terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Agricultura concede Autorização Temporária de Pesca a embarcações e pescadores


                         Resultado de imagem para Agricultura concede Autorização Temporária de Pesca a embarcações e pescadores


Medida é válida por 120 dias e respeita período de defeso, informa o ministério.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) concedeu a autorização temporária de pesca, pelo período de 120 dias, para pescadores e embarcações pesqueiras que tenham protocolado pedido de renovação junto às Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento dentro de prazo previsto. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (13).

De acordo com o diretor do Departamento de Registro, Monitoramento e Controle da Aquicultura e Pesca, Márcio Cândido, a portaria permite que os pescadores deem continuidade às suas atividades enquanto processos herdados do extinto Ministério da Pesca, incorporado pelo Mapa, são analisados e executados.

“A publicação vem dar um fôlego e é positiva para os pescadores, enquanto estamos analisando processos, como o período de pesca do camarão ou do atum, por exemplo, que poderiam gerar filas para a renovação do pedido de autorização. Ela permite que as embarcações continuem operando, mas respeitando o período de defeso dessas espécies, ao mesmo tempo em que dá tranquilidade ao setor pesqueiro”, explicou.

Brasil quer vender o seu peixe lá fora

Aproveite. Terminam no sábado inscrições para a feira de pescado de Bruxelas.A Seafood Expo Global atraiu 22.160 visitantes de 143 países e 1.664 expositores de 80 países, no ano passado.

                 Resultado de imagem para 25ª Seafood Expo Global

Empresas e entidades interessadas em participar do pavilhão brasileiro na 25ª Seafood Expo Global têm até o dia 21 de janeiro, próximo sábado, para se inscreverem. A feira, considerada a maior do mundo para a promoção e a comercialização de produtos da pesca e aquicultura, acontecerá no período de 25 a 27 de abril em Bruxelas, Bélgica.

O pavilhão brasileiro terá estrutura e espaços individualizados disponibilizados para as empresas e as entidades setoriais (sindicatos, associações) previamente selecionadas. Os expositores também terão serviços de apoio e serão incluídos no catálogo oficial da feira e do Pavilhão do Brasil.

Para mais informações, a Secretaria de Aquicultura e Pesca (SAP) e a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento estão à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos no endereço: feiras.seafood@agricultura.gov.br  ou no http://www.agricultura.gov.br/seafoodbruxelas

Em 2016, a Seafood Expo Global atraiu 22.160 visitantes de 143 países e  1.664 expositores de 80 países.

Site oficial da Seafood Expo North Global 2017: http://www.seafoodexpo.com/global

Lição de casa bem feita da Ceasa capixaba

Central de abastecimento anuncia independência financeira e abre mão de orçamento do Governo do Espírito Santo, estado da Região Sudeste  que não enfrenta problemas de falta de dinheiro para os servidores públicos.

                Resultado de imagem para Ceasa capixaba

Pela primeira vez, a Centrais de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES) abriu mão de repasse de recursos do Governo do Estado para custear suas despesas e anunciou a independência financeira da empresa pública. O comunicado foi feito, nesta semana, pelo diretor-presidente da Ceasa-ES, José Carlos Buffon, ao governador Paulo Hartung.

O repasse financeiro efetuado pelo Tesouro Estadual era utilizado para aportar os custos com a folha de pessoal, valor principal com o Parcelamento Especial (Paes) e investimentos. A partir deste ano, a Ceasa-ES abdica deste repasse e assume todas as despesas da organização.

Nos últimos 10 anos – em valores corrigidos – o Tesouro Estadual destinou mais de R$ 85 milhões para custear as despesas da Ceasa-ES. Em 2014, por exemplo, foi repassada a quantia de R$8,6 milhões, em 2015, este número caiu para R$ 6,2 milhões. Por fim, em 2016, o aporte financeiro passou para R$ 5,1 milhões.

Em busca da independência financeira, o trabalho começou desde o início da nova gestão, com a implantação do primeiro planejamento estratégico da empresa. Em observância às diretrizes traçadas na Carteira de Projetos do Planejamento, a Ceasa-ES adotou diversas medidas visando aumentar a receita e diminuir as despesas, tais como: o aumento do rateio das despesas comuns, o reajuste da tarifa de acesso ao estacionamento, a implementação da concessão de lojas e o leilão de automóveis pertencentes à frota própria, que geravam alto custo com manutenção.

"A Ceasa/ES se compromete com o Governo do Estado e com todos os cidadãos capixabas a arcar com todas as despesas da empresa, por meio da consolidação de novas medidas que viabilizem o aumento da receita e diminuição dos gastos", afirmou o diretor-presidente, José Carlos Buffon.

Tesouro Estadual

O Tesouro Estadual é a principal fonte de recursos financeiros do Governo do Estado. Em resumo, é o “caixa” da gestão para onde vai o dinheiro da receita de impostos do contribuinte, arrecadação orçamentária do Governo Federal, empréstimos, entre outras fontes.

Feira livre com tecnologia em São Paulo

Jovens 'invadem' as feiras e utilizam a tecnologia para aumentar os lucros. 'Fórmula' tem sido usada por alguns feirantes de Santos, no litoral de SP. Jovens feirantes valorizam e negociam os produtos nas redes sociais.

              

Muito antes do amanhecer, os feirantes já estão organizando as barracas e se preparando para mais um dia de trabalho. Eles também aquecem o ‘gogó’ para usar a cantoria e conquistar os fregueses. Tiram, pouco a pouco, as frutas e verduras fresquinhas de caixas e mais caixas. A balança já está preparada para pesar os alimentos, a caneta funcionando bem para anotar os pedidos e, agora, o celular na mão para receber qualquer encomenda pelo Whatsapp ou postar as novidades no Instagram.

Aliar a tradição e tecnologia para lucrar mais tem sido a fórmula usada por alguns feirantes de Santos, no litoral de São Paulo. Eles começaram a utilizar as redes sociais para conseguirem um diferencial em relação aos antigos comerciantes. A ideia é atender melhor os clientes, principalmente, aqueles que não têm tempo para ir à feira.

Há três anos, Fabrício Morine Jacob, de 22 anos, assumiu a barraca de frutas da família. Irmãs, cunhados e primos já trabalharam na feira. Ele, porém, ficou com a responsabilidade de perpetuar os ensinamentos do pai, que trabalhou por 50 anos no ramo. “Eu aprendi tudo com o meu pai e ele se aposentou. Temos mais de 30 tipos de frutas. São seis feiras por semana. Pra mim não é um trabalho. É um prazer e eu adoro”, fala.

Como conhece a feira desde pequeno, Jacob sabe que é preciso ter uma fruta de qualidade, muita variedade e o melhor preço para agradar a clientela. Mas, o primordial, é o atendimento. Por isso, quando assumiu o negócio, quis inovar nesse quesito.

“Recebemos bastante encomendas. Pode ligar qualquer dia que a gente entrega na residência da pessoa. Pode mandar mensagem pelo Whatsapp ou Facebook. Quem separa as frutas sou eu ou uma das meninas. Temos um cuidado a mais para deixar sempre as melhores frutas para a pessoa porque ela não está vendo. Não cobramos entrega, é cortesia da banca, os clientes merecem”, diz Fabrício.

Segundo ele, são vendidas mais de mil caixas de frutas por semana, resultado de seis feiras por semanais. A utilização do Whatsapp e do Facebook ajudou a aumentar a procura. Pelo menos duas entregas são feitas por dia com o pedido por meio das redes sociais. "Ajuda a vender mais, com certeza, é um diferencial. É um conforto para os fregueses, que não podem vir na feira. É uma cortesia”, diz. O pai, porém, não concorda muito com a inovação tecnológica. “Ele fala que é um trabalho a mais, desnecessário”, revela.

Thiago Santos também resolveu comandar a barraca do pai, José Santos. O patriarca da família abriu o negócio em 1976 e ficou conhecido como o ‘português do queijo’, já que o sotaque não esconde a descendência dele. Para diminuir os custos com a logística da barraca, Tiago começou a comprar direto do fabricante alguns produtos mais artesanais.

“O queijo da Serra da Canastra, as bananinhas de Itariri, algumas pimentas, só eu tenho na feira. É um produto mais fino. A minha ideia, desde que comecei a tomar conta da barraca, em março do ano passado, foi pegar alguns produtos diferenciados. 40% dos produtos que tenho aqui, você não encontra em supermercado. Esse é o grande diferencial que vejo na feira”, disse.

A barraca passou a ter máquina de cartão de crédito, que o pai relutava em comprar. Ele também está investindo nas redes sociais. Thiago criou a página no Instagram ‘Português do Queijo’ e disponibilizou um número de Whatsapp. “Já tive retorno. Alguém comentou alguma coisa, eu respondi e a pessoa mandou inbox. Levei o produto, a pessoa gostou e depois pediu um monte de coisa”, conta ele.

Com baixo investimento financeiro, ele já teve respostas positivas e começa a alcançar até quem não vai a feira. Hoje, o número de encomendas aumentou. Toda semana há cerca de cinco ou seis entregas. “Isso porque a gente ainda não divulgou muito. Estamos nos preparando para atender melhor cada vez mais”, finaliza Thiago.

Fonte G1, Santos (SP)

Alimentos que ajudam no bronzeamento da pele

A lista é muito boa, segundo nutricionistas. Veja: cenoura, beterraba, abóbora, mamão, manga, acerola e pêssego.

                  Resultado de imagem para Alimentos que ajudam no bronzeamento da pele

No verão, a árdua busca pelo bronzeado ideal que homens e mulheres empreendem torrando nas praia vai muito além dos produtos de pele. Poucos sabem, mas a alimentação certa pode ser uma grande aliada nesse momento e, mais especificamente, o pigmento betacaroteno.

— Além de funcionar como protetor contra os raios solares, o betacaroteno estimula a melanina, que é responsável pela pigmentação da pele — explica a nutricionista Natalia Dourado, da empresa Sanavita.

E como encontrar o milagroso betacaroteno? O pigmento está em alimentos com cores alaranjadas, amarelas e vermelhas, como cenoura, beterraba, abóbora, mamão, manga, acerola e pêssego. Ele também pode ser achado em folhas verdes escuras, como o espinafre, a rúcula, a couve e a escarola.

Segundo a especialista, o ideal é começar a comer esses alimentos três meses antes de pegar sol. Mas, como tudo na vida, betacaroteno em excesso não faz bem e pode destruir o bronzeado conquistado.

— Quando isso acontece, a pessoa pode ficar com as superfícies amareladas, principalmente nas mãos e nos pés — alerta a nutricionista.

A nutricionista Marina Feuro, da cooperativa Nutris do Brasil, lembra que não adianta só ingerir os alimentos citados para ficar com a pele bronzeada. Para atingir o objetivo esperado, é preciso ter uma alimentação equilibrada constante.

— Não vai ter efeito se você tiver com déficit de alguma vitamina ou com o estômago impróprio. Se não for ao banheiro todo o dia, por exemplo, pode esquecer. É preciso ter uma alimentação saudável para equilibrar o intestino, que é onde terá a absorção das substâncias que serão revertidas no bronzeado — afirma.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Índice CEAGESP, com preços dos alimentos, acumula alta de 3,56% em 2016

    
                     Resultado de imagem para Índice CEAGESP, com preços dos alimentos, acumula alta de 3,56% em 2016

O índice CEAGESP, em dezembro passado, recuou 2,46%. Apesar do aumento da demanda, o setor de frutas foi o que mais caiu (-4,50%). No final faz um alerta: chuvas do período irão prejudicar a produção de legumes e verduras, baixando sua qualidade e, claro, refletindo nos preços ao consumidor.

Legumes, verduras e diversos registraram reduções expressivas nos preços ao longo do ano. Frutas e pescados fecharam o ano com elevação dos preços praticados. No comparativo janeiro x dezembro, foram destaques:

Principais altas:
Frutas: limão taiti (94,6%), banana nanica (94,3%), abacate (70,8%), banana prata (55,8%) e goiaba (31,5%)
Legumes: mandioca (147%), inhame (86,6%), mandioquinha (42,4%) e abóbora japonesa (16,95)
Verduras: não houve elevação expressiva
Diversos: alho argentino (52,5%), canjica (23,7%), ovos (19,9%)
Pescados: Sardinha (108,6%), cavalinha (43,2%) e atum (34,9%)

Principais quedas:
Frutas: morango (-38,2%), maracujá azedo (-30%), mamão papaya (-29,85) e pera packs (-16,1%).
Legumes: abobrinha italiana (-63,7%), tomate (-56,2%), pepino japonês (-51,9%), beterraba (-51,3%) e jiló (-44,9%)
Verduras: repolho (-66,1%), coentro (-64,6%), espinafre (-58,1%), almeirão (-51,3%), alface (-49,2%) e escarola (-49,1%)
Diversos: batata lisa (-51,8%), cebola nacional (-51,2%) e batata comum (-30,6%)
Pescados: corvina (-29,8%), tainha (-17,2%), pintado (-13,6%) e anchovas (-12,7%)

- Tendência do Índice

O ano de 2016 foi novamente bastante complicado para o abastecimento de hortifrutícolas. Problemas climáticos como estiagem no nordeste e excesso de chuvas no sul e sudeste, diminuição do volume ofertado, crise econômica e juros elevados inibindo investimentos, entre outros aspectos, prejudicaram a oferta de hortifrutícolas ao longo do ano.

Mesmo com a diminuição do volume ofertado, os preços dos mais de 150 produtos acompanhados pelo índice CEAGESP encerraram o ano com aumentos abaixo da inflação em razão, principalmente, da diminuição do consumo. O primeiro trimestre do ano tem como principais características as frequentes chuvas e as altas temperaturas, situações altamente prejudiciais para a produção de hortaliças, notadamente as mais sensíveis.

Portanto, Legumes e verduras deverão apresentar problemas na qualidade e diminuição do volume ofertado neste início de 2017. Em contrapartida, as frutas devem registrar, neste início de ano, boa oferta e preços reduzidos em relação a 2016.

Brasil tem alimentos com risco de extinção

                         Resultado de imagem para baunilha do cerrado


Você conhece arroz vermelho, baunilha do cerrado e o trigo crioulo?  Que tal termos alimentos bons, limpos e justos? São perguntas que estão sendo respondidas por projeto do governo federal.  O CeasaCompras está caminhando com o movimento Slow Food.

É comum encontrar diferentes pacotes de arroz branco nos supermercados, mas você sabia que existe arroz vermelho? O produto, assim como a baunilha do cerrado e o milho crioulo, não é tão comum em gôndolas ou mercearias. Mas estes são apenas alguns dos variados produtos brasileiros que estão na lista de alimentos que correm o risco de serem extintos. 

A catalogação deles está inserida em um projeto chamado "Arca do Gosto", que, por sua vez, faz parte do plano “Alimentos bons, limpos e justos”, uma parceria da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead) com o movimento Slow Food, a Universidade Federal de Santa Catarina e uma rede de universidades.

Mas o que seria um alimento bom, limpo e justo? 

De acordo com o movimento Slow Food, muitos modos de produção são nocivos ao meio ambiente e aos seus habitantes. O alimento ser bom, limpo e justo está ligado ao gosto, ao aroma, ao respeito com o meio ambiente e à valorização do trabalho em volta daquele alimento.

Para a consultora para o Slow Food da Sead, Nadiella Monteiro, a ideia é fugir dos padrões de consumir apenas alimentos já conhecidos como, por exemplo o arroz branco, e abrir espaço também para sabores únicos, como arroz vermelho ou queijo Minas artesanal. Além disso, o projeto ainda busca fortalecer a agricultura familiar através da filosofia do Slow Food. “A ideia do projeto é conseguir identificar, na nossa agricultura familiar, quem produz de forma boa, limpa e justa. E conseguir qualificar, reconhecer, identificar, ajudar de forma que ele seja valorizado”, diz.

O projeto tem passos distintos a serem seguidos. O primeiro é a Arca do Gosto, que é um catálogo mundial para a divulgação de alimentos que com o tempo estão sendo esquecidos. “A Arca do Gosto é uma espécie de Arca de Noé. A ideia de que vai vir uma inundação e todos vão se perder e a arca vai proteger. O catálogo tem a função de chamar atenção, mostrar que há alimentos com características distintas que estão sumindo”, explica Nadiella Monteiro.

Qualquer pessoa pode indicar um alimento para a Arca. Basta acessar o site do Slow Food e preencher este formulário que está neste link. Depois o alimento vai passar pela análise de uma série de critérios, como a tradicionalidade e a dificuldade de ser encontrado no mercado. Podem ser indicados não só matérias-primas, mas também espécie e variedades vegetais, raças animais domesticadas, além de alimentos com técnicas tradicionais de produção.

Depois de catalogados, é preciso saber onde eles estão. Para isso, o segundo passo do projeto é a formação das Comunidades do Alimento. As comunidades são o agrupamento de todos os atores da cadeia produtiva. É identificado desde o agricultor que produz até o consumidor.

Em seguida, formam-se as chamadas Fortalezas, nas quais a equipe busca fortalecer os produtos que estão prestes a serem extintos. Ela organiza os produtores e procura entender o mercado para incluí-los.

A Arca está cada vez mais cheia, já são mais de 100 alimentos brasileiros no embarque. As comunidades estão sendo identificadas e já há um trabalho de aproximação sendo feito nas Fortalezas. Além desses passos, as instituições também oferecem capacitação em ecogastronomia a jovens rurais e se dedicam a um trabalho de divulgação, para que as informações cheguem aos consumidores.

Segundo Nadiella Monteiro, a meta é continuar colocando os produtos na Arca e identificando as comunidades. O objetivo é chegar em 27 Fortalezas. “Também queremos levar essas Fortalezas para o mercado, para as feiras, para os produtos serem vistos. Afinal, o consumidor é quem define se o alimento vai ser extinto ou não. Se ele não sabe que existe, vai sempre comprar a mesma coisa”, ressalta.

A consultora ainda explica que o projeto cuida não só dos alimentos, mas também do agricultor. “São alimentos que têm valor para ele, mas não são valorizados financeiramente. Nosso trabalho é fazer essa transformação e dizer que tem valor, que tem gente que quer comprar e pagar bem. Comida não é só commodities, comida tem história, tem afetividade”. Nadiella afirma que não se deve deixar esses produtos sumirem das prateleiras. É preciso incentivar os agricultores a continuar produzindo, mas também colocá-los no mercado, pois o retorno financeiro é necessário.

Slow Food

Um dos grandes atores do projeto é o movimento internacional Slow Food, cujo princípio básico é o prazer da alimentação, utilizando produtos artesanais, cultivados de uma forma que não agrida o meio ambiente e as pessoas que os produzem. O movimento se opõe à padronização dos alimentos no mundo e visa defender a biodiversidade na cadeia de distribuição alimentar, educar o gosto e aproximar os produtores dos consumidores.

O presidente da Associação Slow Food no Brasil, Georges Schnyder, afirma que é de extrema importância essa parceria com o Governo Federal. Para ele, a Sead e o movimento querem a mesma coisa: fortalecer a agricultura familiar e também os alimentos bons, limpos e justos – trazê-los para a mesa do brasileiro e do mundo.

Schnyder ainda destaca que a agricultura familiar é fundamental para a preservação da biodiversidade brasileira. “Hoje o Brasil talvez seja uma das regiões do mundo que o Slow Food tenha mais atuação e tem maior trabalho a ser feito. Há uma contraposição muito forte entre a biodiversidade e a agricultura industrial praticada no país”. Para ele, a família protege não só a própria produção, mas também o seu entorno.