O produto, que já foi vilão dos preços várias vezes, pode atingir valores históricos em abril. Custo do quilo do fruto subiu em todos os mercados atacadistas analisados em março pela Conab. Chuva e calor provocaram descarte no campo, diminuindo oferta.
Os preços do tomate estão em disparada. Em março, pelo segundo mês consecutivo, o custo médio do quilo do fruto subiu em todos os mercados atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E dados preliminares indicam que, em abril, os valores podem superar recordes da última década.
A escalada acontece por causa das chuvas e de uma área plantada menor do que no ano passado.
Segundo o último boletim divulgado pelo órgão, de fevereiro para março, o preço do tomate em centrais de abastecimento chegou a aumentar 88,6% em Goiás, maior região produtora do país, a R$ 5,12 o quilo. Em Pernambuco, estado que sofreu o menor impacto, a alta foi de 14,9%, a R$ 3,30.
O relatório considera oito centrais que são responsáveis pela venda de 60% a 70% de todo o alimento comercializado no país, e leva em conta a média ponderada dos preços de todas as variedades de tomate ofertadas.
Os preços também subiram para o consumidor final, apontou o IBGE, em março. O valor médio do tomate aumentou 31,84% em todo o país, a maior alta entre os alimentos. O G1 registrou queixas de consumidores em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pernambuco, entre outros.
Perto do recorde
Outro banco de dados da Conab aponta que, em abril, os preços do tomate podem continuar subindo a patamares históricos, acima dos vistos em meados de 2015, quando o produto foi considerado o "vilão da inflação".
Na Ceagesp de São Paulo, o pico do preço médio do quilo do tomate mais vendido (e não a média ponderada de todas as variedades) nos últimos 10 anos havia sido registrado em maio de 2015, quando foi a R$ 5,58. Nos primeiros 15 dias de abril, o preço chegou a R$ 6,70.
Em todo o mês de março, tinha sido de R$ 5,31.
No Rio de Janeiro, o preço na primeira quinzena de abril marcou R$ 4,43, contra R$ 3,08 em março e R$ 4,55 no pico, em maio de 2015. Em Goiás o preço nos primeiros 15 dias de abril foi de R$ 6,00, contra R$ 3,99 em todo o mês de março e de R$ 5,32 no pico da década, em janeiro de 2016.
Oferta menor, preço maior
A escalada dos preços do tomate é comum no período chuvoso e é consequência direta da menor disponibilidade do fruto nos mercados.
Segundo a Conab, a oferta em fevereiro e março foi cerca de 20% menor do em janeiro.
A redução aconteceu porque o calor e as chuvas no campo fazem com que os frutos fiquem mais perecíveis e manchados, aumentando a quantidade descartada pelos produtores.
"Aliado a isso, os preços pouco atrativos em 2018 fizeram com que os produtores diminuíssem a área plantada, o que significou também menos tomate entrando no mercado", diz a gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Rocha Fraga.
Mercado São Pedro - Niteroi/RJ
Se você está reclamando do preço do bacalhau verdadeiro, o Porto ou Norueguês, cujo preço está variando entre R$ 58 e mais de R$ 100, a grande dica que o CeasaCompras dá é o camarão, no Rio de Janeiro, por exemplo. Separamos ainda uma lista de alguns pescados que podem substituir a bacalhoada de domingo, na Semana Santa.
No entreposto de pesca instalado na Ceasa do Irajá, bairro da Zona Norte carioca, os vários tipos de camarão estavam custando os seguintes preços no atacado: camarão 7 barbas (R$ 16); barba russa (R$ 10); branco (R$ 28); cinza (R$ 38); lagostim (R$ 13); rosa (R$ 18).
A grande novidade foi a queda de preço do camarão VG (pistola), que estava sendo negociado por R$ 80 o quilo. Depois de ter custado mais de R$ 120 na semana passada.
Na Ceagesp, o camarão ferro era negociado por R$ 34, o quilo no atacado.
Outros tipos de pescado
Ceasa Grande Rio:
Badejo (R$ 30); Batata (R$ 15), que é mais saboroso que o namorado comum; cação (R$ 18), que é ótimo para idosos e crianças por não ter espinhas, e cai bem numa moqueca; cherne (R$ 35); Garoupa (R$ 25); lula (R$ 20); robalo (R$ 35); tilápia (R$ 6); viola (R$ 10).
Ceagesp:
Atum grande (R$ 19); cação congelado (R$ 12,5); corvina grande (R$ 11); garoupa (R$ 25); linguado grande (R$ 22); pescada grande (R$ 14); salmão (R$ 36,5); tilápia (R$ 6,80); truta (R$ 18).
E olha que os caminhoneiros só ameaçaram com uma greve, mesmo assim o preço da saca da 50 kg alcançou o mesmo valor praticado nas Ceasas durante a paralisação do ano passado. Alternativa é buscar outros tipos de alimentos mais em conta, como a batata doce, por exemplo, que tem a caixa com 20 kg sendo vendida a R$ 25.
Pode acreditar, o preço da saca de batata inglesa lisa estava sendo negociada na Ceasa do Rio de Janeiro por R$ 220, nesta terça-feira (16/4). O da batata inglesa comum, aquela mais sujinha, era vendida por R$ 130. E a saca, também de 50 kg, da Hasterix ( aquela maior que dá para fazer recheada no forno) estava sendo vendida por R$ 190. A desculpa para a alta de preços foi o período de chuva que atrapalhou a lavoura.
Dois outros ingredientes que acompanham sempre uma bacalhoada, dependendo da receita, o tomate e a cebola também seguiram o mesmo caminho da batata: a caixa com 22 kg do tomate estava custando R$ 70; a saca de 20 kg da cebola, por R$ 60, a nacional (SC/RS), e a R$ 70, a importada da Argentina.
Uma alternativa é o tomate cereja, um coringa para levantar as receitas com salada: 4 bandejas estão custando R$ 15 no atacado.
A cenoura não se fez de rogada e acompanhou a bandidagem dos preços: a caixa com 18 kg está custando R$ 60.
Outro complemento numa boa mesa de Páscoa, os ovos, estes estão bem mais em conta ainda. Tem supermercado vendendo a cartela com 30 unidades por pouco mais de R$ 8. No atacadão das Ceasa do Rio, por exemplo, a caixa com 30 dúzias dos ovos brancos era vendida entre R$ 90 e R$ 100; dos ovos vermelhos, a R$ 125.
E 30 dúzias dos ovos de codorna eram negociadas por R$ 45.
Para acompanhar, uma sobremesa saudável é sempre bem recebida. Separamos três frutas para depois do almoço de Páscoa: a caixa de 8 kg de caqui estava custando R$ 20; o quilo da melancia tava cotado a R$ 1,50; e a caixa com 1 kg do figo verde, a R$ 20.
Você ainda não sabe escolher o melhor pescado? A Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro ensina a escolher bacalhau verdadeiro para a Semana Santa. Não caia nas armadilhas e nem compre bacalhau importado da China. Só compre o da Noruega ou importado do Porto (Portugal). Há informações que o pescado chinês não é de confiança.
O pescado salgado seco é elaborado com peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça e tratado pelo sal (cloreto de sódio). Nessas características, existem cinco espécies comumente comercializados, mas apenas duas delas consideradas bacalhau: o gadus morhua (Cod) e o gadus macrocephalus.
Veja como identificar:
Gadus morhua (Cod) – É o bacalhau do Atlântico Norte, também conhecido no Brasil como bacalhau do Porto ou Porto Morhua. Normalmente é feito do peixe maior, mais largo e com postas mais altas, apesentando coloração palha e uniforme, quando salgado e seco.
Gadus macrocephalus – É o bacalhau do Pacífico, conhecido como bacalhau Portinho ou Codinho. É muito semelhante ao primeiro, mas não se desmancha em lascas. É fibroso e não tem o mesmo paladar.
As demais espécies de pescado salgado seco são saithe, ling e zarbo.
Saithe – Tem musculatura mais escura e sabor mais forte.
Ling – É bem claro e mais estreito que os demais. Tem um bom corte e é muito apreciado no Brasil.
Zarbo – Mais popular e geralmente menor que as demais espécies, com lascas mais duras.
O que deve ser observado por comerciantes e consumidores
As medidas começam na distribuição dos produtos, que não devem ser recebidos se apresentarem alterações.
Na coloração – Manchas rosadas ou vermelhas ou pontuações de tonalidade marrom, indicativo de contaminação por bactérias e/ou fungos e de excesso de umidade.
Na textura – Peças amolecidas e/ou limosas, indicando aumento de umidade e proliferação de bactérias deteriorantes, nem sempre visível, mas perceptível ao tato.
No odor – Cheiro estranho que indica contaminação e/ou início de putrefação.
No aspecto em geral – Presença de corpo estranho (larvas ou outras contaminações físicas).
Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:
PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Tangerina Poncam, Abacate Fortuna, Caqui Rama Forte, Abacate Quintal, Limão Taiti, Goiaba Vermelha, Goiaba Branca, Melancia, Coco Verde, Chuchu, Batata Doce Rosada, Pepino Caipira, Pepino Comum, Abóbora Paulista, Abóbora Moranga, Berinjela, Mandioca, Coentro, Nabo, Milho Verde, Manjericão, Alho Argentino e Canjica.
PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Mexerica Rio, Caqui Fuyu, Caqui Guiombo, Laranja Lima, Carambola, Uva Niágara, Manga Tommy, Laranja Seleta, Banana Prata, Uva Itália, Pimentão Verde, Abóbora Japonesa, Cará, Abóbora Seca, Couve Manteiga, Acelga, Brócolis Ninja, Cenoura C/ Folha, Beterraba C/ folha e Coco Seco.
PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacaxi Pérola, Banana Nanica, Mamão Papaya, Mamão Formosa, Laranja Pêra, Maçã Fuji, Maçã Importada, Pera Importada, Pimentão Vermelho/Amarelo, Abobrinha Italiana/Brasileira, Tomate, Inhame, Mandioquinha, Beterraba, Cenoura, Vagem Macarrão, Quiabo, Salsa, Espinafre, Rabanete, Agrião, Repolho Verde, Brócolis Comum, Repolho Verde, Repolho Roxo, Salsão, Cebola Roxa, Alho Nacional e Batata Lavada.
Originária da Ásia Central, a ervilha torta é um vegetal rico em vitaminas do complexo B, contém propriedades analgésicas e ainda estabiliza os níveis de açúcar no sangue. Conheça mais sobre o vegetal:
A ervilha torta é caracterizada por ser uma vagem que pode ser consumida mesmo após passar do ponto de maturação, com comprimento de 3 a 7 centímetros e sabor mais doce e suave quando comparada à ervilha enlatada que a maioria das pessoas consome.
A vantagem do legume é que ele pode ser integralmente consumido, e de diversas formas: in natura, cozido, ao vapor e até assado. Seu sabor doce e suave se intensifica de acordo com o tipo de preparo.
A ervilha torta é rica em vitamina C, fibras, ferro, zinco e uma das principais fontes dos aminoácidos necessários ao corpo. A junção destas propriedades faz com que o legume tenha ação anti-inflamatória, antioxidante, diminui a pressão arterial e reduz o colesterol. Tudo isso aliado a grande quantidade de betacaroteno, flavonoides e ômega 3 presentes nos alimentos de coloração verde-escura.
Encontrado com maior oferta entre os meses de maio a outubro, em 2018 deram entrada no Entreposto Terminal São Paulo cerca de 1.937 toneladas de ervilha torta, provenientes principalmente das cidades de Senador Amaral – MG, Pedra Bala – SP, Guapiara – SP, Ribeirão Branco – SP, Tuiuti – SP e Camanducaia – MG. No dia 15/4, o produto estava sendo comercializado no atacado a um preço médio de R$ 6,87/kg.
Está procurando onde comprar o bacalhau ou outros pescados e frutos do mar para celebrar a Semana Santa? Então não deixe de vir para a 14ª Santa Feira do Peixe, que acontece de 15 a 19 de abril no Pátio do Pescado do Frigorífico São Paulo (FRISP), dentro do Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).
O evento, que já é uma tradição pré-Páscoa na capital paulista, promete trazer uma grande variedade de peixes e frutos do mar a preços bem convidativos. Por exemplo, o cação será comercializado a R$ 18,90/kg, e a tainha a R$ 11,90/kg. O camarão também será comercializado a um valor mais em conta do que o praticado no varejo. Para este ano, os comerciantes esperam vender cerca de 150 toneladas de pescados e frutos do mar durante os quatro dias do evento.
A 14ª Santa Feira do Peixe ainda alia qualidade e preço a comodidade, pois em um mesmo local, o consumidor poderá encontrar tudo o que ele precisa para comemorar essa data cristã de maneira saudável e saborosa, pois estarão presentes barracas de frutas, legumes, verduras, temperos e até panelas de barro e ovos de Páscoa.
Outro atrativo é a praça de alimentação, que este ano contará com barracas de paella e porções de camarão, acarajé, bolinho de bacalhau, pastéis, macarrão com camarão no queijo grana padano, moqueca de cação, comida japonesa, bicicleta de brigadeiro, bicicleta de vinhos e venda de doces como ovo de colher, palha italiana, bolos, coxinhas de morango e pizza brownie, bebidas e um cardápio específico com os produtos em promoção.
O evento tem entrada gratuita e o estacionamento no local também será gratuito durante todo o evento. Para facilitar os motoristas, a localização já está marcada inclusive no Google Mapas, basta teclar “Santa Feira Do Peixe” que na hora o aplicativo dará as coordenadas e rotas de acesso.
A iniciativa tem apoio da Associação dos Comerciantes Atacadistas de Pescados do Estado de São Paulo (ACAPESP), dos permissionários do Frigorífico de São Paulo (FRISP) e da Sampa Foods.
SERVIÇO
14ª Santa Feira do Peixe da CEAGESP
De 15 a 18 de abril de 2019, das 12h às 21h
Entrada pelo portão 15 da Rua Xavier Kraus (esquina com Avenida Nações Unidas – Marginal Pinheiros).
Entrada e estacionamento gratuitos.