Vendas em supermercados e maior durabilidade aquecem comércio de flores no Brasil. Produtores esperam que as vendas subam entre 7% a 9% em 2017. Em Holambra (SP) crescimento pode chegar a 11%.
No Rio, você pode comprar as mesmas flores no mercado da Cadeg, em São Cristóvão.
A ampliação dos pontos de vendas de flores, principalmente em supermercados, e a melhoria da qualidade, durabilidade e variedade dos produtos está garantindo um crescimento do setor acima da média da economia nacional. O mercado de flores no Brasil deve crescer entre 7% e 9% em 2017 segundo avaliação do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), associação que reúne cooperativas e associações de produtores de flores de todo o país.
Em Holambra (SP), maior produtora do país, respondendo por 45% do mercado nacional, a expectativa é ainda maior de crescimento, podendo chegar a 11% segundo expectativa das cooperativas locais.
Kees Schoenmaker, presidente da Ibraflor, diz que os consumidores brasileiros estão comprando mais flores por encontrar produtos com maior durabilidade e qualidade. “Os produtores estão investindo em tecnologia para ter não só maior variedade de produtos, mas também maior durabilidade. Quando o consumidor compra uma flor ou planta que dura mais em casa, acaba comprando de novo”, diz Kees.
Outra tendência do mercado é o crescimento das compras por parte do consumidor comum, acima do que é vendido para o mercado de jardinagem profissional. Os brasileiros estão comprando ano a ano mais flores para enfeitar suas casas ou ambientes de trabalho. Isso deve gerar um faturamento de R$ 7 bilhões em 2017.
“Quando a pessoa compra pela primeira vez flores para sua casa ou trabalho, acaba se tornando um consumidor fiel, ele sente falta da alegria que elas proporcionam ao ambiente”, avalia Kees.
Mercado interno
Nos últimos anos o setor está ampliando cada vez mais seu mercado interno. As vendas para o público brasileiro, inclusive, respondem por 99% do mercado de flores. Somente 1% é exportado, especialmente bulbos para que produtores estrangeiros utilizem como matéria-prima.
Para ampliar seu público, os produtores também investem em variedade de preços. “Há plantas que custam R$ 100 e também tem as que custam R$ 4. Temos opções para todos os bolsos”, diz Kees.
Os setor também está otimista para os próximos anos. A previsão da Ibraflor para 2018 é de um crescimento de 2% a 3%, percentual que deve crescer mais em 2019 e 2020 na expectativa do Ibraflor.
Kees diz não houve nenhuma ação por parte dos produtores para que os supermercados ampliassem seus espaços nos pontos de venda. Mas as cooperativas têm investindo em treinamento de quem trabalha no comércio diretamente com flores, ensinando a manusear e cuidar do produto para que ele chegue ao consumidor com mais qualidade e melhor apresentação.
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