sábado, 28 de setembro de 2019

Batata doce é destaque no preço e produção na Ceasa Minas Gerais






    



Uma das estrelas da alimentação entre os adeptos de atividades físicas, a batata-doce atingiu em setembro o menor preço para o mês desde 2015. Entre 1 e 18/9, o valor médio do quilo ficou em R$ 1,76, no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Em relação ao mês fechado de setembro de 2018, a redução foi de 27,2%. Em comparação com os demais meses de 2019, trata-se do menor preço médio, igualmente aos verificados em fevereiro e março. A boa oferta é o fator que mais contribuiu para o barateamento do produto.

Caso a entrada de batata-doce no atacado se mantenha no atual ritmo, a estimativa é que o volume ofertado em 2019 seja em torno de 15% maior que o de 2018, conforme prevê o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas (Secim), Ricardo Fernandes Martins.

A queda no preço da batata-doce foi influenciada sobretudo pela variedade roxa (rosada), segundo o produtor rural José Celso Fernandes, que comercializa no entreposto de Contagem. "Muitos produtores de regiões mineiras como as de São Gotardo, Araxá e Patrocínio passaram a produzir a variedade roxa. Eles resolveram entrar nesse mercado, por conta da grande procura pelo produto".

De acordo com ele, o preço da variedade roxa segue um padrão: "são dois meses de preço razoável, de novembro a dezembro, e dez meses praticamente ´de graça`", reclama. A variedade branca, segundo ele, apresenta seis meses de preços mais altos, de setembro a fevereiro, e o restante do ano com preço regular.

"Trabalho com batata-doce há cinquenta anos, desde os sete anos de idade", destaca. Entre seus compradores, estão grandes redes de supermercados. "São clientes muito exigentes. Tudo tem que estar em um tamanho só, sem nenhum defeito, e embalados em caixa plástica. Por outro lado, temos maior segurança de receber o pagamento". Ele conta que, apenas para duas redes de supermercados, envia ao todo cerca de 4 mil volumes por semana.

No último dia 18/9, Fernandes comercializava a embalagem de 20 quilos de batata-doce branca por preços entre R$ 45 e R$ 50. Já a roxa estava de R$ 25 a R$ 30, no Mercado Livre do Produtor da CeasaMinas em Contagem (MLP). Ele cultiva a hortaliça nos municípios mineiros de Jaíba, Formiga e São João del-Rei.

Produtividade

Outro fator que tem motivado a produção da variedade roxa são as altas produtividades e custos menores. "A do tipo roxa possui uma produtividade três vezes maior e metade do custo em relação à variedade branca", explica o produtor rural Márcio Fernandes de Morais, que traz a mercadoria do município de Jaíba, junto com o irmão Anderson Fernandes do Carmo.

No último dia 18/9, ele vendia a embalagem de 20 quilos de batata-doce roxa a R$ 30 no MLP. "Esse preço já está assim há uns quatro meses", diz.

Já a variedade branca era comercializada de R$ 40 a R$ 45, o que garante a ele uma margem de ganho em torno de 35% acima do custo, quando a produção atinge ao menos 900 volumes por hectare.

Influência de outros estados

"A oferta do tipo roxa aumentou muito também por causa dos fornecedores de São Paulo. Eu tinha cliente do interior do estado que vinha aqui na CeasaMinas mas deixou de comprar comigo para receber o produto direto de vendedores paulistas", explica Morais.

Já as boas colheitas em Sergipe têm contribuído para manter os preços da batata-doce branca no atual patamar. "Não fosse a produção sergipana, esse preço de hoje da variedade branca poderia estar bem maior, em torno de R$ 60".

O produtor ainda prevê uma possível queda de preço no mês. "Seria por conta de um aumento da oferta em outubro, mas é arriscado contarmos com isso", afirma.

Minas Gerais lidera a oferta

Em 2018, do total ofertado do produto no entreposto de Contagem da CeasaMinas, 95,3% foram provenientes de municípios mineiros, sendo o restante vindo de São Paulo (3,3%) e de Sergipe (1,4%). Quatro municípios mineiros responderam por 56% da oferta total: Jaíba (15,4%); Formiga (14,7%); Manga (14,1%); e Serra do Salitre (11,8%).

Aliada da saúde

Produtores ressaltam que a demanda por batata-doce aumentou de duas a três vezes em relação há três anos. A alta na procura é atribuída aos benefícios nutricionais do produto, que atraem principalmente atletas. Isso porque a hortaliça fornece carboidrato de lenta absorção, o que garante energia constante durante todo o treino. Além disso, o alimento é rico em fibras, o que contribui para aumentar a saciedade e o controle do peso, conforme explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rita Ribeiro. A batata-doce ainda possui bons teores de vitaminas A e E, e de complexo B, além de cálcio, ferro e potássio.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Primavera tem 8 frutas com muitos benefícios para a saúde







        




 Passados os meses de dias cinzas e muito frio, chega a estação das flores abundantes e do céu azul. A primavera é a estação mais convidativa para viver o mundo fora de casa, aproveitando o calor suave e as cores vibrantes que a natureza reserva para este período do ano.

Além de ser a estação das flores, a primavera também é a estação dos frutos! As frutas desta estação são ricas em fibras, minerais e antioxidantes, que fazem bem ao corpo ao mesmo tempo em que são deliciosas. O consumo das frutas da estação é ótimo para a saúde: a principal vantagem é que os frutos não precisam de tantos aditivos químicos para impulsionar seu crescimento, pois as condições climáticas da época do ano já são suficientes para propiciar o seu desenvolvimento e maturação. Desta forma, consumimos frutos mais saborosos e naturais, que trazem equilíbrio ao funcionamento do organismo.

Que tal conhecer agora as melhores frutas que a primavera nos oferece? Fique por dentro dos benefícios que elas nos dispõem e incorpore-as ainda hoje em sua rotina alimentar:

Laranja Lima
Quem é que não gosta de tomar um suco de laranja gelado para refrescar um dia de sol? Seja em forma de suco ou in natura, a laranja lima é uma abundante fonte de vitamina C, antioxidante responsável por turbinar o sistema imunológico e auxiliar na retenção de ferro. De brinde, a vitamina C ainda reduz a secreção do hormônio cortisol (relacionado ao estresse), sendo um ótimo aliado para aqueles que estão tentando parar de fumar. A laranja lima ainda é ótima fonte de fibras e potássio, e é uma ótima opção de fruta para crianças e gestantes devido ao seu reduzido índice de acidez.

Jabuticaba
Esta pequena frutinha roxa e doce é um presente para a saúde. Sua coloração escura indica grande presença de antocianina, que atua como antioxidante e age contra os radicais livres. Sua polpa oferece nutrição completa: contém fósforo, ferro, niacina e vitamina C. Ótima opção para quem sofre com prisão de ventre – a jabuticaba é composta por uma fibra chamada pectina, excelente para estímulo e regulação da atividade intestinal, e ainda reduz os índices do colesterol ruim (LDL). Seu consumo é recomendado em forma de vinagre, geleia, suco, licor ou mesmo in natura.

Pêssego
Primavera é o período onde os pêssegos crescem com fartura. Este delicioso fruto se destaca por conta da grande quantidade de água em sua composição (mais de 80% de seu conteúdo é aquoso), ao mesmo tempo em que é rico em fibras. Também é ótima fonte de minerais (como o potássio – que atua no controle da pressão arterial – e o manganês – que atua na manutenção do tecido ósseo e conjuntivo) e vitaminas (C e E – protagonistas no fortalecimento do sistema imunológico – e do complexo B – que auxiliam na renovação da energia). Além disso, é cheio de antioxidantes capazes de criar proteção contra doenças oculares e até contra alguns tipos de câncer. De brinde, as tortas, sucos e mousses produzidos a partir do pêssego são deliciosos e ainda carregam todas estas propriedades.

Abacaxi
Símbolo das regiões tropicais, o abacaxi é rico em vitamina C que, além de fortalecer o sistema imunológico, ainda surte efeitos estéticos (retarda o envelhecimento da pele e estimula os processos de cicatrização, por atuar diretamente na produção de colágeno). Além disso, sua composição é repleta de sais minerais, enzimas e fibras, que auxiliam no processo de digestão e tonificam a atividade intestinal. E a melhor parte ainda está por vir: mesmo sendo delicioso, é majoritariamente composto por água e contém pouquíssimas calorias!

Ameixa
Suculentas e saborosas, as ameixas são verdadeiros remédios naturais voltados à saúde intestinal: são grandes facilitadoras do processo digestivo, atuam como ótimos desintoxicantes e ainda possuem eficazes propriedades laxativas, altamente recomendadas para tratamento de quadros de prisão de ventre. De brinde, ainda são boas fontes de água, hidratos de carbono, fibras e são amigas da dieta – seu percentual de calorias é mínimo (quando consumidas in natura).

Morango
Os deliciosos morangos são procurados o ano inteiro, mas costumam ser cultivados com excesso de agrotóxicos nas demais épocas do ano, para garantia da colheita. A primavera é tempo de encontrar morangos mais puros e saborosos nas feiras e quitandas! Ricos em ácido fólico, minerais e vitaminas, os moranguinhos ainda promovem a saúde cutânea e reduzem os processos e efeitos da retenção de líquidos.

Banana
Sabia que o consumo da banana faz você se sentir bem? É verdade sim: as bananas são grandes fontes de triptofano, aminoácido que influencia na produção de serotonina – o neurotransmissor que causa sensação de bem-estar. Além disso, é rica em fibras, minerais, vitamina B, e potássio. São excelentes remédios para o tratamento de quadros de diarréia e de câimbras recorrentes.

Amora
Estas pequenas frutas asiáticas estão se incorporando cada vez mais aos hábitos alimentares dos brasileiros – o que é ótimo, pois seus benefícios são múltiplos: abundante fonte de vitaminas (A, C e do complexo B), minerais (como potássio e o silício, que atua como estimulante na ação das proteínas de sustentação do corpo), e ainda possui poderoso efeito laxante, super indicada para o tratamento de prisão de ventre. Compõe deliciosas receitas de sorvetes, tortas, geleias e licores – mas cuidado, quando não consumidas in natura, as amoras podem ser altamente calóricas.

População negra estaria consumindo menos frutas e hortaliças






    




Pesquisa do Ministério da Saúde entrevistou, por telefone, 50 mil pessoas em todas as capitais do país. Dados mostram que menos de 1/3 da população consome frutas e hortaliças na frequência recomendada pela OMS.

O consumo regular de frutas e hortaliças é 33% menor na população negra em relação à branca. Enquanto 39% dos brancos consomem esses alimentos pelo menos cinco dias da semana, o percentual é de apenas 29% na população negra. O baixo consumo de alimentos in natura é um fator de risco para diversas doenças crônicas, segundo o Ministério da Saúde.

O dado é da pesquisa Vigitel 2018 - População Negra, que analisou hábitos da população em 26 capitais e no Distrito Federal no ano passado, por meio de entrevistas telefônicas.

"Essa diferença pode ocorrer devido à desigualdade de acesso a alimentos saudáveis por parte da população negra. Os alimentos ultraprocessados, como macarrão instantâneo, refrigerantes, são mais baratos do que os alimentos in natura", explica Silvânia Andrade, do departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes) do ministério.

Além do consumo menor na população negra, a pesquisa revelou ainda que menos de 1/3 da população consome frutas e hortaliças na frequência ideal. O percentual de pessoas que consome pelo menos cinco porções diárias desse tipo de alimento, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 27% na população branca e 20% na população negra.

A frequência de adultos negros que consomem cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças variou de 14,4% em Macapá a 32,2% em Florianópolis.

No conjunto das 27 cidades analisadas, a frequência de consumo recomendado de frutas e hortaliças foi menor entre homens (16%) do que entre mulheres (24%). A frequência do consumo recomendado tendeu a aumentar com a idade entre mulheres, até os 64 anos, mas não houve um padrão uniforme de variação com a idade no caso dos homens. Em ambos os sexos, o consumo aumentou conforme o nível de escolaridade.

Subsídios para alimentos in natura

Para Silvânia Andrade, do Ministério da Saúde, o consumo abaixo da média na população negra também se justifica pela rotina deste grupo.

    "O ato de cozinhar requer tempo e a população negra está inserida em contextos de jornada de trabalho e empregos que exigem mais força física e mais intensidade, em termos de carga horária, e maior tempo de deslocamento para o trabalho. Portanto resultam em mais desgaste e estresse", explica.

"Logo, o tempo de preparo da alimentação torna-se reduzido e os alimentos saudáveis que requerem cozimento são substituídos por opções industrializadas mais práticas e mais baratas."

Para a especialista, subsídios podem ajudar a popularizar o acesso a alimentos in natura.

"O que pode ser feito é ampliar o acesso a alimentos mais saudáveis, por meio de subsídios para redução do preço, além de estimular a produção e comércio local próximo às residências e locais de trabalho da população negra, incentivar políticas de oferta de alimentação saudável nos ambientes de trabalho, evoluir nas políticas de taxação de alimentos ultraprocessados e na revisão da regulamentação da política de rotulagem nutricional", completa.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Conheça os benefícios do mamão papaya





     




Os mais doces vem da produção do Espírito Santo, que é a maior do país. Pode ser comido no café da manhã, principalmente, e depois das outras refeições. Melhora a pele, emagrece e previne contra doenças terríveis.

Atualmente o tema globalização é muito comentado, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias e modos de produção, mas o que poucos sabem é que a globalização teve início mesmo há séculos atrás, quando os colonizadores europeus foram os primeiros a levar e trazer várias espécies de frutas e verduras dos seus locais de origem para outros países, visando aumentar a produção e obter mais lucro com sua negociação.

Um bom exemplo é o mamão papaia. Originário da América Central, ele foi levado para ser produzido nas ilhas do Pacífico e logo foi batizado de mamão havaí, apesar de ser um fruto americano. Na mão de produtores locais, ele começou a ser produzido para atender as exigências do mercado norte-americano e europeu, e aqui no Brasil não foi diferente: hoje, o mamão papaia é um dos mais consumidos, só perdendo para o seu primo, o formosa. O que difere um do outro é o tamanho – o formosa é mais longo e maior, enquanto que o papai é menor e mais arredondado – e o sabor, em que o papaia é de longe bem mais doce.

Em termos de propriedades, os dois são equivalentes, mas o papaia tem algumas qualidades que o colocam em destaque, entre eles estão:

   1 - Melhora do trânsito intestinal, pela grande presença de fibras e alta concentração de água;
    2 - Melhora da pele e a visão, por ser rico em vitamina A (caroteno);
    3 - Fortalece o sistema imunológico, por ter boas quantidades de vitamina C (poderoso antioxidante);
    4 - Auxílio no funcionamento do sistema nervoso, por ter vitaminas do complexo B;
    5 - Ajuda a emagrecer, por ter poucas calorias (46 calorias/10 gramas) e baixo índice glicêmico (59 unidades numa porção de 120 g);
    6 - Facilita a digestão, por conter papaína, uma enzima que ajuda a digerir as proteínas (principalmente as de origem animal);
    7 - Previne doenças como câncer, problemas cardíacos e Alzheimer, por ser rico em antioxidantes.

Com produção mais estável registrada durante os meses de setembro a fevereiro, em 2018 o Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) recebeu cerca de 77.909 toneladas de mamão papaia, provenientes principalmente das cidades de Prado (BA), Nova Viçosa (BA), Linhares (ES), Mucuri (BA), Caravelas (BA) e Eunápolis (BA). No dia 23/9, o produto estava sendo comercializado no atacado do ETSP ao preço médio de R$ 2,91/kg.

Mamão papaya, tomate, abobora entre os 59 alimentos em conta na Ceagesp






     

 


Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Mamão papaya, manga tommy, pinha, laranja pera, goiaba vermelha, goiaba branca, coco verde, tomate, berinjela, pepino comum, beterraba, batata doce rosada, abóbora moranga, abobrinha italiana, mandioca, salsa, repolho verde, cebolinha, couve manteiga, alface lisa, alface crespa, alface americana agrião, repolho roxo, brócolis ninja, espinafre, coentro, rabanete, acelga, nabo, manjericão, coco seco, alho chinês, batata lavada e canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Morango, laranja lima, melancia, mamão formosa, tangerina murcot, manga palmer, banana prata, banana nanica, melão amarelo, abacate margarida, pera importada, maracujá doce, figo roxo, carambola, uva itália, cenoura, abobrinha brasileira, pepino caipira, abóbora seca, abóbora japonesa, cará, abóbora paulista, cenoura com folha, beterraba com folha e batata asterix.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Maracujá azedo, limão taiti, mexerica rio, tangerina poncã, uva niágara, manga haden, abacate quintal, caju, maçã fuji, maçã importada, chuchu, pimentão verde, pimentão vermelho, pimentão amarelo, mandioquinha, pepino japonês, vagem macarrão, quiabo, brócolos comum, salsão, batata escovada e alho nacional.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Já começou! Primavera deve ter menos chuvas do que o normal






     




Segundo os meteorologistas, apesar disso, o sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, são dois lugares do Sudeste onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente no mês de novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região.

A primavera começou oficialmente às 4h50 desta segunda-feira (23/9). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a nova estação em 2019 deverá ter menos chuvas do que o normal para esta época do ano na maior parte do país. Ela termina no dia 22 de dezembro, quando começa o verão, às 1h19.

Tradicionalmente, a primavera é um período de transição entre a estação mais seca e a mais chuvosa na região central do Brasil. Já na região Norte, no interior do Nordeste e em algumas áreas centrais do país, as temperaturas sobem durante a primavera.

Os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão uma exceção neste início de primavera pois deverão receber uma frente fria vinda da Argentina e do Paraguai, trazendo chuva forte para a região e talvez até granizo. Também os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul serão impactados, mas com menor intensidade.

Partes do Sul e do Sudeste começam a primavera ainda com cara de inverno mas, na maior parte do país, o inverno se despede já com cara de primavera.

Temperaturas acima da média

O prognóstico do Inmet é de que a primavera comece com temperaturas acima da média climatológica para este período.

Os termômetros deverão registrar temperaturas de 1°C a 1,5°C acima da média – isso deve se traduzir em dias com temperaturas bem altas e outros com temperaturas mais baixas ou dentro da média, o que na variação entre os três meses chega à elevação prevista, afirma o chefe da previsão do tempo do Inmet, Francisco de Assis Diniz.

Em parte do Tocantins e estados do Nordeste, as temperaturas deverão ficar de 1°C a 1,5°C acima da média. Nos estados de Minas, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul, os termômetros deverão registrar cerca de 1°C acima da média. Nas demais regiões, as temperaturas ficarão 0,5°C acima da média, de acordo com a previsão do Inmet.

Destaques da estação em cada região do país:

Região Norte -
O alerta para queimadas ainda está ativo para áreas do noroeste do Amazonas, Pará e Amapá, que tiveram chuvas abaixo da média nos meses de junho a agosto deste ano. "A redução das chuvas em localidades dos estados de Rondônia, Tocantins e sul do Pará, aliada às altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favoreceram a incidência de queimadas, muito comuns nesta época do ano", afirma o Inmet em seu relatório.

Durante a primavera, a região ainda deve ter chuvas irregulares. "Em áreas onde normalmente ocorre a redução de chuvas, como em Roraima, Amapá, nordeste do Amazonas e meio norte do Pará, a previsão indica significativa probabilidade das chuvas ocorrerem próximas ou abaixo da média para o período", continua. As temperaturas serão de normais a acima da média.

Região Nordeste -
Ela também teve chuvas dentro ou abaixo da média nos último meses, com exceção de uma faixa leste. A previsão do Inmet para a primavera indica maior probabilidade de chuvas próximas à média na parte leste da região Nordeste. Nas demais áreas, prevalecem chuvas ligeiramente abaixo da média. As temperaturas estarão mais elevadas em toda a região.

Região Centro-Oeste - 
As chuvas estiveram dentro ou um pouco abaixo da média durante o inverno. O Inmet prevê, para a primavera, alta probabilidade de chuvas na média ou um pouco acima em grande parte da região, exceto na metade norte de Goiás, onde as chuvas serão ligeiramente abaixo da média. As temperaturas serão acima da média, principalmente no sul do Mato Grosso do Sul, norte de Mato Grosso e no Distrito Federal.

Região Sudeste -
A distribuição das chuvas seguiu as características típicas durante o inverno, com baixa ou total ausência de chuvas, com exceção do leste de São Paulo e Rio de Janeiro.

A previsão do Inmet é de que, nos meses da primavera, haja áreas com chuvas ligeiramente abaixo do que é normal para a estação, exceto no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde podem ocorrer chuvas mais fortes, principalmente no mês de novembro. As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região.

Região Sul -
A previsão é de que os padrões de chuva fiquem dentro do normal, mas frentes frias e áreas de instabilidade devem fazer com que os três estados da região tenham momentos de chuva um pouco mais volumosas que o normal. "Já as temperaturas médias devem predominar dentro da normalidade na parte oeste da região e acima da média no restante", diz o Inmet.

Foto modelo Carolina Pantaleão, empresária de turismo na Ilha do Governador.

Fonte G1/Qsacada (qsacada.blogspot.com.br)

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Opção para o calor, coco-verde tem aumento de 40% na ofertaem Minas







          




Altas temperaturas e baixa umidade do ar formam uma combinação que leva muita gente a buscar um alimento que é sinônimo de saúde e refrescância: o coco-verde. A fim de atender ao aumento da procura, o volume ofertado da fruta também cresce no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas, o que pode segurar uma eventual alta de preços. Em agosto, o preço médio por unidade do coco-verde (R$ 1,04) no atacado foi o mais baixo para o mês desde 2015. Já em relação ao último mês de julho, o produto ficou 8% mais barato, influenciado pelo incremento de 40,6% da oferta. A continuidade das quedas de preços vai depender, no entanto, do clima nos próximos meses, entre outros fatores.

Nos primeiros dias de setembro, o produto voltou a se valorizar no entreposto de Contagem, com o preço médio variando de R$ 0,90 a R$ 1,40/un. O fato de o movimento do comércio ser mais intenso no início do mês ajuda a explicar a pressão maior sobre os preços nesse período, conforme explica o chefe da Seção de Informações de Mercado da CeasaMinas, Ricardo Fernandes Martins. Segundo ele, ao longo de setembro o preço pode se estabilizar ou até recuar, a depender da entrada de mercadorias no entreposto e das temperaturas.

O último quadrimestre de 2018 foi bastante atrativo para quem aprecia a fruta. Isso porque, entre setembro e dezembro, os preços médios mensais no atacado foram os menores para o mesmo período desde 2015. Já o primeiro semestre de 2019, por sua vez, foi marcado por uma recuperação do preço do coco-verde. De acordo com o calendário de sazonalidade da CeasaMinas, o período de safra do coco-verde, com preços menores e ofertas maiores, vai de julho a dezembro.

Mercado aquecido
"Hoje (04/9) vendi cada coco-verde por R$ 1,25, mas na semana passada tive que vender por até R$ 0,60. Esta reação do preço está ligada principalmente ao calor. O dia em que invernar e der uma chuva, o preço cai de novo", explica o produtor Natanael Paulino, que traz a fruta produzida em Mantena (MG), a 460 quilômetros da capital, para comercializar no Mercado Livre do Produtor (MLP) do entreposto de Contagem.

Ele aponta aumento de 50% na demanda pelo produto em sua área no MLP neste início de setembro. "O calor acelera a procura. Todo ano é assim: de abril a agosto, o mercado é mais fraco para o coco-verde. De agora até fevereiro, é a melhor época para quem produz".

O produtor planeja aumentar o plantio em 8 mil pés de coco ainda neste ano. "Isso vai se somar aos 14 mil pés que já possuo", afirma.

Clientela diversificada
O produtor rural Rodney Olimpio, também de Mantena, espera que o preço possa chegar a R$ 1,80/un., ao longo dos períodos de maior calor, principalmente até março. Entretanto, ele acredita que uma cotação entre R$ 1,50 e R$ 1,66/un. seja razoável para cobrir os custos e obter alguma rentabilidade.

A estratégia dele para ganhar espaço no mercado é manter contato com diferentes tipos de clientes, do pequeno ambulante ao grande supermercadista. "O pequeno comprador compra menos, mas tende a pagar mais, o que nos garante uma margem melhor sobre nossos custos. Já o grande comprador em geral compra mais a um preço menor. Isso é importante também para fazer liberar nossos estoques de coco", explica.

Olimpio conta ainda que possui, entre seus compradores, clientes veranistas. "São pessoas que compram de 50 a 60 cocos a fim de levar à praia, seja para evitar pagar bem mais caro no destino, ou visando até mesmo ganhar uma renda extra".

Você sabia?

A unidade de Agroindústria de Alimentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um revestimento comestível, que pode prolongar em até quatro vezes a vida útil do produto. Segundo a Embrapa, o uso dessa tecnologia mantém as características nutricionais do coco natural e da água dentro dele, sem alteração de cor ou sabor; atendendo a um mercado consumidor exigente. A tecnologia começou a ser utilizada em cocos da variedade anão-verde, exportados no ano passado para a Europa. Normalmente, a vida útil desse produto dura em torno de dez dias.

De janeiro a agosto deste ano, os municípios mineiros foram responsáveis por ofertar 12,7% do total de coco-verde no entreposto de Contagem, sendo o restante proveniente de estados como Espírito Santo e Bahia.