segunda-feira, 23 de março de 2015

Fortes chuvas elevam nível de reservatórios em São Paulo

O estado é o primeiro maior abastecedor de alimentos que são comercializados na Ceasa do Rio de Janeiro.  
 

Após o forte temporal de quinta-feira (19/3), os reservatórios da Grande SP voltaram a apresentar alta nesta sexta-feira. O Guarapiranga, por exemplo, já bateu a média história para o mês de março, com o acumulado de chuva dos últimos dias.

De acordo com dados da Sabesp, choveu no reservatório, até agora, 179 mm, quando a média histórica para março é de 153,2 mm. O reservatório, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, chegou a 79,5% de sua capacidade. Na quinta-feira, o índice era de 78,2%.

O reservatório Rio Grande, que abasteceu a região do ABC, também está prestes a superar a média histórica. Atualmente, a chuva acumulada é de 186 mm, quando a média para março é de 186,3 mm. O manancial, que atende 1,5 milhão de pessoas, é o que tem a melhor situação entre os reservatórios, operando com 97,8% de sua capacidade.

As chuvas no Cantareira também têm sido significativas. Até agora, choveu 169,8 mm nas represas do sistema, quando a média histórica para o mês é de 178 mm.

O reservatório do Cantareira opera com 12,4% de sua capacidade, após subir 0,2 ponto percentual.

O percentual usado agora tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Se fosse considerado o valor divulgado anteriormente, o Cantareira estaria com 16% nesta sexta.

Desde terça-feira (17), a Sabesp passou a divulgar os dois dados, após pressão do Ministério Público Estadual, que cobra mais transparência na veiculação de informações sobre a crise da água em São Paulo. A Folha passa a adotar na quinta-feira (19) a nova forma de cálculo do percentual diário da reserva de água do Cantareira.

O Cantareira abastece 5,6 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.   

OUTROS RESERVATÓRIOS

De acordo com a Sabesp, o nível do reservatório Alto Tietê opera com 22,4% de sua capacidade, registrando alta de 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior.

O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto, que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

Já o reservatório Rio Claro, que também atende 1,5 milhão de pessoas, subiu 0,3 ponto percentual e agora está com 41%.

O sistema Alto Cotia, que estava com 57,5% subiu para de 60,1% nesta sexta-feira. O reservatório fornece água para 400 mil pessoas.

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