quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Manga tommy e chicória estão mais em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA

Manga tommy, morango, maçã fuji, banana prata, laranja pera, banana nanica, maracujá doce, maçã gala, goiaba branca, goiaba vermelha, abóbora paulista, pimentão verde, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, repolho verde, coentro, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve-flor, couve manteiga, rúcula, acelga, salsa, alho poró, nabo, cebolinha, milho verde, chicória, alho chinês, batata lavada e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS

Laranja baia, lima da pérsia, laranja lima, maracujá azedo, melancia, tangerina murcot, abacaxi pérola, abacaxi havaí, maçã importada, pera importada, melão amarelo, pinha, carambola, tomate carmem, chuchu, abobrinha italiana, tomate débora, pepino comum, batata doce amarela, cenoura, abóbora seca, mandioca, repolho roxo, espinafre e cebola nacional.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA

Abacate, mamão papaya e formosa, acerola, caju, limão taiti, tangerina poncam, manga hadem, caju, uva rosada, uva thompson, abóbora japonesa, pimentões vermelho/amarelo, abobrinha brasileira, berinjela, pimenta vermelha, pepino japonês, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, rúcula, brócolos comum, salsão, erva doce, cebola roxa e ovo branco.

Peixes nos supermercados estão com descontos de até 48%

Até o dia 15 deste mês acontece a 14ª edição da Semana do Peixe, evento que busca estimular o consumo de pescados, com apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o Ministério da Agricultura. Durante a campanha, os varejistas adotam preços especiais e remarcam diversos artigos no setor da peixaria.

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No Walmart, os preços ficaram até 48% mais baixos. Caso da embalagem de 200g do camarão cozido Dellmare, remarcado de R$ 32,98 para R$ 16,98. O Extra e o Pão de Açúcar prometem valores, em média, 20% mais baixos. No Supermercados Mundial, os abatimentos podem chegar a 15%. O Carrefour também tem promoções (veja preços abaixo).

De acordo com a coordenadora da Semana do Peixe, Meg Felippe, a expectativa é aumentar as vendas em 30%:

— O Rio tem muita familiaridade com peixes de mar, mas passou a comer também o salmão por causa dos restaurantes japoneses. As espécies bem ofertadas são as pescadas, as sardinhas, as anchovas e as tainhas. Hoje já podemos falar também dos peixes nativos de cativeiro, como salmão, tilápia, camarão cinza e pescada.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de pescado seja de 12 kg por pessoa ao ano, apesar disso, o consumo médio por brasileiro é inferior a 10 kg por ano. Segundo a organização do evento, a Semana do Peixe quer fortalecer um marco para a cadeia produtiva, com ações em todas as regiões, criando uma terceira época de grande consumo de pescado, após a Semana Santa e o Natal.

Confira ofertas:

Carrefour

Frescos - 

Salmão (1kg): R$ 38,99

Tilápia (1kg): R$ 9,90

Tambaqui (1kg): R$ 15,90

Corvina (1kg): R$ 9,90

Congelados - 

Camarão descascado (1kg): R$ 39,99

Filé de Polaca (800g):

R$ 10,98

Filé Merluza Buona Pesca (800g): R$ 22,90

Cação em Postas Buona Pesca (800g): R$ 15,90

Posta de bacalhau Saithe (1kg): R$ 19,98

Mundial

Sardinha Portuguesa congelada NIigel (1kg):

R$ 18,80

Filé de panga congelado Costa Sul Premium (800g): R$ 16,70

Mexilhão congelado Costa Sul Pacote (400g): R$12,50

Filé de linguado congelado Costa Sul (500g): R$21,90

Iscas de peixe com queijo empanadas e congeladas Costa Sul (500g): R$ 7,98

Filé congelado de merluza Argentina Costa Sul (500g): R$ 11,50

Filé de tilápia congelado Bomar (500g): R$ 17,98

Postas de cação congeladas Buona Pesca (800g): R$ 14,98

Sardinha congelada Buona Pesca (800g): R$13,98

Walmart

Posta de cação Buona Pesca congelada (800g): R$ 13,74

Filé de merluza Bom Peixe congelado (800g): R$ 18,74

Filé de salmão do Alaska congelado (1kg): R$ 49,98

Camarão cozido Dellmare descascado congelado (200g): R$ 16,98

Camarão cozido Great Value descascado (400g): R$ 34,98

Extra

Acará / Tilápia Inteiro fresco (1kg): R$ 7,98

Atum Inteiro fresco (1kg): R$ 10,98

Corvina inteira (1kg): R$ 7,98

Maria mole inteiro fresco (1kg): R$ 9,98

Filé de Panga congelado (1kg): R$ 15,27. Aqui, na compra de três pacotes desse produto pague R$ 12,98 cada uma.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

APROVEITE - Banana prata e mais 34 alimentos em conta

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Semanalmente a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta comercializados no Entreposto Terminal São Paulo, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Banana prata, morango, melancia, maçã fuji, laranja pera, banana nanica, maracujá doce, maçã gala, goiaba branca, goiaba vermelha, tomate carmem, abóbora paulista, chuchu, batata doce rosada, beterraba, abóbora moranga, repolho verde, coentro, rabanete, alfaces, beterraba com folha, cenoura com folha, couve-flor, couve manteiga, rúcula, acelga, salsa, alho porró, nabo, cebolinha, milho verde, chicória, alho chinês, batata lavada e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mamão papaya, mamão formosa, maracujá azedo, laranja baia, manga tommy, lima da pérsia, laranja lima, tangerina murcot, abacaxi pérola, acerola, abacaxi havaí, maçã importada, pera importada, melão amarelo, pinha, carambola, pimentão verde, tomate pizza d’oro, tomate débora, pepino comum, batata doce amarela, cenoura, abóbora seca, mandioca, repolho roxo, brócolos comum, e cebola nacional.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Limão taiti, tangerina poncam, abacate, manga hadem, caju, uva rosada, uva thompson, abobrinha italiana, abóbora japonesa, pimentões vermelho/amarelo, abobrinha brasileira, berinjela, pimenta vermelha, pepino japonês, vagem macarrão, jiló redondo, quiabo, ervilha torta, mandioquinha, salsão, erva doce, cebola roxa e ovo branco.

FERIADÃO - Começa "festa das flores" em Holambra

Maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina segue até o dia 24 de setembro.

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Maior exposição de flores e plantas da América Latina, a Expoflora, em Holambra (SP), começa nesta sexta-feira (25) com a expectativa de atrair 300 mil visitantes até o dia 24 de setembro. A 36ª edição apresenta ao público flores e plantas ornamentais cultivadas por mais de 400 produtores.

Capital das flores, Holambra concentra 45% da comercialização de flores e de plantas ornamentais do Brasil, e a exposição movimenta R$ 24 milhões, aquecendo a economia regional. São gerados 1,8 mil empregos diretos e 5 mil vagas indiretas.

A Expoflora é conhecida por apresentar novidades e tendências para a floricultura nacional. Neste ano, uma espécie de cacto sem espinho e o kalanchoe da variedade Chloe, laranja e com fragância de mamão papaya, estão entre os destaques.

Entre as atrações do evento estão a "Exposiçao de Arranjos Florais", um conjunto de 12 ambientes diferentes com arranjos exóticos criados pelos decorados Jan Willem van der Boon e Jessica Drost.

Na "Mostra de Paisagismo", profissionais do setor apresentam sugestões de como as flores e as plantas podem ser usadas nas residências. São 19 ambientes que apresentam projetos paisagísticos e de decoração, trazendo as tendências da primavera/verão para inspirar o público.

Chuva de Pétalas

Os vistantes poderão participar da "Parada das Flores", um desfile de carros alegóricos enfeitados com flores e plantas produzidas na cidade, e fazer parte da tradicional "Chuva de Pétalas" que distribui pelo céu cerca de 150 quilos de pétalas de rosas, de 18 mil botões da planta que são despetados um a um.

As pétalas são lançadas sobre a multidão com ajuda de um equipamento especial por volta das 16h30, todos os dias. Quando há disponibilidade, um segundo round da chuva utiliza um helicóptero para a distribuição das pétalas por todo o local.

Turismo e Gastronomia

Espalhados por todo o recinto estão restaurantes e lanchonetes que oferecem comidas nacionais e pratos da gastronomia holandesa, como o stroopwafel, um biscoito típico holandês tipo waffle recheado com calda de caramelo e cobertura de chocolate.

Há destaque também para as sobremeses em formatos de flores que misturam sabores que vão de brigadeiro de hortelã passando pela torta com ganache de especiarias. Neste ano uma sorveteria resolveu inovar e apresenta os sabores 'beterraba' e 'bacon'.

Nos cinco palcos instalados próximos às praças de alimentação, a partir das 14h, são realizadas apresentações diárias do grupo de danças típicas holandesas, além de outras atrações.

Quem se interessa por pontos turísticos também pode conhecer a cidade, através de seus aspectos históricos e arquitetônicos, incluindo uma visita ao Moinho de Vento em tamanho natural e ao campo de flores.

Viagens extras

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) anunciou o aumento no número de viagens realizadas em duas linhas de sua frota, as que partem de Campinas (SP) e de Artur Nogueira (SP) para Holambra. Aos sábados e domingos, serão acrescentados horários extras nas linhas 693 e 736. Confira abaixo as alterações de horários:

Sábados

    Linha 693 – Artur Nogueira (CDHU)/ Campinas (Botafogo)
    Sentido Campinas: partidas adicionais às 7h, 16h25 e 18h30
    Sentido Artur Nogueira: partidas adicionais às 9h10 e 18h40
    Linha 736 Artur Nogueira (CDHU)/ Holambra (Centro)
    Sentido Holambra: partida adicional às 5h40
    Sentido Artur Nogueira: partida adicional às 17h20

Domingos

    Linha 693 Artur Nogueira (CDHU)/ Campinas (Botafogo)
    Sentido Campinas: partidas adicionais às 7h, 12h, 16h25 e 17h30
    Sentido Artur Nogueira: partidas adicionais às 6h50, 9h10, 14h40, 17h30 e 19h30
    Linha 736 (Volta) – Holambra (Centro)/ Artur Nogueira (CDHU)
    Sentido Artur Nogueira: partida adicional às 17h30

Serviço

    36ª Expoflora
    Quando: de 25 de agosto a 24 de setembro, de sexta a domingo, incluindo o feriado de 7 de setembro (quinta-feira), sempre das 9h às 19h.
    Local: Parque da Expoflora – Alameda Maurício de Nassau, 675, Holambra (SP).
    Ingresso: R$ 46, que pode ser comprado na bilheteria do Parque da Expoflora (nos dias do evento) ou pelo site Ingresso Rápido
    Mais informações: (19) 3802-1499 / 3802-1421

Brasileiro precisa voltar para a cozinha!

"Obsessão por dietas estraga alimentação perfeita do brasileiro", afirma chef Rita Lobo, que lidera programa de culinária no canal GNT.

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Apresentadora critica moda de 'substituir uma coisa pela outra' e defende valorização da 'comida de verdade' e do arroz e feijão contra epidemia de obesidade no Brasil: 'População foi ficando obesa à medida que se afastou da cozinha'.

Obsessão por dietas da moda, por contagem de calorias e por "substituir uma comida pela outra" são sintomas do nosso distanciamento da comida de verdade e da cozinha, diz a chef e apresentadora Rita Lobo, que defende a importância do arroz com feijão como o "alimento perfeito" para o brasileiro.

A ex-modelo envolveu-se com comida 20 anos atrás, quando estudou gastronomia em Nova York, e desde então popularizou-se com o site de receitas Panelinha (que deu origem a seis livros de culinária) e como apresentadora de televisão (seu programa no GNT, Cozinha Prática, estreou neste mês a nona temporada).

Um dos projetos de Rita, 42, chama justamente Comida de Verdade, com consultoria do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, órgão que criou o Guia Alimentar da População Brasileira - documento oficial do Ministério da Saúde.

O Comida de Verdade ensina, em vídeos disponíveis no YouTube, a diferenciar comidas naturais (ou "verdadeiras") das ultraprocessadas - que costumam ser ricas em conservantes, açúcares e sal, mas pobres em nutrientes. Uma nova etapa do projeto começará em novembro, voltada à introdução alimentar de bebês.

"Comida de verdade é o que tem origem na natureza, seja animal ou vegetal - todas as frutas, verduras, grãos, cereais, carnes - e derivados desses alimentos, mas sem nenhum tipo de aditivo químico. E, para quem mora no Brasil, não tem dieta melhor do que a brasileira", afirma Rita Lobo, que conversou com a BBC Brasil a respeito de alimentação, dietas e hábitos gastronômicos.

Rita traça paralelos entre a combinação clássica do Brasil - o "pê-efe", com arroz, feijão e acompanhamentos - e famosas dietas internacionais, como a mediterrânea, a japonesa ou a francesa.

"São centenas de anos (durante os quais) essa nossa dieta tem sido testada. Não é à toa que o arroz é servido com o feijão. Falta um aminoácido no feijão que justamente o arroz tem, e juntos eles formam uma potência nutricional que quase não precisa de mais nada."

Mas e quanto às calorias dessa combinação de carboidratos?

"Essa ideia das calorias é muito americana", critica Rita. "Como eles (EUA) não têm um padrão nacional de alimentação, ficam tentando todo ano criar uma dieta nova - uma hora baseada em calorias, outra em tirar gordura. E não é sustentável, porque ninguém consegue manter esse tipo de alimentação."

A apresentadora argumenta que "essa (contagem de calorias) é uma ideia que, no fundo, só é boa para a indústria alimentícia, que vive dos modismos nutricionais e criam produtos para atender essa demanda com grande investimento de marketing".

Rita tampouco é adepta da ideia de "substituir isso por aquilo" - popularizada pela chef Bela Gil e pela ideia de trocar um alimento calórico por um menos calórico. Ficou famoso o tuíte de fevereiro de Rita que, ao ser instada por um leitor a ensinar a preparar "maionese de óleo de coco e iogurte", respondeu: "1) Isso não é maionese; 2) Trate seu distúrbio alimentar".

Compartilhado quase 2 mil vezes, o tuíte rendeu tanto elogios por levantar o debate sobre comida real quanto críticas por fazer menção ao sensível tema de distúrbios alimentares.

"É que as pessoas têm essa lógica de querer substituir, (por exemplo) o hotdog por salsicha de couve-flor, e não é isso", explica Rita à BBC Brasil, ao ser questionada pela reportagem sobre como ler rótulos dos alimentos para saber qual escolher.

"Substituição faz sentido quando a pessoa tem uma necessidade especial de alimentação, caso dos diabéticos ou celíacos ou alérgicos a lactose. No entanto, não é disso que as pessoas estão falando, mas sim de uma tentativa de driblar a alimentação, sem cozinhar, e substituir o ruim pelo menos pior. É um paliativo. O que funciona é não depender da comida ultraprocessada. (...) É repensar a alimentação e voltar à comida de verdade, e, para isso, aprender a cozinhar é uma ferramenta essencial para quem quer uma alimentação saudável de verdade."

Variação

"A orientação para alimentação saudável é clara: variação é fundamental, porque cada ingrediente tem uma composição nutricional única. O que é melhor, comer todos os dias salada com peixe ou num dia comer peixe, no outro carne, frango, porco, arroz com feijão, lentilha?", questiona.

"É sempre melhor variar. No caso da dieta brasileira, a variação fica por conta das carnes e dos legumes. Mas é excelente manter o arroz com feijão no prato para quem quer manter uma alimentação saudável de verdade."

Para Carlos Monteiro, que é professor titular do Nupens e que participa do Comida de Verdade, o padrão alimentar brasileiro "acerta no atacado" ao dar as diretrizes básicas de como deve ser nossa alimentação no dia a dia, com espaço para variações.

Deixar de lado os ultraprocessados é importante, diz ele, porque "quando escolhemos nossos alimentos, acabamos escolhendo um pacote".

"Por exemplo, ao usar o cubinho de caldo de carne, que tem muito sal e gordura não saudável, você deixa de comprar a cebola, o alho, o louro. E daí você deixará de ter todos esses alimentos frescos em casa. Você passa a adotar um outro padrão alimentar, e a indústria cria essa ideia de que ele é mais conveniente. Também não gosto de dizer 'pode com moderação, uma vez por semana', porque isso glamouriza (o alimento não saudável), como se ele fosse indispensável."

Na mesma linha, Rita Lobo argumenta que "fracassou" a ideia de que poderíamos comer bem mesmo sem saber cozinhar.

"A gente passou por um período em que acreditou que fosse possível viver de comida comprada pronta, de macarrão instantâneo, e tudo bem. Só que o resultado disso, passadas cinco décadas desse movimento começado nos EUA, é que as populações foram ficando obesas à medida que foram se afastando da cozinha."

No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que um terço das crianças de cinco a nove anos e um terço dos adolescentes de 12 a 17 anos têm excesso de peso. O sobrepeso também atinge mais da metade da população adulta brasileira.

Monteiro explica que outro impacto dos ultraprocessados sobre o peso é que os corantes e saborizantes usados nos alimentos prontos acabam modificando nosso paladar e eliminando nosso autocontrole -- nossa capacidade de entender quando estamos satisfeitos.

'Assunto da casa'

Só que como conciliar a alimentação saudável com a falta de tempo? E como evitar que esse resgate da comida de verdade signifique também uma volta ao passado, em que as mulheres eram as únicas responsáveis por pilotar a cozinha?

Esse é o desafio, diz Monteiro. "A questão atual é como não voltar para trás, conservando nosso padrão alimentar com uma nova roupagem: a divisão de tarefas em casa, com a ida ao restaurante ao quilo ao lado do trabalho."

Rita defende que a prática, ao longo do tempo, torna as pessoas mais rápidas na cozinha. E que a alimentação da família requer, necessariamente, uma "divisão estruturada de tarefas".

"Não é possível hoje que a alimentação seja assunto da dona da casa - é assunto da casa. Cozinhar envolve muitas etapas: planejamento, compra, preparação, limpeza, porcionar, congelar. Não dá para ser feito por uma pessoa só."

Daí o fato de boa parte de suas receitas focarem no básico - no refogado, no preparo do feijão, no corte da cebola.

"Quando lancei o Panelinha, 17 anos atrás, achava que as pessoas queriam variar os pratos do dia a dia e estreamos o site com 200 receitas variadas. E quase imediatamente depois, as pessoas começaram a me escrever: 'nossa, muito bacana, mas qual é o segredo do arroz soltinho? Como faço para o feijão ficar igual ao da minha avó?'. Naquele momento eu entendi que as pessoas não sabiam mais cozinhar mesmo, então a gente tinha que ensinar o básico."

O outro ensinamento principal, diz ela, é aprender a classificar as comidas pelo "grau de processamento".

"Entendendo isso, a pessoa vê que não existe alimento bom ou ruim - existe comida de verdade e imitação de comida."

Quatro categorias

Segundo o Nupens, da USP, essa divisão se dá em quatro categorias:

1) Os alimentos in natura e minimamente processados: legumes, verduras, carnes e frutas, mas também o arroz e o café, que foram refinados e embalados mas não receberam aditivos químicos para chegar ao supermercado.

"É diferente, por exemplo, daquele capuccino em pó, que tem aromatizante, ou do achocolatado, que tem uma série de aditivos e açúcares, para imitar o sabor do chocolate", diz Rita. "Quando você pega uma barrinha de cereal industrializada e acha que está fazendo uma escolha supersaudável, pega o rótulo e vê que tem açúcar sob várias denominações, aromatizantes e sal."

2) Os ingredientes culinários, como óleos, azeites, sal e açúcar, que são as substâncias extraídas dos alimentos e servem para o preparo dos pratos.

3) Os alimentos processados que estão na nossa alimentação há centenas de anos, como pão e queijo - que complementam a refeição. "São uma combinação dos grupos 1 e 2, e os alimentos que antes fazíamos em casa", explica Monteiro.

4) Os ultraprocessados, ou seja, tudo o que tem aditivo químico na sua composição - e que, segundo o Nupens, deve perder espaço na nossa alimentação justamente porque "contêm ingredientes que não encontramos na nossa cozinha. É uma fórmula (química)", diz Monteiro.

"Geralmente é a comida comprada pronta, que exclui preparos culinários, ou bebidas adoçadas, os cereais matinais. Isso é que tem que ser excluído da mesa. Todo o resto você pode comer, de forma variada", argumenta Rita, recomendando, a quem quer voltar à comida de verdade: "Aprenda a fazer arroz e feijão, sabendo que o feijão dá para porcionar e congelar, e daí metade do prato está pronta. É só dar um pulinho na feira e ir variando ao longo da semana."

Flores são sucesso em todo o país

Vendas em supermercados e maior durabilidade aquecem comércio de flores no Brasil. Produtores esperam que as vendas subam entre 7% a 9% em 2017. Em Holambra (SP) crescimento pode chegar a 11%. 

No Rio, você pode comprar as mesmas flores no mercado da Cadeg, em São Cristóvão.

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A ampliação dos pontos de vendas de flores, principalmente em supermercados, e a melhoria da qualidade, durabilidade e variedade dos produtos está garantindo um crescimento do setor acima da média da economia nacional. O mercado de flores no Brasil deve crescer entre 7% e 9% em 2017 segundo avaliação do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), associação que reúne cooperativas e associações de produtores de flores de todo o país.

Em Holambra (SP), maior produtora do país, respondendo por 45% do mercado nacional, a expectativa é ainda maior de crescimento, podendo chegar a 11% segundo expectativa das cooperativas locais.

Kees Schoenmaker, presidente da Ibraflor, diz que os consumidores brasileiros estão comprando mais flores por encontrar produtos com maior durabilidade e qualidade. “Os produtores estão investindo em tecnologia para ter não só maior variedade de produtos, mas também maior durabilidade. Quando o consumidor compra uma flor ou planta que dura mais em casa, acaba comprando de novo”, diz Kees.

Outra tendência do mercado é o crescimento das compras por parte do consumidor comum, acima do que é vendido para o mercado de jardinagem profissional. Os brasileiros estão comprando ano a ano mais flores para enfeitar suas casas ou ambientes de trabalho. Isso deve gerar um faturamento de R$ 7 bilhões em 2017.

“Quando a pessoa compra pela primeira vez flores para sua casa ou trabalho, acaba se tornando um consumidor fiel, ele sente falta da alegria que elas proporcionam ao ambiente”, avalia Kees.

Mercado interno

Nos últimos anos o setor está ampliando cada vez mais seu mercado interno. As vendas para o público brasileiro, inclusive, respondem por 99% do mercado de flores. Somente 1% é exportado, especialmente bulbos para que produtores estrangeiros utilizem como matéria-prima.

Para ampliar seu público, os produtores também investem em variedade de preços. “Há plantas que custam R$ 100 e também tem as que custam R$ 4. Temos opções para todos os bolsos”, diz Kees.

Os setor também está otimista para os próximos anos. A previsão da Ibraflor para 2018 é de um crescimento de 2% a 3%, percentual que deve crescer mais em 2019 e 2020 na expectativa do Ibraflor.

Kees diz não houve nenhuma ação por parte dos produtores para que os supermercados ampliassem seus espaços nos pontos de venda. Mas as cooperativas têm investindo em treinamento de quem trabalha no comércio diretamente com flores, ensinando a manusear e cuidar do produto para que ele chegue ao consumidor com mais qualidade e melhor apresentação.

Chega ao mercado safra de cebola que 'não faz chorar'

Nova variedade, que ganhou o nome de "Dulciana", vai chegar ao mercado nas próximas semanas. Melhoramento genético foi feito por empresa alemã.

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Produtores de Porto Ferreira (SP) vão começar a colher a primeira safra de uma variedade de cebola que ‘não faz chorar’ durante o preparo de alimentos. A nova variedade, que ganhou o nome de dulciana por ser mais doce que a cebola comum, vai chegar ao mercado nas próximas semanas.

O cheiro não é tão forte e, ao ser cortada, os olhos não ardem e nem lacrimejam. O sabor é muito suave e também não há ardência na boca mesmo comendo crua.

Melhoramento genético

Após mais de 20 anos de estudos, pesquisadores da multinacional alemã Bayer cruzaram várias espécies de cebola e fizeram o chamado melhoramento genético. A planta tem uma menor concentração de substâncias que costumam deixar os olhos ardendo.

As sementes foram disponibilizadas para vários produtores rurais para testes. Em março, uma fazenda em Porto Ferreira começou a cultivar o novo tipo em cinco hectares, quase cinco campos de futebol.

O produtor rural Jean Cechinatto vai começar a colheita nas próximas semanas: “Muda o teor de enxofre no seu estado final de cebola, que contém menor ácido pirúvico, que seria a ardência. Tornando ela melhor para a salada, lanche, assando ela fica bem mais doce que as outras cebolas”, destacou.

Outras vantagens

O novo tipo de cebola tem ainda mais vantagens. “A formação de uma raiz mais forte que dá assim uma melhor qualidade para a folha e o bulbo, que seria a parte que a gente consome. Com essa qualidade de folha, a gente tem uma melhor resistente a pragas e doenças. A gente espera uma produção maior por área por esse motivo”, disse Cechinatto.

Os agricultores acreditam que a 'cebola que não faz chorar' vai trazer ainda uma outra alegria: preços melhores. “No caso hoje a cebola comum está R$ 30 o saco de 47 quilos. A dulciana seria bom de R$ 50 para cima. Assim a dona de casa não chora com a ardência da cebola e a gente dá risada pelo preço”, afirmou o produtor rural.