sexta-feira, 13 de março de 2015

Fórmula é criada para avaliar qualidade de frutas na CeasaMinas



 Imagine se fosse possível utilizar um modelo matemático para analisar de forma rápida e barata a qualidade dos produtos comercializados na CeasaMinas. Esse cenário está próximo de se tornar realidade para os usuários, com o desenvolvimento de uma pesquisa pela Universidade Federal de Lavras. Segundo o professor do Departamento de Ciência dos Alimentos, Eduardo Valério Vilas Boas, após três anos de estudo foi concluído que a qualidade dos frutos encontrados na CeasaMinas oscila ao longo do ano.

O estudo foi feito com laranja, melão, uva, melancia e abacaxi vendidos no entreposto de Contagem da CeasaMinas. Para cada um deles, os pesquisadores estabeleceram um padrão mínimo de qualidade, com base em análises objetivas de coloração, pH, acidez, sólidos solúveis e firmeza. Essas informações foram incluídas em um modelo matemático que, então, gerou um valor – a nota de qualidade daquele produto.

Para Eduardo, o método pode ser facilmente incluído na rotina do mercado, já que o procedimento é rápido e tem baixo custo. Tanto produtores, como consumidores poderiam ser beneficiados. “Frutos com notas iguais ou maiores que o padrão mínimo poderiam ter seus preços valorados pela qualidade, tanto maior quanto maior a nota. Já o consumidor, de acordo com a nota, pode decidir se quer pagar mais por um produto de maior qualidade ou pagar menos por um de qualidade inferior”, explica o professor.

Variação de qualidade

Depois de analisar as frutas por três anos, concluiu-se que a qualidade desses produtos oscila ao longo do ano em função, principalmente, da diversidade da origem e, consequentemente, das condições do clima e do solo onde foi feito o cultivo. “As uvas niágara comercializadas em outubro foram, em geral, as mais doces e menos ácidas”, exemplifica Eduardo.

A percepção do consumidor relativa à qualidade também varia ao longo do ano. “Por exemplo, observamos que o consumidor de laranjas em dezembro, normalmente, é mais exigente que em fevereiro. Isso ocorre, provavelmente, devido à maior disponibilidade de frutos de qualidade em dezembro, que em fevereiro”, completa o professor. Está prevista a produção e distribuição de cartilhas em parceria com a CeasaMinas, pelas quais os produtores poderão ter acesso ao modelo matemático e aplicá-lo aos seus produtos

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