sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Laranjas competem com tomate no Noroeste fluminense



Considerado um dos municípios mais pobres do estado, São José de Ubá tem incentivos do governo do Rio de Janeiro para produzir laranjas. O tomate era a principal renda da região, considerada o segundo maior produtor estadual.


Tradicional no cultivo de tomate e segundo maior produtor estadual, São José de Ubá, no Noroeste fluminense, encontrou na produção de citrus uma alternativa para fortalecer a economia rural do município. O projeto conta com incentivo do Frutificar, programa da secretaria estadual de Agricultura para da fruticultura irrigada no estado.

O produtor Carlos Roberto Coelho Marinho, um dos 15 beneficiados com crédito e assistência técnica para o cultivo de laranja se diz satisfeito com os resultados de sua lavoura. Em seu segundo ano de produção já colhe 1200 caixas da fruta.

   


" Organizamos até uma associação de produtores locais para a comprar os equipamentos necessários para o tratamento pós-colheita., Os frutos são classificados, limpos e encerados para atendimento à mercados mais exigentes", revelou.

A colheita da região está sendo absorvida pelo comércio local e dos municípios vizinhos de Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e Miracema, principalmente. Também é comercializada através dos programas de aquisição de alimentos do governo federal. Estes canais de venda absorvem toda a produção local, com preço médio de R$20,00 a caixa de 25kg, podendo variar conforme as condições e locais de venda.

Outro aspecto positivo do cultivo da laranja está em seu consórcio com as de quiabo, tomate ou até mesmo, com a pecuária de leite, utilizando-se de cercas elétricas, como o faz seu Carlos Roberto.

"Os bons resultados tem atraído novos produtores da região interessados no cultivo da fruta", destacou o produtor.

Produção

Implantado em novembro de 2010, os projetos utilizam mudas das variedades Folha Murcha, Valência e Natal. De acordo com a gerente do Frutificar - Núcleo Noroeste, a engenheira agrônoma Joana Nascimento Siqueira, essas espécies são de produção tardia, para que o seu período de colheita não gere conflito com o das lavouras tradicionais de tomate de São José de Ubá.

"Estas variedades geram frutos adequados tanto para o consumo in natura quanto para a produção de suco natural, pelo sabor adocicado e cor intensa", acrescentou.

Este ano, espera-se colher nos 15 projetos de citrus, em São José de Ubá, numa área de 30 hectares, financiados pelo Programa Frutificar, 13 mil caixas de laranja (25Kg cada). A expectativa é de geração de receita em torno de R$ 260 mil com a atividade. Para a safra de 2015, estima-se mais de mil caixas por hectare, ou seja, 30 mil caixas.

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