sábado, 11 de maio de 2019

Índice CEAGESP: preços dos alimentos recuam 1,28% em abril

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A média de preços na maior central de abastecimento da América Latina vinha numa sequência de altas: 7,75% (fevereiro) e 3,49% (março). A tendência para os próximos meses é de elevação do volume comercializado, melhora acentuada da qualidade e redução dos preços praticados.

Em abril, o setor de frutas recuou 0,26%. As principais quedas foram nos preços do maracujá doce (-39,2%), da laranja lima (-30,2%), do mamão formosa (-25,2%), do mamão papaya (-21,1%) e da manga tommy (-20%). As principais altas ocorreram com a melancia (32,5%), com a jaca (25,7%), com a banana prata (19,9%), com o morango (14,4%) e com o melão amarelo (13%).

O setor de legumes registrou queda de 3,64%. As principais baixas ocorreram com a ervilha torta (-47,5%), com o pepino caipira (-31,4%), com o chuchu (-29,9%), com o pepino japonês (-27,8%) e com a abobrinha italiana (-19%). As principais altas foram registradas no pimentão vermelho (42,8%), no pimentão amarelo (24,2%), na pimenta Cambuci (21,9%), no tomate (20,2%) e na mandioca (5,8%).

O setor de verduras caiu 13,28%. As principais baixas foram do coentro (-49,8%), da alface crespa (-35,4%), da alface lisa (-28,6%), da alface americana (-27,6%) e da escarola (-25,6%). As principais altas foram da salsa (46,4%), do repolho (25,1%), do salsão (10,7%) e da hortelã (9,7%).

O setor de diversos apresentou elevação de 1,64%. As principais altas ficaram por conta do amendoim com casca (23,3%), da batata lisa (22,5%), dos ovos brancos (3,1%) e do alho (3,5%). As principais quedas do setor foram da batata comum (-7,5%) e do coco seco (-1,9%).

O setor de pescados teve alta de 5,95% refletindo a maior procura em razão da semana santa. As principais elevações foram da sardinha (30,3%), da corvina (13%), do salmão (11,7%), da tilápia (10,9%) e da anchova (10,1%). As principais quedas foram da pescada maria mole (-10,5%) e da pescada goete (-4,3%).

- Tendência do Índice

Indicador acumula alta de 8,73% no ano e 11,03% nos últimos 12 meses.

O Índice de preços da CEAGESP encerrou o mês de abril com retração de 1,28% nos preços praticados. Apesar da queda, o indicador acumula forte alta no ano, reflexo dos problemas climáticos como o excesso de chuvas e as altas temperaturas registradas durante todo o primeiro trimestre.

Esta queda em abril, mesmo tímida, sinaliza a tendência para os próximos meses, época de temperaturas mais amenas, pouca incidência de chuvas e demanda retraída, ou seja, condições favoráveis para a redução dos preços praticados.

Ainda refletindo os graves problemas enfrentados pelos produtores rurais nos primeiros 3 meses do ano, a qualidade e quantidade de alguns produtos continuam bastante prejudicadas. Assim, a retração dos preços e o retorno aos patamares habituais deverão ocorrer gradativamente, dependendo do tempo de produção de cada cultura.

O volume comercializado no entreposto de São Paulo totalizou 1.054.832 toneladas no primeiro quadrimestre de 2019 ante 1.099.374 toneladas negociadas no mesmo período de 2018. Queda de 4,09% ou 44.542 toneladas nos 4 primeiros meses do ano.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

SAÚDE & COMIDA : Hortas urbanas crescem no Brasil junto com qualidade de vida

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Hortas ganham espaço nas cidades e se tornam alternativa de acesso à comida saudável. Varandas, pátio de casas e quadras de moradores se transformam em áreas verdes e produtivas e unem moradores.

Plantar e colher em varandas ou janelas de casa, no quintal ou no meio da cidade tem sido uma experiência transformadora em muitas comunidades. A agricultura no meio urbano é uma iniciativa incentivada para aproveitar áreas públicas, produzir alimentos orgânicos e aproximar as pessoas da terra.

As hortas urbanas despertam cada vez mais curiosidade e interesse. Entre os atrativos de cultivar o próprio alimento está o de saber a procedência e garantir a qualidade do produto que vai para sua mesa. “As pessoas estão preocupadas em conferir de perto aquilo que consomem, querem também participar da produção, do manejo. É uma tendência em crescimento, inclusive em pequenos espaços, incluindo apartamentos”, comenta a bióloga Lenita Haber, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Hortaliças.

E para quem não tem espaço no ambiente doméstico, as áreas públicas não ocupadas aparecem como solução para cultivar alimentos saudáveis, sem agroquímicos e mais baratos.

Trabalho comunitário

Em meio aos prédios do comércio e das casas, esconde-se um terreno com área verde, cheiro de ervas e o frescor das plantas. Ali, brotam pés de quiabo, couve, alface, cebolinha, tomate, cenoura, banana, mamão, um pouquinho de tudo. Os resultados são de um projeto comunitário do Guará II, uma das regiões administrativas do Distrito Federal, que há dois anos mantém uma pequena horta no meio da quadra residencial mais carente do bairro.

O projeto avançou com apoio da Administração Regional do Guará, que fornece adubo, entre outros tipos de ajuda. A Empresa de Assistência Técnica e Rural (Emater-DF) também contribui com sementes, ferramentas, além de serviços como capina e poda. A entidade também está desenvolvendo um projeto para aperfeiçoar o sistema de irrigação, garantida hoje por um poço. A proposta inicial era resgatar o uso de um terreno público abandonado, tomado por mato alto e improdutivo, e envolver a comunidade na produção de alimentos para as famílias mais necessitadas.

“A comunidade aqui é mais carente. Então, pensamos que a horta seria bem viável para garantir alimentos saudáveis ao pessoal da comunidade. A cesta que sai daqui, se fosse comprada no supermercado, custaria 40 reais, dependendo, até 100 reais, porque é tudo sem agrotóxico”, comenta Simone Vaz, profissional de recursos humanos e uma das coordenadoras voluntárias do projeto.

A colheita é feita a cada 15 dias em encontros realizados nas manhãs de sábado. Depois da oferta de um lanche comunitário, são colhidos verduras, legumes e frutas e distribuídos a quem precisa. Em média, cada encontro resulta na entrega de 25 a 30 cestas com diferentes produtos.

Nicodemos visita a horta do Guará II diariamente em seus momentos de folga do trabalho

“Certa vez, uma senhora pediu: Deixa eu levar mais uma cesta, porque meu filho está preso. Minha filha, que ajuda na família está desempregada, literalmente, a gente precisa mais para não faltar nada em casa”, conta Dai Ribeiro, engenheira ambiental e coordenadora voluntária, para demonstrar a importância que a produção tem para o local.

Mão na massa

O projeto envolve cerca de 140 pessoas. Cada um contribui como pode, seja doando tempo, dinheiro ou material. “É um trabalho de formiguinha, cada um traz seu trabalho, seu conhecimento, alguns são formados, outros tem só a vivência. Nós temos várias pessoas idosas aqui têm os conhecimentos tradicionais”, completa Simone.

Um dos voluntários mais ativos é Nicodemos Manuel de Jesus, de 74 anos. “Isso aqui está passando da hora de colher”, diz ele ao passar pelos pés de alface maduros. Morador do Guará, Nicodemos visita a horta todos os dias depois do expediente como motorista. “Virou rotina. Quando não tem evento aqui e não chove, venho e irrigo. Eu não aguento ficar parado, fui criado trabalhando”.

Nicodemos sempre teve contato com chácaras, onde aprendeu a lidar com a terra e com as plantas. É ele quem dá algumas orientações para a manutenção da horta e aplica um produto biológico para controlar a incidência de pragas e doenças nas hortaliças.

“É tudo orgânico. A gente pega folha de fumo, pega aquela pimenta de macaco e coloca pra cozinhar com a calda de pimenta caseira, que arde muito. A gente cozinha, esfria, passa pelo funil para não entupir e bate nas pragas. Essa calda que eu faço mata até formiga, essa formiga “quenquém”, que ferroa e dá bolha. ”, explica Nicodemos.
Nicodemos também é expert em ervas medicinais. Ele destaca que na horta há 60 espécies de plantas com potencial curativo. Como a maioria das ervas são aromáticas, também servem de barreira natural para o avanço de insetos.

O envolvimento de Nicodemos com a horta levou seu netinho de dois anos e seis meses a criar gosto também pela horta. Ainda tão pequeno, Samuel anda com cuidado pelos canteiros e maneja com destreza a terra. “Ele vem aqui e não pode ver um tomate maduro que come”, brinca o avô.

Samuel de dois anos já descobriu o  gosto de mexer na terra e aproveitar os frutos que ela dá

Educação e terapia

Na horta há uma trilha para facilitar o acesso de cadeirantes e promover atividades que atraem pessoas interessadas em fazer novos amigos e reduzir o estresse do dia a dia.

O sucesso da horta é tamanho que rendeu, no ano passado, um prêmio concedido pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal a iniciativas urbanas sustentáveis. Os recursos da premiação permitiram a construção de um centro de educação ambiental.

As crianças são um dos principais alvos do projeto. Alguns dos voluntários se dedicam à mobilização de alunos de escolas públicas para visitar o local. “Há crianças que acham que tudo vem do mercado, porque veem a alface só naquele saquinho”, comenta Simone. Além de aprender como os alimentos são plantados, quanto tempo levam para crescer e serem colhidos, as crianças são estimuladas a se sensibilizar pela proteção da natureza.

“Uma criança certa vez colheu cenoura, tirou do chão e gritou ‘pai, uma cenoura’, com muita surpresa. Ela não tinha descoberto antes que a cenoura vem da terra. A gente pergunta ‘de onde vem a água?’ E eles respondem ‘da torneira’. A criança não tem mais noção da captação no rio, que passa por um tratamento e que, só então, é disponibilizada na torneira”, observa Dai Ribeiro.

Floresta urbana

Promover a reconexão com a terra e produzir alimentos saudáveis também é um dos principais objetivos do projeto Reação, que mantém uma agrofloresta em uma quadra residencial da região central de Brasília, na Quadra 206, da Asa Norte, em Brasília.

Em uma área de aproximadamente 1 hectare, foram plantadas cerca de 35 espécies de árvores nativas, hortaliças, tubérculos e frutas como mamão, banana, acerola e abacate. No espaço, também é possível encontrar as chamadas Pancs, consideradas plantas alimentícias não tradicionais. Com aproximadamente 50 pessoas envolvidas, desde crianças até idosos, o grupo promove mutirões mensais para plantar, capinar e fazer a colheita.

“A gente quer trazer um pouco dessa realidade rural pra cá e se apropriar dos espaços públicos. E ter o contato das pessoas, esse reencontro com o alimento. Tem jovens que nunca viram um cacho de banana, só vêem a banana cortadinha, colocada no mercado”, comenta Renato Gontijo, estudante de sociologia e voluntário do projeto.

Inicialmente, a ideia era formar uma horta comunitária, mas a dificuldade de manter um manejo diário e a falta de uma fonte de água para irrigação levaram o grupo à decisão de formar uma pequena agrofloresta.

Em um hectare, foram plantadas cerca de 35 espécies de árvores nativas, hortaliças, tubérculos e frutas.

“Se fôssemos plantar alface, tomate, essas coisas mais sensíveis, teria que ter uma pessoa todo dia aqui, adubando, colhendo, regando. Aqui, são árvores de ciclo longo e de vida longa que depois que se estabelecem não precisam de tanto cuidado assim”, explica Pedro Brandão, cientista político e voluntário do projeto.

Assim como na experiência do Guará, o projeto Reação formou ao redor da agrofloresta um cinturão de plantas grandes, como os margaridões, para reduzir o avanço de insetos nocivos. Os jovens explicam que o controle de pragas é biológico e garantido pelas próprias espécies que interagem no ambiente.

O cuidado com a área atrai a atenção de pesquisadores, da mídia e de órgãos públicos. O projeto já foi premiado e agora se organiza para conseguir a certificação da política distrital de apoio à agricultura urbana, aprovada no ano passado em Brasília, com o objetivo de regulamentar a prática de cultivo na cidade.

“Essa é uma das coisas que queremos mais avançar agora. Temos que reunir cerca de oito documentos, um deles são das estruturas planejadas. Com a certificação, a gente conseguiria provavelmente acesso à luz, um ponto de água, tudo com certificado das companhias distribuidoras de energia e água do DF”, diz Pedro.

Chamada pública

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está preparando chamada pública para incentivar o desenvolvimento de hortas urbanas comunitárias em municípios do semiárido nordestino. Os editais estão sendo elaborados e devem ser publicados até junho. Poderão participar novos projetos e aqueles que já estão em andamento.

“Estamos trabalhando com as hortas urbanas e periurbanas como uma ferramenta de inclusão positiva”, disse Avay Miranda, diretor do Departamento de Estruturação Produtiva da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa.

Segundo o diretor, o objetivo é estimular o aproveitamento dos espaços vazios da cidade para o cultivo de alimentos saudáveis e melhorar a segurança alimentar de comunidades carentes. Além de garantir também melhor destinação a materiais que iriam para o lixão e que podem ser aproveitados para organizar o plantio, Avay destaca que as hortas podem servir a fins didáticos, pedagógicos e terapêuticos. “Essas hortas urbanas têm essas virtudes. E é uma oportunidade muito grande para as pessoas aprenderem tanto sobre a produção, quanto sobre o trabalho comunitário e coletivo”, comenta.

Alface produzida na horta do Guará II, no Distrito Federal, que envolve 140 pessoas da comunidade

Incentivo

O diretor lembra que, atualmente, os agricultores urbanos podem ser elegíveis para emissão da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Muitos deles podem acessar o crédito do Pronaf. Mas o banco não tem o costume de financiar, então, precisa uma norma legal colocando esse pessoal como agricultor para facilitar o empréstimo”, explicou Avay.

Mesmo sem acesso ao crédito, com a DAP, os projetos de hortas comunitárias podem comercializar o excedente da produção para escolas públicas ou entidades da rede de assistência social no âmbito dos programas nacionais de Alimentação Escolar (PNAE) e de Aquisição de Alimentos (PAA).

Política nacional

O diretor ressalta que, apesar dos benefícios, a prática de produzir alimentos orgânicos no meio urbano ainda não é reconhecida oficialmente como modalidade de agricultura. O departamento quer estimular o avanço das discussões do projeto de lei que tramita na Câmara (PL 906/2015) e que institui a Política Nacional de Agricultura Urbana.

Poucos municípios ou estados têm iniciativas de apoio à regulamentação do cultivo doméstico ou comunitário. A aprovação da política pode direcionar os programas locais e resolver gargalos como o fornecimento de água para manter as hortas.

“O importante é que, além de produzir alimentos excedentes, ainda geram renda para a população. Isso é muito interessante. É preciso que as prefeituras apoiem essas iniciativas e estabeleçam as regras de ocupação dos espaços públicos para que as hortas sigam em frente”, conclui Avay.

O departamento está preparado para conhecer projeto de hortas urbanas comunitárias que já estão implantadas no país. Quem estiver envolvido em alguma iniciativa pode enviar mensagem com informações sobre o projeto para o email: dapsaf@agricultura.gov.br

Mamão formosa, um especialista contra doenças modernas

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Com origem na América Tropical, o mamão formosa é uma das frutas mais nutritivas e populares do mundo. O alimento também está mais em conta essa semana na CEAGESP se destacando entre a variedade de produtos que a Companhia oferece.

Os benefícios do consumo do mamão formosa são vários: ele é rico em fibras alimentares e fonte da enzima papaína que contribuem para o bom funcionamento do intestino. As fibras ainda são capazes de encapsular as moléculas de colesterol no intestino impedindo que essas sejam absorvidas pelo organismo. Já a papaína reduz muco e inflamações, auxiliando no controle da sinusite e outras doenças respiratórias.

A fruta também pode ser bem aproveitadas pelas gestantes, pois o mamão formosa é rico em ácido fólico e mulheres grávidas costumam ter deficiência na substância. Esse ácido ainda combate a osteoporose e o produto é fonte das vitaminas A e C que fortalecem a saúde de olhos, pele e do sistema imunológico.

Para aqueles que lutam contra doenças crônicas como diabetes, hipertensão e câncer o mamão formosa é um bom aliado. Ele contém antioxidantes que combatem os radicais livres e reduzem os riscos dessas doenças.

São Paulo tem 26 alimentos mais em conta

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Outros 23 produtos continuam com os preços estáveis na maior central de abastecimento da América Latina.

Semanalmente, a CEAGESP (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) prepara uma lista com produtos com os preços no atacado em baixa, estáveis ou em alta, para você se alimentar bem e economizar mais. Confira a lista dos produtos:

PRODUTOS COM PREÇOS EM BAIXA
Laranja Lima, Caqui Guiombo, Manga Tommy, Tangerina Poncam, Abacate Fortuna, Caqui Rama Forte, Abacate Quintal, Limão Taiti, Goiaba Vermelha, Goiaba Branca, Coco Verde, Chuchu, Batata Doce Rosada, Pepino Caipira, Pepino Comum, Abóbora Paulista, Abóbora Moranga, Berinjela, Mandioca, Coentro, Acelga, Nabo, Milho Verde, Manjericão, Alho Argentino e Canjica.

PRODUTOS COM PREÇOS ESTÁVEIS
Melancia, Laranja Pera, Mamão Papaya, Mamão Formosa, Melão Amarelo, Mexerica Rio, Caqui Fuyu, Laranja Lima, Carambola, Uva Niágara, Laranja Seleta, Banana Prata, Uva Itália, Pimentão Verde, Abóbora Japonesa, Cará, Abóbora Seca, Salsa, Couve Manteiga, Brócolos Ninja, Cenoura C/ Folha, Beterraba C/ folha e Coco Seco.

PRODUTOS COM PREÇOS EM ALTA
Abacaxi Pérola, Banana Nanica, Maçã Fuji, Maçã Importada, Pera Importada, Pimentão Vermelho/Amarelo, Abobrinha Italiana/Brasileira, Tomate, Inhame, Mandioquinha, Beterraba, Cenoura, Vagem Macarrão, Quiabo, Espinafre, Rabanete, Agrião, Repolho Verde, Brócolos Comum, Repolho Roxo, Salsão, Cebola Roxa, Alho Nacional e Batata Lavada.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Minas Gerais tem azeite artesanal saboroso e orgânico

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Casal produz em MG único azeite biodinâmico da América Latina. Além de não usar agrotóxicos, cultivo de azeitonas segue calendário astronômico.

Em Minas Gerais se encontra um dos poucos cultivos de azeitonas orgânicas do mundo. Luiz e Edna Yamaguti, os donos da plantação, vão além: a partir dela, produzem azeite biodinâmico.

A agricultura biodinâmica, além de ser uma forma de cultivo sem agrotóxicos, é baseada em conhecimentos químicos geológicos e astronômicos. Ela trabalha a energia do lugar, como explica o casal.

A técnica começou a ser desenhada na década de 1920 pelo filósofo austríaco Rudolph Steiner. Nesse sistema, é a lua, com seus movimentos ao redor da Terra, que define os dias favoráveis e desfavoráveis para as diferentes práticas agrícolas. Tudo indicado no calendário astronômico, seguido pelos agricultores.

Há 10 anos, quando o casal comprou a primeira propriedade, em Maria da Fé, perto da cidade de São Lourenço. O solo era muito pobre e, ao lado das cachoeiras, havia basicamente pasto. Eles começaram com o plantio de palmeira real, mas não deu certo e sobraram poucas.

Como a cidade estava despontando na produção de oliveiras, eles decidiram também tentar o cultivo. Hoje são 3,5 mil pés produtivos, em um clima ideal para a cultura.

As oliveiras precisam de clima frio, muito sol, o solo bem drenado e, no mínimo, 300 horas de frio abaixo de 7 graus por ano. 

Na fazenda, elas estão a 1,5 mil metros de altitude, plantadas em um espaçamento de 7 por 7 metros, para ficarem bem arejadas.

A técnica de cultivo é uma novidade no Brasil e também para dois agricultores novatos. Edna e Luiz viviam e trabalhavam na cidade grande, em São Paulo. Ele é engenheiro mecânico e ela, farmacêutica, com pós-graduação em homeopatia.

A ligação de Edna com terapias alternativas explica a opção da biodinâmica. "Na verdade, eu não deixei de trabalhar com a saúde pública. O que eu tenho em mente é que eu estou trabalhando de uma forma mais ampla, porque a energia que é gerada nesta propriedade e na outra vai além das porteiras. É uma coisa que não fica parada em um lugar", diz.

3 tipos de azeitona

Para produzir um azeite excelente, são cultivadas na fazenda 3 variedades de oliveiras: a koroneiki, de origem grega; a grappolo, italiana; e a arbequina, da Espanha.

A arbequina rende um azeite mais suave e é a plantada em maior quantidade. A koroneiki é mais intensa, mais amarga e mais picante. A grappola é muito forte. As 3 são usadas em um "blend" para se ter um azeite em intensidade média, suave ou intensa.

As árvores da propriedade estão com 6 anos e, há 1, começaram a produzir. Algumas chegam a dar 70 quilos de frutos, mas a média é de 10 quilos por planta. Os agricultores não deixam que as plantas produzam antes disso para que a raiz se fortaleça e ela gere, no futuro, "um fruto de qualidade mais energética".

Chifres 'biodinâmicos'

São muitos os detalhes em busca da energia da agricultura biodinâmica. Dois compostos usados na plantação, por exemplo, são preparados dentro de chifres de vaca: o "chifre sílica", feito a partir de pedra triturada; e o "chifre esterco", com material orgânico fresco de animais. Os chifres são fechados com argila e enterrados por meses.

Ficam na terra do outono até a primavera, período do ano em que as forças estão na terra e são captadas pelo material, segundo os agricultores.

Depois de desenterrado, o chifre de esterco é diluído na água, mexendo bem para os 2 lados para dinamizar o composto. Depois, é aplicado sobre a muda recém-plantada em doses homeopáticas. O objetivo é facilitar o enraizamento e dar mais vigor à planta.

Já o chifre sílica é conhecido como pó de luz e é aplicado sobre as oliveiras. De acordo com a biodinâmica, ele ajuda a luz solar a trabalhar de forma equilibrada na planta.

O composto orgânico também recebe 5 preparados, colocados em pequenas quantidades dentro de uma bolinha de argila. Cada uma é enterrada em um ponto do monte de composto. O principal objetivo é vivificar o solo, trazer vida.

Segundo José Augusto, funciona. "A terra mudou muito. Não tinha minhoca, agora tem. Você sente a terra mais fofa, mais rica, olha aí os bichinhos."

Para ajudar ainda mais o solo, Luiz lança mão do consórcio com outras plantas, como o feijão. A lavanda também não está na propriedade só pela beleza. Ela atrai insetos benéficos e espanta outros indesejáveis para o cultivo das oliveiras.

Todo esse cuidado está segurando a produção em um ano difícil, com produtividade bem abaixo do esperado. A propriedade tem condições de produzir 30 toneladas, mas o número não deve passar das 10.

Os agricultores dizem que em toda a região da Serra da Mantiqueira a queda foi brutal, talvez pela falta de frio. Ainda assim, vale a pena aproveitar os momentos sem chuva e colher o que está no campo.

Produção do azeite

A azeitona recém-colhida deve ser processada no mesmo dia. E isso tem que ser feito em um local onde só entram produtos orgânicos. Caso contrário, o azeite vai perder a certificação de orgânico e biodinâmico e passar a ser considerado um azeite qualquer.

Foi por isso que Luiz investiu na compra de um lagar, nome do local onde o azeite é extraído.

Nem era a intenção adquirir mais olivais, mas o caminho estava tão certo que, junto com a indústria montada, veio o pomar produtivo com 4,6 mil oliveiras, na cidade de Delfim Moreira. A produção de lá e da propriedade da vizinha Maria da Fé, onde tudo começou, vai toda para a indústria.

    É a única fábrica que processa azeitona orgânica e biodinâmica da América Latina, segundo Luiz. A estrutura tem capacidade para processar 300 quilos de azeitona por hora, mas hoje ainda usa apenas 10% da capacidade. 

Os resíduos do processo de produção são armazenados. Os sólidos entram na produção de composto e os líquidos viram biofertilizante.

Depois de extraído, o azeite fica decantando por 30 a 40 dias, é filtrado, analisado e classificado.

A variedade de azeitona arbequina tem rendimento de 16%. Mas, trabalhando na temperatura mais baixa e tempo de batimento mínimo, os produtores conseguiram um rendimento de 9%. Segundo eles, assim, a qualidade fica melhor.

O azeite biodinâmico é vendido para pequenos empórios, lojas de orgânicos e mercados que atendem a classe mais elitizada. Outro ponto de venda é a loja que fica na entrada da propriedade, onde produto divide espaço com geleias dos mais diferentes sabores, todas feitas com frutas vindas das duas fazendas.

Este é o segundo ano da produção de azeite biodinâmico. A primeira safra foi produzida em fevereiro do ano passado. Em 2018, o Brasil produziu 1,2 mil litros de azeite, o dobro do ano anterior, mas o país ainda importa 98% do que consome.

Fonte Globo Rural

Ceagesp só terá peixe fresco a partir da sexta-feira (26/4)

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Além da paralisação por conta das vendas da Semana Santa, a central também aponta que o paulistano dá preferência ao salmão, e depois a peixes considerados mais em conta.

A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) informa que não haverá comercialização de pescados no período de 19 a 25/04. Esta decisão justifica-se em virtude da intensa movimentação nas operações que ocorrem neste período e por necessidade de reorganização do setor, bem como recesso para descanso dos profissionais envolvidos nas atividades da pesca.

Chegou ao fim a 14° edição da Santa Feira do Peixe no maior Entreposto da América Latina, que marcou o TOP 5 dos pescados mais comercializados em 2018. Veja abaixo:

5º CORVINA  
Está em ultimo lugar no ranking, mas é uma excelente pedida para fazer um peixe assado.  

4º SARDINHA  
Claro que a mais queridinha dos brasileiros tinha que estar aqui, e se você procura por preços baixos e um sabor incrível então esta será a melhor pedida.

3º CAMARÃO 
Uma paixão nacional sem sombras de dúvidas além de ir muito bem em diversos pratos. 

2º PESCADA 
Um sabor inconfundível, mais que merecido estar em segundo lugar no ranking.

1º SALMÃO 
E a medalha de ouro vai para este peixe incrível, com certeza você vai impressionar a família toda com está escolha.


Preço do tomate dispara no país

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O produto, que já foi vilão dos preços várias vezes, pode atingir valores históricos em abril. Custo do quilo do fruto subiu em todos os mercados atacadistas analisados em março pela Conab. Chuva e calor provocaram descarte no campo, diminuindo oferta.

Os preços do tomate estão em disparada. Em março, pelo segundo mês consecutivo, o custo médio do quilo do fruto subiu em todos os mercados atacadistas analisados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). E dados preliminares indicam que, em abril, os valores podem superar recordes da última década.

A escalada acontece por causa das chuvas e de uma área plantada menor do que no ano passado.

Segundo o último boletim divulgado pelo órgão, de fevereiro para março, o preço do tomate em centrais de abastecimento chegou a aumentar 88,6% em Goiás, maior região produtora do país, a R$ 5,12 o quilo. Em Pernambuco, estado que sofreu o menor impacto, a alta foi de 14,9%, a R$ 3,30.

O relatório considera oito centrais que são responsáveis pela venda de 60% a 70% de todo o alimento comercializado no país, e leva em conta a média ponderada dos preços de todas as variedades de tomate ofertadas.

Os preços também subiram para o consumidor final, apontou o IBGE, em março. O valor médio do tomate aumentou 31,84% em todo o país, a maior alta entre os alimentos. O G1 registrou queixas de consumidores em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pernambuco, entre outros.

Perto do recorde

Outro banco de dados da Conab aponta que, em abril, os preços do tomate podem continuar subindo a patamares históricos, acima dos vistos em meados de 2015, quando o produto foi considerado o "vilão da inflação".

    Na Ceagesp de São Paulo, o pico do preço médio do quilo do tomate mais vendido (e não a média ponderada de todas as variedades) nos últimos 10 anos havia sido registrado em maio de 2015, quando foi a R$ 5,58. Nos primeiros 15 dias de abril, o preço chegou a R$ 6,70.

Em todo o mês de março, tinha sido de R$ 5,31.

No Rio de Janeiro, o preço na primeira quinzena de abril marcou R$ 4,43, contra R$ 3,08 em março e R$ 4,55 no pico, em maio de 2015. Em Goiás o preço nos primeiros 15 dias de abril foi de R$ 6,00, contra R$ 3,99 em todo o mês de março e de R$ 5,32 no pico da década, em janeiro de 2016.

Oferta menor, preço maior

A escalada dos preços do tomate é comum no período chuvoso e é consequência direta da menor disponibilidade do fruto nos mercados.

Segundo a Conab, a oferta em fevereiro e março foi cerca de 20% menor do em janeiro.

A redução aconteceu porque o calor e as chuvas no campo fazem com que os frutos fiquem mais perecíveis e manchados, aumentando a quantidade descartada pelos produtores.

"Aliado a isso, os preços pouco atrativos em 2018 fizeram com que os produtores diminuíssem a área plantada, o que significou também menos tomate entrando no mercado", diz a gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Joyce Rocha Fraga.