Por Jorge Luiz Lopes
Oque está acontecendo para feirantes, donos de sacolão e até redes de supermercados, ditas populares, terem aumentado drasticamente os preços do limão tahiti e da banana prata? A desculpa é a de sempre que já nos acostumamos a ouvir, desde que a bagunça política descambou para a bagunça econômica. E, claro, a consequente volta da inflação.
Quem já não se assustou quando foi comprar o "azedinho", que não pode faltar na cozinha de jeito nenhum, e viu o quilo sendo cobrado a R$ 10? É só atirar a primeira pedra. Não esquece, no entanto, de acertar a cabeça do comerciante que te vendeu. E a banana-´rata a quase R$ 6, o quilo?
Houve tragédias climáticas nas principais regiões produtoras dessas duas frutas? Não. Mas aí vem a implicação de outros fatores: transporte, combustível, encargos sociais e etc...E aí fica a bola de neve, pois os "pesquisadores" do IBGE não vão medir a inflação direto nas centrais de abastecimento do país; mandam eles pesquisarem direto nos supermercados. E não fazem a média de preços e o que acontece? Favorecimento à especulação nos preços dos alimentos.
Eu peguei esses dois produtos para analisar os preços praticados pelas centrais do país todo, e constatar os absurdos encontrados. Me baseei na tabela divulgada pelas diretorias técnicas de cada central avaliada.
Vamos ver primeiramente o limão tahiti, para que você trace um parâmetro do que estou falando: R$ 1,25 (AC), R$ 5 (AL), R$ 1,25 (BA), R$ 4 (CE), R$ 5,50 (DF), R$ 3,20 (ES), R$ 2 (GO), R$ 2 (MG), R$ 1,60 (MS), R$ 2,27 (MT), R$ 1,75 (PA), R$ 2,23 (PB), R$ 1,75 (PE), R$ 2,50 (PI), R$ 5,21 (PR), R$ 3,80 (RJ), R$ 2,18 (RN), R$ 4,16 (RS), R$ 4 (SC), R$ 6,15 (SP) e R$ 2,60 (TO).
Pouca gente sabe, mas o Rio de Janeiro é um grande produtor de limão tahiti, que é cultivado em 25 municípios. De acordo com levantamentos da Emater, órgão de Extensão Rural da Secretária de Agricultural fluminense, os maiores produtores estão em Rio Bonito. Araruama, Silva Jardim, Itaboraí, Cachoeiras de Macacu, Saquarema, Maricá e São Gonçalo.
Banana- prata
Uma coisa interessante que constatei, no caso desta fruta tão importante para você manter o ritmo do corpo, principalmente de quem faz exercícios, é que a fruta está sendo vendida a centavos nas Ceasas do Nordeste brasileiro ( na Paraíba e em Pernambuco). Mas, somente lá. No caso do Sudeste, mas especificamente no Rio de Janeiro, o quilo desta banana pode ser encontrado até a R$ 6 (isso em supermercado, dito popular, repito, e que anuncia muito na TV e no Rádio).
Vamos aos preços para você entender o que estou dizendo aqui:
R$ 1,57 (AC), R$ 1 (AL), R$ 2,20 (BA), R$ 1,60 (CE), R$ 3,75 (DF), R$ 1,85 (ES), R$ 2,66 (GO), R$ 3 (MG), R$ 3,48 (MS), R$ 3 (MT), R# 2 (PA), R$ 0,89 (PB), R$ 0,85 (PE), R$ 2,60 (PI), R$ 2,50 (PR), R$ 3 (RJ), R$ 1,80 (RN), R$ 3 (RS), R$ 2 (SC), R$ 3,09 (SP) e R$ 3 (TO).
A fruta, cujos preços andaram em baixa durante um bom período, parece que retomaram fôlego de alta. Apesar de termos os estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, como os maiores produtores.
Em Minas Gerais são 20 municípios produtores de banana-prata, com maior concentração em quatro deles: Jaíba, Nova União, Pirapora e Matias Cardoso; em São Paulo, outros 20 municípios e Espírito Santo, mais 20.
Um destaque é: Minas Gerais é o estado que mais fornece banana-prata para o Rio de Janeiro.
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