milho e farelo de soja) pode
impulsionar esses
preços, caso haja margem no mercado.
Numa pesquisa,
divulgada por blog publicado no Estadão desta quinta-feira (13/8),
indica que esse número chega a 64%. Supermercados já sacaram isso e
concentram as campanhas de aniversário neste mês e há empresas que até
anteciparam a comemoração para impulsionar vendas
A crise e a
inflação transformaram os consumidores em “caçadores” de promoções.
Hoje, 64% dos brasileiros compram produtos em promoção habitualmente,
revela pesquisa do Instituto Data Popular feita no começo do mês, em 152
municípios, com 3 mil pessoas. Cinco anos atrás, a pesquisa mostrou que
os adeptos das barganhas somavam 39%.
Com uma queda de 2,2% nas
vendas no 1.º semestre, o pior desempenho desde 2003, o varejo,
especialmente hipermercados e supermercados, decidiu fazer promoções
agressivas, voltando à velha prática de sortear carro zero-quilômetro e
viagens, para espantar o baixo astral dos negócios. O mote é o
aniversário da empresa, comemorado coincidentemente no mesmo mês pelas
redes Walmart, Pão de Açúcar, Sonda e Hirota. O Carrefour até antecipou a
campanha de aniversário de outubro para este mês. O Walmart resolveu
estender o aniversário que ocorria em agosto nas bandeiras da rede que
atuam no sul (Nacional e Mercadorama) para todos os hipermercados. O
Carrefour diz que essa prática é comum.
“Hoje, o desafio para o
varejista fazer promoções é muito maior”, diz o diretor do Data Popular,
Renato Meirelles. Ele se baseia em dois resultados da pesquisa.
Atualmente, 87% dos entrevistados afirma que pesquisam preços antes de
comprar. É uma fatia muito maior que a do levantamento de 2010, quando
52% disseram que pesquisavam os preços.
Troca. Além disso, após o
ganho de renda que houve nos últimos anos e a elevação no padrão de
consumo, o critério para trocar um produto mais caro por outro mais
barato mudou: 82% dos entrevistados informaram que procuram marcas mais
em conta entre aquelas nas quais confiam e 69% dos consumidores se
recusam a comprar produtos desconhecidos só porque estão em promoção.
A
rede Sonda, por exemplo, com 29 lojas espalhadas pelo Estado de São
Paulo, fechou acordo com fornecedores de marcas consagradas para a
promoção de aniversário. É o caso do papel higiênico Neve, da Kimberly
Clark. Hoje, um pacote com 16 rolos custa R$ 19,49, um valor quase 10%
menor do que um ano atrás. Segundo Júlio César Lopes, diretor de
marketing da rede, se o consumidor levar um segundo pacote, o abatimento
é de 50% sobre o preço em promoção.
“Estamos mais dinâmicos na
campanha deste ano”, diz o executivo. Atualmente, há 30% mais produtos
em oferta na loja. Além dos descontos, a empresa vai sortear cinco
carros. A expectativa é que a campanha deste ano amplie em 8% as vendas.
“A meta é mais modesta”, diz o executivo, em referência ao cenário
econômico.
Sorteio de picape. A rede Hirota, com 14 lojas em São
Paulo, é outra que está tentando segurar a queda nas vendas apostando
nas promoções. “Estamos tentando reagir e não sucumbir à crise”, diz a
gerente de marketing, Eugênia Fonseca. Ela diz que neste ano a promoção
de aniversário está mais agressiva. A rede vai sortear uma picape Hilux,
avaliada em R$ 120 mil.
Já o Walmart optou por uma estratégia
diferente para comemorar o aniversário e impulsionar as vendas. A
empresa prefere colocar preços mais baixos nos produtos, dentro da
política de preço baixo todo dia, do que gastar com carros, diz o
diretor da rede, Andre Chevis Svartman.
Embalagens maiores.
Percebendo o aperto no orçamento do brasileiro, desde o início de julho,
a rede lançou campanha “vem que dá”. Com negociações fechadas com cerca
de 20 grandes fornecedores, como Coca-Cola e P&G, a varejista
consegue oferecer preços reduzidos para produtos de marcas importantes
em embalagens maiores, para que o consumidor não corte os itens da sua
lista de compras. Um exemplo é o detergente líquido para roupas em
embalagem de 5 litros da marca Omo por R$ 26,90. No segmento de
eletrônicos, outra forma de atrair o consumidor foi ampliar de 10 para
24 vezes o prazo de pagamento no cartão próprio.
Na rede Pão de
Açúcar, que também comemora o aniversário este mês, os prêmios são
quatro viagens para Madri, Espanha. A rede varejista não atribui a
promoção mais agressiva neste ano à crise econômica e informa que está
até gastando até menos com os prêmios de aniversário porque fechou
parcerias com uma companhia aérea e uma agência de viagens. A empresa
não revela quanto pretende ampliar as vendas com a promoção que inclui,
além de prêmios, descontos em produtos escolhidos a dedo. Nesta semana,
por exemplo, cortou em 50% o preço das cápsulas de café.
Consumidor.
A analista de mercado Jessica Penido é uma verdadeira “caçadora” de
promoções. Só compra itens em oferta e troca dicas de preços com a
colega de trabalho Cristina Alves do Santos, apesar de morarem em
bairros distantes.
Desde o fim do ano passado, Jessica, que tem
24 anos e vive sozinha com uma renda mensal na faixa de R$ 3 mil,
decidiu mudar seus hábitos de compra para economizar. Ela deixou de
fazer a despesa de supermercado nas grandes redes e passou a se
abastecer em dois mercadinhos pequenos perto da sua casa. “Eles não têm
tudo o que eu gosto, mas oferecem o menor preço”, diz a analista de
mercado.
O quilo de filé de frango, por exemplo, saia por R$ 17
numa grande rede varejista. Agora, Jessica encontra por R$ 11 no
mercadinho vizinho. De real em real, ela já conseguiu fazer uma boa
economia, só de olho nas promoções. Quando fazia compra nas grandes
redes, chegava a gastar R$ 350 por mês. Agora desembolsa R$ 250.
Cristina,
de 39 anos, que tem uma família de cinco pessoas, entre mãe, irmã e
filhos gêmeos, também mudou os hábitos de compra. Com renda de R$ 2 mil,
ela faz um pente-fino nos folhetos de ofertas de um atacadista e de um
supermercado pequeno na cidade de Embu, onde mora.
Com isso, ela
consegue economizar cerca R$ 70 por mês só aproveitando as promoções.
“Sempre estou de olho nas ofertas de leite, porque o consumo é alto na
minha casa. Às vezes, uma caixa de leite nem dura uma semana.”
Apesar
de as colegas estarem ligadas no preço, elas têm estratégias diferentes
na frequência de compras para economizar. Jessica concentrou as compras
em uma ou duas idas ao supermercado para escapar da tentação de comprar
supérfluos. Cristina vai à loja toda vez que encontra uma boa promoção
A
CeasaMinas estará presente no 29º Congresso Anual da União Mundial de
Mercados Atacadistas (WUWM, na sigla em inglês), entre os dias 23 a 26
de setembro de 2015, em Campinas (SP). Considerado o maior evento do
mundo de mercados atacadistas do mundo, o congresso deverá reunir
representantes de 35 países, da cadeia produtiva de hortigranjeiros,
flores, cereais, pescados, carnes, orgânicos e demais produtos
processados e semiprocessados. “O meio ambiente e o futuro dos mercados
atacadistas” será o tema principal do congresso.
A WUWM é uma
associação que representa 211 mercados distribuidores de alimentos em 42
países, visando promover o intercâmbio internacional de informações
sobre a distribuição de alimentos. O Congresso será promovido com apoio
da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen) e da
Ceasa Campinas.
A conferência principal está programada para
ocorrer logo após a cerimônia de abertura, no dia 24/9, com o tema
“Novos cenários para o abastecimento alimentar frente às mudanças
climáticas”. Em seguida, haverá quatro painéis, incluindo temas como
construção de novos mercados, integração com a produção e o varejo, e a
influência de campanhas de estímulo ao consumo.
Área de estandes
Uma
das atrações do evento será a área dedicada aos estandes temáticos das
Ceasas brasileiras, e de empresas e demais entidades ligadas ao setor. A
CeasaMinas terá, além da participação dos técnicos nas palestras, um
estande especial neste espaço.
Representantes de empresas e de
outras entidades que tiverem interesse em ser parceiros na montagem do
estande podem procurar o Departamento de Comunicação pelo (31)
3399-2011/2035.
Você vai precisar de:
Quatro xícaras de chá de abobrinha ralada
Dois dentes de alho
Salsa a gosto
Uma colher de sopa de maionese
Oito colheres de sopa de farinha de trigo
Seis colheres de sopa de farinha de rosca
Sal a gosto
Pimenta a gosto
Seis colheres de sopa de óleo para fritar
Como fazer:
Rale
a abobrinha no ralador grosso, tempere com alho, sal e salsa. Junte a
maionese e misture. Acrescente a farinha de trigo, a farinha de rosca e o
sal. Misture. Com essa massa, modele os hambúrgueres. Frite cada
unidade dos dois lados na frigideira com óleo quente. Cuide para não
grudar.
Valor calórico da porção: 123,91 kcal
Rendimento: 12 unidades
Tempo mínimo de preparo: 30 minutos.
Fonte: Mesa Brasil
Bastante presente na mesa dos brasileiros, legume é comercializado a R$1,71 o quilo no Entreposto Terminal São Paulo
A
dica de compra dessa semana (11/8) é um legume pertencente à família da
abóbora e do pepino e que traz inúmeros benefícios à saúde.
De
porte pequeno, a abobrinha italiana (Cucurbita pepo) tem crescimento
rápido e precoce – pode ser colhida após 40 dias do plantio.
No atacado do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), ela pode ser encontrada ao preço de R$ 1,71 o quilo.
Bastante consumida pelos brasileiros, possui formato alongado e cor listrada (verde escuro e claro).
FONTE
DE ÁGUA – Sua origem é um tanto quanto incerta: atribui-se que tenha
surgido nas regiões tropicais, do sul do Estados Unidos ao Peru. Antes
dos colonizadores chegarem ao continente americano, povos nativos já
haviam experimentado o manejo em terras locais.
Com textura leve e
sabor característico, a hortaliça é de fácil digestão, ajuda a aliviar
enjoos de gravidez e a regular a atividade intestinal. Praticamente 94%
de sua composição é pura água.
O período de safra da abobrinha
italiana vai de agosto a novembro. Em 2014, deram entrada no ETSP cerca
de 30 mil toneladas do legume, provenientes dos municípios paulistas de
Piedade, Ribeirão Branco, Cesário Lange e Ibiúna, além da cidade mineira
de Santa Rita de Caldas.
BENEFÍCIOS – Ela pode ser preparada de
diversas formas: refogada, assada, frita, empanada ou utilizada em
saladas e sopas. Por sinal, a equipe do Banco CEAGESP de Alimentos
sugere uma receita diferente: que tal provar um delicioso hambúrguer de
abobrinha italiana?
Confira, a seguir, as vantagens proporcionadas por esse excelente alimento:
Rica em vitaminas do complexo A e B, cálcio, fósforo, sódio e magnésio – propriedades que fortalecem os ossos.
Com alto teor de fibras, regula o funcionamento do intestino e age contra as células cancerígenas.
Tem
também vitamina C que, junto com a A, atua como antioxidante e
anti-inflamatório, além de criar uma espécie de barreira nas corrente
sanguínea que dificulta o acúmulo do mau colesterol.
Pela alta quantidade de magnésio, é bom para o coração, já que reduz o risco de derrame e ataque cardíaco.
É uma importante aliada das dietas – uma porção de 100g do legume cru fornece apenas 20 kcal.
Semanalmente
a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo)
prepara uma lista com produtos com os preços em baixa, estáveis ou em
alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos
produtos:
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Mamão papaya, Banana
prata SP, Morango comum, Nêspera, Tangerina cravo, Tangerina poncam,
Coco verde, Laranja lima, Laranja pera, Carambola, Melão amarelo, Goiaba
branca e vermelha, Banana nanica, Pepino comum, Abobrinha Italiana,
Abóbora Moranga, Tomate rasteiro, Chuchu, Batata doce rosada, Cara,
Mandioca, Coentro, Rúcula, Couve manteiga, Espinafre, Repolho roxo,
Brocolos ninja, Salsa, Repolho, Escarola, Alface crespa, Alface lisa,
Acelga, Nabo, Milho verde, Alho porró e Batata lavada.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Limão
taiti, Mamão formosa, Fruta do conde, Tangerina murcot, Laranja seleta,
Maçã Gala, Uva Itália, Acerola, Manga tommy, Abacaxi havai, Banana
terra, Uva rubi, Cara, Tomate Carmem, Gengibre, Pepino caipira, Batata
doce amarela, Pimentão verde, Jiló, Abóbora seca, Cebolinha, Rabanete,
Agrião, Couve-flor, Cenoura c/ folha, Batata asterix, e Ovos branco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Melancia,
Abacate breda, Maracujá azedo, Maracujá doce, Pera estrangeira, Caju,
Jabuticaba, Banana maçã, Manga hadem, Abacaxi pérola, Uva rosada, Maçã
Importada, Berinjela, Pimentão Amarelo, Pimentão vermelho, Pepino
japonês, Pepino caipira, Beterraba, Abóbora Japonesa,Ervilha torta,
Mandioquinha, Vagem macarrão, Tomate pizzad'oro, Brócolos comum, Alho
Argentino, Cebola nacional e Cebola estrangeira.
A fruta de origem asiática é conhecida na Ásia e na Indonésia, onde é mais produzida, como “ a fruta mais saborosa do mundo”
Você
já ouviu falar no mangostin ou mangostão? A fruta de origem asiática é
conhecida na Ásia e na Indonésia, onde é mais produzida, como “ a fruta
mais saborosa do mundo” por possuir um sabor exótico e delicioso. Além
disso o mangostin oferece benefícios para a saúde.
A
comercialização do mangostin no mercado das Centrais de Abastecimento do
Espírito Santo (Ceasa/ES), deu início no mês de julho com o preço médio
do quilo ofertado a R$17,00.
Segundo o comerciante Marcos Simonassi,
o mangostin é uma fruta bastante procurada “ No mês eu costumo vender
aproximadamente 2 mil toneladas da fruta. No Brasil o plantio do
mangostin é destaque nos estados de São Paulo, Bahia e no município de
Linhares no norte do Espírito Santo”, conta Simonassi.
Saúde
O
mangostin é uma fruta rica em benefícios para a saúde como, proteínas,
fibras, ferro, magnésio, fósforo, potássio, zinco, cobre e manganês.
Além das Vitaminas C, B6 e B12. Com apenas 63 kcal por 100 gramas, não
apresenta teor de gorduras saturadas nem de colesterol”, explica a
nutricionista.
Segundo a nutricionista Matilde Alves o mangostin
possui antioxidantes que auxiliam o combate de doenças como câncer e
retardam o envelhecimento “Os antioxidantes são reconhecidos pela sua
capacidade para proteger o corpo de efeitos deteriorantes. Além disso é
uma excelente fonte de fitonutrientes que oferecem benefícios que
incluem efeitos antioxidantes. Os fitonutrientes específicos que se
encontram em frutas e verduras funcionam em conjunto com outros
nutrientes para proteger a saúde,” explica a nutricionista.
Em
armazenamento fechado, seco e quente, os mangostões podem ser guardados
por 20 a 25 dias. Períodos mais longos podem endurecer a pele exterior, e
a casca enrijecer. Quando a casca endurece, torna-se difícil abrir os
frutos, e o próprio interior seca.
Queda no preço da banana provoca
demissões no Vale do Ribeira (SP). Mais de 1.400 trabalhadores rurais
com carteira assinada foram demitidos. Região é a principal produtora da
fruta no Brasil.
Este é um filme que irá se repetir, como
aquelas repetições intermináveis que acontecem na TV fechada, paga. A
maior produtora de banana do país, região paulista, afirma que o preço
da fruta no atacado está barato e não compensa. Isso já aconteceu no
início do ano, quando produtores de cebola deixaram de plantar por que
no ano passado o preço era muito baixo. E o que deu? Aumento em 2015. O
mesmo, pode aguardar, vai acontecer com a banana, todos os tipos, a
partir do final deste ano. Mesmo a Ceagesp afirmando que os preços irão
cair. Fica o alerta do CeasaCompras.com, e veja a matéria do Globo Rural
deste domingo dos Pais.
O Vale do Ribeira, em São Paulo, é a
principal região produtora de banana no Brasil. Mas a vida dos
agricultores não está nada fácil. O preço caiu e muitos trabalhadores
foram demitidos. Produtor há mais de 50 anos, José de Paula Teixeira faz
parte da segunda geração da família que vive da bananicultura no
município de Registro.
Nos últimos 12 meses, ele viu o preço do
produto despencar. O quilo da banana nanica que nesta mesma época no ano
passado era vendido em média por R$ 0,90, agora vale R$ 0,63, uma queda
de 30%. “Nós tivemos crise com doença, com vendaval, mas nunca chegou
numa situação que nem nós estamos tendo hoje”, relata o produtor.
O
motivo, segundo os produtores, foi a retração nas vendas. “Como o
consumidor está com o poder de compra menor, ele acaba selecionando os
produtos que vai comprar no supermercado. Se a banana não diminui o
preço, como diminuiu no campo, ele acaba optando por outras frutas ou
deixando de consumir frutas”, diz Jeferson Magário, presidente do
Sindicato Rural do Vale do Ribeira.
Por conta do cenário, segundo
o sindicato, do começo do ano para cá, cada produtor demitiu, em média,
30% dos funcionários. Foram mais de 1.400 trabalhadores rurais, com
carteira assinada.
José Ricardo dos Santos é encarregado de uma
fazenda que tem quase 30 funcionários. Ele diz que essa crise no setor
está tirando seu sono. “A gente como pai de família não tem como dormir
em paz. Isso preocupa muito. Tem conta, muitos pagam aluguel. É
difícil.”
A banana é a principal fonte de renda da maioria dos
municípios da região, que tem 40 mil hectares da fruta, quase nove
milhões de pés. O agrônomo Agnaldo de Oliveira trabalha na Coordenadoria
de Assistência Técnica Integral (CATI) e afirma que o setor está
passando um dos seus momentos mais delicados.
“Cada vez mais
diminui esse poder aquisitivo do agricultor, pela remuneração do seu
produto, ele tem que cortar custo. Então corta a mão de obra, corta a
utilização de insumos, os tratos culturais vão ficando cada vez mais
espaçados e também, consequentemente, a qualidade da fruta começa a
diminuir”, explica o agrônomo.
Segundo o economista Flávio Godas,
da Ceagesp – Companhia de Abastecimento de São Paulo – o preço da
banana caiu também por causa do aumento da produção paulista e mineira. É
que fez mais calor neste inverno e os frutos ficaram maduros mais cedo.
IPCA
registrou o valor mais elevado, para o 7º mês do ano, desde 2004.Veja
relação dos alimentos que mais caíram e os que mais subiram.
Do G1, em São Paulo
Em
julho, a inflação registrou o valor mais elevado, para o sétimo mês do
ano, desde 2004. Também acumulou, em 12 meses, o maior resultado desde
novembro de 2003. O valor dos alimentos contrariou o comportamento do
mês anterior e voltou a subir.
Mesmo tendo desacelerado de 0,79%
para 0,62%, a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) registrou o valor mais elevado, para o sétimo
mês do ano, desde 2004, segundo divulgou nesta sexta-feira (7) o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De junho para julho, entre os alimentos que ficaram mais caros estão o feijão mulatinho, o fubá de milho, o café e as carnes.
"Agricultores
de feijão têm atribuído muito a questão de dólar aos aumentos de preço.
Inclusive, eles dizem que isso pode levar a uma redução da área
plantada. Em particular, aquelas lavouras que precisam de irrigação. Tem
pressão do dólar que tem a ver com adubos e para irrigação precisa de
energia elétrica”, explicou a coordenadora de Índice de Preços do IBGE,
Eulina Nunes. Ela acrescentou que o trigo, o frango, pecuária também são
afetados.
Produto
Queda mensal em junho (em %). Variação acumulada no ano (em %):
Tomate: -10,77: 41,24
Açaí: -7,51: 8,78
Feijão-fradinho: -4,13:17,72
Feijão-preto: -4,04: -2,65
Cenoura: -3,37: 27,86
Hortaliças: -3,05; 10,60
Óleo de soja: -1,22; 7,22
Pescado: -0,66; 4,85
Leite em pó: -0,53; -1,02
Cerveja: -0,34; 1,06
Arroz: -0,29; 0,70
Produto
Alta mensal em junho (em %). Variação acumulada no ano (em %).
Feijão-mulatinho: 8,88; 35,57
Fubá de milho: 3,53; 7,34
Leite longa vida: 3,09; 9,95
Café solúvel: 2,30; 7,51
Cafezinho: 2,22; 10,52
Carnes industrializadas: 2,14; 7,48
Feijão-carioca: 2,03; 22,66
Iogurte: 1,69; 7,11
Ovos: 1,36; 15,52
Frutas: 1,34; 6,10
Queijo: 1,30; 6,70
Macarrão: 1,13; 3,94
Refeição fora: 0,79; 5,54
No ano, o indicador registra alta de 0,33% e, nos últimos 12 meses, elevação de 9,27%.
Os
preços recuaram 0,63% no maior entreposto atacadista do país. Com
exceção dos legumes, todos os demais setores registraram redução dos
preços praticados. Impulsionados pelas condições climáticas
satisfatórias, houve aumento do volume ofertado e melhora substancial da
qualidade na maioria dos produtos. Assim, com a demanda retraída,
confirmou-se a tendência de preços reduzidos no período.
Preservadas
as condições climáticas atuais e com a esperada retração no consumo,
este cenário deve se prolongar nos próximos meses. Somente com o início
do período de chuvas, previsto para o mês de dezembro, os preços deverão
inverter este viés de baixa. Assim, os produtos in natura serão
importantíssimos para a manutenção da inflação em patamares reduzidos no
setor de alimentos.
No setor de frutas, são muitas as opções de
compra para os consumidores. Além dos citros como laranja lima, laranja
pera, limão e tangerinas, também estão em plena safra o morango, a
banana, a melancia, o coco verde, entre outros produtos, que apresentam
preços bastante satisfatórios.
Em julho, o setor de frutas
recuou 1,03%. As principais quedas foram da melancia (-17,6%), banana
prata (-14,5%), banana maçã (-14,6%), pera willians (-11,3%) e maracujá
azedo (-9,6%). As principais altas foram do caju (26,7%), mamão formosa
(24,4%), maçã estrangeira (9,7%) e abacaxi havaí (8,3%).
O setor
de legumes registrou elevação de 2,46%. As principais altas foram do
pimentão vermelho (47,5%), pimentão amarelo (43,5%), maxixe (15,2%) e
berinjela japonesa (14,4%). As principais quedas foram do tomate cereja
(-11,8%), chuchu (-9,7%), pepino comum (-7,7%) e ervilha torta (-7,2%).
O
setor de verduras caiu 0,45%. As principais quedas foram do coentro
(-25,7%), rúcula (-17,4%), salsa (-15,2%), agrião (-14,9%) e brócolis
(-12,2%). As principais altas foram da alface crespa (38,8%), alface
lisa (25,8%), alface americana (17,3%), cebolinha (15,9%) e escarola
(8,7%).
O setor de diversos caiu 1,34%. As principais quedas
foram da batata lisa (-8,7%), batata comum (-4,2%) e ovos (-1,7%). As
principais altas foram da canjica (2,7%) e cebola nacional (1,1%).
O
setor de pescados registrou queda de 2,19%. As principais baixas foram
da anchova (-24,9%), abrótea (-19,6%), pescada (-18,6%) e pintado
(-10,4%). As principais altas foram da lula (12,3%), espada (11,7%) e
camarão ferro (9,7%).
Índice CEAGESP
Primeiro balizador de
preços de alimentos frescos no mercado, o Índice CEAGESP é um indicador
de variação de preços no atacado de Frutas, Legumes, Verduras, Pescado e
Diversos. Divulgados mensalmente, os 150 itens da cesta foram
escolhidos pela importância dentro de cada setor e ponderados de acordo
com a sua representatividade. O Índice foi lançado em 2009 pela CEAGESP,
que é referência nacional em abastecimento.
Os interessados em enviar perguntas podem entrar em contato via WhatsApp
A
informação mais perto do produtor rural. Já está no ar o programa de
rádio “Informe Agricultura”, iniciativa da Secretaria da Agricultura,
Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) em conjunto com as autarquias
do sistema agrícola, Incaper, Idaf e Ceasa. Por meio desse veículo de
comunicação, a sociedade capixaba terá mais acesso a informações sobre
ações, serviços e atividades do sistema agrícola estadual.
Além
de notícias, o “Informe Agricultura” também irá apresentar novidades
tecnológicas que podem melhorar a produção e a renda dos agricultores. O
programa irá ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h, em todas as 21
emissoras de rádio da Rede Sim. A apresentação é dos jornalistas Daniel
Simões e Vanessa Capucho, com a participação de toda a equipe da Agência
Agricultura.
Entre os quadros do programa de rádio estão a
“Agenda Agricultura”, que irá divulgar os principais eventos da
agricultura capixaba durante a semana; e “Dicas de Manejo”, que irá
apresentar uma dica útil para o dia a dia do produtor. Esse quadro
pretende difundir informações técnico-científicas em uma linguagem
acessível.
O “Informe Agricultura” também terá o quadro
“Agricultura Sustentável”, com dicas para que o produtor possa implantar
métodos sustentáveis de produção e garantir maior segurança hídrica.
Também haverá “O produtor pergunta, a gente responde”, no qual um
técnico responde a perguntas feitas pelos produtores rurais.
Para
participar do programa, enviando sugestões de assunto e perguntas para a
equipe do “Informe Agricultura”, ligue para o telefone (27) 3636-3651;
envie para o e-mail comunicacao@seag.es.gov.br ou pelo WhatsApp (27) 98817-4783; ou ainda pela página da Seag no Facebook.
No entanto, a diretoria técnica da central de abastecimento acredita que no segundo semestre o preço dos alimentos irá cair.
O
mês de julho registrou uma alta de 1,7% no preço de hortigranjeiros no
atacado da CeasaMinas, em comparação com o mês de junho Mas a boa
notícia para o consumidor é que a tendência é de queda nos preços até o
final do ano. “A expectativa é que a situação seja mais favorável para o
consumidor nesse segundo semestre, a não ser que aconteça algum fato
anormal como uma geada”, explica o chefe da seção de informações de
mercado da CeasaMinas, Ricardo Martins.
A alta do mês de julho
foi influenciada pelos preços das hortaliças, que subiram 5,3%. O
destaque foi a batata, um produto muito consumido e que registrou alta
de exatamente 5,3%. O quilo no atacado passou de R$ 1,32 para R$ 1,39 em
função da saída para outros estados. A cebola também registrou alta,
passando de R$ 3,53 para R$ 3,83. Houve elevação ainda no preço da
cenoura, que subiu de R$ 1,28 para R$ 1,46.
Mas o consumidor
possui boas dicas de consumo de hortaliças. No mês de julho, o quilo no
atacado do repolho caiu 29,6%, em comparação com junho. A abobrinha saiu
de R$ 0,65 para R$ 0,46. Houve redução também no preço da abobrinha
italiana. O produto está 20% mais barato, caindo de R$ 0,65 para R$
0,52. Um dos produtos mais importantes na alimentação do brasileiro, o
tomate, também está mais barato. O valor caiu de R$1,54 para R$ 1,48.
Frutas
O
grupo das frutas registrou queda de preço de 2,9% no mês de julho em
comparação com junho. O grande destaque foi a banana prata, que caiu de
R$ 2 para R$ 1,70. “A queda ocorreu porque a banana prata saiu de um
período de entressafra nacional e entrou em uma época do ano mais
favorável”, explica Ricardo. A banana nanica acompanhou a queda do preço
e fechou o mês de julho em R$ 0,72 o quilo no atacado. Em junho, este
valor foi de R$ 0,77.
Laranja, melancia e tangerina ponkán também
estão mais baratas do que em junho. A laranja caiu de R$ 0,83 para R$
0,81 o quilo no atacado. A melancia passou de R$ 0,89 para R$ 0,76, uma
redução que chegou a 14,6%. Já a tangerina ponkán caiu de R$ 0,60 para
R$ 0,59 .
O problema para o consumidor é o mamão formosa. O
produto teve alta de 67% no período analisado. O quilo no atacado subiu
de R$1,00 para R$ 1,67. “A produtividade caiu. O mamão se desenvolve
mais lentamente em temperaturas mais baixas”, diz Ricard
Os meses de agosto a setembro
marcam a safra de morango, Por isso o preço está mais acessível para o
consumidor. O quilo da fruta pode ser encontrado no mercado das Centrais
de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa/ES) a R$ 5,67 o quilo. No
Espírito Santo, os municípios que mais ofertam o morango são Santa Maria
de Jetibá, seguido de Santa Teresa, Domingos Martins, Afonso Cláudio,
Marechal Floriano e Venda Nova do Imigrante.
De cor vermelha e
com um sabor adocicado e suculento, a fruta é muito presente na cultura
capixaba. As festas que acontecem na região das montanhas capixabas
comprovam isso. Exemplos de pratos e doces tradicionais que fazem
sucesso nesse período são os bombons, as geleias, as tortas, os bolos e
os sucos.
Segundo a nutricionista Mayara Magalhães, a fruta tem
poucas calorias, cerca de 36 kcal por xícara. Rica em vitamina C, fibras
solúveis, potássio e alguns componentes funcionais do grupo dos
bioflavonóides como a antocianina, são substâncias que ajudam a evitar
alguns tipos de câncer e são responsáveis pela coloração avermelhada do
fruto. Além da presença do ácido elágico, o morango também é rico em
vitamina A e C e possui propriedades antioxidantes, ajudando a
fortalecer o sistema imunológico que protege o organismo contra
infecções.
“A vitamina C é muito importante na saúde dos tecidos
em geral, já que esta participa na síntese de colágeno. Enquanto as
fibras solúveis (principalmente a pectina) são aliadas na redução dos
níveis de colesterol e promovem uma maior saciedade após o consumo,
tornando a fruta uma excelente opção para quem deseja perder peso, o
potássio é outro componente que equilibra a quantidade de sódio no
organismo, evitando a retenção de líquidos”, explica a nutricionista.
Por
ser uma fruta rasteira, o morango deve ser muito bem higienizado antes
do consumo para garantir a sua segurança. Deve-se lavar em água
corrente, retirando a terra da superfície. O ideal é mergulhar a fruta
em uma solução com água sanitária (1 litro de água para 1 colher de sopa
de água sanitária) por 15 minutos. É importante utilizar o morango logo
após a compra, pois a medida que a fruta é cortada e exposta ao ar e à
luz, as propriedades nutricionais vão se perdendo ao longo do tempo.