sexta-feira, 8 de junho de 2018

Junho traz 39 alimentos de época

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Saiba os benefícios da tangerina ponkã, um dos alimentos que estão em safra este mês de grandes festas pelo Brasil todo. Na segunda parte da matéria, mais embaixo, veja a lista com todos as verduras, frutas, legumes e pescados que estão na sua época mais propícia, o que favorece o desenvolvimento do alimento e o torna mais nutritivo.

A tangerina ponkã  - também conhecida como bergamota ou mimosa no sul do Brasil - é um dos cítricos mais comercializados na Ceagesp, que recebeu em 2017 cerca de 62.041 toneladas do produto, provenientes principalmente das cidades de Campanha (MG) e as paulistas Limeira, Pirangi, Vista Alegre do Alto, Paranapuã, Marapoama e São Miguel Arcanjo. No dia 4 de julho, o produto estava sendo comercializado a R$ 1,54/kg no atacado.

Além de barata, a tangerina ponkã se diferencia da sua prima mais famosa, a mexerica, por suas propriedades anti-inflamatória, laxativa, diurética, digestiva, analgésica, cicatrizante, revigorante, antisséptica, antivirótica, estimulante, expectorante, refrescante e aromática.

Apesar de nutricionalmente ambas serem muito parecidas, a mexerica vem da planta Citrus deliciosa – que traz a casca com muito mais óleos essenciais que deixam aquele cheiro forte e ácido quando se descasca a fruta -, enquanto que a ponkã é da espécie Citrus reticulada, com casca mais grossa e mais fácil de ser descascada.

Acredita-se que a tangerina ponkã tenha sido originada na China, e os primeiros relatos da fruta no Brasil remontam a meados do século 19. A fruta é rica em vitaminas C, B1 e B2, que são benéficas para a saúde dos nervos, pele, olhos, cabelos, fígado e boca.

Traz ainda grande quantidade de fibras – ajudam no bom funcionamento do intestino - e de sais minerais como magnésio, potássio, cálcio e fósforo, e da substância betacaroteno (precursor da vitamina A), que aumenta a resistência às infecções. É rica em antioxidantes e diminui o risco de Alzheimer.

A tangerina ponkã tem época da safra entre março a setembro, quando é encontrada com melhores preços e melhor sabor.

Alimentos em safra neste mês:

Frutas
Carambola, Kiwi, Laranja-lima, Mangostão, Marmelo, Mexerica, Tangerina.

Legumes
Abóbora, Batata-doce, Berinjela, Cará, Cenoura, Ervilha, Gengibre, Inhame, Mandioca/Aimpim, Mandioquinha, Milho-verde, Palmito.

Verduras
Agrião, Alho-porró, Almeirão, Brócolis, Erva-doce.

Peixes
Anequim, Camarão, Cara, Caranguejo, Cascote, Cherne, Enguia, Lambari, Pargo, Polvo, Porco, Sardinha, Siri, Tambica, Truta.


Coca-Cola acusada de secar nascentes em Minas Gerais

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Meio Ambiente/ Deutsche Welle

Eles afirmam que fábrica afetou vazão de nascentes e lençóis freáticos; empresa nega irregularidades. Itabirito sofre com o descaso.

"Secou tudo, olha só. Que tristeza", lamenta Sebastião Gomes de Laia enquanto caminha pelo lamaçal coberto de capim às margens da rodovia BR-040, em Minas Gerais. "Tudo o que você está vendo aqui era água, onde o pessoal pescava traíra", recorda o pintor de 65 anos, um dos primeiros a ocupar os terrenos do bairro Água Limpa, perto de Itabirito, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Laia chegou ali, na encosta da Serra da Moeda, em 2008. Sete anos depois, em 2015, foi inaugurado o projeto de um novo empreendimento em Itabirito: a Fábrica da Coca-Cola FEMSA, aclamada pelo então governador, Antonio Anastasia (PSDB), como unidade geradora de renda e empregos para a região.

No entanto, com a inauguração da fábrica, a água da região parece ter começado a sumir. Os moradores, que antes a carregavam em vasilhames dos mananciais, começaram a improvisar bombas d'água —já que, ainda à espera de regularização, o bairro não conta com sistema de esgoto, abastecimento de água nem fornecimento de energia formalizados.

A Associação Mineira de Defesa do Ambiente (AMDA) afirma que os poços artesanais implantados pela concessionária de abastecimento de Itabirito para a unidade da Coca-Cola (apelidada de "Fábrica da Felicidade") estão secando nascentes dos rios Paraopeba e das Velhas —responsáveis por quase toda a água de Belo Horizonte. Os poços também estariam colocando em xeque o rico ecossistema do monumento natural da Serra da Moeda.

"Há uma redução significativa na vazão das nascentes em toda a região", explica Francisco Mourão, biólogo da AMDA. Ele diz que, desde que a fábrica começou as atividades, várias comunidades, principalmente do lado de Brumadinho e de Moeda, tiveram seus lençóis freáticos rebaixados. Há locais que inclusive são abastecidos por caminhões-pipa, e "alguns [dos caminhões] são enviados pela própria Coca-Cola", diz Mourão.

Estudos inconclusivos

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a outorga para o uso da água na região foi concedida antes da instalação da Coca-Cola FEMSA. O empreendimento foi liberado desde que fosse feita uma pesquisa pela empresa, de duração de dois anos, com acompanhamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Semad e da Universidade de São Paulo (USP). As análises deverão ser entregues em agosto.

Segundo a secretaria, se esses estudos constatarem que o sistema de água está rebaixando os lençóis freáticos, é a concessionária quem terá que providenciar outra forma de abastecimento.

O MPMG, que instaurou um inquérito civil para apurar os danos ambientais, considera os estudos realizados até agora "inconclusivos" e incapazes de responder à questão fundamental, ou seja, se o bombeamento está realmente acabando com a água da região.

A Coca-Cola FEMSA, que chama a unidade em Itabirito de "a maior fábrica verde do sistema Coca-Cola do mundo", afirma que possui todas as licenças para funcionamento.

Em dias de maior consumo, o total utilizado pela fábrica é de 125 m³/h, pouco mais da metade dos 274 m³/h de bombeamento demandados pela região. Segundo a empresa, os caminhões-pipa são enviados pela concessionária de Brumadinho. A companhia diz que "há evidências técnicas" de que os poços artesanais não estão interferindo nas nascentes.

Ecossistema em risco

Além das nascentes e dos lençóis freáticos, Mourão também se preocupa com os danos causados pela fábrica e pelas ocupações urbanas ao redor dela no ecossistema conhecido como campos sobre substrato ferruginoso. Com uma riqueza em fauna e flora, o ecossistema é encontrado apenas na região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais e na Serra dos Carajás, no Pará. Em Minas, está presente numa área restrita, de cerca de 30 mil hectares.

Por existirem em ambientes ricos em minério de ferro, os campos são presa fácil da mineração na região. Nos entornos da Coca-Cola, a AMDA apontou aterramento desses ecossistemas.

Somam-se a isso as ocupações urbanas nos arredores da fábrica. No último dia 21 de maio, a reportagem da DW Brasil acompanhou Mourão nos arredores da Coca-Cola e flagrou acúmulo de lixo, aterros, nascentes com detritos, loteamentos e criação de porcos.

Mourão diz que, só entre 2009 e 2014, a quantidade de casas na região aumentou de 200 para 2 mil. De lá para cá, o biólogo acredita esse número deve ter duplicado.

"Essas áreas eram praticamente todas naturais", diz ele, que espera que a AMDA possa interferir no novo processo de licenciamento ambiental, que termina neste ano.

"No início, fizemos uma proposta de implantação de um cinturão verde, que seria vedado à expansão urbana. Mas a empresa [Coca-Cola] não concordou e jogou a responsabilidade para cima da prefeitura de Itabirito", declara Mourão. Segundo ele, a prefeitura de Itabirito, que não respondeu à DW Brasil, também se esquivou.

Empregos na região

Laia afirma que a comunidade vizinha até hoje não colheu os frutos da fábrica da Coca-Cola. "Só tem quatro pessoas do Água Limpa trabalhando lá", diz o ex-presidente da associação de moradores, que afirma que só o posto de saúde local conta com 4 mil inscritos.

"Eles não ajudam em nada. O máximo que fizeram foi dar apoio ao campeonato de futebol da região, mas só distribuindo refrigerante", critica.

Sem confirmar os números de Laia, Milton da Cruz, atual presidente da Associação dos Moradores do Água Limpa (AMALI), diz que o número de funcionários da fábrica na região "está melhorando". Ele também destaca que a fábrica abre suas portas para visitas de crianças e adolescentes, que incluem palestras justamente sobre uso de água. 
Fonte DW/Folha


Ceagesp divulga preços mais altos e mais baixos de hortifruti

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Banana nanica e prata, laranja lima, maracujá doce e tangerina são alguns que estão em baixa; tomate, pera, maçã e mamão papaya estão em alta. A Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) divulgou a lista de produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta nesta semana. Veja abaixo:

Preços em baixa

Banana nanica, banana prata, laranja lima, maracujá doce, tangerina cravo, tangerina poncam, carambola, caqui rama-forte, goiaba branca, coco verde, chuchu, cará, abóbora paulista, pepino comum, pimentão verde, abóbora moranga, agrião, rúcula, rabanete, acelga, couve-flor, salsa, alfaces, brócolos ninja, couve manteiga, nabo, milho verde, beterraba com folha, cenoura com folha, cebolinha, batata asterix, alho chinês e canjica.

Preços estáveis

Uva thompson, limão taiti, abacate avocado, mamão formosa, goiaba vermelha, laranja pera, caqui guiombo, manga palmer, manga tommy, uva rosada, abacate fortuna, melão amarelo, lima da pérsia, maçã gala, cenoura, pimentão vermelho, pimentão amarelo, abóbora japonesa, inhame, abóbora seca, mandioca, repolho verde, espinafre.

Preços em alta

Mamão papaya, nectarina importada, maracujá azedo, caqui fuyu, melancia, figo roxo, maçã fuji, caju, maçã importada, pera importada, manga hadem, abobrinha brasileira, batata doce rosada, pepino caipira, tomate italiano, tomate carmem, abobrinha italiana, vagem macarrão, pepino japonês, quiabo, ervilha torta, coentro, salsão, brócolis comum, repolho roxo, erva doce, cebola roxa, cebola nacional, alho nacional e coco seco.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Ceasa Rio tem pé de alface custando menos de R$ 1

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Há pouco mais de uma semana, o mesmo pé de alface, seja ele crespa ou lisa, era disputado a R$ 5 ou R$ 10, por que a verdura havia quase desaparecido dos supermercados, feiras livres e sacolões no Rio de Janeiro. Era consequência do absurdo que foi o bloqueio das estradas que praticamente isolou as centrais de abastecimento de alimentos, que não puderam funcionar. Mas, nesta segunda-feira, o cenário é outro e os preços recuaram bastante. Muito mesmo.

No caso da batata, deu para sentir e muito: a saca de 50 kg da batata inglesa comum foi negociada por R$ 85; e a batata inglesa lisa a R$ 90. Nada se compara ao absurdo que era comprar o que restava ainda de sacas de batata, tanto nas Ceasas do Irajá, na Zona Norte carioca, como na do Colubandê, na Região Metropolitana, e também na Cadeg, situada no bairro de Benfica: o preço tinha chegado a R$ 500.  

O tomate também nem se fala, era uma roleta. Teve comerciante cobrando R$ 18 o quilo. Pois bem, nesta segunda-feira, a caixa com 22 kg do tomate longa vida estava custando entre R$ 35 e R$ 55, dependendo do tamanho.  Teve cenoura que também percorreu o mesmo caminho, mais ouve um recuo no preço: a caixa com 18 kg estava custando R$ 50 (mesmo assim ainda está caro). A caixa do quiabo, cujo quilo ultrapassou a casa dos R$ 20, foi negociada a R$ 45 ( caixa com 22 kg).

Verduras

Absurdo também era ver o preço cobrado por um simples mole de verdura. Teve gente que, desesperada, pagou R$ 10 por um pé de alface no auge da crise na semana passada. Agora, a caixa com 18 unidades de alface crespa ou lisa estava custando R$ 10 (Eu disse a caixa!).  Mesmo assim, ainda tem local vendendo a R$ 2, R$ 1,80, cada pé.

No caso da couve comum, 10 unidades estavam sendo negociadas a R 8; 10 unidades do coentro a R$ 4; Cebolinha, R$ 2; Salsa, R$ 2, Brócolis, R$ 2;Aipo/Salsão, 6 moles a R$ 15.  Essas verduras, em sua maioria, é vendidas por produtores rurais da Região Sul fluminense.

Legumes

A cebola nacional, outro alimento que estava desaparecido, reapareceu ainda caro. A cebola nacional (MG e SC), saca de 20 kg estava custando R$ 85; a cebola roxa nacional, R$ 110; a cebola importada da Argentina, R$ 85. Já o alho chinês, caixa com 10 kg, custava R$ 100;o alho nacional roxo, R$ 145.

Outros preços

A caixa do pepino, com 18 kg, custando R$ 25;  Jiló, caixa com 15 kg, a R$ 40; Chuchu, caixa com 20 kg, R$ 12; Berinjela, caixa de 10 kg, R$ 18; Abobrinha italiana, caixa com 20 kg, a R$ 20; Abobrinha menina, caixa com 20 kg, R$ 20; Repolho verde, 12 unidades a R$ 20; Couve-flor, 8 unidades a R$ 20.

No caso das abóboras maiores, cujo o quilo antes da paralisação dos caminhoneiros, custava em torno de R$ 1,20 e R$ 1,80 o quilo, o preço ainda está salgado. A Abóbora branca, R$ 3; Abóbora japonesa, R$ 3,50; Abóbora sergipana, R$ 4,50; Abóbora moranga, R$ 3.


Impacto da dieta com pouca gordura no risco de morte por câncer

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Segundo novo estudo, o hábito alimentar influencia também na queda do risco de morte com câncer de mama e de outros cânceres, e também das doenças cardíacas.

Pesquisadores americanos descobriram que uma dieta com menor ingestão de gorduras pode reduzir o risco de morte por câncer de mama. O estudo, publicado no JAMA Oncology, apontou que mulheres que ingerem mais frutas, legumes e grãos integrais e diminuem em 20% o nível de gorduras diária conseguem reduzir o risco de morte por câncer de mama em até 22%.

Enquanto pesquisas anteriores analisaram os efeitos da dieta pré-diagnóstico, o novo estudo foi capaz de analisar como ela impacta no câncer depois do diagnóstico. “O que vemos é um efeito notável. Mostramos que, aparentemente, a intervenção dietética após o diagnóstico de câncer de mama foi mais importante do que a intervenção dietética realizadas antes”, disse Rowan Chlebowski, um dos autores do estudo, a revista Time.

Os resultados da pesquisa indicam que o tratamento do câncer deve incluir dietas como parte do programa terapêutico para aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.

A melhor dieta para o câncer

A equipe do Centro Médico Nacional da Cidade da Esperança, nos Estados Unidos, analisou dados de mais de 48.000 mulheres diagnosticadas com câncer. As informações foram coletadas através da Iniciativa de Saúde da Mulher, que trabalha com quarenta centros americanos para realizar estudos a nível nacional.

Para observarem os efeitos da dieta em mulheres com câncer, os cientistas criaram dois grupos. No primeiro, houve indicação de dieta com redução de 20% do consumo diário de gordura e maior ingestão de frutas, legumes e grãos integrais. No segundo, elas não receberam instruções, mas foram educadas sobre boa nutrição e dietas saudáveis. Durante 8,5 anos seguintes, os pesquisadores acompanharam a dieta e rastrearam o número de cânceres diagnosticados e as causas de morte das mulheres envolvidas no estudo ao longo desse período.

A equipe descobriu que entre as mulheres diagnosticadas com câncer de mama, as do grupo de dieta com baixo teor de gordura diminuíram o risco de morte pela doença em 22%, em comparação com as mulheres no grupo de dieta regular. O grupo também apresentou redução de 24% o risco de morte por outros tipos de câncer e 38% menos risco de óbito por doença cardíaca.

Outra evidência importante da pesquisa indica que as mulheres que mantiveram a dieta por períodos mais longos apresentaram chances maiores de sobreviver ao câncer de mama; esta tendência foi apoiada pelo fato de que o benefício pareceu diminuir com o término do estudo.

Dieta como tratamento do câncer

Segundo Chlebowski, considerando o número de pessoas envolvidas no estudo, a inclusão de dietas como parte dos programas de tratamento de doenças deve ganhar apoio. O pesquisador ainda mencionou que outras pesquisas – especialmente as que observam os microrganismos vivendo dentro do corpo e como eles são afetados pelo que comemos – apoiam a possibilidade de que os alimentos afetam a biologia, assim como a vulnerabilidade e a resposta às doenças.

Por enquanto, a equipe de pesquisa continua investigando os processos que ligam a dieta a uma melhor sobrevida do câncer  para encontrar a melhor forma de transformá-la em tratamentos que aumentem as chances de sobrevivência a doenças como câncer.


Ovos para o coração e a mente

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O impacto no consumo de um ovo por dia na saúde do coração e da mente. Pesquisadores sugerem que o consumo diário pode reduzir em 18% o risco de desenvolver problemas cardiovasculares

Os ovos, já conhecidos por ser fonte de proteínas e vitaminas, agora também podem reduzir as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é o que indica um estudo publicado na revista Heart. A pesquisa, conduzida por cientistas chineses e ingleses, descobriu que a ingestão diária de ovos pode reduzir em 12% o risco de doenças cardíacas.

“Nossas descobertas sugerem que o consumo diário de ovos está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares, doenças isquêmicas do coração, eventos coronarianos importantes, acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos e isquêmico entre adultos chineses de meia-idade”, relevaram no relatório.

Benefícios do ovo

De acordo com o The Independent, a equipe tentou explorar as conexões entre a frequência do consumo de ovos e o risco de várias doenças relacionadas ao coração, reunindo dados de 400.000 adultos chineses com idade entre 30 e 79 anos, sem histórico de câncer, doença cardiovascular ou diabetes.

Os participantes foram questionados sobre a frequência com que inseriam ovos na dieta: 13,1% declaram comer pelo menos um ovo por dia e 9,1% disseram consumir o alimento nunca ou quase nunca. Os dados foram coletados entre os anos de 2004 e 2008.

Durante nove anos de acompanhamento, os cientistas compararam os dados de ambos os grupos e descobriram que os indivíduos que comiam um ovo todos os dias apresentaram redução de 26% no risco de derrame hemorrágico (ou AVC hemorrágico) e 28% no risco de morte pela doença.

Além disso, houve uma queda de 18% nas chances de morte por doença cardíacas, como doença cardiovascular; acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), tipo mais comum do AVC (80% dos casos); e ataque cardíaco. Para cardiopatia isquêmica, doença relacionada ao enfraquecimento dos músculos cardíacos, a redução foi de 12% em pessoas que comem pelo menos cinco ovos por semana.

O ovo também contém 35% de colina, nutriente importante para a função cognitiva, podendo proteger contra o Alzheimer.

Alimentação saudável

Embora haja uma série de razões pelas quais uma pessoa pode desenvolver doenças cardíacas que podem não estar relacionadas ao consumo de ovos, como tabagismo e obesidade, os autores do estudo acreditam que seus resultados mostraram uma conexão benéfica. “Nossas descobertas contribuem com evidências científicas para as diretrizes alimentares em relação ao consumo de ovos para o adulto chinês saudável”, concluíram.

Apesar das novas descobertas, os pesquisadores alertam que não é qualquer dieta com ovo que promove esses benefícios. “Em um contexto ocidental, se você come ovos com muito pão branco refinado, carnes processadas, como bacon e salsichas, e ketchup rico em açúcar, isso é materialmente diferente de comer um ovo com pão integral e legumes, por exemplo,” comentou Nita Forouhi, professora da Universidade de Cambridge.

Portanto, a ingestão diária de ovos deve ser associada a uma dieta saudável para que possa trazer benefícios.


União forçada das rosas com os morangos, tudo a ver?

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Parentesco com o morango e outras surpresas reveladas pelo mapeamento genético das rosas. Após oito anos de pesquisa, cientistas concluem versão nova e mais completa do genoma dessas flores.

O sequenciamento do genoma humano - um dos feitos científicos mais importantes da história - foi concluído em 2003. Agora, os cientistas terminaram uma versão nova, revista e ampliada do "livro" genético de uma das espécies mais admiradas do mundo, as rosas. A conclusão do trabalho foi anunciada por cientistas em 30 de abril.

A história genética das rosas está cheia de surpresas. Por exemplo: a flor é mais próxima dos morangos do que se achava anteriormente.

No longo prazo, o sequenciamento genético pode levar à criação de rosas com novos aromas e cores, de acordo com o time de especialistas de vários países.

O novo genoma das rosas levou oito anos para ser concluído. Agora, sabemos exatamente quais genes estão envolvidos na produção do aroma, da cor e da longevidade das rosas, diz o pesquisador Mohammed Bendahmane, da École Normale Supérieure (ENS) de Lyon, na França, que liderou o trabalho.

"O que nós temos agora é um livro de história da rosa", disse ele à BBC. "Um livro que nos ajuda a entender a espécie, sua jornada ao longo da evolução e do processo de domesticação."

O estudo envolveu uma equipe de mais 40 cientistas de França, Alemanha, China e Reino Unido e ajuda a entender a variação existente hoje em termos de cores e aromas. A informação genética auxiliará os agricultores a desenvolver novas variedades que vivam por mais tempo em vasos ou sejam mais resistentes a pragas.

A pesquisa também lança luz sobre a família Rosaceae, que inclui frutas como maçãs, pêssegos e morangos.

"A rosa e o morango na verdade são espécies muito próximas", diz Bendahmane.

Guerra das rosas

O cultivo de rosas em jardins começou há milhares de anos, provavelmente na China. Durante o período romano, rosas eram amplamente cultivadas no Oriente Médio, onde eram usadas como ornamento e para a produção de perfume.

No século 15, a rosa se tornou o símbolo de uma guerra pelo trono inglês, na que ficou conhecida como "Guerra das Rosas" - a rosa branca era o símbolo da Casa de York, e a rosa vermelha representava a Casa de Lancaster.

O resultado da pesquisa foi publicado no periódico científico Nature Genetics (em inglês).