segunda-feira, 5 de março de 2018

Preços subindo na Ceasa do Rio

Ceasa-RJ registra alta de 6,81% nos preços dos produtos. O setor granjeiro também registrou aumento de 7,92%. Já o de frutas, baixa considerada.

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O setor de Agroqualidade da Divisão Técnica da Ceasa-RJ informou que a análise mensal de preços da Unidade Grande Rio encerrou o mês de fevereiro em alta de 6,81% comparado a janeiro desse ano. A alta dos preços pode ser explicada devido à queda na quantidade comercializada.

Em fevereiro, o setor de frutas nacionais e importadas registrou uma alta de 4,81% comparada ao mês de janeiro. As principais frutas que apresentaram alta foram: Banana Figo cx 2kg (36,11% - R$ 40,83), Jaca unidade 3kg (53,06% - R$ 15), Kiwi cx 8kg (39,28% - R$ 125), Manga Tommy cx 25kg (31,86% - R$ 37,50).

Já o setor de Hortaliças Fruto registrou uma baixa de -5,95%nos preços, o menor registro entre os grupos. Os principais frutos que apresentaram baixa foram: Abóbora Pescoço 1kg (-18,48% - R$ 1,56), Berinjela cx 10kg (-15,99% - R$ 15,63), Jiló cx 15kg (-15,52% - R$ 25,63), Quiabo cx 15kg (-25% - R$ 26,13), Tomate Longa Vida cx 22kg (-19,45% - R$ 46,97). Os demais permaneceram estáveis ou apresentaram pouca variação.

No setor das Hortaliças Folha, Flor e Haste houve uma queda de -5,52% quando comparada ao mês anterior. Os principais produtos que apresentaram baixas foram: Alcachofra cx 2kg (-16,67% - R$ 21,67), Alface 6kg (-17,78% - R$ 10,25) e Couve-flor Média (-19,07% - R$ 1,67).

O setor das Hortaliças Raiz, Bulbo, Tubérculo e Rizoma apresentou um forte aumento de 15,79%, o maior aumento dos produtos hortifrutigranjeiros. Os principais produtos em alta foram: Cará cx 20kg (15,94% - R$ 46,38), Cebola Pera SC saco 20kg (22,19% - R$ 40,65), Nabo cx 20kg (34,41% - R$ 50).

Os principais produtos em baixa foram: Alho Roxo Nacional cx 10kg (-15,75% - R$ 103,13), Cenoura cx 18kg (-18,13% - R$ 36,26) e Rabanete 1kg (-15,25% - R$ 2). Alguns produtos não registraram cotação de seus preços em um dos dois meses analisados, como foi o caso do Alho Roxo Argentino, Cebola Pera Pernambuco e Cebola Pera São Paulo. Os demais permaneceram estáveis ou apresentaram uma variação baixa.

RECEITA - Macarrão com molho de abacate

A grande maioria dos países das Américas, Europa e até a Ásia, consome o abacate como iguaria salgada, e não com açúcar como nós comemos aqui no Brasil. Em Austin, no Texas (EUA), terra do churrasco, e é elemento indispensável, como acontece em todo o México, junto com boas pimentas. E não é só em pratos como guacamole, ou em salada com folhas e tomates. Neste preparo, o abacate entra como ingrediente principal de um delicioso molho paras macarrão. Veja receita depois.

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O abacate geada, por exemplo, é um dos mais indicados entre as diversas variedades deste fruto, devido à sua cremosidade e sabor quase neutro, o que o torna perfeito tanto para pratos doces como salgados. Além disso é rico em gordura monoinsaturada, um tipo de gordura saudável que ajuda a controlar a taxa do mau colesterol no sangue. Seu baixo índice glicêmico ajuda a manter a sensação de saciedade, e é uma excelente fonte de fibras, pois traz 6 g por 100 g de polpa (um adulto precisa de 20 g a 30 g por dia).

Diante destas qualidades, nada melhor que variar seu preparo para ter mais opções de consumo e, assim, ter o abacate mais presente em nosso cardápio do dia a dia. A receita desta semana vai muito bem com qualquer tipo de macarrão, mas fica especialmente gostoso se for usado com massas tipo penne, parafuso ou gravatinha, que seguram melhor o molho do que o tipo liso. Além de ser fácil de ser preparado, é muito saboroso e econômico, pois usa ingredientes presentes na maioria das cozinhas brasileiras. Fica ótimo também para acompanhar peixe.

Veja uma deliciosa receita que mistura Itália e México num só prato:

Ingredientes

    1/2 abacate maduro
    Suco de 1 limão tahiti ou galego
    1/2 dente de alho
    1 ou 2 ramos de salsa
    2 a 3 colheres de sopa de azeite
    1 colher de chá de mostarda dijon (opcional)
    1 xícara de folhas de manjericão fresco (opcional)
    Sal e pimenta do reino a gosto



Modo de fazer

    1 - Bata todos os ingredientes no liquidificador até o molho ficar liso. Está pronto!!!
    2 - Despeje em cima do macarrão cozido e sirva a gosto.

Benefícios de espécies 'diferentes' dessas frutas e legumes


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Maracujá roxo, laranja vermelha, abóbora de duas cores e batata-doce alaranjada são algumas variedades pouco conhecidas disponíveis nos mercados brasileiros. Pesquisadores e empresas têm trabalhado para tornar viável comercialmente a produção de variedades de alimentos menos conhecidas no nosso dia a dia.

Com certeza você já passou pelos corredores de mercados e encontrou  maracujá amarelo, batata-doce roxa e abóbora verde. Mas existem muitas variedades de frutas "diferentes" das que conhecemos. Nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, o maracujá mais consumido é o roxo.

Na Venezuela e na Itália, é comum encontrar laranjas com polpas vermelhas, enquanto no Peru as batatas-doces podem ser brancas, roxas ou alaranjadas. No Brasil, pesquisadores e empresas têm trabalhado para tornar viável comercialmente a produção de variedades de alimentos menos conhecidas no nosso dia a dia. 

Confira alguns desses casos abaixo:

Abóbora do Hexa? 2018 pode ser um bom ano para consumir a abóbora Brasileirinha, lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na época da Copa do Mundo de 2006. Essa variedade foi encontrada pela primeira vez no Distrito Federal em uma plantação de abóboras verdes, comuns.

Quando acharam o fruto com duas cores, pesquisadores da Embrapa coletaram as sementes e decidiram plantá-las para conhecer suas qualidades. Anos depois, além da coloração simpática, a abóbora conquistou o público por ser mais crocante e conter betacaroteno e luteína, importantes nutrientes na prevenção de doenças cardiovasculares e dos olhos. Variedade verde e amarela se adaptou a diferentes regiões do País. 

Maracujá: verde, roxo e vermelho. Existem no mundo cerca de 500 espécies de maracujá, sendo que 70 delas são comestíveis. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) lançou uma variedade de maracujá roxo, o mais consumido no exterior. "É uma fruta que atende a um nicho de mercado de pessoas que não toleram a acidez do maracujá", explica a pesquisadora Laura Maria Molina Meletti, do IAC.

Os frutos roxos são menores e mais leves, têm mais açúcares, menos acidez e maior teor de sólidos solúveis, sendo recomendados para quem tem desconforto gástrico após ingerir alimentos ácidos. Maracujá roxo é mais apreciado nos mercados dos Estados Unidos e da Europa, mas também é plantado no Brasil. 

Na Embrapa, as pesquisas já desenvolveram dez novos maracujás desde os anos 1990. Uma das novidades foi o maracujá Pérola do Cerrado, menor, verde escuro e bem mais doce. A variedade foi desenvolvida no Distrito Federal e já é cultivada por diversos agricultores da região.

"A polpa, muito rica em antioxidantes, serve para sucos, doces, sorvetes e para fins medicinais", explica Fábio Faleiro, coordenador das pesquisas com maracujá na Embrapa. Além desse, há um maracujá quase vermelho, o Rubi do Cerrado. Segundo Faleiro, a fruta é mais resistente, tem mais vitamina C e dura mais na prateleira. "São opções para diversificar a fruticultura brasileira", diz. Há outros com fins ornamentais, que dão apenas flores e não frutas. 

Variedade lançada pela Embrapa é produzida no Distrito Federal e conquistou o mercado da região.

Laranja vermelha. Também na Embrapa, mas no Rio Grande do Sul, pesquisadores conseguiram tornar viável o cultivo de uma laranja com polpa vermelha originária da Venezuela. Com o nome de laranja 'cara cara', ela se espalhou para outros locais do mundo e contém o licopeno (aquele mesmo do tomate), de onde vem sua cor vermelha. A variedade não possui sementes e é, em geral, menos ácida que as normais. 

A fruta pode se cultivada em todo o Brasil, mas apenas em regiões frias terá o aspecto avermelhado, explica o pesquisador Roberto Pedroso de Oliveira, da Embrapa Clima Temperado. "Nas regiões frias, os citros geralmente têm melhor qualidade. Se cultivá-la em São Paulo, por exemplo, ela terá a polpa amarela", diz ele.

A laranja Cara Cara é produzida no Brasil na região da Campanha Gaúcha, quase na fronteira com o Uruguai. Suas vitaminas são bem parecidas com as de laranjas "normais", mas a cor chama a atenção e aumenta o consumo. Fruta é ótima fonte de vitamina C, potássio, fibras e não possui sementes. 

Melancia menor e sem semente. Após testes em campo desde 2014, a multinacional alemã Bayer lançou no mercado brasileiro uma variedade de melancia mais compacta e sem sementes, a Pingo Doce. A fruta tem casca mais escura e a polpa, além de mais doce, tem maior consistência. A variedade está sendo colhida em escala comercial pela primeira vez este ano. 

Um dos objetivos da nova fruta é aumentar o consumo de melancia no Brasil, diz Leonardo Herzog, gerente nacional de melancias da Bayer. Ao identificar que muitas pessoas deixavam de comprar a fruta pela dificuldade de armazenamento, desenvolver uma fruta menor foi uma solução.

"Deixamos de pensar somente no agricultor para pensar também nos consumidores. Ela cabe na geladeira, é pequena e tem uma cor mais chamativa", explica. A variedade deve ser plantada nas principais regiões produtoras do Brasil: Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo. 

Pêssego 'achatado'. O pêssego Mandinho, criado pela Embrapa em 2014 após mais de 10 anos de pesquisa com cruzamentos genéticos, tem polpa amarela, casca avermelhada e predomínio do sabor doce. Mas sua principal característica, que chamou atenção do mercado, é a forma achatada. 

O formato lembra uma bolacha, sendo menor que o pêssego tradicional comercializado no Brasil. Segundo a Embrapa, a fruta precisa de menos horas de frio que seus concorrentes para florescer. 

Batata-doce alaranjada. Apesar das batatas-doces roxas com polpa branca serem as mais comuns, há variações. Você conhece a diferença entre elas? A variedade Beauregard, de cor alaranjada, vem chamando a atenção dos consumidores brasileiros. 

Sua cor laranja vem da alta quantidade de betacaroteno, que contém vitamina A, importante para reduzir riscos de doenças cardiovasculares e catarata. Segundo a Embrapa, ela pode substituir  farinha de trigo em diversas receitas, aumentando o valor nutricional do alimento. Essa batata-doce é dos Estados Unidos e foi trazida para o Brasil através de um convênio da Embrapa com o Centro Internacional de la Papa (CIP), do Peru. 

O lançamento faz parte de um projeto da Embrapa com outros 13 centros de pesquisa do mundo todo, o Biofort, para produzir alimentos naturais com mais qualidades nutricionais. O consumo de 50 gramas dessa batata-doce supre as necessidades diárias de vitamina A.

Tomate 'fortificado': cápsula de licopeno. O tomate, o legume mais consumido do Brasil, ganhou uma nova variedade em 2017 com muito mais licopeno, um antioxidante capaz de prevenir doenças no coração e com efeitos anticancerígenos. A variedade foi lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a principal instituição de pesquisa agrícola do Brasil. 

O novo fruto, chamado de BRS Zamir, tem em torno de 144 mg/g de licopeno, enquanto seus "concorrentes" raramente passam a casa das 30 mg/g. Ele também tem cor mais vermelha, sabor um pouco mais adocicado e sua conservação após a colheita é maior que a média: dura até 18 dias fora da geladeira. 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Março traz 64 alimentos de época

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Do primeiro trimestre do ano, março é o mês que mais traz uma cesta de alimentos farta e cheia de possibilidades para a cozinha. Aproveite, então, este período de safra recheada que se inicia, para comer melhor e pagar menos. Por ter sido produzido em condições climáticas ideais, como as frutas, legumes e verduras, estes alimentos conseguem se desenvolver melhor, oferecendo uma qualidade nutritiva bem maior. Aproveite e prepare a sua feira. Veja:

Frutas

Abacate, abacaxi, ameixa, banana-maçã, banana-nanica, coco verde, figo, fruta do conde, goiaba, jaca, laranja-pêra, limão, maçã, mamão, mangostão, nectarina, pera, uva, pêssego, seriguela, tangerina.

Legumes

Abóbora, abobrinha, berinjela, beterraba, cará, chuchu, gengibre, inhame, juló, milho verde, nabo, pepino, quiabo, tomate.

Verduras

Acelga, alface, alho-poró, coentro, endívia, escarola, repolho, rúcula, salsa.

Pescados

Bacalhau, badejo, bagre, cação, carapau, cascote, cavalinha, corvina, curimbaté, lula, merluza, mexilhão, pacu, pargo, pescada, pintado, robalo, sardinha, tainha e traíra.

AgriFutura vai ajudar melhor o seu agronegócio

Acontece nos dias 3 e 4 de março no Instituto Biológico de São Paulo, o 1o. AgriFutura, evento inédito com soluções inovadoras e tecnológicas para o agronegócio que será realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

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O evento é totalmente gratuito e conta com duas vertentes de painéis: a vertical de culturas como hortaliças, frutas, bovinos de corte e de leite, grãos, cana e café, por exemplo; e outra transversal, que abrange toda a agricultura como gestão empresarial, agronômica, mercado e as de tecnologias como IoT (internet das Coisas) bigdata, blockchain, e hardwares como drones, sensores e leitores. Ao todo, são mais de 30 painelistas e moderadores trazendo as ações mais modernas do setor.

Os visitantes poderão ver de perto as mais modernas soluções para o setor, tanto de empresas consolidadas no mercado quanto de startups, terão a oportunidade de acompanhar ações inovadoras e os resultados de pesquisas desenvolvidas na Secretaria de Agricultura e ainda poderão assistir a palestras e bate-papos sobre vários assuntos relacionados à inovação com representantes de diferentes segmentos.

O AgriFutura também abre espaço para o Hackathon Agrifutura, em que 12 times de cinco programadores, makers, técnicos, marqueteiros, empreendedores e engenheiros resolvem os desafios tecnológicos lançados pelos próprios agricultores diante de suas necessidades.

Além disso, acontecerá a mostra de 24 startups em um espaço especial para elas. As inscrições para participar do Hackathon Agrifutura, da mostra de Startups e para visitar o evento estão no site www.agrifutura.com.b

Qual o seu caminhão preferido?

Fenemê, Jacaré ou Muriçoca: qual o maior caminhão clássico das estradas brasileiras? Uma boa recordação para produtores e empresários, bem como dos caminhoneiros. Conheça a história dos caminhões FNM, Scania, Mercedes e Volvo que marcaram a história do Brasil.

Se você viajou por estradas brasileiras nos últimos 50 anos, certamente já cruzou (ou ficou atrás) de algum destes caminhões, que marcaram a história da indústria nacional.

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FNM D-11.000

Além de ser o primeiro caminhão nacional, o “Fenemê” da Fábrica Nacional de Motores foi um dos desbravadores do Brasil, seja nas estradas de terra ou nas recém-pavimentadas, durante as décadas de 1950 e 60.

Lançado com a Alfa Romeo, o D-11.000 era bem parecido com o anterior (D-9.500), só que com mais potência (150 cv) e capacidade de carga. Nada mal para uma estatal que nasceu no meio da 2ª Guerra para fazer motores de avião.

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Scania L 111 (Jacaré)

Fabricado no Brasil entre 1976 e 1981, o “Jacaré” teve quase 10 mil unidades vendidas e ainda é encontrado pelas estradas brasileiras, principalmente na cor laranja. Ficou famoso por sua durabilidade e fácil manutenção, com custos baixos.

Em três versões com capacidade para tracionar até 45 toneladas, ele era equipado sempre com motor de 203 cavalos de potência, que levava a uma velocidade máxima de 94 km/h.

Junto com seu sucessor o L-1113, o “Muriçoca” é a família de caminhões mais vendida da história, com 240 mil unidades, entre 1964 e 1988. A fabricante estima que 180 mil ainda estejam em circulação.

O motor é um 6 cilindros em linha de 5.1 litros, com 121 cv e torque de pouco mais de 30 kgfm. A cabine tinha suspensão por feixe de molas – um dos poucos confortos da época para os caminhoneiros.

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Volvo N10

Esse “bicudinho”, apelido dado aos modelos com frente pronunciada, foi o primeiro caminhão nacional da marca sueca e começou a ser feito no início da década de 1980, com motor de 6 cilindros em linha e 260 cv.

O N10 foi um dos primeiros a testar a tecnologia flex e também a utilizar a composição que ficou conhecida como “treminhão”, com dois reboques.

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Mercedes-Benz L-1111

Junto com seu sucessor o L-1113, o “Muriçoca” é a família de caminhões mais vendida da história, com 240 mil unidades, entre 1964 e 1988. A fabricante estima que 180 mil ainda estejam em circulação.

O motor é um 6 cilindros em linha de 5.1 litros, com 121 cv e torque de pouco mais de 30 kgfm. A cabine tinha suspensão por feixe de molas – um dos poucos confortos da época para os caminhoneiros.

Fonte Auto Esporte

Foco na qualidade do alimento é a nova dieta

Ela dispensa contagem de calorias. O estudo aponta que devemos esquecer um pouco a quantidade de comida, e diz que mudança é boa para o  comportamento alimentar e melhora os indicadores de saúde.

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Quem já fez dieta sabe que a receita padrão para perda de peso é a redução do número de calorias. Mas um novo estudo publicado na semana passada pelo jornal da Associação Médica Americana, o Jama, pode desmentir essa regra. A pesquisa concluiu que pessoas que cortam comidas altamente processadas e alimentos e bebidas que levam açúcar adicionado e grãos refinados, ao mesmo tempo em que se concentram em vegetais e alimentos integrais – sem se preocupar em contar calorias ou reduzir o tamanho das porções – têm significativa redução de peso em um ano.

A estratégia funcionou tanto para quem segue dietas com base em redução de gordura quanto para seguidores de dietas de baixo carboidrato. A pesquisa considera a noção de que é a qualidade da dieta, não a quantidade de alimento, que ajuda a perder peso ou controlá-lo. O novo estudo foi liderado por Christopher D. Gardner, diretor de estudos da nutrição do Centro Stanford de Pesquisas Preventivas, dos Estados Unidos. Trata-se de um vasto e caro levantamento, realizado com mais de 600 pessoas e com financiamento de US$ 8 milhões.

Os pesquisadores recrutaram adultos e os dividiram em dois grupos, que foram chamados de grupo saudável de baixa ingestão de carboidratos e saudável de baixa ingestão de gordura. Integrantes de ambos tiveram aulas com nutricionistas, nas quais aprendiam a comer alimentos ricos em nutrientes e comida integral minimamente processada (e, sempre que possível, feita em casa).

Alimentos mais benéficos

Refrigerantes, sucos de fruta, muffins, pão branco e arroz branco, por exemplo, têm tecnicamente baixo teor de gordura, mas o grupo de dieta de baixa gordura foi aconselhado a evitá-los e comer alimentos como arroz integral, cevada, aveia, lentilha, carne magra, laticínios sem gordura, quinoa, frutas frescas e legumes. O grupo de baixo teor de carboidrato foi ensinado a escolher alimentos nutritivos como azeite de oliva, salmão, queijos duros, vegetais, manteiga, frutos secos, nozes, sementes e carne de animais alimentados em pasto.

Nas aulas com nutricionistas, a maior parte do tempo foi gasta em discussões sobre alimentos e estratégias para suportar a mudança. O novo estudo diferenciou-se de programas anteriores por não estabelecer restrições radicais a carboidratos e gorduras nem limites calóricos extremos, e enfatizar o foco no consumo de alimentos integrais ou “reais”. 

De acordo com Gardner, os que mais perderam peso afirmaram que o estudo “mudou sua relação com a comida”. Eles deixaram, por exemplo, de comer no carro ou vendo televisão e passaram a cozinhar mais em casa, além de se sentarem para jantar com a família. 

Ainda segundo Gardner, muitos participantes ficaram surpresos – e aliviados – ao saber que não tinham de restringir calorias. “Depois de umas duas semanas participando do estudo, as pessoas começaram a perguntar quantas calorias mandaríamos que cortassem”, disse ele.

Resultados 

O estudo descobriu que, após um ano de enfoque na qualidade dos alimentos, os participantes do grupo de baixo carboidrato perderam em torno de 6 quilos, enquanto os do grupo de baixo teor de gordura perderam 5,3 quilos. Ambos tiveram melhora em outros indicadores, como redução de cintura, gordura corporal, açúcar no sangue e pressão arterial. 

Gardner ressalva que calorias importam – afinal, ambos os grupos terminaram consumindo menos calorias, em média, no final do estudo, mesmo sem consciência disso. O ponto principal, porém, é que conseguiram fazer isso dando enfoque a alimentos integrais nutritivos. “Acho um erro pedir às pessoas que calculem quantas calorias estão consumindo e dizer que cortem 500. Isso as deixa deprimidas”, disse Gardner. 

“Temos de nos concentrar na dieta fundamental, que são mais vegetais, mais alimentos integrais, menos açúcar adicionado e grãos refinados", alerta.