Por Jorge Seraphini (jorgeseraphini@gmail.com)
Depois do consumidor ver pesar por longo tempo, no bolso, o preço do quilo de um dos principais ingredientes de toda cozinha, o alho, tem a oportunidade de agora verificar uma queda acentuada: apesar da ação da "máfia chinesa do alho" dentro das centrais de abastecimento, o que quase erradicou a produção nacional nas décadas de 90 e 2000, o que estamos vendo agora tornou-se uma surpresa agradável. O que é? Pela primeira vez em sua história o alho nacional atingiu o patamar de preços dos mais baixos: o alho branco, caixa com 10 kg, está custando R$ 110. De acordo com levantamento publicado pela diretoria técnica da Ceasa Grande Rio.
Um preço infinitamente menor se comparado a caixa do alho chinês que estava sendo negociada a R$ 170. No caso do alho roxo nacional, o preço no atacado estava em R$ 150. Vejamos os preços do alho importado de outros países vendidos na capital carioca: Chile (R$ 130), Espanha (R$ 140) e Argentina (R$ 150).
Na CeasaMinas, por exemplo, encontramos com grande satisfação outro preço bem em conta que é o do alho brasileiro descascado, que está custando R$ 12 o quilo; enquanto que o alho inteiro, dependendo do tipo, tinha o preço da caixa variando entre R$ 12 e R$ 15.
Ao contrário da Central fluminense, a Ceagesp - maior central de abastecimento do país - vendia o alho chinês bem menos, se comparado ao produto nacional: R$ 15 o quilo do alho chinês contra R$ 20,63 do alho nacional e R$ 18,31 o alho argentino.
Produção nacional
É bom lembrar que São Paulo não produz alho como em três outros estados: Minas Gerais, Bahia e Goiás. Na Bahia, segundo avaliação do Prohort ( Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro), o preço da caixa do alho nacional custava R$ 15; em Goiás esse preço subia para R$ 17. Isto no atacado que é negociado nas Ceasas.
Em relação ao alho nacional ainda, a falta de chuvas intensas ajudaram na produção desde o ano passado, atraindo mais plantações e ganhos com a produção. Grandes produtores estão conseguindo produtividade de até 15 toneladas por hectare. A área cultivada teve um aumento de 20% em duas grandes regiões produtoras: Goiás e Minas Gerais.
No caso da China, o que nos tem beneficiado em relação aos preços praticados com o alho importado daquele país é que houve uma quebra de safra no ano passado.
Os produtores de alho nacional não só estão plantando mais como também estão guardando sua produção em câmaras frigoríficas, para vender após o pico da colheita.
Veja os benefícios do alho e outras receitas em nosso Blog e na página do CeasaCompras no Facebook.
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