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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Chega ao mercado safra de cebola que 'não faz chorar'

Nova variedade, que ganhou o nome de "Dulciana", vai chegar ao mercado nas próximas semanas. Melhoramento genético foi feito por empresa alemã.

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Produtores de Porto Ferreira (SP) vão começar a colher a primeira safra de uma variedade de cebola que ‘não faz chorar’ durante o preparo de alimentos. A nova variedade, que ganhou o nome de dulciana por ser mais doce que a cebola comum, vai chegar ao mercado nas próximas semanas.

O cheiro não é tão forte e, ao ser cortada, os olhos não ardem e nem lacrimejam. O sabor é muito suave e também não há ardência na boca mesmo comendo crua.

Melhoramento genético

Após mais de 20 anos de estudos, pesquisadores da multinacional alemã Bayer cruzaram várias espécies de cebola e fizeram o chamado melhoramento genético. A planta tem uma menor concentração de substâncias que costumam deixar os olhos ardendo.

As sementes foram disponibilizadas para vários produtores rurais para testes. Em março, uma fazenda em Porto Ferreira começou a cultivar o novo tipo em cinco hectares, quase cinco campos de futebol.

O produtor rural Jean Cechinatto vai começar a colheita nas próximas semanas: “Muda o teor de enxofre no seu estado final de cebola, que contém menor ácido pirúvico, que seria a ardência. Tornando ela melhor para a salada, lanche, assando ela fica bem mais doce que as outras cebolas”, destacou.

Outras vantagens

O novo tipo de cebola tem ainda mais vantagens. “A formação de uma raiz mais forte que dá assim uma melhor qualidade para a folha e o bulbo, que seria a parte que a gente consome. Com essa qualidade de folha, a gente tem uma melhor resistente a pragas e doenças. A gente espera uma produção maior por área por esse motivo”, disse Cechinatto.

Os agricultores acreditam que a 'cebola que não faz chorar' vai trazer ainda uma outra alegria: preços melhores. “No caso hoje a cebola comum está R$ 30 o saco de 47 quilos. A dulciana seria bom de R$ 50 para cima. Assim a dona de casa não chora com a ardência da cebola e a gente dá risada pelo preço”, afirmou o produtor rural.