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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Ovos para o coração e a mente

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O impacto no consumo de um ovo por dia na saúde do coração e da mente. Pesquisadores sugerem que o consumo diário pode reduzir em 18% o risco de desenvolver problemas cardiovasculares

Os ovos, já conhecidos por ser fonte de proteínas e vitaminas, agora também podem reduzir as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, é o que indica um estudo publicado na revista Heart. A pesquisa, conduzida por cientistas chineses e ingleses, descobriu que a ingestão diária de ovos pode reduzir em 12% o risco de doenças cardíacas.

“Nossas descobertas sugerem que o consumo diário de ovos está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares, doenças isquêmicas do coração, eventos coronarianos importantes, acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos e isquêmico entre adultos chineses de meia-idade”, relevaram no relatório.

Benefícios do ovo

De acordo com o The Independent, a equipe tentou explorar as conexões entre a frequência do consumo de ovos e o risco de várias doenças relacionadas ao coração, reunindo dados de 400.000 adultos chineses com idade entre 30 e 79 anos, sem histórico de câncer, doença cardiovascular ou diabetes.

Os participantes foram questionados sobre a frequência com que inseriam ovos na dieta: 13,1% declaram comer pelo menos um ovo por dia e 9,1% disseram consumir o alimento nunca ou quase nunca. Os dados foram coletados entre os anos de 2004 e 2008.

Durante nove anos de acompanhamento, os cientistas compararam os dados de ambos os grupos e descobriram que os indivíduos que comiam um ovo todos os dias apresentaram redução de 26% no risco de derrame hemorrágico (ou AVC hemorrágico) e 28% no risco de morte pela doença.

Além disso, houve uma queda de 18% nas chances de morte por doença cardíacas, como doença cardiovascular; acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), tipo mais comum do AVC (80% dos casos); e ataque cardíaco. Para cardiopatia isquêmica, doença relacionada ao enfraquecimento dos músculos cardíacos, a redução foi de 12% em pessoas que comem pelo menos cinco ovos por semana.

O ovo também contém 35% de colina, nutriente importante para a função cognitiva, podendo proteger contra o Alzheimer.

Alimentação saudável

Embora haja uma série de razões pelas quais uma pessoa pode desenvolver doenças cardíacas que podem não estar relacionadas ao consumo de ovos, como tabagismo e obesidade, os autores do estudo acreditam que seus resultados mostraram uma conexão benéfica. “Nossas descobertas contribuem com evidências científicas para as diretrizes alimentares em relação ao consumo de ovos para o adulto chinês saudável”, concluíram.

Apesar das novas descobertas, os pesquisadores alertam que não é qualquer dieta com ovo que promove esses benefícios. “Em um contexto ocidental, se você come ovos com muito pão branco refinado, carnes processadas, como bacon e salsichas, e ketchup rico em açúcar, isso é materialmente diferente de comer um ovo com pão integral e legumes, por exemplo,” comentou Nita Forouhi, professora da Universidade de Cambridge.

Portanto, a ingestão diária de ovos deve ser associada a uma dieta saudável para que possa trazer benefícios.


quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Saiba mais sobre os benefícios do ovo branco

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O Blog CeasaCompras publicou a guerra nos preços dos ovos no Rio de Janeiro, entre sacolões, supermercados, feiras livres e ambulantes que estão vendendo 40 ovos por R$ 10.  Então, aproveite bastante os benefícios contidos neste alimentos e se fortaleça.

O ovo branco é um dos alimentos que tem presença garantida nos lares brasileiros. Por ser muito versátil, fácil de ser preparado e combinar com muitos outros alimentos, é consumido em larga escala e das mais variadas formas. Antes, ainda havia algumas ressalvas quanto ao seus malefícios para saúde, mas após recentes pesquisas revelarem que problemas como o aumento do colesterol ruim não possuem relação com o consumo do ovo branco, inseri-lo nas refeições diárias nunca foi tão comum. 

Todo ano, são produzidos mais de 15 bilhões de ovos brancos, sendo que sua produção emprega mais de 8.000 pessoas nas indústrias especializadas. Somente no entreposto da cidade de São Paulo, no ano de 2017, nosso produto da semana teve um número de entradas superior a 11 toneladas, com boa oferta durante todo o ano. Seu preço de atacado no começo de 2018, mais especificamente no dia 19 de janeiro, teve média de R$ 8,65 por cada trinta unidades, o que também chama muito a atenção dos comerciantes.

Nosso produto da semana possui muitos benefícios para a saúde. Acredita-se que seu consumo equilibrado pode auxiliar no alívio dos sintomas da famosa ressaca, algo inevitável após dias de bebedeira. Além disso, por ser rico em vitamina B12, ácidos graxos e colina, é um ótimo aliado para o funcionamento do cérebro, auxiliando na memória e no desenvolvimento saudável dos neurônios. 

Para quem deseja ganhar músculos, o ovo branco é um alimento essencial. Suas proteínas muitas vezes equivalem a das carnes, se tornando um grande bloco proteico para construção de massa muscular. No entanto, vale lembrar que neste caso nosso produto da semana deve ser consumido cozido ou pasteurizado, uma vez que ele cru pode causar intoxicação alimentar em decorrência da bactéria salmonela. 

Além disso tudo, o ovo branco ainda é um bom amigo da sua beleza. Um estudo realizado em uma universidade americana revelou que seu alto teor de proteínas pode auxiliar no crescimento do cabelo e das unhas, podendo até mesmo ser utilizado como máscara de aplicação direto no couro cabeludo.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Ovos de codorna: saiba mais sobre ele

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O mês de abril trás a oportunidade para se comprar ovos de codorna mais barato. A caixa com 30 dúzias está sendo negociada nas Ceasas do Rio de Janeiro e de Minas Gerais a R$ 50; ou pouco mais de R$ 1,60 a caixinha com uma dúzia. Vale a pena depois seguir as receitas que estão na página do CeasaCompras no Facebook.

Os ovos de todas as aves são ótimo alimento. O ovo de galinha, que é o mais usado na alimentação humana, pesa aproximadamente 50 g, sendo que 35 g correspondem à clara e 15 g à gema. A clara do ovo contém a proteína albumina, que é solúvel em água, e outras, como a conalbumina, ovoglobulina e ovomucóide. Na gema encontra-se a ovovitelina, que é uma proteína ligada ao mineral fósforo. 

O ovo fresco tem uma reação ligeiramente ácida, devido ao dióxido de carbono que se solubiliza na clara. À medida em que o ovo envelhece, parte do dióxido de carbono sai pela porosidade da casca, dando entrada ao ar externo, que o vai alcalinizando.

Como Comprar

Compre os ovos novos e limpos. No ovo novo a casca é áspera e fosca, no velho é lisa e com certo brilho. O ovo velho flutua quando colocado na água; ao ser quebrado, observa-se que a clara se encontra quase liquefeita e a gema bem dilatada. No ovo novo, a clara e a gema estão firmes, formando uma pequena pirâmide. Ovo especial - peso mínimo 48 g Ovo comum - peso mínimo 35 g

Como Conservar

Os ovos inteiros devem ser conservados sob refrigeração por até 10 dias. Pode-se também congelar ovos inteiros (sem a casca), ou clara e gema separadamente. Neste caso, devem ser usados logo após o descongelamento e não devem voltar a ser congelados

Como Consumir

Pode ser consumido cru ou cozido. Cozinha-se em fogo brando, banho-maria ou em forno a baixa temperatura e com a vasilha colocada em recipiente com água. Com 10 min. de cocção, obtém-se um ovo cozido duro.

Dicas

Para evitar que se forme uma camada escura de sulfureto de ferro entre a clara e a gema, no ovo cozido, esfrie-o rapidamente em água corrente depois de cozido.

E para preparar ovo quente, observe a seguinte evolução do endurecimento Tempo (min.) Parte endurecida 3 1/3 da clara 4 2/3 da clara 5 Toda a clara 6 Toda a clara + 1/3 da gema 7 Toda a clara + 2/3 da gema 8 Toda a clara + toda a gema

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

EXCLUSIVO Brasil tem alta tecnologia para proteger nossos ovos

Revestimento nanotecnológico melhora qualidade do produto mais consumido pela população.

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O ovo é um alimento muito presente na mesa dos brasileiros. Em 2015, cada habitante consumiu, em média, 191,7 unidades. Porém, trata-se de um alimento perecível e, assim como a carne e produtos hortifrúti, sua vida útil com aproveitamento adequado de nutrientes é limitada.

Por ser perecível, é preciso protegê-lo por meio de refrigeração para evitar a perda de água, reduzindo as trocas gasosas. 

"Essas trocas acarretam, muitas vezes, mudanças físico-químicas, comprometendo a qualidade do alimento e abrindo espaço para contaminação. Por isso buscamos alternativas para melhorar o produto", explica a pesquisadora Helenice Mazzuco, da Embrapa Suínos e Aves, que lidera o projeto Nanovo – Desenvolvimento de Recobrimento Nanoestruturado em ovos comerciais.

O objetivo é desenvolver revestimentos protetores para ovos comerciais a partir da nanotecnologia, área que trabalha com uma unidade de medida minúscula chamada nanômetro, um milhão de vezes menor que um milímetro. A busca é por um revestimento que torne o ovo resistente à quebra e à contaminação, o que permitirá maior tempo de armazenamento, mantendo ainda as características e as propriedades nutritivas internas. "O uso de nanotecnologia, com o desenvolvimento de um filme, pode atender essa proposta garantindo ao consumidor um alimento ainda mais seguro e saudável", comenta a pesquisadora.

No entanto, como saber se a película utilizada será realmente eficaz para tornar a casca mais resistente a impactos? Esse é o desafio enfrentado por Francisco Noé da Fonseca, farmacêutico responsável pelos testes de laboratório dos experimentos. "Não é um método trivial – testar a resistência da casca no controle da qualidade do ovo. Não havia registros claros em trabalhos anteriores", constata o analista do mesmo centro de pesquisa.

Em consulta a pesquisas já desenvolvidas sobre o tema, encontrou referência a um aparelho de análise de ovos com parâmetros para medição da resistência da casca. No Rio Grande do Sul, ele conheceu pessoalmente o aparelho do tipo prensa, dotado de um braço mecânico, e logo percebeu a semelhança com outro, o texturômetro, aparelho que mede a intensidade da força suportada por diferentes produtos. Na Embrapa Suínos e Aves, é usado em testes de ossos e carnes para avaliação da alteração da estrutura corpórea dos animais.
Noé precisou desenvolver um suporte próprio para o encaixe dos ovos: "Nunca havia se pensado em fazer esse tipo de análise com o texturômetro. Como eu vi a máquina no Rio Grande do Sul, que se baseia no mesmo princípio da que temos aqui, pensei: por que não tentar uma adaptação?".

Com o aparelho pronto, uma metodologia de trabalho foi estabelecida: coleta e seleção dos ovos, lavagem e ovoscopia – procedimento visual para detectar trincas na casca. "Precisamos dos ovos de maneira mais integral, porque se ele se rompe totalmente invalida os próximos passos e a cada uso tínhamos que fazer a limpeza do local", explica o analista. Isso porque o objetivo é analisar a trinca no ovo e não necessariamente quebrá-lo. Mais de 600 ovos passaram pela análise em dez experimentos diferentes.

Já com os testes em andamento, a fase de aplicação da solução de revestimento precisou ser alterada. No processamento industrial, os ovos são colocados em uma esteira e seguem até uma câmara onde o filme é aplicado por spray. Uma vez que não é possível reproduzir essa máquina em laboratório, a aplicação era feita com um spray manual. Em um experimento com ovos castanhos, Noé percebeu que eles não estavam recobertos uniformemente: "Eu havia feito vários testes com ovos brancos, mas só quando usei os castanhos foi possível visualizar que a aplicação não estava regular."

A saída foi adotar o método de imersão dos produtos na formulação, como descrito em outros trabalhos científicos. "Usei arame para fazer um suporte para imergir o ovo na solução". Os resultados comprovaram os benefícios da alteração do método: "Até aquele momento, eu não estava registrando variações significativas, provavelmente devido à falha no revestimento. Agora há maiores variações, certamente consequência da deposição adequada do filme", informa o responsável pelos testes.

Qualidade do ovo

A análise do ovo é feita com base em padrões de sua qualidade interna – a clara deve ser espessa e, por isso, não se espalhar demais quando o ovo é quebrado, e a gema deve estar bem firme e arredondada. Noé explica que à medida que o ovo vai se degradando, ele perde essas características.

Em relação à composição da casca, ela pode ser alterada por meio da alimentação das aves – quanto mais bem nutridas, mais cálcio conseguem depositar na casca. "Mas existe um limite biológico", alerta Noé. "Chega um momento em que, por mais que o produtor aumente a quantidade de nutrientes para as galinhas, elas não vão depositar mais cálcio nos ovos. Não é uma relação infinitamente proporcional", completa. Portanto, a melhoria da resistência mecânica da casca do ovo tem que vir por outros caminhos. "Queremos atuar em três frentes: resistência mecânica, proteção microbiológica e qualidade interna do ovo, sendo as duas últimas consequências de modificações feitas na superfície", completa.

Esse incremento pode trazer benefícios para a indústria, pois ocorrem muitas perdas durante o transporte do produto, principalmente quando se pensa em atender mercados externos. Para o consumidor, o ganho é relativo à qualidade do produto, visto que uma casca que reduza as trocas gasosas do interior com o exterior permitirá melhor conservação das qualidades nutricionais.

Descobertas do processo

Por meio dos testes, foi possível fazer algumas observações em relação ao revestimento dos ovos. A resistência da casca dos ovos aumentou em cerca de 10% quando utilizadas as formulações nanotecnológicas desenvolvidas pela Embrapa, além da melhoria na sua conservação. No entanto, não foi registrada diferença entre ovos que recebem apenas uma aplicação do revestimento em relação aos que recebem mais de uma. Além disso, em ovos postos no período de pico de produção da ave, entre a 30ª e 40ª semana, quando são naturalmente mais espessas, não houve incremento da qualidade da casca.

Durante quatro semanas, foram analisados ovos com e sem revestimento para avaliação de sua qualidade interna. Os revestidos mantiveram a clara mais íntegra e a gema mais esférica em relação aos não revestidos, praticamente não apresentando degradação.

No estudo da Embrapa, iniciado em março de 2015, diversos recobrimentos estão sendo desenvolvidos e testados, para avaliação das propriedades do produto nanotecnológico. Nessa fase inicial, quatro materiais foram testados e há possibilidade de se estar próximo da formulação ideal. "Encontramos uma solução que apresentou aspectos positivos na resistência à quebra e mostrou-se eficiente para a redução da perda de massa, ou seja, reduziu a perda de água, que é um dos indicadores de qualidade do ovo. Precisamos explorar mais e analisar a qualidade do ovo de maneira mais ampla", finaliza Noé.
Fonte Embrapa Tecnologia