terça-feira, 30 de agosto de 2016

Agricultores familiares capixabas apostam em feiras

 
                

Além de plantar, cuidar, colher, a tarefa de vender os alimentos produzidos, diretamente a seus consumidores, tornou-se função de muitos agricultores familiares. No dia 25/8, data em que se comemorou o "Dia do Feirante", destaca-se o importante papel social sendo um elo entre o agricultor e o consumidor. 

O Espírito Santo possui inúmeras feiras em seus diversos municípios. Só na Grande Vitória nove são orgânicas e outras cinco são agroecológicas.

Natanel Adami Justi, agricultor de Iconha, é feirante há 18 anos, desde quando foi inaugurada a Feira Orgânica de Barro Vermelho. “A feira foi uma alternativa para a comercialização dos produtos orgânicos. Nós produzíamos alimentos limpos, mas vendíamos como se fossem convencionais. Então, percebemos que uma feira específica para esse tipo de produto poderia ser uma boa opção de comercialização”, contou Natanael.

Ele avalia que, embora a feira tenha passado por períodos de altos e baixos, ela é um canal de comercialização que traz segurança para o agricultor. “Podemos vender na feira toda a diversidade de produtos que temos na propriedade e conseguimos dinheiro toda semana. Antes só vendíamos café e banana, e recebíamos em determinados período do ano”, contou Natanael, que comercializa seus produtos na Feira Orgânico de Barro Vermelho, aos sábados, e na da Praça do Papa, às quartas-feiras.

Seu filho de 21 anos, Natan Justi, tem trilhado os caminhos do pai. “Frequento a feira desde os 10 anos de idade. Comecei a vir para ajudar meu pai e hoje já fico com o dinheiro de duas feiras do mês. É vantajoso para mim, quero continuar. Comercializar produtos orgânicos na feira é sinônimo de qualidade de vida para mim, minha família e nossos clientes”.

O nutricionista Daniel Ortiz, consumidor das feiras orgânicas, afirmou que o Espírito Santo é um Estado privilegiado por ter esses canais de comercialização. “Moramos em uma capital e podemos consumir alimentos orgânicos diretamente dos agricultores. É um privilégio, temos a segurança de que consumimos alimentos seguros”, afirmou Daniel.

A produtora rural Selene Hammer Tesch – que é presidente da Associação Amparo Familiar, de Alto Santa Maria, e também da Cooperativa de Agricultores Familiares (CAF) – destacou a importância das feiras como um local onde é possível explicar ao consumidor todo o trabalho e conceito de sustentabilidade por trás dos produtos comercializados. “É gratificante levar a comida até as pessoas, promover a saúde e evitar doenças. Além de tudo isso a feira é um lugar de fazer amizades, de falar sobre a sustentabilidade e da escolha pela produção de orgânicos”.

Segundo a coordenadora de comercialização de produtos da agricultura familiar do Incaper, Pierângeli Aoki, a feira é um excelente canal de venda direta entre agricultores e consumidores. “A feira é um dos canais mais antigos de comercialização direta entre quem produz e quem consome. Ela é um instrumento que permite a diversificação da produção da agricultura familiar, valoriza os produtos locais e regionais e possibilita o envolvimento de toda a família no processo de produção e comercialização”, afirmou Pierângeli.

O gerente de Agroecologia e Produção Vegetal, Aureliano Nogueira, destacou que a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) tem trabalhado para ampliar esses canais de comercialização aos produtores rurais, em espaços diferenciados e atrativos aos consumidores. 

“As feiras agroecológicas que acontecem dentro de shoppings da Grande Vitória e do interior representam um grande exemplo disso. A demanda por alimentos cultivados com práticas sustentáveis e sem agrotóxicos tem crescido cada vez mais, já temos mais dois pedidos por esse tipo de feira sendo negociados, e nós queremos oportunizar, aos produtores que adotam esse conceito, um espaço para vender seus produtos. É essencial que eles tenham isso”, explicou Aureliano.

Lista das feiras Agroecológicas e Orgânicas

Vitória

Shopping Vitória

Endereço: Av. Américo Buaiz, 200, Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: segunda-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho

Endereço: Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam

Horário de Funcionamento: sábado – das 6 horas às 12 horas

Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa

Endereço: Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá

Horário de Funcionamento: quarta-feira – das 15 horas às 20h30

Feira de Produtos Orgânicos de Jardim Camburi

Endereço: Av. Isaac Lopes Rubim – próximo à Faculdade Estácio de Sá

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Cariacica

Feira Agroecológica de Cariacica

Endereço: Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 12 horas

Feira Agroecológica do Shopping Moxuara

Endereço: Shopping Moxuara - Rodovia BR-262, Km 5, 6555 - Campo Grande, Cariacica - ES, 29145-910

Horário de Funcionamento: Domingos das 11 horas às 16h

Vila Velha

Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa

Endereço: Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte

Horário de Funcionamento: sábado – das 06 horas às 13 horas

Feira Agroecológica do Boulevard Shopping

Endereço: Boulevard Shopping - Rod. do Sol, 5000, - Itaparica – Vila Velha

Horário de Funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Serra

Feira de Produtos Orgânicos de Serra Sede

Endereço: Praça de Encontro

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso

Endereço: Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso (ao lado da biblioteca pública municipal)

Horário de Funcionamento: terça-feira – das 15 horas às 21 horas

Feira de Produtos Orgânicos de Colina de Laranjeiras

Endereço: Praça Central de Colina de Laranjeiras

Horário de Funcionamento: quinta-feira – das 16 horas às 20 horas

Feira Agroecológica do Shopping Monteserrat

Endereço: Shopping Montserrat - Av. Eldes Scherrer de Souza 2162, Colina de Laranjeiras 

– Serra

Horário de funcionamento: domingo – das 11 horas às 16 horas

Linhares

Feira Agroecológica do Shopping PátioMix

Endereço: Av. Cerejeiras, 300, bairro Movelar, Linhares

Horário de Funcionamento: Domingo- 10h às 16h


Produtor de cogumelos lança shimeji para micro-ondas


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Só com a venda deste produto, a empresa faturou R$ 50 mil em julho. Para o lançamento, o produtor investiu R$ 30 mil.

Da PEGN TV

O brasileiro está acostumado a comer cogumelos em restaurante japonês. O shimeji, por exemplo, é preparado com manteiga, shoyo e aquele toque oriental. E se quiser fazer em casa? O empresário Paulo Kawakami é um grande produtor de cogumelos e tem um cultivo em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo.

Este ano ele lançou o shimeji para micro-ondas, um investimento de R$ 30 mil.  O dinheiro foi usado para criar uma nova embalagem e desenvolver o molho, que vai junto em um sachê. Para ser preparado no micro-ondas, o shimeji também é desfiado para facilitar o consumo. O tempo de preparo é de 3 minutos.

Porém, para cultivar o cogumelo é bem mais complicado. Nos últimos dois meses a empresa produziu 10 toneladas de cogumelo. Só com a venda do shimeji para micro-ondas a empresa faturou R$ 50 mil no mês passado.

Para divulgar o produto, o empresário faz degustação em pontos de venda. É um tipo de marketing que parece simples, mas tem regras bem especificas.  O consultor de mercado Sérgio Molinari explica que degustação é uma estratégia de marketing muito bem planejada. “Depende muito do produto oferecido”, orienta.

Alimentos e bebidas têm apelo favorável porque no ato da degustação a pessoa já tem a oportunidade de conhecer. A primeira regra para quem vai apostar nessa estratégia é que o expositor tem que ficar perto do produto na gôndola.

Em segundo lugar, é preciso que a degustação cause impacto nos sentidos do consumidor. A regra número três é saber selecionar e treinar bem o funcionário, que deve conhecer o produto. Por fim, o produto alvo da degustação tem que estar em promoção no ponto de venda. Uma boa campanha de degustação deve abordar 200 pessoas por dia. A taxa de conversão, ou seja, das pessoas que provam e compram, deve ser entre 5% e 10%.

NAYUMI
Av. Ricieri Bertaioli Junior, 70- Sítio Nayumi - Bairro Pq. Das Varinhas
Mogi das Cruzes/SP – CEP: 08753-310
Telefone: (11) 47210550/ (11) 95898-0262

Efeito climático ataca maior exportador de mamão do país

Seca causa queda nas produções de café e de mamão papaia do ES. Agricultores sofrem com a estiagem no norte do Espírito Santo. Estado é o principal produtor de conilon e maior exportador da fruta do país.

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A falta de chuvas fez o agricultor Rodrigo Martins mudar os planos e investir menos na plantação de mamão da propriedade em Linhares. “Nós tínhamos uma previsão de plantio de cem hectares, mas só plantamos 50. Precisa cuidar do que já está produzindo. Então, as áreas novas a gente espera um pouco mais para ver o que vai acontecer”, diz.

Linhares é o maior exportador da fruta no Brasil. Da cidade saem todo mês cerca de mil toneladas de mamão para a Europa, os Estados Unidos e os Emirados Árabes. Mas, com a estiagem histórica que castiga o estado, diminuiu o trabalho nas beneficiadoras. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya - Brapex a falta de chuvas fez a produção no estado cair quase 70%.

“Nos últimos dois meses começou a voltar um pouco melhor essa oferta da fruta. A tendência, que a gente espera, é que para o segundo semestre essa oferta possa se normalizar um pouco em comparação ao que foi nos últimos meses. Mas, isso vai depender de uma situação climática mais favorável”, diz Franco Fiorot, diretor executivo da associação.

O café conilon é outra cultura castigada pela crise hídrica na região. Segundo o INCAPER, a safra deste ano foi 40% menor em relação à colheita de 2015. “As lavouras foram muito afetadas. Elas perderam vigor e folha, chegando ao ponto de lavouras até morrerem. Com isso, a gente tem uma previsão não muito boa até para o próximo ano”, diz o Romário Gava Ferrão, agrônomo do INCAPER.

A queda na produção do café conilon já refletiu nos preços na Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha - Cooabriel, no noroeste do estado. “A cooperativa, em 2014, recebeu 1,168 milhão de sacas de café. Em 2015, foram 943 mil. Esse ano, até agora, tinha 70 mil sacas. A quebra foi muito grande”, diz Antônio Joaquim Neto, presidente da coope.

Fonte Globo Rural

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Ceagesp: aproveite a última semana do Festival de Sopas

                 

Creme de pinhão com cream cheese, é uma das receitas que encantaram milhares de visitantes que foram até a maior central de abastecimento de alimentos da América Latina, que fica na capital paulista. Não perca essa oportunidade de comer o melhor.

O Festival de Sopas Ceagesp termina no próximo domingo, dia 28, e o cardápio desta última semana (de 23 a 28/08) foi escolhido pelo público, por meio de votação. As cinco melhores sopas deste ano, eleitas pelo voto popular, foram Creme de Pinhão com Cream Cheese, Caldo de Quenga, Sopa de Costelinha com Barbecue, Sopa de Frutos do Mar e Caldinho de Feijão com Aroma de Cachaça.

Todas essas opções acompanham, nestes momentos finais do Festival, a famosa Sopa de Cebola (gratinada e sem gratinar). Hoje, terça-feira, o cardápio é reforçado ainda com Canjica Doce. No domingo, o Festival encerra a temporada 2016 com medalha de ouro, com Sopa de Chocolate com Frutas incluída no cardápio.

Para tomar todas as sopas, quantas vezes quiser, o preço é de R$ 33,90 por pessoa. As bebidas, as sobremesas e os antepastos são cobrados à parte. Pães, croutons, queijo ralado, pimentas e outros itens estão incluídos no preço. Os antepastos (cobrados à parte por kg) ficam disponíveis numa mesa posicionada bem na entrada do evento, com queijos, patês, frios, entre outras opções.

O festival, na sua oitava edição, é realizado desde 4 de junho, sempre de terça a domingo no Espaço Gastronômico Ceagesp. A entrada é pelo portão 4 da Ceagesp (altura do 1.946 da avenida Dr. Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital). O estacionamento, no mesmo local, tem preço fixo de R$ 10. Nesta terça, quarta, quinta e domingo, o horário é das 18h à meia-noite. Na sexta e no sábado, fica aberto até as 2h da manhã.

Cardápio da Última Semana - De 23 a 28 de agosto - Terça a domingo

    Creme de Pinhão com Cream Cheese
    Caldo de QuengaSopa de Costelinha com Barbecue
    Sopa de Frutos do Mar
    Caldinho e Feijão com Aroma de Cachaça
    Sopa de Cebola
    Sopa de Cebola Gratinada
    Canjica Doce (apenas na terça)
    Sopa de Chocolate com Frutas (apenas no domingo)

FESTIVAL DE SOPAS CEAGESP
Quando: De terça até o próximo domingo (28 de agosto)
Horário: Terça, quarta, quinta e domingo, das 18h à meia-noite; sexta e sábado, até as 2h da manhã.
Onde: Espaço Gastronômico Ceagesp – Portão 4 da Ceagesp (altura do 1.946 da av. Dr. Gastão Vidigal, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital) – Estacionamento a R$ 10.
Preço: R$ 33,90 por pessoa (bebidas, sobremesas e antepastos são cobrados à parte)

Projeto sinaliza avanços no melhoramento genético de alface


                  

Duas fases, novos desafios e duas proposições que se complementam são expressões que podem servir para contextualizar o projeto "Melhoramento Genético de Alface: Contribuindo com a Sustentabilidade da Cadeia Produtiva", incluído entre as propostas da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF), submetidas ao Sistema Embrapa de Gestão (SEG) e aprovadas ao final do primeiro semestre de 2016.

A primeira fase, iniciada em 2010, teve como foco o desenvolvimento de germoplasma de alface com resistência aos estresses bióticos -relacionados às doenças de folhosas, a exemplo do fusário e do nematoide-das-galhas - e abióticos, relativos a altas temperaturas. Três cultivares de alface crespa verde foram o saldo positivo desse trabalho de melhoramento, que apresenta metas ainda mais ambiciosas na sua segunda fase.

"Na primeira fase do projeto, nós avançamos muito nas linhagens pré-comerciais de alface crespa por meio do Programa de Melhoramento da Unidade, que vinha testando essas linhagens em diversas regiões do País, em parceria com a empresa Agrocinco", explica o pesquisador Fábio Suinaga. Coordenador do Programa de Melhoramento de Alface e líder do projeto, ele assinala que a próxima fase vai manter o foco no desenvolvimento de novas variedades, "com diversos figurinos". "O nosso objetivo é ofertar para o setor produtivo todos os tipos varietais de alface – crespa, lisa, americana e romana – para que os consumidores possam ser contemplados em suas preferências e possibilitar ao produtor maior diversidade na comercialização".

A tolerância ao calor e a resistência a doenças permanecem alinhadas aos objetivos buscados nessa segunda etapa do projeto, e não apenas levando em conta o aspecto da produção em si, já que plantas mais vigorosas ajudam a evitar danos no aspecto visual, uma questão considerada de extrema importância pelo pesquisador. Segundo ele, o enfrentamento e a busca por plantas resistentes a estresses bióticos e abióticos são inerentes a todos os programas de melhoramento de hortaliças e, com relação à alface, o processo assume um grau ainda mais elevado na escala de importância.

"A alface é muito suscetível a doenças e levando-se em conta que o consumidor recusa plantas que apresentam danos, procuramos unir esforços no quesito concernente ao nível de resistência a doenças, porque elas acabam prejudicando o lado comercial também", observa Suinaga, que vê nessa atuação "o diferencial da Embrapa Hortaliças".

Ações agregadas

Muitas das atividades que tiveram lugar na primeira fase do projeto prepararam o terreno para as ações que estão previstas na segunda fase, a exemplo da tolerância a altas temperaturas. "A proposta é aumentar a tolerância ao calor, o que implica em testar várias alternativas, em um trabalho conjunto com a Embrapa Semiárido (Petrolina, PE), Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) e o escritório de negócios da Embrapa Produtos e Mercado (Canoinhas, SC), parceiros na execução do projeto", sintetiza o pesquisador.

Espírito Santo busca fortalecimento da cultura de hortaliças

 
                  

A região Serrana do Espírito Santo é a principal produtora de hortaliças. Com a crescente procura por produtos saudáveis, o desafio de produzir com qualidade, sem deformidades e no padrão exigido pelo consumidor, cresce na mesma proporção. E para fazer o controle de pragas e doenças, o produtor tem recorrido a diversos métodos, um deles é o manejo preventivo.


O pesquisador do Incaper Hélcio Costa foi convidado para apresentar ao público, da Semana Tecnológica do Agronegócio, sobre os mitos e verdades do manejo preventivos de doenças de hortaliças. Um dos principais mitos é que todas as manchas e perfurações nas folhas são doenças, mas na verdade podem ter sido causadas por outros agentes.

“Praga, deficiência nutricional, condições climáticas, insolação, falta d‘água e fatores fisiológicos podem causar sintomas nas plantas que confunde o produtor”, disse o agrônomo da Coopeavi, Dr. José Roberto Gonçalves. Durante a palestra sobre o tema, o auditório ficou lotado e muitos produtores rurais mostraram interesse no assunto. Entre eles, estavam os agricultores Dermival Tonn e Laudemiro Brun, que dividem uma propriedade em Alto Caldeirão, em Santa Teresa.

“Nós ficamos muito satisfeitos com as informações dessa palestra de hortaliças. Plantamos berinjela e pepino, e hoje nossos maiores problemas são os nematoides e os fungos oídio e verticílio. Se não tomar conta a gente perde tudo”, disse Dermival. 

E pode perder mesmo! Segundo o pesquisador do Incaper Hécio Costa, as hortaliças requerem uma atenção no manejo muito maior do que uma cultura de café, por exemplo.

“O ideal para quem planta hortaliça é que um técnico acompanhe a produção de 15 em 15 dias, isso se não puder que essas visitas sejam semanais. São culturas muito delicadas e são preciso cuidados especiais”, explicou Hélcio, que disse ter ficado satisfeito com o interesse dos produtores: “Cinco agricultores pediram meu telefone para ajudá-los”.

Na palestra, o pesquisador apresentou cases de sucesso de produtores do ES, dicas de manejo, tipos de rotação de cultura adequado para cada plantação, entre outros assuntos. E frisou que o manejo preventivo é importante, mas deve ser realizado com a orientação de um profissional, como técnico agrícola ou agrônomo, para evitar diagnósticos equivocados e ter resultados satisfatórios.

EXCLUSIVO: Rio de Janeiro apresenta queda acentuada de preços nos alimentos


                       Foto: Secretaria de Agricultura do Rio
             


A constatação foi feita por boletim divulgado pelo Prohort - Programa de Modernização do Mercado Hortigranjeiro. Este programa tem como principal objetivo a modernização do mercado brasileiro de hortigranjeiros por meio do incentivo ao desenvolvimento. Batata, cebola e alface, entre outros, ficaram mais baratos em quase todo o país.

Pelo terceiro mês consecutivo, o mamão apresentou queda de dois dígitos percentuais em sete das oito centrais de abastecimento analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para composição do 8º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros, divulgado nesta terça-feira (23/8) em Brasília. No Rio de Janeiro, a queda chegou a 38,72% no mês de julho.

Hortaliças

Batata, cebola e alface ficaram mais baratas. A queda nos preços se deve a menores variações de temperaturas. O frio e a chuva foram menos intensos, o que beneficiou a produção e a colheita das hortaliças.

A cebola atingiu os preços mais baixos deste ano, caiu 41,6% na Ceasa mineira. Tomate e cenoura também tiveram quedas, mas sofreram aumentos pontuais. Em Fortaleza, o tomate aumentou 3,65%; no Rio de Janeiro, a cenoura subiu 15,88%.

Frutas

Laranja e maçã também seguiram tendência de recuo nos preços, devido ao aumento na oferta dos produtos. A queda no preço da laranja só não foi maior por causa do período de intensificação na produção de suco. No caso da maçã a oferta cresceu na metade dos mercados analisados, o que fez os valores caírem em Belo Horizonte/MG, Campinas/SP, Vitória/ES, Curitiba/PR e no Distrito Federal.

Enquanto isso, a banana ficou mais cara em sete dos mercados analisados. As baixas temperaturas nas regiões Sul e Sudeste são responsáveis pela queda na produção da fruta.

O estudo é realizado mensalmente pelo Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, por meio do levantamento feito junto aos mercados atacadistas integrados ao programa. Para análise do comportamento dos preços em julho foram considerados os principais entrepostos dos estados de SP, MG, RJ, ES, DF, CE e PR.